sábado, 19 de abril de 2014

Palestinos denunciam Israel e pedem ajuda do Papa para ir a Jerusalém

Palestinos querem ajuda do Papa para ir a Jerusalém


Cristãos da Cisjordânia precisam ter autorizações de Israel




Papa Francisco irá à Terra Santa
Francisco irá à Terra Santa no próximo dia 24 de maio (foto: EPA)

17 Abril, 15:51•CIDADE DO VATICANO•ZLR

(ANSA) - Marcelline é uma jovem cristã que vive a poucos quilômetros de Jerusalém, onde estão alguns dos lugares mais sagrados de sua religião. Contudo, por ser uma palestina de Belém, na Cisjordânia, ela precisa da permissão do governo de Israel para visitar tais locais, e nem sempre essa autorização é dada. Sua situação é compartilhada por milhares de conterrâneos, que esperam que a viagem do papa Francisco à Terra Santa, entre 24 e 26 de maio, sirva para...LEIA MAIS


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Palestinos cristãos denunciam que Israel impede acesso ao Santo Sepulcro


EFE | Jerusalém

Um grupo de associações comunitárias cristãs de Jerusalém Oriental denunciou neste domingo que Israel restringirá o acesso à Basílica do Santo Sepulcro durante a próxima Semana Santa em uma medida que considera discriminatória e racista, argumentos que a polícia israelense rechaça taxativamente.

"As medidas restritivas constituem uma grave violação da liberdade de culto", adverte um comunicado divulgado neste domingo pelas organizações, que incluem fraternidades, clubes sociais, comunitários e esportivos, assim como grupos de escoteiros, segundo o porta-voz Youssef Daher.


Israel impede acesso de cristãos palestinos ao Santo Sepulcro
De acordo com palestinos cristãos, Israel restringirá o acesso
à Basílica do Santo Sepulcro, em Jerusalém. EFE/Arquivo

"Equivale à discriminação contra os cristãos porque as autoridades da ocupação desejam negar a presença cristã e criar a impressão que (Jerusalém) é uma cidade unicamente judia", destaca a nota, divulgada após uma reunião realizada no sábado para analisar o problema.

Israel, que controla a Cidade Antiga de Jerusalém desde 1967, impõe durante esta época do ano, na qual os cristãos lembram a Semana Santa e os judeus o Pessach (Páscoa), blitzes e controles policiais nas proximidades de todos os lugares santos, explicou à Agência Efe o porta-voz policial do Distrito de Jerusalém, Asi Aharoni.

"Bloqueamos os acessos ao recinto porque o perímetro é limitado e tentamos evitar que aconteçam tragédias e situações nas quais devido a um número grande de pessoas não possamos garantir a segurança do local", justificou.

Aharoni colocou como exemplo o fato de que durante momentos de grande devoção e com milhares de pessoas no templo cristão e seus arredores é possível acontecerem desmaios ou outros distúrbios nos quais as equipes de emergência devem poder atuar, razão pela que limitam o acesso.

As restrições são mais severas durante o Sábado de Aleluia, na qual os fiéis ortodoxos realizam a grande cerimônia do Fogo e da Água, na qual se acendem centenas de velas, o que representa um risco especial para a segurança.

Para as associações cristãs palestinas, trata-se de uma medida exagerada, similar à qual sofrem os fiéis muçulmanos que "não podem rezar livremente nem estar com suas famílias e amigos durante ocasiões especiais".

De acordo com Daher, em uma série de medidas restritivas introduzidas pela Polícia israelense em 2005, os cristãos também não podem subir até o teto da basílica, como costumavam fazer até então, nem ocupar durante a cerimônia do Fogo a parte exterior de acesso, onde caberiam outras 4 mil pessoas.

Durante este mês, o Ministério de Turismo israelense tem prevista a chegada de 125 mil visitantes, pouco mais que o ano passado, dos quais mais da metade costumam ser cristãos que desejam celebrar a Semana Santa.

domingo, 13 de abril de 2014

Israel prende 900 crianças palestinas por ano

Soldado israelense prende criança palestina




Video produzido pela organização israelense de direitos humanos B'Tselem com depoimentos de crianças palestinas que foram presas:







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30 de Março de 2014 - 16h40

Neste domingo (30), a Palestina comemora o Dia da Terra, data que lembra a greve geral realizada em 1976, quando o governo de Israel anunciou um plano para confiscar terras. Os palestinos resistiram, mas foram reprimidos pelo exército ocupante. O Vermelho, que está na Cisjordânia e acompanha a Missão de Solidariedade ao Povo Palestino, ouviu relatos de ativistas sobre alguns dos abusos que os palestinos ainda sofrem por parte dos israelenses.

Por Théa Rodrigues, de Ramallah para o Portal Vermelho


Em 1976 o governo israelense divulgou um plano de apropriação de territórios árabes para a construção de novos assentamentos judaicos. No dia 30 de março do ano referido, o povo palestino realizou uma greve geral e várias passeatas em resposta àquilo que estava sendo justificado como "medida de segurança". Por sua vez, o exército israelense enviou tropas a três aldeias (Sakhnin, Arraba e Deir Hanna) a fim de reprimir as manifestações. A presença das forças militares transformou a greve em protesto e, pouco depois, em revolta. O confronto resultou em 6 árabes mortos, além de 96 feridos e 300 presos.

Exatos 38 anos depois, os palestinos continuam a reiterar a demanda pelo fim da divisão dos territórios palestinos e da ocupação israelense na Cisjordânia e em Jerusalém. O Portal Vermelho está em Ramallah, na Cisjordânia, onde acompanha a delegação da Terceira Missão de Solidariedade ao Povo Palestino (organizada pelo Comitê Pela Criação do Estado da Palestina e que traz representantes de diversas entidades brasileiras), e entrevistou alguns ativistas e defensores dos direitos humanos que também lutam pela causa na região.

Brasileiro relata frequentes violações das leis internacionais


Entrevistado pelo Vermelho, um jovem ativista brasileiro, que acompanha as situações de vulnerabilidade dos direitos humanos pela organização Cristian Peacemaker Team, preferiu não se identificar para evitar problemas nos check-points (postos militares de controle sionista) – isto porque Israel faz um controle minucioso daqueles que entram e saem dos territórios palestinos e, como já é sabido, dificultam o trânsito dos que oferecem qualquer tipo de ajuda à Palestina.

O brasileiro contou que sua organização registra com frequência diversas violações das leis internacionais por parte dos sionistas. “A própria ocupação, como é organizada e a maneira como está presente na fragmentação dos territórios palestinos é a mais gritante dessas violações”, afirmou. De acordo com o ativista, “há postos de controle em locais onde as pessoas precisam passar diariamente e ali sofrem todo o tipo de assédio moral. Isso é um ponto de humilhação para o povo palestino”.

Em alguns lugares, as crianças precisam passar por um posto de controle para chegar à escola. O brasileiro afirmou que elas têm suas mochilas revistadas todos os dias e muitas são impedidas de passar. Segundo o defensor dos direitos humanos, nesses lugares os confrontos também acontecem todos os dias e os jovens além de conviver com a violência acabam se envolvendo nesses episódios.

Ele lembrou ainda que há uma dura repressão dos militares israelenses a qualquer manifestação pacífica. “Pessoas são presas porque na lei militar israelense que rege esses territórios, não há direitos políticos. Proferir um discurso político pode ser considerado ilegal. Até mesmo carregar bandeiras palestinas pode ser considerado ‘ameaça’. Os israelenses utilizam a questão da ‘segurança’ como desculpa para tudo”, disse.

A lei militar para os territórios palestinos é diferente da lei israelense que protege os colonos. De acordo com o ativista, os militares podem prender crianças a partir dos 12 anos de idade. Em março do ano passado, 27 jovens foram presos de uma vez. Além disso, elas são interrogadas, muitas vezes vítimas de maus tratos e de reações desproporcionais por parte do exército israelense, o que configura uma clara violação aos direitos das crianças. “Uma criança joga uma pedra contra um posto de controle e o exército responde com bomba de gás lacrimogêneo”, relatou ele.

Os israelenses alegam que crianças podem ser utilizadas como “homens-bomba”, o que configura crime de terrorismo. De acordo com o brasileiro, houve 9 casos desses registrados durante a Segunda Intifada (revolta civil dos palestinos contra a política administrativa e a ocupação Israelense na região da Palestina a partir de setembro de 2000) e mais nenhum desde então. Por outro lado, dados mostram que 900 crianças palestinas são presas por ano pelo exército de Israel.

Um israelense contra a ocupação


Ben Ronen é israelense, vive em Tel Aviv, mas há 10 anos atravessa a fronteira para participar dos protestos chamados de “demonstração” – uma forma de resistência pacífica, que marca a presença palestina e chama a atenção para o aumento da capacidade de anexação do território – que acontecem tradicionalmente às sextas-feiras.

Ronen contou ao Vermelho que o circulo social que ele frequenta é formado por pessoas solidárias à causa palestina, contudo, no bairro onde mora, a maioria pensa de maneira bem diferente. “Tenho várias acusações contra mim, estou sendo submetido a vários julgamentos e já passei alguns dias na prisão por participar dos protestos de apoio aos palestinos”, disse o ativista israelense.

Segundo ele, seus pais já praticavam esse tipo de solidariedade e quando foi morar em Tel Aviv conheceu jovens que estavam na militância política a favor da causa palestina e foi a convite deste grupo de amigos que Ronen veio a primeira vez à Cisjordânia. “Quando cheguei, senti que tinha um compromisso aqui, então venho cumprindo sistematicamente o meu dever”, afirmou.

“É muito difícil se aproximar das pessoas com um discurso diferente do discurso do Estado, porque este controla não somente a mídia, mas também o sistema educacional. Ou seja, desde cedo as crianças são orientadas para que entrem no serviço militar e defendam Israel das provocações palestinas”, comentou.

Ronen não acredita em uma solução em curto prazo para o conflito, por isso ele optou por exercer uma política prática de militar em favor dos palestinos e de construir alianças muito pontuais, entendendo que “a luta se faz a cada dia” em uma perspectiva de longo prazo.

De acordo com o ativista, um dos principais problemas é que o governo israelense coloca os cidadãos de seu próprio país como “reféns do medo” e com todas as políticas de “segurança” fica muito mais difícil abordar uma mudança de mentalidade. Ronen também falou que as pessoas são incapazes de associar os problemas que a sociedade israelense vem enfrentando – ele citou as dificuldades econômicas como exemplo – com os gastos militares da ocupação.


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Criança palestinas presas por Israel e soldado fotografa
Criança palestina é presa indo para a escola
menino palestino é cercado e preso por soldados israelenses
Soldados israelenses prendem criança palestina
Soldados israleenses prendem e vedam olhos de menino palestino
Soldados de Israel prendem menino e mãe tenta livra-lo
soldados israelense vigiam crianças feitas prisioneiras
soldado israelense prende e torce o braço de uma menina palestina
Soldados prendem menino palestino
soldados terroristas de Israel prendem crianças palestinas
Soldado do exército terrorista de Israel prende menino palestino
soldado terrorista israelense prende menino e pai tenta livra-lo
soldados terrorista de Israel algemam menor palestino
soldados terroristas de Israel vigiam crianças palestinas presas
menino palestina chora enquanto é preso por soldados israelenses
soldado terrorista de Israel aponta arma para criança palestina
Soldados terroristas de Israel prendem e arrastam criança palestina
Manifestação pela libertação ds crianças palestinas presas por Israel


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