domingo, 18 de julho de 2010

COMUNIDADE ÁRABE HOMENAGEIA O PRESIDENTE LULA

No dia 25 de março último, tive a honra de participar do jantar em homenagem ao Presidente Lula, no dia Nacional da Comunidade Árabe do Brasil. Foi um evento histórico tanto pela representação política presente como pelo sucesso da visita do Presidente, semana passada, à Palestina.


Estive representando a FEPAL- Federação Árabe Palestina do Brasil, a pedido do Presidente Alayyan, que por motivos de força maior, não pode comparecer. E como Diretor da FEARAB-SP – Federação de Entidades Árabes do Estado de São Paulo, integrei a delegação da entidade presente ao jantar, encabeçada pelo Presidente Eduardo Elias.

O evento foi organizado pela Câmara de Comércio Árabe Brasileira e contou com a presença de 1000 convidados, entre eles, delegações internacionais da FEARAB-AMÉRICA vindas do Chile, Argentina, Cuba, Uruguai, etc.

Dentre as autoridades que compuseram a mesa estavam:Presidente Lula, Governador Serra, Prefeito Kassab, Ministra Dilma Rousseff e mais 5 Ministros (de origem árabe), Presidente da Câmara Deputado Michel Temer, Senador Tuma, Senador Suplicy, vários Deputados Federais, Estaduais e vereadores. Alem dos 13 embaixadores árabes credenciados no Brasil, o Presidente da FIESP Skaf e várias outras autoridades.

Tive o prazer de conhecer o embaixador da Líbia no Brasil, Dr. Salem Ezubed, que comentou sobre o Primeiro Festival Cultural Brasil-Libia. O Festival está sendo organizado pela Embaixada do Brasil na Líbia,Embaixador George Ney, com apoio da Construtora Queiróz Galvão (empresa para a qual trabalho na Líbia). O evento ocorrerá no fim de abril e inicio de maio próximos, nas cidades de Trípoli e Benghazi.

O Brasil começa a despontar com mais força como interlocutor nos assuntos internacionais e no discurso de Lula (texto anexo) fica evidente esse envolvimento na questão do Oriente Médio, em especial a questão palestina. Outro fato determinante é a diversificação das parcerias do Brasil no comércio exterior, em especial a crescente balança comercial Brasil-paises árabes nos últimos 8 anos.

O discurso de Lula foi o mais histórico e importante já realizado sobre o Oriente Médio e a questão palestina (ele improvisou, pois o discurso que estava pronto ele descartou em publico). Lula criticou duramente Israel por ter construído o muro da vergonha de 750 km e apresentou a solução do conflito como sendo um problema de todas as nações civilizadas membros da ONU, não sendo, portanto, um assunto bilateral, mas multilateral, pois foi a ONU que criou o problema e a tragédia do povo palestino.

Cabe ressaltar que o jantar transcorreu durante o Festival Sul Americano da Cultura Árabe (18 a 31 de março) com ampla divulgação na mídia, e que tem como Coordenador o Prof.Dr. Paulo Farah que estará conosco na Líbia durante o Festival Cultural. Paulo Farah é Diretor Presidente do Espaço Bibliaspa.


Emir Mourad


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Links relacionados com a matéria:

- Discurso do Presidente Lula durante a homenagem da comunidade árabe

'Nós nos sentimos árabes', diz Lula

- Centro de Cultura e Pesquisa Árabe-Sul-Americano: Espaço BIBLIASPA.

- Ministro da Cultura inaugura o Espaço BIBLIASPA

- Discurso do Ministro da Cultura na inauguração do espaço BIBLIASPA

LULA E O ORIENTE MÉDIO – ENFIM, EXISTE NO MUNDO “ALGO” CHAMADO BRASIL

Laerte Braga
20/3/2010


O que a grossa e esmagadora maioria dos jornalistas da grande mídia não enxergou nas críticas que fez, ou até nas ironias à viagem do presidente Lula a países do Oriente Médio, é que Lula não foi fazer mágica, solucionar um conflito milenar, tampouco assumir responsabilidades pela paz naquela região do mundo.

Foi deixar claro, sobretudo ao governo de Israel, que existe um país chamado Brasil, com cerca de oito milhões de quilômetros quadrados, o maior país da América Latina, que emerge como potência política e econômica na configuração da chamada nova ordem econômica mundial e entende que o povo palestino está sendo lesado em seus direitos legítimos de um Estado (reconhecido pela ONU). Por tabela, mostrar a esse mesmo estado de Israel e aos EUA, que o Irã, como qualquer país do mundo, tem direito a buscar seu desenvolvimento na forma determinada pelo seu povo.

O presidente do Irã foi eleito e reeleito pelo voto direto dos iranianos, ao contrário dos aliados árabes dos norte-americanos no Egito, na Arábia Saudita, na Jordânia, ditaduras sustentadas por Washington.

A intolerância no Irã parte dos vencidos. Só vale a democracia quando vencem.

Ao não colocar flores no túmulo do fundador do sionismo, doutrina nazi/fascista (muitos colaboraram com o regime de Hitler contra o próprio povo judeu) procedeu como o fizeram o presidente da França e outros, que não reconhecem em Israel o poder de determinar como deve ser o Oriente Médio. Ou suas políticas terroristas e expansionistas. A violência e a barbárie do sionismo montado nas armas nucleares que não querem que o Irã tenha. Mas têm.

Ao deixar a região Lula deixou também registrado, que ali está presente um país de oito milhões de quilômetros quadrados, com quase 200 milhões de habitantes, que, na avaliação dos próprios “donos do mundo” em quatro anos estará ultrapassando economias mais poderosas e em vinte anos, mantidos os rumos do atual governo, ampliadas as conquistas populares, será uma das quatro grandes potências do mundo.

Isso desagrada profundamente à grande mídia brasileira. É venal, é instrumento de ação de governos e empresas estrangeiros, com cumplicidade de nossas elites econômicas, notadamente os EUA.

O embaixador Sérgio Amaral, ex-ministro de FHC, foi a um programa de televisão para com sua linguagem untuosa, servil, dizer que o Brasil está muito aquém de poder participar de processos políticos mais intrincados de negociações, quaisquer que sejam elas, que o presidente estava apenas procurando palco. Refletiu sua característica submissa, medíocre de pau mandado.

Sérgio Amaral é um dos implicados no primeiro escândalo do governo FHC, o da concorrência para o SIVAM (SISTEMA DE VIGILÂNCIA E MONITORAMENTO DA AMAZÔNIA). A concorrência fora vencida por uma empresa francesa e subornados pelo governo e empresa dos EUA, FHC, Sérgio Amaral e o embaixador Júlio César Gomes, o projeto foi parar em mãos da concorrente americana. É o Brasil que essa gente concebe, o BRAZIL, o deles e dos EUA.

Existem gravações das conversas para a marmelada e o ato de submissão. FHC foi chantageado pelos que gravaram. Nomeou para a chefia da Polícia Federal, num acordo, nem a grande mídia conseguiu esconder quando dos fatos, o irmão do autor das gravações. Mas comprou jornais, redes de tevê e revistas com uma verba extra, para ficar no silêncio, até porque, já havia entrado nessas organizações o dinheiro dos EUA.

O mesmo procedimento crítico teve o governador José Collor Arruda Serra, aproveitando-se da discussão dos royalties do petróleo. Como tem o controle da mídia (“o PT é um partido sem mídia e o PSDB é uma mídia com partido”), deu apoio ao governador do Rio Sérgio Cabral, sabendo que a maioria dos seus deputados, os deputados federais paulistas do seu partido, não votaria, como não votou, no projeto que publicamente ele defende. De catorze deputados federais tucanos, apenas quatro votaram como Serra disse que pensa, os outros dez votaram contra o que Serra pensa. O controle é dele, se tivesse determinado os deputados votariam como ele gostaria, ou diz gostar.

Mentiroso, cínico, só de olho nas eleições. Fala uma coisa e faz outra. Não tem caráter e nem tem dignidade ou compostura. É venal e as investigações do caso Arruda mostram as ligações de Arruda Serra e o caixa dois de sua campanha com o ex-governador de Brasília, por isso a frase “vote num careca e leve dois”.

Para essa gente não importa que o Brasil seja um país livre e soberano, senhor do seu destino e segundo a vontade de seu povo. Não querem isso, são subordinados aos EUA.

À época dos fatos até a FOLHA DE SÃO PAULO, em matéria assinada por Roberto Candelori, fala da inauguração do SIVAM, conta rapidamente a história da corrupção (pode ser vista na íntegra no blog de Paulo Henrique Amorim) e ao final escreve textualmente assim – “Documentos oficiais levantados pela Folha confirmam que, para os EUA, o Sivam significou uma vitória geopolítica. Suspeita-se de que, por ser um instrumento útil ao seu programa de combate ao tráfico, o sistema venha a tornar-se extensão do Plano Colômbia. Nesse caso, a "lei do abate", que permite a derrubada de aeronaves, sugere, no mínimo, cautela”.

E essa a característica dos críticos da diplomacia brasileira.

Outro funcionário norte-americano nos quadros da diplomacia brasileira, o embaixador Júlio Cesar Gomes, segundo a mesma FOLHA DE SÃO PAULO, à época do governo FHC, produziu o seguinte fato.

“O embaixador do Brasil na Itália, Paulo Tarso Flecha de Lima, foi informado na noite da quinta-feira de que será substituído. O mais cotado para assumir seu lugar é o ministro da Ciência e Tecnologia, Ronaldo Sardenberg, diplomata de carreira. O presidente Fernando Henrique Cardoso planeja, ainda, transferir Júlio César Gomes para o consulado de Nova York. Embaixador na FAO, organismo das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, com sede em Roma, Júlio César Gomes foi assessor de FH até a divulgação de grampos telefônicos em que ele se mostrava atuante nos bastidores da concorrência do projeto Sivam. A temporada de trocas nos postos mais cobiçados no Exterior terá seqüência com a definição do embaixador na Inglaterra, em substituição a Sérgio Amaral, convocado para assumir o ministério do Desenvolvimento”.

A presença de Lula no Oriente Médio cria um fato político de suma importância para todo o processo de paz naquela parte do mundo, desloca o eixo das negociações trazendo-o de volta as Nações Unidas e assim contraria interesses norte-americanos no petróleo, no controle da região, levando-se em conta que, quando derrotados na ONU os norte-americanos agem unilateralmente, como fez Bush no Iraque, desprezando solenemente a opinião de outros governos.

Esse concerto de nações, como se costuma dizer, só vale quando diz amém, ou aleluia. Se não disser tem sempre um Sérgio Amaral subalterno e a serviço de potência estrangeira, para ir a um veiculo de comunicação – GLOBO – controlado por grupos estrangeiros e a serviço deles, dizer besteiras e vender mentiras.

O “boicote” do chanceler Von Ribentrop de Israel à presença de Lula no parlamento daquele país foi exatamente o temor da presença do Brasil, do peso do Brasil e das conseqüências que o fato gera.

A imprensa norte-americana tem dito que se o Irã fabricar artefatos nucleares a aviação de Israel ou a própria aviação dos EUA, vão lá e bombardeiam as instalações e usinas nucleares daquele país.

E quem vai explodir as de Israel e dos EUA?

É preciso remontar ao acordo de paz assinado entre Yasser Arafat e o primeiro ministro de Israel Itzak Rabin, mediado por Bil Clinton. Rabin foi assassinado por um fundamentalista judeu no dia da comemoração da paz. A paz foi por água abaixo.

Ali surge a figura do carrasco de Auschiwtz Ariel Sharon, extrema-direita, dando início a escalada da violência e da barbárie sionista contra palestinos em função dos “negócios”.

A paz não interessa aos sionistas. O próprio povo judeu ao aplaudir Lula, segundo os jornais de Israel “ovacioná-lo”, mostra o que todo mundo sabe. Quer a paz. Quem não quer são os “donos do poder”. O IV Reich. Tem sede em Tel Aviv, em Washington e em New York (Wall Street). A bandeira dessa gente traz ao meio a suástica e as torres de petróleo.

O que Lula fez foi azedar o leite do terrorismo sionista. A propósito, nem Obama agüenta mais o governo de Israel, é o que dizem jornais norte-americanos. Exagerou na estupidez e na boçalidade.

Quando da visita do presidente do Irã ao Brasil, uma ou duas semanas antes e sem ser convidado, veio aqui o presidente de Israel, Shimon Peres. Desceu em São Paulo, reuniu-se com o esquema FIESP/DASLU (controlado por sionistas) e foi visitar José Collor Arruda Serra. Só depois de conferenciar com os funcionários de potência estrangeira e empresas estrangeiras é que foi a Brasília visitar o ministro Celso Amorim e o presidente Lula. Ou seja depois de deixar as ordens aos subalternos.

E convidou Lula a visitar Israel.

Ao contrário do que disse o meloso e asqueroso embaixador Sérgio Amaral.

O ponto culminante da diplomacia desses caras foi quando o ministro das relações exteriores do Brasil, no governo FHC, Celso Láfer, retirou os sapatos, para ser revistado, no aeroporto de New York, obedecendo a ordens de agentes da imigração dos EUA, mesmo depois de ter se identificado.

É essa a diferença. O Brasil não era nada àquela época e agora é. Isso diminui o lucro desses caras, correm o risco de ficar “desempregados”. Apostam tudo na eleição de Serra para voltar a ser como dantes. De quatro e descalços.

Fonte: http://quemtemmedodolula.blogspot.com/2010/03/lula-e-o-oriente-medio-enfim-existe-no_7650.html

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