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sábado, 11 de junho de 2011

Israel prepara lobby contra admissão de palestinos na ONU


Israel prepara lobby contra admissão de palestinos na ONU

10 DE JUNHO DE 2011 - 13H40 

Portal Vermelho

O Ministério das Relações Exteriores de Israel instruiu seus diplomatas a evitarem que os países em que atuam apóiem a pretensão palestina de ser admitida como membro pleno da ONU (Organização das Nações Unidas) em setembro, informa nesta sexta-feira (10/06) o jornal Haaretz. 

Em mensagens diplomáticas, o diretor-geral, Rafael Barak, e outros altos cargos do ministério, pedem pressão "ao máximo nível possível" para convencer as autoridades de que apoiar a pretensão palestina equivaleria a deslegitimar Israel e frustrar qualquer futuro acordo de paz. 

Entre as instruções recebidas pelos diplomatas estão obter apoio das comunidades judaicas e ONGs locais, escrever artigos na imprensa para influir na opinião pública, reunir-se com políticos do mais alto nível e organizar visitas oficiais quando necessário. A chancelaria determinou aos embaixadores e ao pessoal diplomático que cancelem todos os planos de férias para setembro e pediu que apresentassem um plano de ação para os países em que trabalham. 

"O objetivo é conseguir com que o maior número de países se oponha ao processo de reconhecimento de um Estado palestino pela ONU", disse Ehud Barak aos diplomatas em comunicado enviado no último dia 2 de junho. "O primeiro argumento é que, ao perseguir este processo na ONU, os palestinos estão tentando atingir seus objetivos fora das negociações com Israel, o que viola o princípio de que o único caminho para resolver o conflito é através de negociações bilaterais", acrescenta a nota. 

O ministério prepara um "Fórum de Setembro", que terá como função "analisar os possíveis passos dados pelos palestinos e as opções de Israel para fazer o processo fracassar", iniciando um plano que una a diplomacia e os meios de informação. Os diplomatas terão que informar uma vez por semana a este fórum sobre as atividades realizadas neste sentido. 

Em outro comunicado enviado nesta semana às embaixadas da Europa Ocidental por um diretor da pasta, Naor Gilon, é especificado que a meta é "dar um impulso contra o reconhecimento de um Estado palestino em setembro fazendo com que um bloco significativo de países da União Européia exponha sua oposição às ações unilaterais palestinas o mais rápido possível". 

Israel sabe que os palestinos irão contar com a maioria necessária na Assembléia Geral da ONU, embora a decisão não possa ser cumprida se for rejeitada pelo Conselho Geral, onde os Estados Unidos e outros países têm poder de veto. 

O voto, no entanto, representaria uma vitória moral e diplomática para os palestinos, que não vêem outro caminho além da declaração unilateral de independência após o fracasso do processo de paz iniciado em setembro passado e que ficou estagnado três semanas depois por conta da recusa israelense em frear a expansão das colônias judaicas nos territórios palestinos ocupados. 

Fonte: EFE

http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=156198&id_secao=9


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