segunda-feira, 8 de junho de 2015

Polêmica no RS é mais um ataque à solidariedade aos palestinos



Atualizado em 07/07/2015


Ministério Público Federal arquiva pedido de processo contra a UFSM no caso do “antissemitismo”

Blog do Claudemir Pereira


A notícia é quentíssima e foi divulgada inicialmente na versão online do jornal A Razão, que teve acesso ao despacho da Procuradora da República Paula Martins da Costa Schirmer. Se trata do caso, com repercussão nacional, da denúncia de antissemitismo que teria sido praticada pelos altos escalões da UFSM.


Os detalhes da decisão do Ministério Público Federal, no despacho do último dia 29 de junho, estão na reportagem assinada por Fabrício Minussi, com foto de Deivid Dutra. Vale conferir, a seguir: http://goo.gl/O3YSCZ 



Polêmica no RS é mais um ataque à solidariedade aos palestinos

08/06/2015

Por Moara Crivelente * - Portal Vermelho


A Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) entrou na lista de entidades acossadas por opor-se à política israelense de massacres do povo palestino. Desde que respondeu à demanda de diversas entidades por informações sobre seu envolvimento institucional com empresas militares israelenses ou o polo espacial então gestado no Rio Grande do Sul, em parceria com a Elbit Systems, a Universidade tem sido taxada de “antissemita” e “racista”.

O episódio, porém, demarca com clareza os obstáculos ainda enfrentados no Brasil e no mundo pelos movimentos solidários à causa palestina por libertação, soberania, dignidade e paz.

No contexto da terceira grande ofensiva militar de Israel contra a Faixa de Gaza em cinco anos, a UFSM recebeu, em agosto do ano passado, cinco perguntas das entidades sindicais Associação dos Servidores da UFSM (Assufsm), Seção Sindical dos Docentes da UFSM (Sedufsm), Diretório Central dos Estudantes (DCE) e do Comitê Santa-mariense de Solidariedade ao Povo Palestino. Chocadas com mais um episódio do massacre do povo palestino, que provocou a reação mundial pelas mais de 2.270 mortes – majoritariamente civis, inclusive quase 600 crianças – e pela devastação da Faixa de Gaza, as entidades valeram-se da Lei de Acesso à Informação (nº 12.527/2011) para entender o envolvimento da UFSM nas relações com Israel e empresas militares que sustentama ocupação da Palestina.


Quem faz negócios com a Elbit está matando o povo palestino
Manifestação na Austrália denuncia: “Drones da Elbit matam crianças em Gaza”


A iniciativa enquadra-se num movimento mundial de universidades em dezenas de países que procuram dissociar-se da impunidade com que entidades e líderes israelenses perpetram crimes de guerra contra o povo palestino, denunciando a violência permanente e exigindo o fim da ocupação israelense. Entretanto, assim como outras universidades, organizações civis e intelectuais, a UFSM foi taxada pela liderança sionista e seus porta-vozes no Brasil de “antissemita”, tática patente contra os que criticam a política de Israel, inclusive quando as vozes da crítica são israelenses. As cinco perguntas encaminhadas pelas entidades foram:

1)            A UFSM tem alguma participação no Polo Espacial do Rio Grande do Sul? Se positivo, qual? Que documento embasa esta relação?

2)            A UFSM tem alguma relação com pessoas jurídicas israelenses (empresas privadas, entidades públicas, ONGs e etc.), inclusive através de suas subsidiárias brasileiras ou, ainda que indiretamente, através de cooperação com outras instituições brasileiras que tenham relações com aquelas? Que documento embasa esta relação?

3)            Encontra-se registrada e/ou em execução na UFSM alguma ação (Plano, Programa, Projeto, Convênio, Acordo de Cooperação, Protocolo de intenções, etc.) com pessoas jurídicas israelenses, inclusive através de suas subsidiárias brasileiras ou, ainda que indiretamente, através de cooperação com outras instituições brasileiras que tenham relações com aquelas? Que documento embasa esta relação?

4)            Há, no momento, ou a perspectiva, de a UFSM receber alunos, professores, autoridades, profissionais israelenses? Se positivo, a convite/proposta de quem?

5)            A UFSM é, ou está em vias de ser, beneficiária de algum recurso material ou humano de origem israelense, mesmo que indiretamente, ou seja, através das relações referidas nos itens 2 e 3 retro?

O documento explica que a iniciativa tem base no determinado pela Constituição Federal sobre os princípios que regem a Política Externa brasileira: independência nacional, prevalência dos direitos humanos, autodeterminação dos povos, não-intervenção, igualdade entre Estados, defesa da paz, solução pacífica dos conflitos, repúdio ao terrorismo e ao racismo e cooperação entre os povos para o progresso da humanidade – todos flagrantemente violados pela política israelense.

Outro fator que instigou os questionamentos, explica o texto, foram as notícias do envolvimento da UFSM no projeto de desenvolvimento de “tecnologias de defesa” com a AEL Sistemas, subsidiária da israelense Elbit Systems, que participa na manutenção do extenso muro ilegal construído na Cisjordânia palestina, por exemplo, além de fabricar armamentos e dispositivos de “segurança” testados na opressão dos palestinos. Por outro lado, em dezembro de 2014 o governo do Rio Grande do Sul declarou “sem objeto” e anulado oprotocolo assinado com a AEL em 2013 para a construção de um parque aeroespacial militar no estado, combatido pelo movimento internacional, mas nascido na Palestina, por Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS).


Elbit fabrica armamentos para promover o genocídio dos palestinos
Sistema de artilharia Atmos, desenvolvido pela Elbit Systems. Foto: Divulgação


Para a ofensiva contra a UFSM, segundo a Administração Central da Universidade, o memorando enviado aos requerentes das informações foi fraudado e disseminado, servindo de base para a redação de calúnias em revistas já afamadas por sua defesa incondicional e virulenta das políticas israelenses de opressão do povo palestino. A alegada demanda por identificação de docentes e pesquisadores israelenses, negada pelas entidades e pela Reitoria, ficou sob os holofotes da ofensiva sionista para desqualificar a ação como “antissemita” e “racista”. A Procuradoria da República do Rio Grande do Sul acusou o pró-reitor José Fernando Schlosser, de "praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.” A versão adulterada incluiu ainda a manifestação “Liberdade para a Palestina, boicote a Israel”, em inglês, mas foi rechaçada como fraudulenta pelo reitor da UFSM, Paulo Afonso Burmann.

Em nota oficial divulgada na última quinta-feira (4), a Reitoria afirmou, entre outros pontos, que não houve “qualquer solicitação por parte da UFSM a quaisquer de suas unidades acadêmico-administrativas de listas de estudantes e/ou professores israelenses ou não vinculados academicamente.” A polêmica demonstra a reação agressiva com que os defensores das políticas israelenses respondem ao fortalecimento do movimento internacional demandando responsabilidade das instituições de ensino e pesquisa, além dos próprios governos, pela dissociação, denúncia e pressão contra as práticas de segregação e ocupação israelense sobre os territórios palestinos como base para o fim da impunidade que a sustenta há quase sete décadas.


*Moara Crivelente é cientista política, jornalista e membro do Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (Cebrapaz), assessorando a presidência do Conselho Mundial da Paz.


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Criticar Israel não é antissemitismo
























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sexta-feira, 5 de junho de 2015

Caetano, Gil e Cunha com Netanyahu

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Caetano, Gil e Cunha com Netanyahu

Do Conversa Afiada - 05/06/2015

Por Paulo Henrique Amorim



Madame Cunha usar tornozeleira de ouro … francamente …


Eduardo Cunha e esposa
Bolsa Chanel e lenço Hermès ... nada mais próprio num Museu do Holocausto !



Eduardo Cunha liderou modesta comitiva de deputados a Israel para demonstrar – segundo ele – que o Brasil não deve seguir uma política externa de uma linha só.

É o nosso Barão do Rio Branco de tornozeleira !

Cae e Gilberto Gil também vão a Israel fazer show de outra natureza.

Como Cunha, se prestarão ao honroso papel de conferir ao Governo Netanyahu uma legitimidade verde-amarela, bem nossa, como o Tropicalismo.

Sobre o papel de Cae, ninguém melhor do que Roberto Schwarz para defini-lo, de forma definitiva: um camaleão.

Cae disse que, em 2006, votou em Alckmin no primeiro turno !!!

Em 2014, votou em Bláblárina no primeiro turno e, no segundo, apoiou Dilma, mas ninguém deu bola !

Sobre Gil, ainda se aguarda o pronunciamento de Schwarz.

Mas, uma expressão usada em entrevista no Estadão dessa sexta-feira 5/6 para justificar a ida à Israel de Netanyahu ajudará Schwarz a construir rico perfil:

“Vou a Tel Aviv cantar para um Israel palestino !”

“Israel palestino”!

O que será isso ?

E continua, numa dialética bizantina:

“Uma das razões de eu estar indo hoje … é o próprio fato da escolha do povo israelense de manter ali seu Estado depois da Segunda Guerra, de não ter aceito uma oferta para fazer o Estado de Israel em outra região …”

Gil vai à Israel de Netanyahu para homenagear Ben Gurion e Golda Meir, fundadores do Estado de Israel.

Um pouco atrasado, não, amigo navegante ?

O Conversa Afiada tem uma sugestão à dupla de “o Haiti não é mais aqui” (há muito tempo !).

Perguntar ao Netanyahu onde fica a bomba atômica do Irã !

Essa mentirinha que o Netanyahu contou até ao Congresso americano para provocar uma invasão ao Irã.

Quem sabe os dois, com o jeitinho brasileiro, descobrem a localização exata e contam à Agência  Internacional de Energia !

E, já que o Gil se sensibiliza tanto com a situação dos palestinos de Israel, poderia doar o cachê que vai receber a mães de um dos maiores campos de refugiados da atualidade – o dos palestinos.

Entregar em dinheiro vivo e andar rápido, antes que leve um míssil israelense na cabeça.

Em tempo: por falar em tornozeleira. A senhora Eduardo Cunha foi ao Museu Yad Vashem, do Holocausto, em Israel, com uma bolsa Chanel, um lenço Hermès e – imaginem, que bandeira ! – uma tornozeleira de ouro no pé direito !

Em tempo 2: além de cantar para o “Israel palestino” – quero ver ele dizer isso na Faixa de Gaza … -, Gil poderia se explicar melhor sobre o que pensa da Lei das Biografias. O Cae a gente já sabe o que pensa. A Paula Lavigne explicou. Agora, o Gil precisa explicar o que chama de “minha posição é mais nuançada, tem nuances.” O Netanyahu também é mais nuançado…


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Caetano e Gil, cancelem o show em Israel



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