sexta-feira, 25 de julho de 2008

CREDENCIAS - Lula recebe Embaixador Ibrahim Al-Zeben

Lula deve discutir processo de paz no Oriente Médio


23 de julho de 2008

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve discutir com o primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, e com o líder palestino Mahmoud Abbas o processo de negociação de paz no Oriente Médio. O encontro deve ocorrer em outubro, quando Lula irá visitar Índia, Arábia Saudita, Israel e Palestina.

Em dezembro, Lula já havia proposto oficialmente ao secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, a criação de uma espécie de estrutura paralela ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) que funcionaria como um mediador de situações de tensão ao redor do mundo. O grupo de atuação não teria uma estrutura fixa, mas poderia ser acionado em caso de conflitos ou iminência de rompimento de relações diplomáticas.

Na conversa com o secretário-geral da ONU naquela ocasião, Lula apontou Brasil, África do Sul e Índia como nações que, pelas relações cordiais que mantêm com Israel, poderiam ser mediadores do processo de paz.
Nesta quarta-feira, Lula recebeu no Palácio do Planalto o chefe da Delegação Palestina no Brasil, Ibrahim Al-Zeben, que pediu a Lula que atuasse como um dos mediadores na região. Oficialmente, o Brasil já tem procurado se aproximar de Israel e Palestina, ampliando as relações comerciais e abrindo embaixadas nos dois territórios.

Terra - Notícias - Brasil




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Ricardo Stuckert/Presidência da República




















































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Lula deve visitar Israel e palestinos no fim do ano, diz Amorim


14/02/2008

da BBC Brasil



O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, afirmou nesta quinta-feira, em Tel Aviv, que existe a possibilidade de uma visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Israel e aos territórios palestinos no final de 2008, quando está planejada uma nova cúpula entre os países árabes e da América do Sul.

A cúpula será realizada no Catar, e Lula deverá aproveitar a oportunidade para visitar outros países do Oriente Médio, entre eles a Arábia Saudita, onde a visita do presidente brasileiro já está confirmada.

O ministro Amorim encerrou nesta quinta-feira um giro pelo Oriente Médio, que incluiu Arábia Saudita, Síria, Jordânia, os territórios palestinos e Israel.

Depois de se encontrar com os principais líderes da região, Amorim manifestou um "otimismo moderado" quanto ao processo de paz e apontou um aquecimento significativo nas relações do Brasil "com o conjunto da região".


Janela de necessidade


De acordo com Amorim, "agora existe não só uma janela de oportunidade como também uma janela de necessidade para avançar com o processo de paz".

"É necessário avançar agora e aproveitar o engajamento do presidente [George] Bush e da comunidade internacional no processo de paz", disse o ministro. "Seria uma lástima perder esta oportunidade, pois quando se interrompe um processo desse tipo, se leva muito tempo para poder recomeçar."

"Tenho a convicção de que, de fato, todos estão interessados em avançar e não vejo os principais envolvidos desenvolvendo atividades de obstrução ou de desvio das questões principais, acrescentou.

Depois de conversar com um dos principais negociadores palestinos, Saib Arikat, e com o primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, Amorim disse sentir que "há uma boa dinâmica, apesar da consciência da dificuldade dos problemas".

"Ouvi tanto do lado da Palestina como da parte de Israel o mesmo comentário, sobre o bom contato que existe entre os principais líderes", contou o ministro.


Brasil


Amorim citou a participação do Brasil na Conferência de Paz em Annapolis, nos Estados Unidos, e da Conferência dos Países Doadores à Autoridade Palestina, em Paris, para apontar um crescente envolvimento do país no Oriente Médio.

"O Brasil doou US$ 10 milhões, que já estão disponíveis, para desenvolver projetos, principalmente nas áreas da educação e da saúde, que tenham um impacto mais direto para a população palestina", afirmou.

"Não somos um país rico, mas nossa contribuição é equivalente à da Russia, e é a maior entre os países em desenvolvimento."

Durante sua visita, Amorim também assinou, com a ministra do Exterior israelense Tzipi Livni, um protocolo executivo para um acordo cultural entre o Brasil e Israel, que determina um intercâmbio entre os dois países.

Israel e o Brasil deverão colaborar em todos os setores artísticos e culturais, inclusive festivais de cinema, exposições de artes plásticas, dança, música e literatura.

"Estamos muito interessados em enfatizar, cada vez mais, o aspecto da aproximação e da cooperação com todos os países desta região, que é fundamental para a paz mundial", disse o chanceler brasileiro.

"O Oriente Médio e a América do Sul são duas grandes regiões de países em desenvolvimento e temos interesse em desenvolver a cooperação em todas as áreas", acrescentou.

"Se fala muito da aliança entre civilizações, a atuação do Brasil no Oriente Médio é um exemplo concreto desta visão", concluiu o ministro.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

ISRAEL, SIONISMO E RACISMO- Tiro a queima roupa!


20 DE JULHO DE 2008 - 14h45

Vídeo mostra israelense atirando em palestino indefeso


A ONG israelense B'Tselem divulgou neste domingo (20) um vídeo no qual um soldado do Exército israelense aparece atirando à curta distância em um detido palestino com as mãos amarradas e olhos vendados. O disparo, de uma bala de aço recoberta de borracha, foi feito na presença de um tenente-coronel, que segurava o palestino pelo braço nesse momento, indica um comunicado da ONG.


Segundo a organização de direitos humanos nos territórios ocupados palestinos, o incidente ocorreu em 7 de julho, na aldeia cisjordaniana de Nilin durante um protesto contra o muro de separação israelense. O ataque foi visto por outros soldados e oficiais do Exército.

A vítima — um militante da causa palestina identificado como Ashraf Abu Rahma, de 27 anos — foi detido por soldados israelenses durante meia-hora, tempo no qual, segundo ele, foi golpeado pelos militares israelenses. Após a detenção, um grupo de soldados e agentes da Polícia de Fronteiras levou Rahma a um 4x4 militar.

O vídeo mostra o manifestante, que veste uma camiseta verde, levando uma bandeira palestina e fazendo o sinal da vitória com a mão. Posteriormente, ele aparece de mãos amarradas e com os olhos vendados.

Nas imagens seguintes aparece um soldado israelense apontando um fuzil em direção às pernas do detido, a uma distância aproximada de 1,5 metro, antes de atirar. O detido aparece depois estendido no solo e com uma das extremidades tremendo.

Rahma disse que a bala atingiu seu polegar esquerdo e que recebeu tratamento de um médico do Exército, antes de ser liberado pelos soldados. O fato foi filmado por uma palestina de 14 anos desde sua casa de Nilin, e a ONG o recebeu esta manhã.

A B'Tselem enviou uma cópia das imagens ao responsável da Unidade de Investigação da Polícia Militar, exigindo uma investigação sobre o caso e que os soldados sejam levados perante a Justiça.
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REPORTAGEM DA BANDNEWS - VIDEO:

http://noticias.uol.com.br/ultnot/multi/2008/07/21/040264E4B92327.jhtm



ISRAEL, SIONISMO E RACISMO - Filha de Embaixador é detida



DEU NA IMPRENSA:

Embaixador brasileiro acusa Israel de deter filha por 'nome árabe'

18/07/2008

Ministério do Interior de Israel nega versão do brasileiro. Itamaraty cobra explicações.

http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL650907-5602,00.html

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Filha de embaixador brasileiro é detida no aeroporto de Tela Aviv

http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2008/07/18/filha_de_embaixador_brasileiro_detida_no_aeroporto_de_tel_aviv-547305519.asp

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Embaixador do Brasil em Tel Aviv comenta incidente no aeroporto

O embaixador Pedro Motta Pinto Coelho conta que também esteve detido no aeroporto internacional Ben Gurion quando tentava liberar a filha, a estudante Laila Pinto Coelho, de 25 anos. O caso completo está na minha reportagem, publicada aqui.

Confiram o vídeo gravado na embaixada do Brasil nesta manhã

http://oglobo.globo.com/blogs/terra_santa/

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“Nunca imaginei que seria recebida assim”, diz filha de embaixador detida em Tel Aviv

18/07/08

http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2008/07/18/_nunca_imaginei_que_seria_recebida_assim_diz_filha_de_embaixador_detida_em_tel_aviv-547312447.asp

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Brasileira detida há cinco anos em aeroporto de Israel, fala sobre sua experiência

18/07/08

Ouça e leia:

http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2008/07/18/brasileira_detida_ha_cinco_anos_em_aeroporto_de_israel_fala_sobre_sua_experiencia-547315837.asp

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Israel retém filha de embaixador brasileiro por 'nome árabe'

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Ministério israelense nega versão do diplomata sobre incidente em aeroporto; Itamaraty cobra explicações.

http://www.estadao.com.br/geral/not_ger208046,0.htm

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Embaixador acusa Israel de barrar filha por ter nome árabe

São Paulo, sábado, 19 de julho de 2008

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff1907200812.htm

PRISIONEIROS-Resistência e libertação (árabe)



بيروت - الحقائق

7/17/2008



عملية الرضوان توحد لبنان وتهز الكيان الصهيوني


عاش لبنان ، الأربعاء، يوم فرح عارم منذ الصباح الباكر وحتى وقت متأخر من الليل لمناسبة عودة أسراه الخمسة ورفات 199 شهيداً لبنانياً وفلسطينياً وعربياً ، وكان العرس الوطني اللبناني مناسبة جمعت كل لبنان بأطيافه كافة ، تجسيداً حقيقياً لوحدته الوطنية التي تعززت أيضاً أكثر بعقد أولى جلسات الحكومة العتيدة التي وصفها الرئيس ميشال سليمان ، بأنها «حكومة ارادة الوحدة الوطنية». واكتملت عصر الأربعاء عملية «الرضوان» لتبادل الأسرى والجثامين بين حزب الله وإسرائيل ، حيث وصل الأسرى الخمسة سمير القنطار وخضر زيدان وماهر كوراني وحسين سليمان ومحمد سرور إلى ربوع الوطن وعانقوا الحرية بعدما عبروا بوابة الناقورة برعاية الصليب الأحمر الدولي الذي تسلم جثتي جنديين إسرائيليين وأشلاء جنود قتلوا في عدوان صيف 2006 على لبنان ، وتسلمت المنظمة الانسانية 199 جثة لشهداء لبنانيين وفلسطينيين وعرب بينهم الشهيدة دلال المغربي.

واستقبل الأسرى الخمسة وهم يرتدون بزات عسكرية استقبال الأبطال في الناقورة ، وأجري لهم استقبال رسمي في مطار بيروت الدولي بحضور الرؤساء الثلاثة سليمان وبري والسنيورة ، وحذر الرئيس سليمان من الحصار الإسرائيلي بالقنابل العنقودية والألغام والتحريض على الفتنة ، ودعت والدة الأسير المحرر سمير القنطار اللبنانيين إلى الاجتماع على قلب رجل واحد ، وكلمة واحدة ، وأعربت فدوى البرغوثي زوجة الأسير الفلسطيني مروان البرغوثي التي جاءت من فلسطين المحتلة للمشاركة في استقبال القنطار ، أن يكون يوم الحرية بادرة لمحو عقود من الاهمال والتقصير في حق الأسرى الفلسطينيين والعرب في سجون الاحتلال.

وفي طلة قصيرة على منصة الاحتفال بالأسرى في الضاحية الجنوبية ، عانق الأمين العام لحزب الله السيد حسن نصر الله الأسرى الخمسة ، وقال في كلمة قصيرة «ولى زمن الهزائم وجاء زمن الانتصارات».

وفي المقابل ، فجرت صفقة التبادل حزناً وندماً ودموعاً في إسرائيل وثار جدل واسع حول دلالات وانعكاسات الصفقة واسلوب ادارتها وقورنت بالعدوان الفاشل على لبنان في يوليو/ تموز 2006. وشنت أوساط سياسية وعسكرية هجوماً على حكومة ايهود أولمرت واتهمتها بالضعف وقبول الذلة ، وحذرت من انعكاسات قوية على قضية الجندي الأسير في غزة جلعاد شاليت ، وحثت على مفاوضات سريعة وموضوعية حتى لو كان الثمن غالياً لاستنقاذه.

وفي المقابل ، فجرت صفقة التبادل حزناً وندماً ودموعاً في إسرائيل وثار جدل واسع حول دلالات وانعكاسات الصفقة واسلوب ادارتها وقورنت بالعدوان الفاشل على لبنان في يوليو/ تموز 2006. وشنت أوساط سياسية وعسكرية هجوماً على حكومة ايهود أولمرت واتهمتها بالضعف وقبول الذلة ، وحذرت من انعكاسات قوية على قضية الجندي الأسير في غزة جلعاد شاليت ، وحثت على مفاوضات سريعة وموضوعية حتى لو كان الثمن غالياً لاستنقاذه.

وكانت أوساط رسمية واعلامية واسعة قد أعربت عن تخوفها الشديد من نجاح حزب الله في ترجمة صفقة التبادل إلى انتصار جديد على إسرائيل هو الثالث بعد اجبارها على الانسحاب على عجل في مايو/ أيار 2000 ، وفشلها في حرب صيف 2006. ودعا وزير الاتصالات الإسرائيلي أرييل أتياس وسائل الاعلام العبرية إلى دراسة امكان عدم نشر صور الاحتفالات في لبنان كونها «سلاحاً نافذاً» يستخدم في الحرب النفسية ضد إسرائيل.

ألقى عميد الاسرى المحررين سمير القنطار، كلمة في الاحتفال الجماهيري الحاشد الذي اقيم مساء الأربعاء في ملعب الراية احتفاءً بالأسرى المحريين بدأها بتوجيه تحية الى الأمين العام السابق للحزب عباس الموسوي فقال «المقاومة لم تحفظها فقط بل اصبحت ثورة نوعية لا تهزم ابداً وهي تقترب من تحقيق الحلم».

كذلك وجه تحية الى «شيخ شهداء المقاومة الاسلامية» الشيخ راغب حرب ، بالقول «ان السلاح موقف اصبح ثقافة للاجيال التي ستقضي على هذا الكيان الغاصب». واستذكر «قائداً اسطورياً عظيماً هو الشهيد البطل المجاهد الشهيد عماد مغنية» ، وقال «اننا يا حاج عماد لن نكون في مستوى دمائك ابداً الا في حالة واحدة : اذا اجبرنا هذا العدو ان يشتاق الى ايامك».

وقال «من اشكر اليوم غير سيدنا وقائدنا ومعلمنا سماحة الامين العام السيد نصرالله». اضاف «فلسطين هي الاغلى على قلوبنا جميعاً ، لقد عدت اليوم من فلسطين وصدقوني لم اعد الا لكي اعود الى فلسطين ، ووعد : لاكرم الناس في فلسطين بالعودة مع الاخوة في المقاومة الاسلامية الباسلة».

ونقل القنطار تحيات احد عشر الف وخمسمئة اسير واسيرة فلسطينيين في سجون العدو ، داعياً الشعب الفلسطيني الى الوحدة ، لانه «لن يغير واقع فلسطين الصعب اليوم الا وحدة كل القوى الوطنية والاسلامية في فلسطين ، على قاعدة برنامج اساسي واحد ووحدة الاساس المقاومة القادرة على تحقيق النصر».

ووجه تحية الى «فخامة رئيس لبنان المقاوم بامتياز الرئيس اميل لحود». وختم قائلاً «أتي لاعمل وليس لاحكي».

ألقى الأمين العالم لحزب الله حسن نصر الله كلمة متلفزة في الاحتفال الجماهيري الحاشد الذي اقيم لاستقبال الأسرى المحررين عند التاسعة من مساء الاربعاء في ملعب الراية في الضاحية الجنوبية، وجاء فيها:

أيها الحفل الكريم ... السلام عليكم جميعاً ورحمة الله وبركاته

أهلا بسمير وماهر وخضر وحسين ومحمد وأهلاً بالشهداء الأطهار الذين سنستقبلهم غداً كما استقبلنا الأطهار الأحياء اليوم ، أهلاً بالشهداء الأطهار من لبنانيين وفلسطينيين وعرب مفخرة هذه الأمة ، في 12 تموز 2006 قامت ثلة من المجاهدين في المقاومة بتنفيذ عملية اسر جنديين إسرائيليين من اجل تحرير البقية الصابرة من الأسرى في السجون الصهيونية وفي مقدمهم عميد الأسرى اللبنانيين والعرب سمير القنطار ، في 16 تموز 2008 يعود سمير وقد سبقه الى الحرية نسيم نسر ، يعود سمير ومعه الأخوة الذين قاتلوا من اجل حريته الأحياء منهم الجالسين في جواره والشهداء الذين نستقبلهم غدا، هل هي الصدفة أن ينجز الوعد وان يتحقق الحلم في تموز في نفس الأيام؟ أم هي مشيئة الله الحاكمة وإرادته المسيطرة والمتصرفة في كل شيء؟

كل يفسر على شاكلته وطبق إيمانه ولكن على كل حال في التوقيت أيضا عبرة وعظة ودلالات لمن يتعظ ويعتبر ويدرس ، كيف وصلنا الى هذه النتيجة والتي كانت تبدو في بعض مراحل الطريق أنها مستحيلة أو بعيدة جدا؟ العامل الأكبر والأساسي أيها الأخوة والأخوات الذي أوصلنا الى إنجاز اليوم والذي سمّيناه بحق عملية الرضوان ، العامل الأكبر والأساسي هو الصمود والانتصار في مواجهة عدوان تموز 2006 وفشل العدو في تحقيق أي من أهدافه والتداعيات الكبرى لهذه الهزيمة على هذا الكيان وقيادته وجيشه وشعبه.

يعني لو هزمنا في تموز 2006 لما عاد سمير وإخوانه والشهداء ولضاع لبنان وكل المنطقة ودخلت في متاهة الشرق الأوسط الجديد الاميركي الصهيوني. حتى في البدايات عندما تولى دولة الرئيس الأخ نبيه بري مفاوضات التبادل وتعرّض في الأيام الأولى وفي ظل الحرب للكثير من الضغوط ، وهو الذي كان شريكا كاملا في قيادة تلك المرحلة من الصراع ، كان العالم لا يريد أن يصغي لشروط لبنان ولا لكلام لبنان. وإنما الكلام الوحيد الذي كان يتردد على السنة الوفود وعلى السنة العالم عليكم أن تطلقوا الجنديين الإسرائيليين بلا قيد وبلا شرط.

الصمود والانتصار جعل لبنان وجعل المقاومة وجعلنا جميعا نقف على ارض صلبة لمواصلة عملية تحرير أسرانا وشهدائنا ، وهنا يجب ان نستحضر أولئك الذين قاتلوا في تلك المعركة في موقع القيادة وفي موقع الشهادة وفي موقع الجراح وفي موقع التحدي وفي الخطوط الأمامية ، ونستذكر أول ما نستذكر قائدهم الفذ والعبقري والطاهر والحبيب الحاج عماد مغنية (رضوان الله تعالى عليه) ونستذكر شعبنا الأبي ووقفته الشجاعة والتاريخية واحتضانه لبعضه في كل طوائفه ومناطقه ، نستذكر مواقع العز في بعض مواقع السلطة ، ونستذكر عذابات الناس وصبر الناس من أصحاب البيوت المدمرة والمحال المهدمة والأرزاق المحروقة والمهجرين من المئات والآلاف من المهجرين الذين باتوا في العراء 33 يوما دون أن ينطقوا بكلمة فيها تردد أو ضعف ووهن، هذا الصمود هذا الانتصار هو العامل الأول والأساسي الذي ساهم في تحقيق هذا الإنجاز وهذا النصر .

والأمر الثاني ، المفاوضات الصعبة والشاقة والتي كان لنا فيها عدة عوامل مساعدة أولا : عجز العدو من استعادة الجنديين من دون تفاوض وهذا كان واضح من خلال نتيجة الحرب ، انتهت الحرب والإسرائيلي يعلم انه لن يستعيد جنوده إلا من خلال التفاوض وليس هناك وسيلة أخرى.

الأمر الثاني: عجز العدو الأمني والاستخباري ليس فقط عن معرفة مكانهما بل حتى عن معرفة مصيرهما ، لو انكشف لخلل أو خطا في التكتيك أو في الأداء أو في إدارة المفاوضات مصير الجنديين لأخذ التفاوض مسارا آخر، وهذه كانت من نقاط قوة هذا التفاوض.

والأمر الثالث وهو على درجة عالية جدا من الأهمية ، خشية العدو من أن يعلن فشل المفاوضات أو أن يوصل المفاوضات الى الفشل ، خشيته من أن يؤدي ذلك الى قيام المقاومة في لبنان بعملية اسر جديدة.

إذن لم تكن العوامل الضاغطة على العدو الإسرائيلي فقط عوامل إنسانية ، هناك عوامل العجز عن انقاذ الجنديين، وعوامل العجز عن المعرفة والاستخبار ، والخشية من المقاومة التي يعلم حق اليقين أنها وعدت وستفي بوعدها ، فلو كان ما في أيديها لا يكفي ليعود سمير وإخوانه ، قطعا كانت ستذهب لتفعل ما يعيد سمير وإخوانه.

وهذا الأمر كان واضحا في نقاشات الإسرائيليين ، وكان حاضرا في مجلس وزراء العدو عندما صوتت الأغلبية الساحقة ، بل قام الإسرائيليون يتنادمون ويتلاومون وهم الذين عطّلوا فرصة تحرير سمير ونسيم ويحيى في عام ألفين وأربعة نتيجة المزايدات الداخلية بين نتنياهو وشارون ، وقلنا لهم في استقبال الأسرى المحررين عام 2004: انتم احتفظتم بسمير القنطار وستندمون وقد ندموا بالفعل ، هم يعلمون ان المفاوضات لو لم تؤدّ إلى النتيجة الحالية ، سوف تدفع الأوضاع إلى المكان الذي لا اعتقد أن إسرائيل مستعدة له على الإطلاق.

هذه عوامل أساسية ، وأضيف إليها أمراً رابعا وهو صمود سمير القنطار وثباته وصلابته ومواقفه الراسخة التي كان يعلنها بوسائله من داخل السجن وهو الذي لم يضغط علينا طوال شهور التفاوض لنستعجل الإنجاز والنتيجة ، وإنما كان يعطينا الوقت لنحقق أفضل نتيجة ممكنة لبقية الأخوة ، كذلك صمود بقية الأسرى ، هؤلاء الأخوة المقاومون المقاتلون المجاهدون ، كنا ننظر إليهم في التلفزيون في جلسات المحاكمات الشكلية وأنا أقول للشباب أنا كنت استمع إلى كلماتكم ، في آخر مرّة عندما سئل أحدكم وقال عندما سئل أنكم إذا أمركم فلان ان تقاتلوا من جديد هل تقاتلون من جديد فأجاب: لو شاهدنا فلان يدخل في غمار البحر لخضناه معه دون ان يطلب منا ذلك.

هذه الكلمات جعلت عيناي تذرفان بدمع الشوق والحب لهؤلاء المجاهدين الذين لا تغيرهم الزنازين ولا سياط الجلادين. وكذلك عائلات الأسرى وعائلات الشهداء العائلات الشريفة والصابرة المحتسبة التي كانت تمحضنا الثقة واليقين وبالتالي كانت تسلّم وتساعد وتعين على أن تأخذ الأمور مسارها الطبيعي لنصل إلى أفضل نتيجة ممكنة ، هذه عوامل رئيسية وأساسية.

ثم في نفس المفاوضات عليكم أن تعرفوا من خلال النتيجة ينكشف لكم حجم الجهد الذي قام به فريقنا المفاوض وما تمتع به من كفاءة ودقة وصبر وما تعرض له من ضغوط وأنا باسمكم جميعا وباسم الأسرى والشهداء والعائلات الشريفة أوجه الشكر الى هؤلاء الأخوان الذين يجاهدون في السر ويفعلون ذلك في سبيل الله وفي عينه ، كذلك يجب أن نقر بالجهد الكبير الذي بذله الوسيط الدولي لدى الطرفين للوصول إلى هذه النتيجة وهنا أيضا مناسبة لتوجيه الشكر لسعادة الأمين العام للأمم المتحدة السيد بان كي مون ومبعوثيه إلى هذه المنطقة من الوسطاء الألمان. اليوم عاد إلينا عميد الأسرى اللبنانيين والعرب وكل الأخوة الأسرى الذين نعلم وجودهم الحي في سجون العدو وعدد كبير من أجساد الشهداء الذين ينتمون إلى أحزاب وفصائل مقاومة لبنانية وفلسطينية منذ عقود من الزمن ، عندما ذهب سمير قبل ثلاثين عاما لم يكن حزب الله قد وجد وعندما قامت الشهيدة القائدة دلال المغربي ورفاقها بعمليتها النوعية الجريئة الاستشهادية لم يكن حزب الله قد ولد ، ان يستعيدهم اليوم حزب الله أحياء وشهداء له دلالات كبيرة وأهمها: ان مشروع المقاومة وهذا ما يجب ان يعرفه الناس وتعرفه الامة ويعرفه العالم ، ويجب ان نقبل به ونعمل على اساسه ، ان مشروع المقاومة هو مشروع واحد وان حركة المقاومة هي واحدة ومسارها مسار واحد ومصيرها مصير واحد وهدفها هدف واحد وإن تعددت أحزابها وفصائلها وعقائدها وطوائفها ومذاهبها واتجاهاتها الفكرية والسياسية ، وثانيا للتأكيد على أن حركات المقاومة في هذه المنطقة وبالتحديد في لبنان وفلسطين هي حركات متكاملة يعني يكمل بعضها بعضا ، متواصلة تتراكم جهودها وخبراتها وتضحياتها لتحقق نفس الأهداف في تحرير الأرض والإنسان والمقدسات.

أيها الأخوة والأخوات ، نحن من هذا الموقع مع هذا الحشد من الشهداء على مدى ثلاثين عاما نستحضر كل تضحيات المقاومين اللبنانيين والفلسطينيين والعرب من إسلاميين ووطنيين وعروبيين وقوميين وإلى أي اتجاه فكري انتموا ، نحن نعتز ونفتخر ونقدر كل الفصائل والأحزاب المقاومة وكل المقاومين والشهداء الذين سبقونا إلى ساحات المقاومة والجهاد والنضال ، نستفيد من تجاربهم ونستلهم تضحياتهم ونحفظ لهم مكانتهم في ماضي وحاضر ومستقبل المقاومة.

وفي هذا السياق أيضا أود أن أؤكد من خلال ما ذكرت أن الهوية الحقيقية لشعوب منطقتنا الأصيلة الراسخة الثابتة لمنطقتنا ولامتنا هي هوية المقاومة وإرادة المقاومة وثقافة المقاومة ورفض الذل والاحتلال والهوان أياً كان المحتلون وأياً كان الطغاة وأياً كان الجبابرة ، ولذلك وعلى مدى عقود من الزمن تجدون بأن راية المقاومة لا تسقط ، تنتقل من مجموعة إلى مجموعة ، من فصيل إلى فصيل من حزب إلى حزب من عنوان إلى عنوان ولكن تبقى الأحزاب والفصائل والأطر والعناوين مجرد مظهر خارجي للجوهر الحقيقي لهذه الأمة ، جوهر المقاومة ورفض الظلم والطواغيت.

قد يتعب بعضنا وقد يقتل بعضنا وقد يخلي بعضنا الساحات ، وقد يبدل بعضنا خياره ولكن دائما كان يقيض الله سبحانه وتعالى في هذه الأمة وهذه المنطقة مَن يستلم الراية ويواصل الطريق، ولذلك المقاومات والفصائل تقدم النموذج لتستفيد منها الشعوب والأجيال، ومقاومتنا في لبنان من خلال ما فعلت وأنجزت وأدّت هي أيضا تحاول أن تقدم النموذج ليتكامل مع بقية النماذج وليكون مثلا يحتذى ، ولنا الشرف أن يكون هذا نموذجا يعمم حتى ولو أدّى تعميم هذا النموذج إلى وضعنا على لوائح الإرهاب لدى دوائر الدول الإرهابية.

لا بد أن نتحدث عن الإخوة الأسرى والأسيرات الفلسطينيين والأردنيين والسوريين والعرب ، هؤلاء الأعزاء ـ وليعلموا كما قلت في المؤتمر الصحفي ـ لم يغيبوا عن بالنا ومفاوضاتنا طول العامين ، مع إدراكنا للصعوبات التي تواجهنا في هذا الأمر إنّ لجهة الصعوبات السياسية في المنطقة أو لجهة وضع الجنديين الحقيقي عندنا. في المقابل كان دائما الإسرائيلي يقدم حجج عن عدم قدرته إطلاق سراح غير اللبنانيين في مفاوضات مع مقاومة لبنانية، كنا نقول لهم ما يهمنا أن يذهب ويعود الأسرى إلى بيوتهم ، سلموهم لمن شئتم، لأي زعيم أي حكومة أي دولة وتحت أي عنوان ضمن أي سيناريو ضمن أي شكل، ليس مهما أن ينسب الأمر إلينا نحن لا نبحث عن مجد وإنما غايتنا أن يعود هؤلاء إلى بيوتهم.

في كل الأحوال ، ما أمكن التوصل إليه هو أن تضم اتفاقية التبادل في مرحلتها الأخيرة إطلاق سراح أسرى فلسطينيين بغض النظر عن العدد والأسماء ، وترك هذا الأمر على عهدة الوسيط الدولي والأمين العام للأمم المتحدة ، وبعد قليل سينشر في الأمم المتحدة الرسالة الموجهة منّي إلى الأمين العام والتي أطالب فيها وأصر على إطلاق سراح العدد الأكبر من النساء والأطفال والمرضى وعسى أن يتحقق شيء من هذا ، بالنسبة إلينا هذه خطوة رمزية وإنسانية لا نتوقع منها نتائج كبرى أو نتائج ضخمة. كما أنّ إخواننا الفلسطينيين يعرفون حقيقة التعقيدات ولكن نحن أصرينا على مبدأ رمزية أن يشمل اتفاق التبادل مع المقاومة اللبنانية أسرى فلسطينيين بمعزل عن الأسماء والأحزاب لنؤكد وحدة القضية والمصير وترابط المسارات كلها في الموضوع الإنساني والجهادي.

ونحن نفرح بعودة أسرانا ، من خلالكم أريد التوجه إلى العالم العربي إلى مئات ملايين العرب ، إلى مليار ومئات ملايين المسلمين ، إلى الحكومات العربية والإسلامية وبعضها من أغنى دول العالم وبعضها تربطها علاقات قوية جدا بالولايات المتحدة الأمريكية ، أريد أن أتوجه إلى الحكومات والشعوب لأذكر في مناسبة حرية أسرانا بـ 11 ألف أسير وأسيرة فلسطينية وعشرات الأسرى الأردنيين والسوريين والعرب ، لا يجوز أن ينفض العالم العربي والإسلامي يديه ويقول هذا شأن فلسطيني فلندع الأمر للسلطة الفلسطينية أو لحماس أو الجهاد أو شهداء الأقصى أو بقية فصائل المقاومة أو بقية أطر وتيارات الشعب الفلسطيني فهذه مسألة فلسطينية والعالم العربي والإسلامي في حلٍّ منها، هذا الكلام وهذا الكلام وهذا الموقف أو هذه الرؤية هي غير صائبة لا بالإعتبار القانوني ولا بالإعتبار الوطني ولا بالإعتبار القومي ولا بالإعتبار الإنساني والأخلاقي والديني والشرعي، وبالتالي هذه الأمة يجب أن تستحضر معاناة 11 ألف أسير ومعتقل ومعاناة عوائل 11 ألف أسير ومعتقل وما يواجه هؤلاء من صعوبات في الحياة على المستوى النفسي والمعنوي والمادي. والعالم العربي لم يحرك ساكنا.

أنا من الذين يؤمنون بخيار المقاومة ، ولكن لكل الذين يتحدثون عن خيار الدبلوماسية فلتتفضل الدبلوماسية العربية والدبلوماسية الإسلامية والعلاقات العظيمة التي تملكها حكوماتنا ودولنا ولتبذل جهداً ، أنا أقول لكم لم يبذل جهد حقيقي على هذا الصعيد ، هناك بيانات رفع عتب في آخر بعض القمم أو اجتماعات وزراء الخارجية ، فليشكل إطار جدي على المستوى الرسمي وإطار جدي على مستوى الحركات والأحزاب والقوى على امتداد الأمّة وليعمل هذان الإطاران كله من موقعه في مساندة الشعب الفلسطيني بمختلف قواه ، ولتكن قضية الأسرى الفلسطينيين والعرب قضية حيّة نعمل لها في الإعلام وفي السياسية وفي الدبلوماسية ويعمل بعضنا لها في ساحات القتال والمقاومة وليتكامل الجهد حتى نصل إلى النتيجة المطلوبة.

بالعودة إلى لبنان ، اليوم تكتمل الإنجازات وقد جمعت في يوم واحد ، بعد انتهاء حرب تموز 2006 كان لنا هدفان، الأول السعي إلى إطلاق الاسرى من خلال المفاوضات المعقدة والصعبة وهذا قد تحقق اليوم بعون الله، والهدف الثاني المطالبة بحكومة وحدة وطنية وهذا ما تحقق اليوم أيضا وبعون الله تعالى . بعد انتهاء الحرب وقفنا في مهرجان النصر لنطالب بحكومة وحدة وطنية لا للغلبة ولا للمكايدة ولا للتعطيل وإنما كما قلت حينها ، لنضع كتفا بكتف ويدا بيد لنعمّر لبنان ونحميه ونبنيه ، واليوم الحكومة اللبنانية الحكومة الوطنية والحكومة الأولى في العهد الجديد أمام هذه الفرصة الكبيرة والتاريخية.

اليوم اجتمعت حكومة الوحدة الوطنية وأخذت صورتها التذكارية وشكلت لجنتها لوضع البيان الوزاري، ومن التوفيقات ـ ولا أقول الصدف لأنّي لا أؤمن بالصدف والمؤمن بالله لا يؤمن بالصدف وكل ما يجري في هذا الكون خاضعا ومحكوم لمشيئة عظيمة ـ من التوفيقات أن تلتقي الحكومة الجديدة لأول مرة وتأخذ صورتها التذكارية وتكون مهتمها الأولى أن تستقبل الأسرى المحررين في مطار رفيق الحريري ، هذا من عظيم التوفيقات لدولة وشعب لبنان ، هنا يجب أن أتوجه بالشكر إلى فخامة الرئيس ميشال سليمان الذي نظم وأخذ على عهدته وأصر على استقبال الأسرى بهذا الشكل الوطني الجديد والكبير ، كما فعل سلفه فخامة الرئيس إميل لحود عام 2004 ، الوطن كله في المطار وفي محيط المطار ، أتوجه بالشكر إلى فخامة الرئيس سليمان على ما فعل وأيضا على ما قال، وأنا أؤيد كل كلمة قالها في خطاب الإستقبال لأنّه في المرة الماضية عندما تحدث فخامة الرئيس قالوا أننا نرد عليه، لم نكن نرد عليه بل نكمّله ، اليوم «لا بدنا نكمل ولا بدنا نقّص»، أنا أؤيد كل كلمة وردت في خطاب فخامة الرئيس في استقبال الأسرى في المطار وأتوجه بالشكر الجزيل إلى كل من شارك في هذا الإستقبال من الرؤساء الحاليين والسابقين والوزراء والنواب وممثلي رؤوساء الطوائف وكل الذين حضروا في تلك الساحة مجدداً من خلال المشهد الرسمي في مطار بيروت ، المشهد المتكرر في وقفة المقاومة والجيش الوطني اللبناني جنباً إلى جنب وكتفاً إلى كتف وشهيداً بجنب شهيد. ومجدداً من خلال المشهد الشعبي وموقف القوى السياسية يثبت لبنان أنه وطن جدير بأن يضحي الانسان بدمه وأولاده وأحبائه من أجل عزة ورفعة وكرامة هذا الوطن. هذا يوم مبشر ، هذا يوم عيد حقيقي يجب أن يبنى عليه ويؤسس عليه، ولذلك نحن ندعو مجدداً إلى لم الشمل وتجاوز الحساسيات والابتعاد عن إثارة الضغائن والأحقاد والاستفادة من الفرصة الجديدة المتاحة أمامنا كلبنانيين لمعالجة كافة المشكلات والأزمات الأساسية التي يعاني منها شعبنا وبلدنا بروح التضامن، «ما حدا فايت على الحكومة ليناكف، ولا حدا فايت ليكايد ويعطل»، الجميع إنشاء الله يدخل إلى حكومة الوحدة الوطنية ليشارك بشكل فعّال وجاد في حل مشكلات هذا البلد الأساسية وإعادة إحياء لبنان بالمستوى اللائق بتضحيات شبابه ونسائه وأطفاله وشهدائه وأسراه، بروح التضامن والتعاون وليس بروح تصفية الحسابات أو إلغاء الآخر.

إنني أعلن مجدداً وأمام ما هو مطروح للنقاش إن همنا وكل همنا هو تحرير بقية أرضنا، ونحن في حزب الله منفتحون على كل نقاش لاستراتيجية تحرير بمزارع شبعا وتلال كفرشوبا وجزء الغجر الذي ما زال تحت الاحتلال. وهمنا كل همنا الدفاع عن بلدنا وأرضنا ومياهنا وسيادة بلدنا وعن شعبنا وكرامته وأمنه. ونحن في حزب الله منفتحون على كل نقاش لاستراتيجية الدفاع الوطني، نحن نصر على هذا النقاش، البعض يتصور أننا نهرب من هذا الموضوع، لا، نحن الآن نصر عليه وندعوا إلى أن لا يأجله أحد، «فلنفقي هذه الدملة» ، لنرى استراتيجية الدفاع التي نتحدث فيها منذ سنوات عدة حتى نصل إلى نتيجة، لأن لبنان لم يخرج من دائرة التهديد، ولم يخرج من دائرة الخطر. نحن نذهب إلى هذا الحوار وإلى هذا النقاش بروح إيجابية وجادة وهدفنا حماية بلدنا، ونصر على هذا النقاش، وعلى أن يشارك الجميع في حماية هذا البلد وأن تتحمل الدولة بالدرجة الأولى مسؤولية حماية والدفاع عن هذا البلد، «ونطلع من قصة مين عم يحكتر الدفاع ومين عم يحتكر المقاومة كأنها أكلة الناس عم تتنافس عليها». عادة الناس تهرب من القتال حتى المؤمنين، الله سبحانه وتعالى يقول «كتب عليكم القتال وهو كره لكم»، الطبيعة البشرية تحب الذهاب نحو العمل السياسي ، العمل الاقتصادي، العمل الثقافي، العمل التجاري، لكن أن تقول له إذهب إلى القتال والسهر والأسر والجراح والتضحيات والجوع والتلال والوديان.

ما هو الشيء الذي نحن مستأثرين به ومحسودين عليه! محسودين لأن شبابنا في السجون نحررهم، أو محسودين لأن المئات من شبابنا خسروا زهرة شبابهم للدفاع عن هذا الوطن نستعيد أجسادهم ! لا، أنا أقول لكم اليوم في عرس حرية الأسرى، نحن سنطالب الجميع بأن يساهموا في حماية هذا البلد والدفاع عنه ومن يتخلى عن هذا الواجب هو الخائن. هذه هي المسؤولية الوطنية التي يجب أن نسعى إليها جميعاً. وأنا في نفس الوقت وفي إطار حكومة الوحدة الوطنية أود أن أؤكد أننا جاهزون للتعاون في معالجة كل الملفات وضعوا خطين تحت كل بدون استثناء بدون تحفظات، كل الملفات بما يخدم المصلحة الوطنية وبما يعزز الوحدة الوطنية وقوة لبنان ومنعته وتجاوزه لأزماته.

في الأيام القليلة المقبلة سيتضح لدينا مصير بعض المفقودين، سوف يتم تحديد رفاة الشهداء ومن هم الشهداء وعلى أساسه نستطيع أن نتحدث عن ملف المفقودين لدى العدو الصهيوني، كذلك سيكون لنا حديث عن ملف الدبلوماسيين الإيرانيين على ضوء التقرير الذي سلمنا إياه الوسيط الدولي. هذه أمور أتركها للأيام المقبلة، لكن في عيد الحرية وعيد التحرير وعيد المقاومة لا يجوز على الإطلاق أن ننسى إمام المقاومة وإمام الوطن وإمام الحرية وإمام التحرير سماحة الإمام القائد السيد موسى الصدر أعاده الله ورفيقيه بخير. إذا كان الأخ سمير يعرفه العالم كله بعميد الأسرى اللبنانيين والعرب لأنه أمضى ثلاثين عاماً في سجون العدو الصهيوني، فإن الإمام الصدر مضى على غيابه واختطافه وسجنه ثلاثون عاماً.

هذه القضية كما تحدثت في ختام احتفال الأسرى المحررين 2004، أعود وأؤكد، نحن لا نريد أن ندخل في صراع مع أحد ولا في خصومة مع أحد ولا في عدواة مع أحد، ولكن نحن نريد أن نغلق الملفات المؤلمة والمحزنة والحرجة، وهذا لمصلحة الدول العربية أو الشعوب العربية والأمة العربية، وهذا الملف آن له أن يصل إلى نهايته الحاسمة أياً تكن هذه النهاية الحاسمة. قبل سنوات قلت في اجتماع عام، إن كان الإمام حياً فأعيدوه إلينا ولكم الشكر، وإن كان الإمام شهيداً فأعلمونا بذلك وأعيدوا إلينا جسده الطاهر فإن الشهادة هي إرث هذا الإمام وعائلته وآبائه وأجداده. لا يجوز أن تبقى قضية الإمام الصدر تعاني الغموض والتجاهل والتأجيل الدائم والمستمر، مع إدراكي لحساسيات العلاقات العربية الرسمية وما يثار بين الحين والآخر على هذا الصعيد. هذه القضية نعيد التذكير فيها ونحن نتحدث عن المعتقلين وعن الأسرى المقاومين، فلا يجوز أن ينسى أي منا مؤسس المقاومة في لبنان وإمامها، وأنا أدعو مجدداً إلى تعاون عربي وإسلامي جدي وحقيقي لإنهاء هذه القضية وإعادة الإمام ورفيقيه إلى لبنان وإلى الأمة.

أيها الأخوة والأخوات أيها الأسرى المحررون يا عوائل الأسرى يا عوائل الشهداء التي تنتظر أحباءها يوم الغد، أيها الحفل الكريم أتوجه إليكم في هذا العيد لأهنئكم بانتصاركم لأن هذا الانتصار هو انتصاركم، هو انجزاكم ، هو وعدكم أنتم، هو فعلكم وصمودكم وصبركم، بكم ننتصر ونفرض الهزيمة والفشل على أعدائنا وبكم نواصل الطريق ونعز وطننا وأمتنا. الدعاء لكل الأسرى أن يمن الله تعالى عليهم بالحرية، والدعاء للبنان أن يتعاطى مع هذا الملف كما شهدنا اليوم بالمسؤولية الوطنية الكبرى على مستوى كل الأسرى وخصوصاً بالنسبة للأخ سمير الذي يجب أن ينظر إليه بعد ثلاثين عاماً على أنه ثروة وطنية وقومية وإنساية وحضارية وجهادية حقيقية، ويتعاطى مع هذا الانسان بما يتناسب مع كل الصبر الذي عاشه والمحنة التي عاناها والظلم الذي واجهه والصمود والثبات الذي أبداه. للأسرى كل الحرية، للشهداء كل الرحمة، لكم ولكل المقاومين النصر، للبنان وفلسطين والأمة كل العزة والشرف.





حزب الله يسلم الفصائل الفلسطينية 157 رفات شهيد وبقي 28 شهيدا مجهول الهوية

http://www.fatehorg.ps/arabic/news.php?action=view&id=4739

الإثنين 21-07-2008 06:52 مساء


القدس-بيروت-دائرة الإعلام- يواصل حزب الله اللبناني تسليم جثامين العشرات من شهداء المقاومة الفلسطينية التي استعيدت في عملية التبادل مع إسرائيل إلى هذه الفصائل بحضور ممثلي الفصائل والأسير المحرر سمير القنطار، وقد انتهت عملية التسليم الرسمية للوثائق والأسماء فيما يجري نقل ما تبقى من جثامين.

وذكرت قناة "المنار" التابعة لحزب الله " أن الجثامين هي لـ 157 شهيدا ليتبقى في عهدة الحزب 28 شهيدا ما زالت مجهولة الهوية لصعوبة في فحص الجثامين وبانتظار نتائج فحص الحمض النووي بالإضافة إلى مقارنة هذه الفحوصات مع فحوصات أخذت من عوائل الشهداء، ومن هؤلاء مجموعة الشهيد دلال المغربي التي قدمت إسرائيل أسماء مختلفة على كل جثمان لها عدا عن أن العملية قديمة جدا.

ويذكر أن من بين الشهداء المستعادة جثامينهم 24 شهيدا لبنانيا ، 91 فلسطينيا، 37 سوريا، 8 تونسيين ، أردنيان إضافة إلى جثامين من جنسيات عربية أخرى.

وأكد عباس زكي ممثل منظمة التحرير الفلسطينية في لبنان " أن الفضل يعود إلى حزب الله الذي كان عنصر الجمع في المسائل النضالية، وقال :" اشكر الله أن تعود فلسطين مرة أخرى القضية المركزية التي ناضل من اجلها خيرة الخيرة، مؤكدا أن هذا يوم تاريخي مشهود نهديه إلى روح الشهيد عماد مغنية والى روح الشهيد ياسر عرفات وعباس الموسوي وشهداء المقاومة الفلسطينية والعربية
".

وفد فلسطيني في لبنان يستقبل الاسرى المحررين

http://www.fatehorg.ps/arabic/news.php?action=view&id=4666

لسبت 19-07-2008 11:08 صباحا

القدس- بيروت - دائرة الاعلام - في كلمة له عند استقبال الأسرى على ارض مطار الرئيس رفيق الحريري الدولي اكد الرئيس اللبناني ميشال سليمان ان من حق لبنان استرجاع ما تبقى من ارضه المحتلة بكل
الوسائل المتاحة والمشروعة الذي هو حق تكرسه القوانين الدولية ولن نتنازل عنه.
كما اكد على تمسك لبنان بحق عودة الفلسطينيين الى ارضهم الذي تضمنه قرارات الأمم المتحدة.
وكان شارك وفد فلسطيني رفيع المستوى في استقبال الأسرى المحررين لدى وصولهم مطار الرئيس رفيق الحريري الدولي .ترأس الوفد ممثل اللجنة التنفيذية لمنظمة التحرير الفلسطينية في لبنان وسفير دولة فلسطين عباس زكي وضم الوفد كل من علي اسحاق عضو اللجنة التنفيذية في منظمة التحرير الفلسطينية ومنيب المصري عضو المجلس المركزي الفلسطيني وانتصار الوزير عضو اللجنة المركزية في حركة فتح واعضاء المجلس المركزي الفلسطيني بلال قاسم وابو نضال الاشقر وعلي عزيز.
وقد اعرب الوفد الفلسطيني عن دعمه لخطاب الرئيس اللبناني الذي يعتبر اساسا في العلاقة اللبنانية الفلسطينية وشكره على الموقف الواضح في ما يتعلق بحق الشعب الفلسطيني بالعودة الى ارضه تطبيقا لقرارات الشرعية الدولية.
وقال زكي " ان هذا اليوم ليوم العزة والكرامة العربية فاستقبال خيرة الخيرة شهداء ثورتنا الفلسطينية المعاصرة وتحرير الأسرى اللبنانيين بقيادة عميد الأسرى العرب سمير القنطار يؤكد مجددا ان فلسطين هي القضية المركزية الاولى وستبقى الأولى لكل الأوفياء للمبادئ وللأمة العربية".



الشعبية: تحرير الأسرى والجثامين وفي مقدمتهم الأسير القنطار انتصار لثقافة المقاومة ولنهجها

http://www.pflp.ps/index.php?action=Details&id=2331

التاريخ: 16-07-2008 الساعة 21:34


وصف ناطق باسم الجبهة الشعبية لتحرير فلسطين، عملية التبادل بين حزب الله وحكومة الاحتلال التي اسفرت عن تحرير الاسرى والجثامين وفي المقدمة المناضل القومي عميد الاسرى العرب الرفيق سمير القنطار بأنها، انتصار لثقافة المقاومة ولنهجها ولكفاح الشعب اللبناني والفلسطيني والامة العربية .

وهنأ الناطق المناضل البطل سمير القنطار ورفاقه بعودتهم ، وبتحرير جثامين أبناء الامة وروادها الذين قدموا حياتهم رخيصة من اجل حريتها وانتصارها ورفعة شأنها ودحر الاحتلال والحاق الهزيمة بالمحتل وتمريغ انفه في تراب الوطن والامة .

وتوجه الناطق بالتحية والتهنئة للشعب اللبناني والفلسطيني وللمقاومة اللبنانية الباسلة التي انطلقت منذ ان وطأت قدم اول جندي اسرائيلي ارض لبنان ، ولقائد المقاومة المجاهد البطل السيد حسن نصرالله ، الذي وعد فصدق الوعد .

ودعا الناطق ابناء شعبنا الفلسطيني للمشاركة الفعالة في كافة أماكن تواجدهم في تكريم الشهيدة البطلة الرائدة دلال المغربي وكافة الشهداء بدفن جثامينهم بما يليق بهم كشهداء وابطال لهذه الامة وباقامة الجنازات الرمزية في داخل الوطن المحتل .

وعاهد الناطق اسرى شعبنا وامتنا بمواصلة النضال حتى تحريرهم من براثن العدو ، ونيل حقوق شعبنا في الاستقلال والعودة.


فتح تهنئ حزب الله والشعبين اللبناني والفلسطيني بهذا الانتصار التاريخي


http://www.fatehmedia.ps/atemplate.php?linkid=24918

رام الله -16-7-2008- الاعلام المركزي

أصدر الاخ احمد عبد الرحمن الناطق الرسمي لفتح التصريح التالي:
أن حركة فتح تتقدم بالتهنئة الحارة لحزب الله وكل قوة المقاومة والشعبين اللبناني والفلسطيني بهذا الانتصار التاريخي ضد الغطرسة الإسرائيلية في حرب تموز الظافرة، وفي عودة أبطال الحرية الأسرى والشهداء وفي طليعتهم المناضل الكبير سمير القنطار والمناضلة الشهيدة دلال المغربي التي قادت أروع عملية فدائية في تاريخ الصراع الفلسطيني الإسرائيلي.
وان حركة فتح وهي تستقبل شهداء الحرية والاستقلال تعاهد جماهير شعبنا الفلسطيني على مواصلة النضال على درب الشهداء الابرار حتى تحرير الوطن وإقامة الدولة الفلسطينية وعاصمتها القدس الشريف.
وتتوجه حركة فتح في هذا اليوم المجيد بالتحية، الصادقة لحزب الله قيادة وقواعد والى جميع قوى وجماهير الشعب اللبناني الذين جسدوا على مدى ثلاثين عاما أروع صور التلاحم والأخوة بين الشعبين اللبناني والفلسطيني، وتعتبر حركة فتح ان هذا اليوم، يوم عودة الأبطال والشهداء، هو يوم الوحدة الوطنية ويوم عودة وحدة القوى المناضلة على جميع الجبهات المقاومة والصمود، فالمعركة ضد اغتصاب فلسطين هي معركة كل المناضلين وكل جماهير الأمة العربية ، فتحية لأبطال الحرية وفي مقدمتهم المناضل البطل سمير القنطار وتحية لروح البطلة دلال المغربي ورفاقها الأبطال، والعهد هو العهد والقسم هو القسم حتى طرد الاحتلال واستعادة الأرض والقدس الشريف ، وإنها لثورة حتى النصر



الجبهة الديمقراطية ترحب بصفقة تبادل الأسرى, وتدعو كافة فئات شعبنا في لبنان

لاستقبال الأسرى والشهداء بعرس وطني موحد

2008-07-17

http://www.alhourriah.org/?page=ShowDetails&Id=9637&table=news


رحبت الجبهة الديمقراطية لتحرير فلسطين بصفقة تبادل الأسرى, ورفاة عشرات الشهداء الأبطال بين حزب الله وإسرائيل, وتعتبر تلك الصفقة انتصاراً كبيراً للمقاومة, ويوماً عظيماً لكل الفلسطينيين واللبنانيين والعرب, وفشلاً ذريعاً للعدو الإسرائيلي وهزيمة لعدوانه.

وفي هذه المناسبة تتوجه الجبهة بالفخر والتحية لحزب الله, كما تثمن كافة الجهود التي بذلت من أجل الإفراج عن عميد الأسرى سمير القنطار ورفاقه الأربعة وجثامين عشرات الشهداء الأبطال من الفلسطينيين والعرب الذين خاضوا أشرس المعارك البطولية مع العدو الإسرائيلي, وضحوا بأرواحهم ورووا بدمائهم ارض فلسطين, موضحة أن صفقة التبادل تضم رفاة شهداء من الجبهة الديمقراطية لتحرير فلسطين.

إن الجبهة الديمقراطية, وهي تفخر بكل أسير محرر وبكل جثمان شهيد محرر تؤكد أنها قد أتمت كافة استعداداتها لاستقبال الأسرى وجثامين الشهداء الأبطال, ومن بينهم أعداداً من المئات من شهدائها من أبطال عملية ترشيحا "معالوت" وطبريا وعين زيف وبيسان وعشرات العمليات البطولية, وتدعو كافة فئات شعبنا الفلسطيني ومخيماته في لبنان إلى استقبال الأسرى والشهداء بعرس وطني موحد تحت راية استمرار النضال والمقاومة حتى تحرير كافة الأسرى من سجون الاحتلال الإسرائيلي.

إن الجبهة الديمقراطية تهنئ الشعبين اللبناني والفلسطيني والأمة العربية بهذا الانجاز الكبير, وتعبر عن تضامنها مع ذوي الشهداء وأسرهم, كما تتقدم بالتهاني الحارة للأسرى المحررين وذويهم وعلى رأسهم سمير القنطار ورفاقه الأربعة, وتجدد العهد على استمرار المقاومة حتى الإفراج عن كافة الأسرى والمعتقلين في السجون الإسرائيلية.

terça-feira, 22 de julho de 2008

PRISIONEIROS- Resistência e libertação





A RESISTÊNCIA E A LIBERTAÇÃO DOS PRISIONEIROS
















Na foto acima, constata-se que a maioria dos caixões está envolta com a bandeira palestina. Essa é a primeira mensagem, que a resistência à ocupação sionista, comandada no Líbano pelo Hezbollah, apresenta: a preocupação com a libertação dos mártires e prisioneiros é um assunto que diz respeito a todos e qualquer movimento/partido, independente da nacionalidade, credo dos prisioneiros ou restos mortais dos mártires e independente da ideologia dos partidos e organizações de resistência.

Num desses caixões está o corpo da mártir Dalal El Moghrabi. Dalal é palestina e símbolo histórico da resistência. Aí está a segunda mensagem que o Hezbollah apresenta: a resistência palestina de Dalal é anterior a criação/ fundação do Hezbollah, portanto a história é respeitada, a memória valorizada, o patrimônio é comum a todos que pertencem às fileiras da resistência.

Sobre esse ponto de respeitar as organizações e militantes mais antigos, no Brasil algumas pessoas e organizações árabes, costumam ignorar a história e acreditam que tudo começou a partir de suas organizações. Isso é triste e desastroso e demonstra que muito ainda têm que aprender com as lições da recente história.

A terceira mensagem contida no episódio da libertação dos prisioneiros é que Israel não massacrou o Líbano em 2006 por causa dos dois soldados capturados pelo Hezzbollah antes do inicio da guerra de 2006: eles valem tanto assim que não poderia ter efetuado uma negociação antes de massacrar o Líbano e evitar as 1220 mortes libanesas e seus dois próprios soldados? Portanto fica evidente que o objetivo de Israel não era resgatar os soldados capturados, mas impor uma derrota estratégica à resistência libanesa. A troca dos prisioneiros, da maneira como ocorreu, põe um fim à dúvida que alguns desavisados bem mal informados ainda tinham de quem venceu a guerra de 2006.

A quarta mensagem é que a libertação de Gilad Shalit , mantido prisioneiro pela resistência palestina, terá um custo muito alto para Israel. Dois nomes , entre os mais de 11000 prisioneiros palestinos, devem ter destaque na lista, são dois líderes: Marwan Barghouthi do Fatah e Ahmad Saadat da Frente Popular. Além é claro das mulheres, menores de idade e centenas de outros prisioneiros pertencentes às demais organizações da resistência palestina.

Essas quatro mensagens me chamaram a atenção. Existem outras mensagens a tirar do episódio que poderão ser observadas nas matérias abaixo.

Emir Mourad

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Em dia de festa, libaneses se unem e cantam vitória


Folha de São Paulo- 17/07/08




TARIQ SALEH
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE BEIRUTE

Os cinco libaneses indultados por Israel dentro do acordo com o Hizbollah foram recebidos como heróis ontem no Líbano por uma multidão de centenas de milhares de pessoas que lotou as ruas de Dahiyeh, subúrbio xiita de Beirute, para ouvir o líder da milícia xiita celebrar o que vê como vitória.

Em discurso televisionado após breve aparição ao vivo para apresentar os indultados, Hassan Nasrallah prometeu aos libaneses uma nova era contra Israel: "Esta negociação com o inimigo mostrou que foi uma grande vitória libanesa e palestina, um objetivo atingido por toda a resistência. A era de derrotas terminou, estamos agora numa era de conquistas".

Em seu discurso, Nasrallah criticou os demais países árabes por nada fazerem para libertar milhares de militantes palestinos que continuam em prisões israelenses. "A resistência libanesa provou que é a legítima representante da identidade de toda a região e a da luta do povo árabe por sua liberdade", declarou ele.Antes da celebração, os ex-prisioneiros libaneses Samir Kuntar, Khader Zaidan, Maher Kourani, Mohammed Surour e Hussein Suleiman chegaram em um helicóptero das tropas de paz da ONU para uma cerimônia oficial no aeroporto.

Em outro sinal de que o episódio extrapolou as linhas sectárias e partidárias no país, um porta-voz da Presidência -ocupada pelo recém eleito Michel Suleiman, cristão- definiu o dia como uma "data nacional", celebrada com feriado.


Suleiman, o premiê Fuad Siniora e o presidente do Parlamento, Nabih Berri, os receberam em um tapete vermelho. "A resistência conseguiu uma importante vitória contra o inimigo, trazendo de volta cinco cidadãos libaneses e mostrando ao mundo que a soberania libanesa sempre prevalecerá", declarou o presidente.

A troca de prisioneiros foi vista por analistas como uma ampla vitória política do Hizbollah, que consolidou sua supremacia no Líbano, com forte presença e poder de veto no governo, e também angariando a simpatia de árabes na região.

Para Amal Saad-Ghorayeb, do Centro Carnegie para o Oriente Médio, o governo libanês terá uma difícil tarefa de pôr em sua agenda a questão do arsenal do grupo xiita. "O Hizbollah mandou uma mensagem ao mundo de que Israel conhece apenas a linguagem da força militar. Com os seus objetivos alcançados, os políticos que queriam o desarmamento do grupo ficam enfraquecidos."

Já de acordo com o diretor do departamento de Ciência Política da Universidade Americana de Beirute, Hilal Khashan, o Hizbollah também impôs uma derrota moral para a política dos EUA para a região. "Temos um cenário em que os americanos e seus aliados árabes [como Egito e Arábia Saudita] estão desmoralizados. Prisioneiros árabes foram libertados por um grupo guerrilheiro, coisa que nenhum governo árabe obteve com negociações", disse.

"O Hizbollah pode ainda impor novas derrotas morais para o governo israelense, provocando um conflito como o de 2006. A tensão ainda é grande."

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Troca de prisioneiros é "falha estratégica" de Israel, diz analista

http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u422670.shtml

16/07/2008

FERNANDO SERPONE da Folha Online

A troca de prisioneiros com o grupo radical xiita Hizbollah, baseado no Líbano, realizada nesta quarta-feira, representa uma "grande falha estratégica" do governo de Israel", na opinião de Ely Karmon, pesquisador sênior do Instituto para Contra-Terrorismo de Israel.

"Deveria haver uma estratégia clara do governo sobre qual é o preço para libertar soldados, e claramente, para conseguir corpos em troca da libertação de terroristas responsáveis pelo assassinato de dezenas de pessoas", disse Karmon, PhD em Ciências Políticas pela Universidade de Haifa, em entrevista por telefone à Folha Online nesta terça-feira.

Para o especialista, como não há uma "estratégia clara" por parte do governo, o acordo irá tornar ainda mais difícil a libertação do soldado israelense Gilad Shalit, seqüestrado em 2006 pela organização radical palestina Hamas, que controla a faixa de Gaza. "O Hamas será ainda mais duro para negociar, mesmo que eles já estejam duros no preço que pedem: dezenas de terroristas que mataram centenas de israelenses, autores dos piores ataques da Segunda Intifada, pessoas que mataram 20 ou 30 pessoas em um ataque", diz Karmon.

Segundo Karmon, o acordo -- que ocorre após Israel realizar uma guerra, em 2006, para tentar libertar, sem êxito, os soldados, e que resultou na morte de 134 israelenses, entre civis e militares-- também fortaleceria o Hizbollah, tanto no Líbano quanto entre os palestinos, já que um famoso prisioneiro libanês e vários palestinos serão libertados. Além disso, ele critica o fato de o acordo ser fechado antes que se soubesse se os dois militares estavam vivos ou mortos.

Autor de "Coalitions of Terrorist Organizations: 1968-1990" ("Coalizões de Organizações Terroristas: 1968-1990"), Karmon vê ainda como um "erro" Israel ter tomado apenas quatro membros do Hizbollah como prisioneiros durante a guerra. "No passado, Israel fez milhares de prisioneiros na Síria, Egito e Jordânia. O Exército de Israel não se esforçou em conseguir prisioneiros, em ter moedas de barganha para negociar com o Hizbollah", diz.

O acordo --aprovado pelo gabinete de Israel por 22 votos a favor e apenas três contra-- resultou na entrega dos restos mortais dos reservistas Ehud Goldwasser e Eldad Regev em troca da libertação de quatro integrantes do Hizbollah e do terrorista Samir Kuntar.

Israel também devolverá ao Líbano os restos mortais de 190 integrantes do Hizbollah e de outros libaneses que morreram em diversas circunstâncias enquanto cruzavam a fronteira. O governo israelense entregará ainda à Autoridade Nacional Palestina (ANP) os corpos de membros de diversas organizações palestinas mortos nas últimas décadas.

O pacto foi mediado por negociadores apontados pela ONU e envolve ainda o envio de um relatório sobre um militar israelense desaparecido no Líbano em 1986, em troca de um relatório sobre diplomatas iranianos que também desapareceram durante a guerra civil libanesa.

Leia a seguir a íntegra da entrevista:


Folha Online - É a primeira vez que Israel troca prisioneiros por corpos?

Ely Karmon - Não. Na última [troca] feita pelo (ex-premiê israelense) Ariel Sharon, havia um prisioneiro, acusado de ter promovido a sua própria prisão e três corpos de soldados mortos pelo Hizbollah. Na ocasião, o preço que Israel pagou foi muito alto. Além de dois importantes membros de organizações xiitas, outros prisioneiros palestinos também foram libertados. Mas o problema com a troca atual é que ela ocorre após uma guerra que Israel fez a fim de libertar os dois soldados. E, nessa guerra, Israel teve 134 mortos, entre civis e militares. E, no final, paga um preço --que talvez não seja tão alto em uma troca, tento quatro ou cinco terroristas libertados-- mas nos âmbitos simbólico, psicológico e político, é um grande prêmio para [o líder do Hizbollah, Hassan] Nasrallah após a guerra, na qual Israel não conseguiu libertar os prisioneiros. E, pela forma que a negociação foi conduzida, não se sabia até o último momento se os soldados estavam vivos ou mortos, o que eu vejo como um grande erro do governo de Israel e da equipe negociadora.

Nações Unidas (Ban ki-Moon). Mas está claro que o Hizbollah levará o crédito por isso, aumentando a influência da milícia libanesa entre os palestinos. E também complica a libertação dos soldados de Israel nas mãos do Hamas. Por isso, vejo essa troca como uma grande falha estratégica do governo israelense. O Hizbollah irá aparecer como o "libertador" do povo palestino e libanês. Samir Kuntar, que será libertado, não é um membro do Hizbollah, era um terrorista de organizações palestinas. E ele é druso, o que terá influência na comunidade drusa no Líbano, que é dividida entre simpatizantes e opositores do Hizbollah.

Folha Online - Então essa troca não irá ajudar a libertar Shalit?

Karmon - Provavelmente irá aumentar o valor [da troca]. O Hamas será ainda mais duro para negociar, embora eles já estejam sendo duros no preço que pedem: dezenas de terroristas que mataram centenas de israelenses, autores dos piores ataques da Segunda Intifada, pessoas que mataram 20, 30 pessoas com um ataque. Agora, o Hamas tem o exemplo fornecido pelo Hizbollah a seguir. Em entrevistas à imprensa, os membros do Hamas se mostram felizes com o que houve, porque dá mais espaço para demandas a Israel.

Folha Online - Por que Israel decidiu aprovar o acordo?

Karmon - Na troca realizada por Sharon há alguns anos, a maior parte da opinião pública era contra. Mas ele a fez, apesar da pressão. Hoje, a imprensa israelense é muito favorável a essa troca, assim como parte da população e os militares. Esse é um processo que começou com o primeiro seqüestro de soldados, após Israel se retirar do Líbano, em maio de 2000. Houve uma falta de reação do governo de Israel (ao seqüestro), em outubro de 2000. Então, houve a troca feita por Sharon, e os fracos resultados da Guerra do Líbano, em 2006. Há ainda o fato de que quase não fizemos prisioneiros oficiais --Israel praticamente fez quatro guerrilheiros prisioneiros. No passado, Israel fez milhares de prisioneiros na Síria, Egito e Jordânia. Agora temos quatro. O Exército de Israel não se esforçou em conseguir prisioneiros, em ter moedas de barganha, para negociar com o Hizbollah.

Folha Online - O sr. crê que essa negociação possa mudar as relações entre Israel e o Líbano?

Karmon - Não. O premiê [Fuad] Siniora já declarou que essa é uma grande vitória para o Hizbollah e o Líbano. E o novo presidente do Líbano, general (Michael) Suleiman, conhecido general cristão pró-Síria, em uma conferência há dois dias, indicou que irá demandar as Fazendas de Shaba de volta. A região é um pequeno território que era ocupado pela Síria, e eles dizem agora que é território libanês. O Hizbollah ocasionalmente ataca Israel por causa desse território. Agora, o novo presidente indicou que, se Israel não devolver esse território, eles irão liberá-lo pela força. Esse é o resultado da fraqueza de Israel nas negociações com o Hizbollah.

Folha Online - O sr. crê que essa troca possa fortalecer o premiê israelense e seu governo?


Karmon - Não. Em termos políticos, eles mostraram sua fraqueza. Talvez, em outras condições, ele poderia usar isso para se beneficiar, mas hoje ele não está em posição para ganhar pontos sobre isso, principalmente, porque os soldados devem estar mortos. Ao ver os corpos chegando amanhã (quarta-feira) à nossa fronteira, acho que as pessoas irão entender que foi um preço alto. Eu entendo as famílias e pais daqueles que foram mortos, que tem o interesse em ver suas crianças de volta pra casa, mesmo que estejam mortos. Para enterrá-los em cerimônia com toda família e amigos. Mas há um grau de interesse estratégico no plano político, mesmo entre os militares. Os militares dizem "devemos trazer de volta, a qualquer preço, um soldado, pois ele é enviado para lutar e tem o direito de ser trazido de volta pelo Estado. O problema é que as decisões --iniciadas há muito tempo-- sobre como se comportar "vis-a-vis" com o Hizbollah, como se comportar com o Líbano, têm sido errôneas. Essa é a situação atual, que irá piorar a situação em um futuro próximo.

A troca atual irá diminuir nosso poder de barganha com o Hamas e outros grupos. Se houver novos seqüestros de soldados, como poderemos dizer aos soldados. "Não podemos liberá-los porque decidimos parar com essa seqüência de acontecimentos?" Isso já devia ter sido pensado há anos atrás, e deveria haver uma estratégia clara do governo sobre qual é o preço para libertar soldados, e claramente, para conseguir corpos em troca da libertação de terroristas responsáveis pelo assassinato de dezenas de pessoas.

Folha Online - Segundo a religião judaica você deve ter o corpo para provar a morte?

Karmon - Não é para provar, você pode provar mesmo se você sabe que há um corpo na mão dos inimigos. Há um aspecto religioso que diz que temos de fazer tudo o que podemos para libertar prisioneiros. Mas, novamente, você deve pensar nas conseqüências, e na influência que isso tem nas famílias dos que morreram com o terrorismo. Há várias famílias que foram vítimas de terrorismo nesse país, não apenas as que foram seqüestradas pelo Hizbollah ou pelo Hamas, mas aqueles que tiveram civis e militares mortos nessa guerra.

Há pessoas, inclusive no alto escalão do governo, que aceitam esse preço. Mas, eu acho que, nesse caso, as considerações políticas foram mais altas que o interesse estratégico do país a longo prazo.

Folha Online - Cria-se um precedente perigoso...

Karmon - O precedente irá continuar. Após um acordo negativo, iremos a outro.


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Militares de Israel protestam pela libertação de soldado capturado

http://www1.folha.uol.com.br/folha/bbc/ult272u425109.shtml

22/07/2008

GUILA FLINTda BBC Brasil, em Tel Aviv

A pressão em Israel pela libertação do soldado israelense Gilad Shalit, capturado por militantes palestinos da Faixa de Gaza há dois anos, cresceu depois que o governo de Israel concluiu a troca de prisioneiros com o Hizbollah, na semana passada.

Nesta terça-feira, dezenas de colegas de Shalit --soldados que começaram a servir o Exército junto com ele-- fizeram uma passeata em Tel Aviv para pressionar o governo a "cumprir sua obrigação moral de trazer Gilad de volta para casa".

Os soldados, que no mesmo dia terminaram o serviço militar, marcharam em direção ao Ministério da Defesa.

Eles disseram que o governo tem a "obrigação moral" de fazer todos os esforços para trazer Shalit de volta para casa, pois é responsável por sua situação.

Um soldado, Yuri Tcherniakov, disse ao canal público da TV israelense que o grupo pretende "agir de todas as formas possíveis para elevar a consciência do público em relação a questão de Gilad e pressionar o governo a libertá-lo".

Comício

Os militares também participaram de um comício na Praça Rabin, em Tel Aviv, em que pediram que o governo pague o preço necessário para libertar Gilad Shalit.

"Em vez de ir à praia ou comprar imediatamente uma passagem e viajar para o exterior, como a maioria dos soldados recém-liberados do Exército fazem, os colegas de Gilad estão aqui nos apoiando e lhes agradeço do fundo do meu coração", disse Noam Shalit, pai de Gilad, em um discurso no evento.

A familia de Shalit e seus colegas iniciaram uma campanha pública para exercer pressão sobre o governo.

A prima de Shalit, Yfat Shalit, disse à rádio pública de Israel que "todos sabem que o preço pela libertação de Gilad será alto e doloroso".

"Sabemos que o preço será doloroso, mas quem pensa que Gilad será libertado sem que Israel pague um preço alto, se engana. Não haverá outro jeito, o governo terá que pagar o preço", disse.

Sigilo

O ministro da Defesa, Ehud Barak, exigiu que seja mantido sigilo acerca da situação das negociações pela libertação do soldado.

De acordo com a imprensa local, o Hamas exige a libertação de centenas de prisioneiros palestinos em troca do soldado, inclusive do líder do Fatah, Marwan Barguti, acusado de assassinato de israelenses e condenado à prisão perpétua.

O Hamas também exige a libertação de todas as mulheres e de todos os menores de idade palestinos detidos nas prisões israelenses.

O governo de Israel mantém a posição de "não libertar prisioneiros com as mãos manchadas de sangue".

Porém, de acordo com pesquisas de opinião, houve um aumento do apoio da opinião pública à libertação de prisioneiros palestinos que estiveram envolvidos na morte de israelenses em troca do soldado.

Segundo uma pesquisa divulgada por um dos maiores sites de noticias do país, o Ynet, 70% dos israelenses concordam com a libertação de prisioneiros "com as mãos manchadas de sangue de israelenses", para soltar Gilad.

O soldado foi capturado em um posto de fronteira de Kerem Shalom (sul de Israel), perto da Faixa de Gaza, em 25 de junho de 2006.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

FEPAL - Nota de falecimento


FALECEU NO DIA 6 DE JULHO DE 2008, O NOSSO QUERIDO AMIGO, FILHO DA PALESTINA E DA COMUNIDADE PALESTINA NO BRASIL, MILITANTE DA CAUSA DO SEU POVO, BRASILEIRO NATURALIZADO E PREFEITO DE DEIR DEBWAN, NA PALESTINA OCUPADA, O IRMÃO ADIB YUSUF ABDEL HAQ.

AOS FAMILIARES E AMIGOS TRANSMITIMOS NOSSO PROFUNDO SENTIMENTO DE DOR E PESAR. O IRMÃO ADIB, COM SEU EXEMPLO DE LUTA E DETERMINAÇÃO, SEMPRE ESTARÁ PRESENTE EM NOSSAS MENTES E CORAÇÕES.

ALLAH IARHAMUHU


FEPAL – 07/07/2008



NOSSA HOMENAGEM AO IRMÃO ADIB:


" “Os brasileiros que moram aqui na Palestina participam (das eleições) com o maior orgulho porque são registrados para votar e sabem que participar é um dever”, disse o prefeito Adib Yusef Abdel Haq, um líder do Fatah eleito no ano passado para governar a cidade de cerca de 15 mil habitantes. "

Leia a matéria completa e assita ao vídeo:

BBC Brasil - 24 de janeiro, 2006

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"Deir Debwan, uma aldeia a um par de quilômetros de Ramallah, tem 15 mil habitantes, mil deles brasileiros. No dia 23 de dezembro de 2005, a Palestina realizou suas primeiras eleições municipais democráticas. Em Deir Debwan, 27 candidatos disputaram a prefeitura. Venceu Adib Yusef Abdel Haq, com 850 votos. Haq é brasileiro. Talvez seja o único prefeito do mundo que, aos olhos da lei, é tido como clandestino."

Matéria completa: http://www.revistapiaui.com.br/artigo.aspx?id=246&anterior=92007&unica=1&anteriores=1

ISRAEL, SIONISMO E RACISMO - Reporter torturado

Do triunfo à tortura

02/Julho/2008

O tratamento dado por Israel a um jovem jornalista palestino, ganhador de um prêmio, faz parte de um terrível padrão de atuação

por John Pilger

Duas semanas atrás concedi a um jovem palestino, Mohammed Omer, o Prêmio Martha Gellhorn de Jornalismo 2008. Criado em memória da grande correspondente de guerra estado-unidense, o preço destina-se a jornalistas que revelam a propaganda do establishment, ou "idiotices oficiais", como as chamava Gellhorn. Mohammed partilha o prêmio de £5.000 [€6.342] com Dahr Jamail. Com 24 anos, ele é o mais jovem vencedor. A sua condecoração pública diz: "Todos os dias ele relata de uma zona de guerra, onde também é um prisioneiro. Seu lar, Gaza, está cercado, privado de alimento, atacado, esquecido. Ele é uma testemunha profundamente humana de uma das maiores injustiças do nosso tempo. Ele é a voz dos que não têm voz". Sendo o mais velho de oito filhos, Mohammed viu a maior parte dos seus irmãos mortos ou feridos ou mutilados. Um bulldozer israelense esmagou a sua casa com a família lá dentro, ferindo seriamente a sua mãe. E ainda assim, diz um antigo embaixador holandês, Jan Wijenberg, "ele é uma voz moderada, instando a juventude palestina a não cultivar o ódio e a procurar a paz com Israel".

Levar Mohammed para Londres a fim de receber o seu prêmio foi uma grande operação diplomática. Israel tem um controle pérfido sobre as fronteiras de Gaza, e só com uma escolta da embaixada holandesa é que ele pôde passar. Na quinta-feira passada, ao voltar da sua jornada, ele devia encontrar-se na passagem (para a Jordânia) de Alleby Bridge com um responsável holandês, o qual o esperava do lado de fora do edifício israelense. Sem que percebesse Mohammed fora capturado pela Shin Bet, a infame organização israelense de segurança. Disseram a Mohammed para desligar seu telemóvel e remover a bateria. Ele perguntou se podia telefonar à escolta da embaixada e foi-lhe dito brutalmente que não. Um homem examinou a sua bagagem, escarafunchando seus documentos. "Onde está o dinheiro?", perguntou ele. Mohammed entregou-lhe alguns dólares americanos. "Onde estão as libras inglesas que você tem?"

"Percebi", disse Mohammed, "que estava à procura do dinheiro do prêmio Martha Gellhorn. Disse-lhe que não estava comigo. 'Você está mentindo', disse ele. Fui então cercado por oito oficiais do Shin Bet, todos armados. O homem chamado Avi ordenou-me que tirasse as calças. Eu já passara por uma máquina de raios X. Fiquei reduzido às minhas cuecas e disseram-me para tirar tudo. Quando recusei, Avi pôs a mão sobre a sua arma. Comecei a gritar: 'Por que está a tratar-me deste modo? Sou um ser humano'. Ele respondeu: 'Isto não é nada em comparação com o que você verá agora'. Ele sacou a arma, pressionando-a contra a minha cabeça e com todo o peso do seu corpo sobre o meu lado removeu à força as minhas cuecas. Ele fez-me então efetuar uma remexida espécie de dança. Outro homem, que estava a rir, disse: 'Por que você trouxe perfume? ' Respondi: 'São prendas para pessoas que amo'. E ele disse: 'Ah, então você tem amor na sua cultura? '

"Quando me ridicularizavam, eles deliciavam-se a zombar das cartas que havia recebido de leitores na Inglaterra. Estive sem água e comida e casa de banho durante 12 horas, e tendo sido mantido de pé as minhas pernas prendiam-se. Vomitei e desmaiei. Tudo o que me lembro é de um deles a enfiar, raspar e arranhar com as suas unhas a carne delicada por trás dos meus olhos. Ele escavou minha cabeça e enfiou seus dedos próximos dos nervos da audição entre a minha cabeça e o tímpano. O sofrimento tornou-se mais agudo quando ele enfiou dois dedos ao mesmo tempo. Outro homem tinha a sua bota de combate sobre o meu pescoço, pressionando-o no chão duro. Fiquei ali por mais de uma hora. A sala tornou-se uma jaula de sofrimento, ruído e terror".

Foi chamada uma ambulância e disseram-lhe para levar Mohammed para um hospital, mas só depois de assinarem uma declaração de indenização aos israelenses pelo seu sofrimento durante a sua custódia. O médico palestino recusou, corajosamente, e disse que contataria a escolta da embaixada holandesa. Alarmados, os israelenses deixaram que a ambulância seguisse. A resposta israelense foi na linha habitual de que Mohamed era "suspeito" de contrabando e "perdeu o equilíbrio" durante um interrogatório "regular", relatou ontem a Reuters.

Grupos israelenses de direitos humanos documentaram a rotina da tortura de palestinos por agentes do Shin Bet com "pancadas, amarrações penosas, inclinações para trás, estiramento corporal e prolongada privação do sono". A Anistia desde há muito relata a utilização generalizada de tortura por Israel, cujas vítimas emergem como meras sombras do que eram antes. Alguns nunca retornam. Israel está num lugar elevado na tabela internacional pelos seus assassinatos de jornalistas, especialmente jornalistas palestinos, que mal recebem uma fração da espécie de cobertura que foi dada a Alan Johnston da BBC.

O governo holandês diz que está chocado pelo tratamento de Mohammed Omer. O ex-embaixador Jan Wijenberb afirma: "Isto não é de modo algum um incidente isolado, mas parte de uma estratégia a longo prazo para demolir a vida social, econômica e cultural palestina... Tenho consciência da possibilidade de Mohammed Omer ser assassinado por atiradores israelenses ou por ataques a bomba no futuro próximo".

No momento em que Mohammed recebia o seu prêmio em Londres, o novo embaixador israelense na Grã-Bretanha, Ron Proser, queixava-se publicamente de que muitos britânicos já não apreciam a singularidade (uniqueness) da democracia de Israel. Talvez a apreciem agora.

O original encontra-se em The Guardian e em http://www.uruknet.de/?p=m45350&hd=&size=1&l=e

Este artigo encontra-se em http://resistir.info/

Paulo Rogério Ferreira e Stella Alves pela coordenação da ASCJM RG/RS "No me esperes para la cosecha pues estaré sembrando""Che Guevara"

FEPAL - Embaixador da Palestina visita comunidades


“Os palestinos estão adaptados ao Brasil”


http://www.aplateia.com.br/geral11.php

Segunda-Feira 30 de Junho de 2008



Na quinta-feira e parte de sexta-feira, esteve em Sant'Ana do Livramento Ibrahim Al Zeben, embaixador da Palestina no Brasil. Al Zeben conversou na manhã de sexta-feira com A Platéia enquanto tomava o café em um dos hotéis da cidade:

A Platéia:Qual o objetivo da visita a Sant'Ana do Livramento?

Ibrahim Al Zeben: Estou fazendo um giro em várias cidades do Rio Grande do Sul. Comecei por Porto Alegre, visitei Santa Maria, onde temos uma comunidade palestina e temos também assentados alguns refugiados palestinos recém-chegados aqui no país. Então, é uma visita rotineira de cortesia às autoridades e às comunidades palestinas.

AP: Já conhecia Sant'Ana do Livramento?

Ibrahim Al Zeben: Sim, mas não tão bonita como agora. Eu estive aqui em 1995 e não era tão bonita e próspera. Quero cumprimentá-los por esses progressos.

AP: O número de palestinos em relação àquela época aumentou?

Ibrahim Al Zeben: Acho que não. Antes havia mais palestinos.

AP: Nota-se que dos povos estrangeiros, os palestinos são uns do que mais cultivam hábitos da terra natal. A que se deve esse fato?

Ibrahim Al Zeben: Qualquer estrangeiro no exterior vai ter saudades de casa, de suas raízes. É normal e sadio um refugiado ou estrangeiro conservar as suas raízes culturais. É sadio, natural e humano. E os palestinos aqui conservam grande parte da sua tradição, seja cultural, religiosa ou culinária. Mas eles também se entregam por inteiro ao país que moram. Neste caso, os palestinos no Brasil são muito bem adaptados, muito bem integrados, são brasileiros, em primeiro lugar e com origem e raiz palestina.

AP: E como percebe a relação dos palestinos com o povo brasileiro?

Ibrahim Al Zeben: Excelente. Já me considero veterano nessa matéria, pois desde 1975 estou relacionado com a América Latina e nesse tempo estive servindo em muitos países latino-americanos nesses 33 anos. Venho observando que o palestino é muito adaptado e muito integrado as sociedades latino-americanas e também muito ativo não só no comércio, mas no ramo cultural e na política. Isso é um sinal positivo de integração.

AP: Se Palestina e Israel chegassem a um acordo definitivo de paz, os palestinos poderiam voltar, em parte, à terra natal?

Ibrahim Al Zeben: É um direito o retorno, só que os palestinos se sentem muito bem aqui e adotaram o Brasil como um país seu também. Mas, uma vez que a paz seja uma realidade, o Estado palestino tem que outorgar este direito, indiscutível, a qualquer um que queira voltar à Palestina. Eu duvido que tenha um retorno maciço, embora seja um direito. É uma felicidade ter duas pátrias onde pode amar e sentir-se bem e integrado.

AP: E o processo que envolve a paz está próximo de chegar?

Ibrahim Al Zeben: A paz é a nossa esperança de que seja uma realidade. Temos esperança de que seja até o fim do ano. Ainda, a realidade indica que o processo é um pouco lento, porque Israel não dá sinais de que vai cumprir com o seu dever. Israel impede a criação do Estado palestino e a conclusão desse processo de paz, que, obviamente, nós estamos lutando de maneira ferrenha com toda a nossa energia para alcançá-lo.

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سفير فلسطين في البرازيل يتفقد ابناء الجالية وتجمعات اللاجئين في عدة مدن برازيلية

Comunidade palestina no Brasil e embaixador da Palestina

برازيليا 25-07-2008وفا- قام سفير فلسطين في البرازيل إبراهيم الزبن بجولة ميدانية للاطلاع على تجمعات اللاجئين في البرازيل وكبرى تجمعات الجالية الفلسطينية في البلاد شملت ثماني مدنورافق الزبن في جولته رئيس اتحاد المؤسسات البرازيلية الفلسطينية عليان علاء الدين ورئيس الجمعية الفلسطينية في اوروغوايانا رياض بركات، حيث كان في استقبال الوفد رؤساء البلديات والمجالس التشريعية في اروروغوايانا وبارا دي كوارايي وكوارايي.

وأطلع الوفد المسؤولين المحليين البرازيليين على آخر التطورات الفلسطينية، وناقشوا الدور الايجابي الذي تلعبه الجاليات الفلسطينية في تطوير الاقتصاد البرازيلي.

واطلع السفير الزبن على أوضاع اللاجئين الفلسطينيين الذين تستضيفهم البرازيل في عدة مدن.

وذكرت السفارة الفلسطينية في برازيليا في بيان لها، أن أكثر من خمسين عائلة فلسطينية كانت قد قدمت للبرازيل منذ تسعة أشهر من مخيم الرويشد على الحدود العراقية، تحت أشراف المفوضية العليا لشؤون اللاجئين.
واطلع السفير والوفد المرافق له على معاناة اللاجئين، الذين يمرون بمرحلة تأقلم صعبة بحكم طبيعة البلد وثقافته ولغته ومناخه المختلف كليا عن الأجواء الشرقية.

ويقوم اتحاد المؤسسات الفلسطينية البرازيلية بالتنسيق مع المفوضية العليا لشؤون اللاجئين من أجل رفع مستوى الخدمات للاجئين وتيسير تأقلمهم، من خلال توفير مترجمين ومرافقين ودروس في اللغة البرتغالية

وكان السفير الزبن قد شارك في بداية جولته في ملتقى للمؤسسات الفلسطينية في بورتو اليغرى، حيث رعى تأسيس لجنة حق العودة التي تضم رؤساء جمعيات فلسطينية ولاجئين جدد وشخصيات اعتبارية برازيلية

Tradução:

O embaixador da Palestina no Brasil, Sr. Ibrahim Al Zeben, realizou visitas à oito cidades para acompanhamento das famílias de refugiados palestinos e as das maiores comunidades palestinas no Brasil.
Acompanharam o Embaixador o Presidente da FEPAL- Federação Árabe Palestina do Brasil, Sr. Alayan Aladdin, o Presidente da Sociedade Palestina de Yruguiana, Sr. Read Barakat. Eles foram recebidos pelos prefeitos e vereadores de Uruguaiana, Barra do Quarai e Quarai.

Nas reuniões com as autoridades municipais e a delegação palestino-brasileira, foram apresentados relatos sobre as últimos acontecimentos no cenário palestino e o importante papel da comunidade palestina no desenvolvimento econômico e social.

O Embaixador Al Zebn falou sobre a situação dos refugiados palestinos recebidos pelo Brasil que encontram-se em várias cidades.

Num comunicado da Embaixada, relata que mais de 50 familias palestinas vieram ao Brasil provenientes do acampamento Ruweished, situado na fronteira iraquiana, sob os auspícios do ACNUR - Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados.

O embaixador e as lideranças da comunidade palestina realtaram as dificuldades e sofrimentos que passam os refugiados nessa etapa difícil de adaptação à cultura, ao idioma e às variadas diferenças de usos e costumes entre o ocidente e o oriente.

A FEPAL desenvolve uma coordenação com a ACNUR com o objetivo de elevar a ajuda assistencial para os refugiados e facilitar o processo de adaptação dos mesmos, através de tradutores, assistentes e o aprendizado do idioma português.

O Embaixador Al Zeben, antes do inicio de sua visita às cidades, participou de um encontro com as comunidades e entidades palestinas, ocorrido em Porto Alegre, onde apoiou a fundação de um Comitê de Apoio ao Retorno, composto por representações dos refugiados, Presidentes das Sociedades Palestinas e autoridades e personalidades brasileiras.
Traduzido por Emir Mourad
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Prefeito de Uruguaiana, Embaixador da Palestina e comunidade


Câmara Municipal de Uruguaiana
Embaixador da Palestina visita Câmara Municipal de Uruguaiana
25/06/2008
O embaixador da Palestina no Brasil, Ibrahim Al Zeben, visitou a direção da Câmara Municipal de Uruguaiana no final da tarde de terça-feira passada. Acompanhado do presidente da Federação Árabe-Palestina do Brasil, Elayyan Taher Aladdin, o embaixador está realizando um roteiro de visitas às comunidades árabes-palestinas do Rio Grande do Sul. Na Fronteira Oeste do Estado, o embaixador manterá encontros com as comunidades árabes nas cidades de Uruguaiana, Santana do Livramento e Barra do Quaraí. Na Câmara Municipal de Uruguaiana, Al Zeben foi recebido pelo diretor geral do parlamento municipal Omar Tomalih. O embaixador destacou que a Autoridade Nacional Palestina deverá convocar eleições legislativas e presidenciais para o próximo ano. “O povo é a fonte de todos os poderes e temos esperança de que as eleições ocorram da forma mais pacífica possível. A paz deve ser uma opção estratégica e verdadeira de todo o nosso povo”, declarou. Esta é a segunda visita do embaixador Al Zeben ao município. A primeira ocorreu na década de 90.

URL: http://www.camarauruguaiana.rs.gov.br/?p=759

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Quaraí e a comunidade palestina


Embaixador da Palestina no Brasil visita Quaraí

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Embaixador da Palestina visita Barra do Quaraí



Reunião da FEPAL - Federação Árabe Palestina do Brasil



Reunião da Federação Árabe Palestina do Brasil

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“Os palestinos são muito integrados a população santanense”
http://www.aplateia.com.br/geral12.php
Segunda-Feira 30 de Junho de 2008



Comunidade palestina de Santana do Livramento - Monir Bruno

O médico urologista Monir Bruno Suleiman é o presidente da Sociedade Árabe-Palestina na cidade. Na tarde de sexta-feira, A Platéia foi entrevistá-lo para saber como funciona a sociedade e sobre como é a vida dos palestinos em solo brasileiro. Confira os principais trechos a seguir.

A Platéia: Como funciona a sociedade árabe-palestina em Sant'Ana do Livramento

Monir Bruno Suleiman: A sociedade palestina, a qual temos uma sede no Jardim Europa, congrega e faz com que todos os palestinos de origem árabe se reúnam para conversar, para jogar e para as crianças confraternizarem. É como qualquer clube social de outras nacionalidades, de italianos, portugueses, libaneses e assim por diante. Então, é a mesma coisa. É uma sociedade recreativa, um lugar para congregar. Se conversa sobre política, sobre os problemas da Palestina, mas é mais um lugar para conversarmos e nos reunirmos.

AP: A união entre a comunidade palestina é forte mesmo?

Monir Bruno Suleiman: A comunidade árabe-palestina aqui em Livramento é realmente unida por vários fatores. Um deles é a religião, já que de 90 a 95% dos palestinos do município são muçulmanos, então, a mesquita congrega a comunidade. O outro fator que cria essa união é o problema específico da Palestina, por serem, a grande maioria, pessoas que vieram contra a sua vontade no início, lá nas décadas de 40 e 50. Então para manter o laço e a união a gente procura sempre fazer essa reunião e manter essa harmonia na comunidade. Isso é muito importante, a pessoa se sente bem quando está com alguém que tem o mesmo pensamento. Não que se exclua alguém. A comunidade palestina, aqui em Livramento, é muito integrada à população santanense, tem vários profissionais liberais e a principal fonte de renda é o comércio, que a integra com a comunidade local. A gente faz o papel social, de cidadão brasileiro, mas é sempre importante manter as raízes. A gente não pode esquecer que nossos filhos têm que saber de onde eles vieram, a origem de seus avós. Procuramos manter esse elo com a pátria mãe que é a Palestina, pelos costumes, religião, cultura, música e a dança. Então é importante isso.

AP: Pode se dizer que vocês são metade brasileiros, metade palestinos?

Monir Bruno Suleiman: Com certeza. Esse é o maior objetivo da sociedade, manter os laços para que não se perca a identidade com o povo palestino, que sofre pelas guerras, opressão e ocupação israelense. O que faz com que o povo palestino seja muito sofrido, castigado. Então, procuramos manter essa história ligada, manter no coração das crianças, ensinando a língua, a cultura e os costumes para que não se percam.

AP: Essa integração com os brasileiros foi tranqüila então?

Monir Bruno Suleiman: O povo brasileiro sempre acolheu muito bem todas as outras raças e nacionalidades que, aqui, se instalaram e com os palestinos não foi diferente. O palestino tem a sua forma de ser diferente, assim como a língua, no início até com um pouco de dificuldade, mas depois foi se integrando na comunidade. A geração passada da minha era 90% comerciante, pequenas lojas, pequenos comércios. Hoje em dia, a segunda ou terceira geração, tem vários profissionais liberais, como médicos, advogados, engenheiros, e assim vai integrando cada vez mais o descendente de palestino com a comunidade, com os brasileiros. Isso vai se dando de forma muito tranqüila e muito pacífica. É uma integração normal como qualquer outra. O Brasil tem essa característica de acolher todo mundo da mesma maneira e isso facilitou para os palestinos que para cá vieram, que aqui ficassem.




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