segunda-feira, 8 de agosto de 2011

CUT APÓIA O FIM DOS ACORDOS MILITARES E ECONÔMICOS ENTRE BRASIL E ISRAEL


CUT participa das manifestações do 1º de Maio na Palestina ocupada

28/04/2011

João Felício manifesta apoio à luta contra o terrorismo de Estado de Israel

Por Leonardo Severo



O secretário de Relações Internacionais da Central Única dos Trabalhadores, João Antonio Felício, representará a CUT na luta contra a ocupação militar e o terrorismo de Estado de Israel durante as comemorações do 1º de Maio na Palestina.

Na oportunidade, o professor João Felício estará acompanhado da secretaria-geral da Confederação Sindical Internacional (CSI), Sharon Burrow, que cumprirão extensa agenda, que inclui reunião com a Autoridade Nacional Palestina (ANP) e as centrais sindicais palestina e israelense, além de visitas a ONGs locais. A viagem de solidariedade ao povo palestino foi proposta pelos dois dirigentes e aprovada na última reunião do Conselho da CSI, que também decidiu pela realização de um Seminário Internacional na região, no segundo semestre do ano.

“O povo palestino é um exemplo de coragem, determinação e heroísmo. Nossa visita tem um caráter simbólico de luta contra a opressão desse povo que, apesar de morar há milhares de anos na região, vem tendo o direito à sua Pátria sistematicamente negado”, declarou João Felício. O líder cutista lembra que historicamente as delegações de sindicalistas palestinos estão entre as mais aplaudidas nos congressos da CUT, que sempre reitera o apoio à causa da libertação, contra a ocupação criminosa e desumana praticada pelo Estado de Israel.

João Felício explicou que a CUT defende “medidas concretas que garantam a paz na região”, pois “é inadmissível ficar indiferentes ao brutal desrespeito aos direitos humanos do povo palestino”. A presença na Palestina, acredita, “ajudará a ampliar a pressão internacional para que se garanta a autodeterminação do povo palestino”. Na oportunidade, frisou, vamos reiterar nossa mais enérgica condenação às políticas de ocupação israelense, que ignoram as resoluções da Organização das Nações Unidas (ONU), numa agressão às normas do direito internacional e dos próprios direitos humanos.

Infelizmente, lembra o dirigente cutista, neste momento cerca de seis mil palestinos se encontram como presos políticos nas prisões israelenses, enquanto prosseguem em Jerusalém as demolições de casas palestinas e sua substituição por unidades habitacionais para colonos judeus. A construção do muro do “apartheid”, que mantém ilhados centenas de milhares de palestinos em bantustões – semelhantes aos que eram submetidos os negros na África do Sul -  e os constantes bombardeios a Gaza, também são absurdos e abusos criminosos que exigem de todos a solidariedade militante, com ações que possam contribuir de forma relevante para a construção da paz.

Em nota a CUT lamenta o fato do Brasil ser o terceiro maior consumidor de armas de Israel, que através do Plano de Estratégia Nacional de Defesa, do Ministério da Defesa, e dos acordos de armas, contribui indiretamente com as ações de ocupação do território palestino. A Central defende que “é necessário que o governo brasileiro suspenda os atuais acordos e negociações bilaterais econômicas/militares entre o Brasil e Israel. Sendo inadmissível que o Tratado de Livre Comércio entre MERCOSUL e Israel se torne uma realidade”.

sábado, 6 de agosto de 2011

Organização denuncia relações militares entre Brasil e Israel


sexta-feira 8 de abril de 2011

O governo brasileiro assinou contratos no valor de centenas de milhares de dólares com a indústria de armamento de Israel.

BDS - BOICOTE, DESINVESTIMENTO E SANÇÕES PARA ISRAEL


Palestina Ocupada, 30 de Março 2011 – No terceiro dia de Ação Global de Boicote, Desinvestimento e Sanções contra Israel que teve lugar no Dia da Terra Palestina (30 de Março), anunciamos a publicação do desconcertante e potencialmente explosivo relatório da ONG Stop the Wall (em português - em inglês) sobre as crescentes relações militares entre o Brasil e Israel.

Apesar do recente reconhecimento do Estado da Palestina pelo Brasil, e da sua longa tradição em apoiar os direitos palestinos e a lei internacional, o Governo Brasileiro assinou contratos no valor de centenas de milhares de dólares com a indústria de armamento de Israel.

O fato que Isarel continue a exercer, há já várias décadas, a brutal e ilegal ocupação de Gaza, recusando os direitos dos refugiados palestinos, aumentando descaradamente as políticas de apartheid, e rejeitando toda e qualquer tentativa internacional de atingir um justo acordo de paz com Palestinos e Árabes, não deteve o Brasil de se tornar um dos mais significativos importadores mundiais de armas israelitas, muitas das quais promovidas como “testes de campo”.

O documento de 30 páginas mostra detalhes dos programas assinados com Israel no valor de quase mil milhões de dólares. Israel, por sua vez, reforçou a sua presença na indústria de armamento brasileira através de aquisições, joint ventures e parcerias estratégicas. 

Os esforços israelitas para obter um amplo estabelecimento no Brasil e, desta forma, penetrar também noutros países progressistas sul americanos não é mera coincidência. O Brasil mantém actualmente uma representação das suas forças armadas em Tel Aviv e recentemente assinou um acordo de cooperação de segurança entre com Israel, que permite a este último fazer negócios a um nível de segurança classificado “elevado”. A indústria militar israelita diz que de momento estão a ser preparados contratos no valor de vários milhares de milhões de dólares para a Copa de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016 no Brasil. Das sete empresas noticiadas nos jornais que se encontram em competição para obtenção de contratos, seis têm ligações provadas com crimes de guerra israelitas e/ou são suspeitas de estarem envolvidas em actividades de espionagem.

As principais empresas de armamento israelitas activas no Brasil – a Indústria de Aviação Israelita (IAI) e os Sistemas Elbit – para além de estarem directamente envolvidas no fornecimento de armamento ao exército de ocupação israelita, a ser usado para cometer o que o relatório das Nações Unidas “Goldstone” classifica como “crimes de guerra” e possíveis crimes contra a Humanidade, estão também implicadas na construção do Muro na Cisjordânia e na construção de infra-estruturas para colonatos, ambas violações graves do IV Acordo de Genebra e do Parecer Consultivo de 2004 do Tribunal Internacional de Justiça. Por exemplo, espingardas israelitas Tavor produzidas no Brasil são desenvolvidas e testadas durante ataques do exército israelita contra cidades palestinas sob ocupação.



Nota do Blog Sanaúd-Voltaremos: O relatório completo  da ONG Stop the Wall denunciando as relações militares entre Brasil e Israel foi publicado no Blog em 03 de abril de 2011

Além desse relatório, o Blog Sanaud-Voltaremos publicou mais 6 artigos sobre as relações militares entre Brasil e Israel:


02  -  03  -  04  -  05  -  06  - 07 




 


Comentário da Stop the Wall:

“Entrar em negócio com a indústria de armamento israelita põe seriamente em questão o apoio do Brasil aos direitos do povo palestino, pois estes contratos garantem que as guerras, ocupação e colonização israelitas continuem a gerar lucros. Mais: estes laços militares põem em questão o compromisso do governo brasileiro em apoiar os direitos humanos, paz e criação de um Estado Palestino e parecem contradizer as actuais alianças brasileiras e interesses na região. É preocupante que o Brasil entregue o dinheiro dos impostos dos seus cidadãos às empresas de armamento israelitas. O Brasil não pode conciliar a cumplicidade com as graves violações da lei internacional por parte de Israel e as aspirações a potência mundial emergente, defensora do respeito pela Lei Internacional e pelos Direitos Humanos.”

O Comité Nacional Palestino para o Boicote, Desinvestimento e Sanções (BNC) reitera o seu apelo ao governo brasileiro para que este acabe com todos os laços militares com Israel, pedindo:

a não ratificação e cancelamento dos acordos de cooperação de segurança com Israel; 

o encerramento imediato do posto das forças armadas brasileiras em Israel; a alteração dos regulamentos de contratos do exército brasileiro, de forma a que empresas que violam o direito internacional sejam excluídas dos concursos;

que seja assegurado que empresas envolvidas em violações do direito internacional sejam impedidas de se estabelecerem em território brasileiro através de meios indirectos, como aquisições de empresas, joint ventures ou licenças; 

que seja assegurado que empresas que violam o direito internacional sejam excluídas de contratos para a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos, pois não pode ter “fair play” o desporto que recompensa criminosos de guerra.

* Membros do BNC:

Council of National and Islamic Forces in Palestine General Union of Palestinian Workers Palestinian General Federation of Trade Unions Palestinian NGO Network (PNGO) Palestinian National Institute for NGOs Federation of Independent Trade Unions Global Palestine Right of Return Coalition Occupied Palestine and Syrian Golan Heights Initiative General Union of Palestinian Women Union of Palestinian Farmers Grassroots Palestinian Anti-Apartheid Wall Campaign (STW) National Committee for Grassroots Resistance Palestinian Campaign for the Academic and Cultural Boycott of Israel (PACBI) National Committee to Commemorate the Nakba Civic Coalition for the Defense of Palestinian Rights in Jerusalem


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