Ministério das Relações Exteriores
Nota nº 321 / 3 de agosto de 2015
Situação na Palestina e em Israel
O Governo brasileiro acompanha com extrema preocupação os
casos de violência contra a população civil nos Territórios Palestinos
Ocupados, condena o ato terrorista que provocou a morte de um bebê e ferimentos
em seus familiares no último dia 30 de julho e lamenta que a ausência da
necessária solução política para o longo conflito continue a provocar vítimas
de ambos os lados.
O Governo brasileiro considera essencial a pronta retomada
do processo de paz, de modo a permitir a realização da solução de dois Estados,
Israel e Palestina, vivendo lado a lado, em paz e segurança.
..............................................................................................................O Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (Cebrapaz) repudia veementemente a violência perpetrada por soldados e colonos israelenses na Palestina ocupada. Recebemos com consternação a notícia sobre o assassinato de Ali Saad Dawabsha, um menino de 18 meses de idade, em Duma, na Cisjordânia palestina. Ali foi vítima de um ataque terrorista por colonos que queimaram a sua casa em 30 de julho, deixando feridos também seus pais e irmão. A brutalidade contra os palestinos tem se intensificado devido à impunidade com que os colonos e os soldados atacam os palestinos, cotidianamente, no contexto de uma intensificada política de colonização ilegal da Palestina, em violação flagrante do direito internacional humanitário.
Funeral de Ali Saad Dawabsha na Cisjordânia |
Estendemos nossos profundos pêsames à família Dawabsha, à
família de Laith al-Khaldi - de 17 anos de idade, morto em 31 de julho por
soldados israelenses em Al-Jalazun - e a outras famílias que também nesta
semana perderam jovens vidas nas mãos da repressão israelense. Também acompanhamos
com profunda preocupação as notícias sobre ataques, confrontos e a repressão
dos soldados contra os palestinos e notamos com pesar e repúdio que, neste ano,
cerca de 20 palestinos, sobretudo jovens, já foram assassinados. Grande parte
das mortes é provocada pelo uso de munição letal pelos soldados contra aqueles
que resistem e protestam contra a ocupação das suas terras e das suas vidas com
os meios de que dispõem, sobretudo pedras.
De acordo com a Organização pela Libertação da Palestina
(OLP), foram mais de 11 mil os ataques perpetrados por colonos israelenses
desde 2004, que seguem, em geral, impunes. Esta cultura e a crescente incitação
por parte de um dos governos mais extremistas e racistas da história de Israel
culminam na “normalização” da violência contra os palestinos. O fato
enquadra-se na manutenção da ocupação da Palestina através da brutalidade de um
regime militar sionista que se crê superior ao direito internacional humanitário
e aos direitos humanos.
Reafirmamos nosso engajamento e saudamos a crescente
solidariedade internacional ao povo palestino na luta pelo fim da ocupação e
por seu Estado independente e soberano, repudiando nos mais firmes termos a
violência e a impunidade com que soldados e colonos a perpetram.
Ainda assim, apelamos aos movimentos sociais, organizações
internacionais e governos solidários à justa causa do povo palestino -
inclusive através de campanhas - que se somem ao clamor mundial pelo fim da
impunidade da liderança sionista de Israel. Seguimos determinados na condenação
de um regime racista e colonialista e exigimos que seja responsabilizado pelos
crimes de guerra que comete cotidianamente na Palestina ocupada, como condição
para uma paz justa e para a libertação do povo palestino.
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A FEPAL – Federação Árabe Palestina do Brasil – publicou uma nota, em 26/07/2015, já denunciando o aumento do terrorismo dos colonos judeus
na Palestina Ocupada, com várias fotos dos acontecimentos:
OS ATUAIS DESDOBRAMENTOS DO TERRORISMO ISRAELENSE EM
JERUSALÉM REFLETEM AS ULTIMAS PROVOCAÇÕES DOS COLONOS JUDEUS, QUANDO
RECENTEMENTE PROFANARAM O TEMPLO DAS MESQUITAS EM JERUSALÉM, NUMA PURA VIOLAÇÃO
E OFENSA RELIGIOSA E TOTAL DESRESPEITO ÀS NORMAS DE CONVIVÊNCIA RELIGIOSA.
A POLITICA ISRAELENSE SEMPRE FOI DE ANEXAR JERUSALÉM. PARA
ISSO CONSTRÓI COLONIAS JUDAICAS NOS TERRITÓRIOS PALESTINOS EM JERUSALÉM. ASSIM
CRIA UM CORDÃO DE ISOLAMENTO À CUSTA DE TERRAS E PROPRIEDADES PALESTINAS.
AS COLONIAS JUDAICAS DESDE DÉCADAS SÃO DECLARADAS ILEGAIS
PELO DIREITO INTERNACIONAL E POR INÚMERAS RESOLUÇÕES DA ONU.
OS COLONOS JUDEUS TEM PERMISSÃO PARA ANDAR ARMADOS E CONTAM
COM A PROTEÇÃO DAS FORÇAS ARMADAS DE ISRAEL. COMETEM TODAS AS FORMAS DE
VIOLÊNCIA E TERRORISMO CONTRA A POPULAÇÃO CIVIL PALESTINA.
OS PALESTINOS PROCURAM RESISTIR AO TERRORISMO E PEDEM
SOLIDARIEDADE INTERNACIONAL PARA CONTER ESSA POLITICA ISRAELENSE DE GENOCÍDIO E
DE LIMPEZA ÉTNICA CONTRA O POVO PALESTINO.
ISRAEL PRECISA PARAR, O MUNDO PRECISA CONTER ESSE ESTADO
TERRORISTA ANTES QUE MAIS UMA GUERRA DE LARGA ESCALA TENHA INÍCIO.
ENQUANTO ISSO, RICOS PAÍSES ÁRABES PRODUTORES DE PETRÓLEO,
AO SE OMITIREM OU SE ALIAREM AO ESTADO TERRORISTA DE ISRAEL, SÃO CÚMPLICES NAS MORTES,
MASSACRES E LIMPEZA ÉTNICA DO POVO PALESTINO.
Junto a nota da FEPAL (acima), de 26/07/2015, foram publicadas as seguintes fotos:
A foto abaixo, publicada pela FEPAL em 01/08/2015, denuncia o assassinato do bebê de 18 meses, vítima do ataque terrorista de colonos israelenses.
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