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A partir da Esquerda: Deputado Estadual Luiz Turco, Nasser Attari, representante da Sociedade Árabe Palestino Brasileira de São Paulo e Ibrahim Alzeben, Embaixador da Palestina no Brasil |
O Ato Publico em comemoração ao Dia Estadual de
Solidariedade ao Povo Palestino, liderado
pelo Deputado Estadual Luiz Turco, reuniu na Assembleia Legislativa do Estado
de São Paulo, lideranças comunitárias, entidades, partidos, autoridades
religiosas e contou com a presença do Embaixador da Palestina no Brasil,
Ibrahim Alzeben.
A FEPAL – Federação Árabe Palestina do Brasil, enviou uma
mensagem ao Deputado Luiz Turco que foi lida pelo representante da Sociedade
Árabe Palestino Brasileira de São Paulo, Nasser Attari.
O Blog Sanaúd-Voltaremos reproduz a íntegra da mensagem
da FEPAL e o artigo do Secretário de Políticas e Relações Internacionais do PC do B, José
Reinaldo, sobre o ato público ocorrido na Assembleia.
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Prezado companheiro,
Excelentíssimo Deputado Luiz Turco,
A FEPAL – Federação Árabe Palestina do Brasil, em nome da
comunidade palestina no Brasil, agradece seu apoio e solidariedade com o povo
palestino em sua longa jornada de 67 anos de luta pelos seus direitos nacionais
inalienáveis ao retorno e autodeterminação, conforme as resoluções das Nações
Unidas e do Direito Internacional.
A comunidade palestina no Brasil e, particularmente em São
Paulo, é muito grata pelo carinho, hospitalidade e solidariedade com que os
primeiros imigrantes palestinos foram recebidos, nas primeiras décadas do
século passado, nesse grandioso país, o nosso amado e querido Brasil, solo
pátrio de milhares de brasileiros descendentes de palestinos, cujos pais aqui
chegaram para sobreviver, constituir suas famílias e contribuir para o
desenvolvimento da nação brasileira.
A ONU – Organização das Nações Unidas- aprovou, em 1977, que
o dia 29 de novembro de cada ano fosse celebrado o Dia Internacional de
Solidariedade com o Povo Palestino como forma de lembrar que os 5 milhões de
refugiados palestinos e o Estado da Palestina independente, com Jerusalém
Capital, ainda clamam por uma solução.
No Brasil, desde os idos da década de 1970, quando o governo
brasileiro autorizou a instalação do escritório da OLP - Organização para a
Libertação da Palestina, único e legítimo representante do povo palestino, as
ações e manifestações de solidariedade do povo brasileiro com o povo palestino,
por parte de partidos políticos e entidades da sociedade civil, foram o
alicerce que permitiu, até os dias de hoje, essa inestimável consolidação da
relação de confraternização e amizade entre o Brasil e a Palestina.
A primeira Lei no Brasil que instituiu o dia 29 de novembro
como Dia Estadual de Solidariedade ao Povo Palestino foi a Lei Nº 4.439,
aprovada pela Assembleia Legislativa e promulgada pelo então Governador Franco
Montoro em 07 de dezembro de 1984. Foi autor do Projeto dessa lei o Deputado
Estadual Benedito Cintra. Hoje são 15 estados e municípios que aprovaram a Lei
de solidariedade em todo o Brasil.
Prezado Deputado Luiz Turco,
Nesse mundo conturbado por intervenções militares de
potencias ocidentais que assaltam as riquezas dos povos no Oriente Médio e em
outras regiões do planeta, onde o povo palestino é privado de todos os seus
direitos humanos e nacionais pela colonização e ocupação militar israelense,
reafirmamos o nosso compromisso, de continuar a luta por um mundo mais justo,
solidário e igualitário.
Agradecemos pelo seu ato de solidariedade e estamos
convictos que essa amizade palestino brasileira irá se fortalecer cada vez
mais.
Que no próximo ano possamos estar juntos em Jerusalém livre,
capital do Estado da Palestina soberano e independente!
Viva o Brasil!
Viva a Palestina livre!
Receba o nosso fraterno abraço,
Emir Mourad
Secretário Geral da FEPAL
Federação Árabe Palestina do Brasil
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Embaixador Ibrahim Alzeben entrega a faixa da bandeira palestina ao Deputado Luiz Turco e agradece pelo apoio e solidariedade com o povo palestino |
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DO BRASIL E DO PCDOB AO POVO PALESTINO: SOLIDARIEDADE
INCONDICIONAL
Na última segunda-feira (30), sob a liderança do deputado
estadual Luiz Turco, do PT de São Paulo, realizou-se na Assembleia Legislativa
uma singela homenagem ao Dia Internacional de Solidariedade ao Povo Palestino,
transcorrido na véspera, uma data oficial no estado devido a uma lei de
iniciativa do ex-deputado do PCdoB, Benedito Cintra, na década de 1980.
Por José Reinaldo Carvalho*
Foi um ato plural, que contou com a participação de
dirigentes de entidades de movimentos populares, coordenadores de campanhas,
partidos políticos e lideranças religiosas.
Destaco, entre outras, a presença do embaixador da
Autoridade Nacional Palestina (ANP) no Brasil, Ibrahim al-Zeben, sempre lúcido
na defesa da política levada a efeito pela Organização pela Libertação da
Palestina (OLP), legítima representante do povo mártir, e na denúncia da
ocupação israelense.
Al-Zeben ecoou na Assembleia Legislativa paulista o apelo do
presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, para a criação em caráter
emergencial de "um regime de proteção internacional do povo
palestino".
O apelo tem importância em face dos assassinatos
extrajudiciais cometidos pelas forças de segurança israelenses, da expansão das
colônias e da persistência de todo tipo de violações dos direitos humanos
perpetrados pela ocupação sionista, que, efetivamente é o reflexo no cotidiano
de uma deliberada política de extermínio executada pelo Estado sionista. Os
palestinos são expulsos de suas casas, impedidos de construir sua nação e
quando protestam são duramente reprimidos, no mais das vezes presos e mortos. O
Estado sionista visa, através do crime e da barbárie, aprofundar a ocupação e
expandir os assentamentos, ignorando como letra morta as resoluções da ONU.
O conteúdo principal da fala do embaixador corresponde ao
que dissera em outubro último o presidente da ANP, durante uma reunião especial
do Conselho de Direitos Humanos da ONU: "É fundamental que cada um assuma
as suas responsabilidades antes que seja tarde demais, penso principalmente nas
Nações Unidas (...) e nos Estados-Membros das Nações Unidas" (...)
"Faço um apelo ao Conselho de Segurança, que mais do que nunca é
solicitado para criar um sistema internacional de proteção do povo palestino de
forma urgente", disse o presidente palestino. "Nós precisamos de sua
proteção. Protejam-nos, protejam-nos. Nós precisamos de vocês", afirmou.
O veemente apelo do presidente Abbas corresponde à conclusão
a que chegou a ANP de que é "inútil perder tempo em negociações apenas
pelo prazer de negociar". De acordo com ele, "é inaceitável imaginar
que a atual situação persista, porque isso vai aniquilar todas as esperanças de
uma paz baseada em uma solução de dois Estados".
Destaco ainda da fala do embaixador palestino no ato
realizado na Assembleia paulista, a convicção com que defendeu o fim da
ocupação como o único caminho que pode assegurar a proclamação do Estado
Palestino independente.
Profundamente grato pela realização da homenagem, Al-Zeben
pediu aos brasileiros que sejam porta-vozes da causa palestina, esclareçam,
informem e mobilizem-se, incrementando o movimento de solidariedade.
Neste particular, permito-me uma breve reflexão sobre as
atuais vicissitudes do movimento de solidariedade ao povo palestino, de
gloriosa tradição em nosso país e em São Paulo. O ato do dia 30 na Assembleia
Legislativa foi politicamente significativo mas mobilizou muito pouca gente,
como têm sido incipientes as manifestações recentemente realizadas, em
contradição com a generalizada simpatia e o amplo apoio que a causa palestina
sempre despertou em nossa gente.
A causa palestina não pode nem deve ser usada e instrumentalizada
para atacar os governos progressistas, a Autoridade Nacional Palestina, a
Organização pela Libertação da Palestina e governos de países vítimas do
intervencionismo das potências imperialistas ocidentais. Um movimento de
solidariedade tem como finalidade precípua prestar solidariedade, não lhe
competindo imiscuir-se nas questões políticas internas de outros povos e
países. Deve pautar-se pela amplitude, o caráter de massas, a convergência e a
unidade de ação, não sendo justo que sirva de trampolim para protagonismos
individuais ou de grupos. E em nenhuma hipótese, será linha auxiliar de forças
internacionais.
Os comunistas, que têm por princípio o internacionalismo e
como orientação estratégia e tática o anti-imperialismo, têm como tarefa
prioritária o apoio à causa da libertação nacional dos povos oprimidos. Por
isso, na passagem de mais um Dia Internacional do Povo Palestino, explicitamos
uma vez mais, em nome do Partido Comunista do Brasil, a nossa histórica,
permanente, indeclinável e incondicional solidariedade ao povo palestino,
martirizado pela ocupação israelense, apoiada pelo imperialismo estadunidense.
Defendemos a criação do Estado livre e independente da
Palestina, com as fronteiras de 1967, capital em Jerusalém Leste e a
repatriação dos refugiados. Defendemos ainda a libertação de todos os pesos
políticos. Exigimos a retirada de todos os assentamentos israelenses nos
Territórios Palestinos Ocupados e a queda do Muro de Separação. Exigimos que
sejam cumpridas as resoluções da ONU e conclamamos ao reconhecimento do Estado
Palestino como membro pleno da ONU e que os governos dos países membros das
Nações Unidas reconheçam urgentemente o Estado da Palestina.
Apelamos pela urgente libertação de todos os prisioneiros
palestinos detidos em prisões israelenses. Defendemos uma solução justa do
problema dos refugiados palestinos, de acordo com a resolução 194 da ONU e
outras resoluções das Nações Unidas.
Faz parte desta luta e da solidariedade ao povo palestino o
apoio à campanha internacional pelo boicote, o desinvestimento e as sanções a
Israel e a luta para que o governo brasileiro – que no fundamental tem uma
posição justa quanto à questão palestina – cancele contratos de compra de
equipamentos militares a Israel. O Estado sionista, ao violar as normas mais
elementares do Direito Internacional não merece sequer as relações diplomáticas
com o nosso país.
*Jornalista, editor do Blog da Resistência, secretário de
Política e Relações Internacionais do PCdoB
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José Reinaldo discursa no ato de solidariedade ao povo palestino |
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