O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e outros
seis antigos e atuais ministros poderão ser detidos se entrarem em Espanha,
depois de o Tribunal espanhol ter ordenado um mandado de detenção.
A decisão judicial foi motivada pelas ações israelitas
durante os ataques à Flotilha da Liberdade em 2010.
O juiz espanhol do Tribunal Nacional Jose de la Mata ordenou
à polícia e à guarda civil informá-lo se Netanyahu ou seis outros altos
funcionários entrarem no país, uma vez que o Tribunal pode abrir um processo
contra eles.
Netanyahu, Barak, Liberman, Marom and Ya’alon will be arrested if they set foot in Spain! pic.twitter.com/E5ZHciOcOe
— Humanitarian Relief (@IHHen) 13 novembro 2015
Junto com Netanyahu, as outras seis pessoas são: o
ex-ministro das Relações Exteriores Avigdor Lieberman, o ex-ministro da Defesa
Ehud Barak, o ex-ministro de Assuntos Estratégicos Moshe Yaalon, o ex-ministro
do Interior Eli Yishai, o ministro sem pasta Benny Begin e o vice-almirante
Maron Eliezer, que era responsável na altura pela operação das Forças de Defesa
israelenses.
ICC decision on the Gaza-flotilla raid is just the start of Israel’s troubles http://t.co/1hc0LJFFuQ pic.twitter.com/e5TDs0uW0Q
— Haaretz.com (@haaretzcom) 18 julho 2015
O caso, que fora congelado pelo juiz espanhol no ano
passado, foi iniciado contra os responsáveis israelenses na sequência do ataque
das Forças de Defesa de Israel (IDF) contra a chamada Flotilha da Liberdade em
2010.
Ele refere-se especificamente ao principal navio civil, o
Mavi Marmara, parte da frota de seis navios que tentou romper o bloqueio
israelense de Gaza para entregar ajuda humanitária.
Palestinian people in #Ramallah protesting in solidarity with the #FreedomFlotilla
@GazaFFlotilla #FreeFlotillaSailor pic.twitter.com/C5etvwdFnn
— awni farhat (@awnifarhat) 30 junho 2015
Quando o navio se aproximou da costa de Gaza, os militares
da IDF assaltaram o navio em um ataque que deixou 10 ativistas mortos.
A comunidade internacional acusou Israel da violação do
direito internacional por causa das ações do IDF durante o incidente. A recente
decisão do tribunal espanhol significa que Netanyahu, junto com os outros seis
altos funcionários israelenses, podem ser acusados.
In #Barcelona people starts to concentrate in support of #FreedomFlotilla and asking for freedom of sailors pic.twitter.com/di6eC2PAkc
— Freedom Flotilla (@GazaFFlotilla) 29 junho 2015
No entanto, o porta-voz do Ministério das Relações
Exteriores israelense, Emmanuel Nachshon, disse ao Jerusalém Post que Israel
reuniu todos os esforços diplomáticos para anular a decisão do tribunal
espanhol.
"Nós consideramos isto uma provocação. Estamos
trabalhando com as autoridades espanholas para que o processo seja cancelado.
Nós esperamos que vá logo acabar".
Fonte: Sputnik Brasil
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Artigo de junho de 2010 quando Israel assassinou os
pacifistas a bordo de um dos barcos da Primeira Flotilha Internacional de
Solidariedade a Gaza:
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