quarta-feira, 19 de abril de 2017

Centenas de presos palestinos em greve de fome nas prisões de Israel

Atualizado em 29/05/17:

Israel cedeu em 80% das reivindicações dos presos políticos palestinianos

A greve de fome dos prisioneiros palestinianos nos cárceres israelitas foi suspensa na madrugada de sábado, ao 40.º dia, depois de intensas negociações. Tratamentos médicos e visitas de familiares são as principais conquistas.

Palestinos seguram uma bandeira gigante do seu país na manifestação que teve lugar em Ramallah (Margem Ocidental ocupada) para assinalar o 69.º aniversário da Nakba (catástrofe)CréditosAlaa Badarneh / EPA


De acordo com a agência noticiosa palestina Ma'an, o líder do Comité Palestiniano para as Questões dos Prisioneiros, Issa Qaraqe, afirmou este domingo que «80% das exigências foram atendidas» pelo Serviço Prisional de Israel.

Um comité composto por seis presos políticos em greve de fome (entre eles Karim Yunis, o prisioneiro palestiniano há mais tempo encarcerado por Israel, e Marwan Barghouti, dirigente histórico do movimento Fatah) estiveram durante 20 horas em negociações para a suspensão do protesto.

Qaraqe considerou as conquistas como «uma transformação fundamental em termos de qualidade de vida dos prisioneiros». O comité de seis prisioneiros vai manter negociações relativamente às reivindicações que ainda não tiveram resposta, informa ainda a Ma'an.




Prisioneiros palestinos em greve de fome

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Atualizado em 27/05/2017:



DEPOIS DE 41 DIAS, PRISIONEIROS PALESTINOS SUSPENDEM GREVE DE FOME APÓS IMPORTANTE VITÓRIA

VIVA A CORAGEM, A BRAVURA DESSES PRISIONEIROS QUE LUTAM POR LIBERDADE E JUSTIÇA PARA SEU POVO PALESTINO


PARABÉNS AOS PRISIONEIROS E AO POVO PALESTINO!


- PRISIONEIROS PALESTINOS ENCERRAM GREVE DE FOME APÓS 41 DIAS


- PRESOS PALESTINOS SUSPENDEM GREVE DE FOME APÓS 40 DIAS


- Palestinian Prisoners End Mass Hunger Strike


-          معا تكشف.. هذا ما جرى في مفاوضات عسقلان

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Atualizado em 30/04/2017:



#ÁguaSalCampanha

Campanha  da “Água e Sal”
As pessoas estão se posicionando em solidariedade com  os prisioneiros palestinos que estão em greve de fome  com a
 #ÁguaSalCampanha


#SaltWaterChallenge

Campaign Salt Water Challenge
People are standing in solidarity with Palestinian prisoners who are on hunger strike with the #SaltWaterChallenge


Greve de fome dos prisioneiros palestinos





“Desde 17/04/2017 (há 13 dias) mais de 1.000 presos palestinos estão em greve de fome, um protesto para denunciar o desrespeito a direitos fundamentais cometido pelo governo sionista de Israel.

Os presos demandam diversas pautas, como visitas regulares de suas famílias, o fim da detenção administrativa e acesso a atendimento médico.

A intenção desse vídeo é chamar a atenção de brasileiros e brasileiras para o que está acontecendo na Palestina.

Esse vídeo é um esforço de um Palestino que está longe de sua terra em apoiar seu povo, sua luta e sua causa.”


O texto acima é de Amjad Milhem, refugiado palestino que chegou ao Brasil em 2014 e que inaugurou seu canal no Youtube “PAPO PALESTINO” com este vídeo em solidariedade aos prisioneiros palestinos









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Atualizado em 27/04/2017


27/04/17 - Palestinos aderem massivamente à greve geral em apoio aos presos em Israel

Lojas, bancos, fábricas e todas as instituições públicas dos territórios palestinos permaneceram fechadas





27/04/17 - Greve geral dos palestinos em apoio aos presos em greve de fome




26/04/17 - Em luta histórica, prisioneiros palestinos convocam apoio mundial

Quase um milhão de palestinos e palestinas passaram pelas prisões de Israel desde o estabelecimento do Estado, em 1948, estimam associações palestinas. Mas esta história remonta ainda à colonização britânica da região, com casos como o de Hassan Al-Labadi, por mais de 40 anos enterrado no cárcere. A greve de fome anunciada há uma semana por prisioneiros palestinos manifesta a resistência persistente e o fortalecimento da causa nacional por libertação.


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Publicado em 19/04/17:

Centenas de presos palestinos  em greve de fome nas prisões de Israel

Maruan Barghuti lidera greve de fome dos prisioneiros palestinos
Os protestos, por melhores condições  de detenção, são encabeçados por Barguti, líder da segunda intifada

São mais de 1500 os presos palestinos em greve de fome, por tempo indeterminado, que protestam contra as condições de detenção nas prisões controladas por Israel. A luta sem precedentes é encabeçada por Maruan Barghuti, dirigente da Fatah e da OLP (Organização para a Libertação da Palestina), que encabeçou a segunda intifada [revoltas de rua e populares contra a ocupação israelense do território da Palestina] (2000-2005).

O dirigente palestino com maior prestígio no seu país, considerado, pelos seus, uma espécie de Mandela palestiniano, está há 15 anos preso e cumpre uma condenação, determinada pelos ocupantes israelenses, de prisão perpétua. Muitos palestinos veem-no como um dirigente não corrupto e com a força moral e ética para ser o futuro presidente de um Estado independente da Palestina. Os seus carcereiros israelenses acusam-no de ter sido o chefe da Tanzim, o braço armado da resistência palestina que segue as orientações da Fatah, partido nacionalista laico. Barghuti foi condenado a cinco prisões perpétuas e mais de 40 anos de prisão por “terrorismo”.

Nas prisões de Israel e de territórios palestinos ocupados militarmente desde a guerra de 1967 estão detidos cerca de 6500 palestinos, incluindo 300 menores de idade. Segundo as organizações de direitos humanos, entre os presos encontram--se 62 mulheres, 13 deputados palestinos e 23 doentes em estado terminal.

Mais de 500 presos estão detidos em regime de detenção administrativa [semelhante às medidas de segurança nos tempos da ditadura em Portugal], que permite que uma pessoa esteja detida por tempo indeterminado sem lhe ser feita qualquer acusação e sem ser sujeita a um julgamento.

O número de palestinos presos não para de aumentar desde 2015, quando os protestos palestino se tornaram violentos, com a chamada intifada das facas ou dos lobos solitários, na sequência da qual foram detidas mais de 10 mil pessoas.


Em artigo publicado no “The New York Times”, o líder palestino preso, Maruan Barghuti, defende que a greve de fome iniciada nesta segunda-feira tem como objetivo “pôr fim aos abusos nos centros penitenciários” e que “Israel estabeleceu um apartheid judicial que garante a impunidade dos israelitas que cometem crimes contra os palestinos e criminaliza a existência de uma resistência palestina”. Barghuti denuncia a situação nas cadeias em que estão detidos os presos palestinianos como elementos da política do Estado hebreu para liquidar fisicamente os palestinos: “Os prisioneiros sofrem torturas, tratamentos degradantes e inumanos, falta de assistência médica [em consequência de tudo isso] alguns morrem durante a sua prisão.”

Fonte: SolSapo
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segunda-feira, 27 de março de 2017

Palestina: o Dia da Terra


Atualizado em  05/04/17:


Entidades sindicais realizam audiência pública em solidariedade ao povo palestino



A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e demais entidades sindicais filiadas à Federação Sindical Mundial (FSM) promoveram, nesta terça-feira (4) na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, uma audiência pública como parte das ações do Dia de Solidariedade ao Povo Palestino.

O evento contou com a participação do embaixador da Palestina do Brasil, Ibrahin Alzeben, que fez um resgate histórico sobre a resistência do povo daquele país e agradeceu o apoio internacional. Ele lembrou que o que ocorre na região “não é guerra é genocídio”, ao se referir ao poder belicista de Israel.


Saiba mais sobre a Audiência Pública: https://goo.gl/qa91cx


Conheça o documento de solidariedade ao povo palestino assinado pelas entidades entregue ao embaixador da Palestina no Brasil ao término da Audiência Pública: https://goo.gl/fNIwN5

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Comemoração do Dia da Terra da Palestina





Palestinos: O Dia da Terra

Publicado na Folha de S. Paulo em 29.03.1985.

Por Maurício Tragtenberg*

 Amanhã, dia 30, o povo palestino comemora o “Dia da Terra”, que surgiu como lembrança histórica da resistência que em 1976, os vários palestinos da Galiléia (território ocupado em 1948) manifestaram contra a invasão e ocupação de suas terras pelo Estado em Israel.

 Como acontece nessas ocasiões houve repressão e violência por parte das autoridades militares de ocupação, onde foram indiscriminadamente atingidos homens, mulheres, velhos e crianças. É impossível destruir um povo que por mais de trinta séculos construiu sua cultura, suas obras materiais e espirituais.

 Enquadrada no plano da destruição da cultura e identidade do povo palestino estão as universidades palestinas construídas nas ‘zonas ocupadas’ pelo Estado em Israel.

  Através da Ordenança Militar 854, uma das 1.080 ordenações militares que modificam a legislação jordaniana, em vigor na Cisjordânia, o Estado detém em suas mãos a permissão de funcionamento de qualquer instituição educacional, que implica no controle pelas autoridades do pessoal acadêmico, dos programas e manuais de ensino.

  Uma das iniciativas que afetou gravemente o funcionamento das universidades palestinas nas ‘zonas ocupadas’ foi que a partir de 1983 os professores estrangeiros –na realidade palestinos com passaportes de diversas nacionalidades estrangeiras – tenham que assinar uma declaração, segundo a qual, comprometem-se a não dar apoio algum à OLP nem a qualquer organização terrorista. Ante a recusa unânime do corpo de professores em assinar tal ignominioso papel, a repressão foi terrível.

  A Universidade d’An-Najah teve dezoito professores expulsos, enquanto outros três que estavam no Exterior foram proibidos de ingressar na Cisjordânia. Bir-Zeit perdeu cinco e a Universidade de Bethléem perdeu doze de seus professores.

  O fechamento temporário de universidades é outra medida que as “autoridades” de ocupação lançam mão; entre 1981/2 a Universidade de Bir-Zeit ficou fechada sete meses. A Universidade de An-Najah em 1982/3 ficou fechada durante três meses consecutivos, as Universidades de Bethléem e Hebron conheceram igual destino.

  Com o fim de vencer a resistência cultural palestina, a detenção de estudantes pelos motivos mais fúteis é coisa comum em todas as universidades da Cisjordânia. Os detidos são confinados na prisão de Fara’a, no Vale do Jordão. Segundo a advogada Lea Tsemel, o detido, conforme a “lei de urgência” (do período do Mandato Britânico) pode ficar incomunicável durante dezoito dias, sem culpabilidade definida nem visita de advogado. Por trazer consigo um panfleto ilegal o detido pode assim ficar durante 48 dias.

  O “tratamento” é o mais degradante possível: duchas frias, golpes, insultos.

  O presidente do Conselho de Estudantes de An-Najah, condenado a seis anos de prisão em 1974, não só afirmou ter sido torturado como também afirmou: “todos os prisioneiros palestinos são torturados.”

  Porém, a Universidade de Bir-Zeit é um foco de resistência cultural palestina; organiza atividades culturais fundada na cultura popular palestina. Possui uma biblioteca significativa aberta à consulta pública.

  Os dados a respeito da situação de resistência cultural palestina acima descrita nos foram fornecidos por Sônia Dayan-Herzbrun e Paul Kessler, que testemunham: “O fato de sermos judeus não afeta nossa objetividade em relação ao tema tratado. A consciência de nossa identidade judaica e das responsabilidades inerentes a ela nos levaram a participar do Centro de Cooperação com a Universidade Bir-Zeit.” (Le Monde Diplomatique, julho de 1984)

É o que também pensamos. O “Dia da Terra” é a reafirmação de um povo que pode ser expropriado, espezinhado, torturado, caluniado;vencido nunca.



* Maurício Tragtenberg, 54, professor do Departamento de Ciências Sociais da Fundação Getúlio Vargas SP) e da PUC-SP, escreveu, entre outros livros, “Administração, Poder e Ideologia.


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