sábado, 24 de dezembro de 2011

NOTA DE FALECIMENTO -


INFORMAMOS O FALECIMENTO DO GRANDE LUTADOR MUSTAFA ALMALIKI ABU AIMAN, NA TARDE DE HOJE, EM RAMALLAH- PALESTINA.

ABU AIMAN FOI FUNDADOR DO MOVIMENTO AL FATAH, MEMBRO DO CONSELHO REVOLUCIONÁRIO DA AL FATAH , MEMBRO DO ALTO COMANDO MILITAR, MEMBRO DA FRENTE OCIDENTAL ENCARREGADO DE COMBATER A OCUPAÇÃO, ENVIADO ESPECIAL DO PRESIDENTE YASSER ARAFAT PARA AMÉRICA LATINA PARA ASSUNTOS COMUNITÁRIOS DURANTE A DECADA DE 80 E PRIMERO GOVERNADOR DA PROVINCIA DE QALQILYA.

ABU AIMAN , NASCIDO EM 1940, EM KUFR MALEK, PROXIMO DE RAMALLAH, DESEMPENHOU PAPEL FUNDAMENTAL NA LUTA PELA INDEPENDENCIA E LIBERDADE DA PALESTINA E SEU POVO. EM SUA MISSÃO NA AMÉRICA LATINA APOIOU AS COMUNIDADES PALESTINAS NA ORGANIZAÇÃO DE SUAS ENTIDADES E O ESTREITAMENTO DE RELAÇÕES ENTRE O BRASIL E A PALESTINA.

A COMUNIDADE PALESTINA NO BRASIL E NA AMÉRICA LATINA TRANSMITE SEU PROFUNDO SENTIMENTO DE PESAR AO PRESIDENTE DA OLP E DA ANP MAHMOUD ABBAS, AO COMITE EXECUTIVO DA OLP, AO COMITE EXECUTIVO DA AL FATAH, AOS SEUS FAMILIARES, AMIGOS E AO POVO PALESTINO.

ESSA PERCA IRREPARAVEL SERVIRÁ PARA REVIGORAR NOSSA CAMINHADA , A MESMA CAMINHADA DE ABU AIMAN, POR UMA PALESTINA LIVRE E SOBERANA, CAPITAL JERUSALEM!

ALLAH IARHAMUHU.

24/12/20111

COPLAC – CONFEDERAÇÃO PALESTINA PARA AMÉRICA LATINA E CARIBE
FEPAL – FEDERAÇÃO ÁRABE PALESTINA DO BRASIL






Abu Aiman, ao centro, com a delegação de parlamentares brasileiros
Abu Aiman, ao centro, junto com a delegação de parlamentares brasileiros que visitavam a Palestina para prestar solidariedade. Abril de 2004



Mustafa Almaliki Abu Aiman


terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Dirigente cutista presencia assassinato à queima-roupa de jovem palestino por soldado de Israel


16/12/2011

Polícia israelense detém presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Porto Alegre por mais de três horas, apreende laptop e vasculha e-mails


Escrito por: Leonardo Severo

Palestinos protestam contra assassinato de Mustafa Tamimi
Palestinos protestam contra assassinato de Mustafa

Policiais israelenses mantiveram incomunicável, sob pressão, chantagens e ameaças, “numa verdadeira tortura”, durante mais de três horas no aeroporto Internacional de Telavive, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Porto Alegre, Lírio Segalla, que viajou em missão oficial de representação da CUT ao Congresso Sindical da Federação de Sindicatos Palestinos (PGFTU).

Após ser levado a uma sala em separado no aeroporto Bem Gurion, Lírio foi submetido a um extenso interrogatório e teve seus objetos pessoais vistoriados. Sob ameaça, os policiais vasculharam o conteúdo do seu celular e do laptop, incluindo e-mails e redes sociais, anotando tudo, numa clara violação de privacidade. “Queriam saber os meus contatos, nomes, telefones, e-mails, endereços, o que eu achava de Israel e da Palestina, o que eu tinha ido fazer lá. Um insulto já ao descer do avião, na imigração”, denunciou Lírio, que é negro.

Mustafa Tamimi, de 27 anos, vítima do terrorismo do Estado de Israel
Mustafa Tamimi, de 27 anos, a mais nova vítima do terrorismo do Estado de Israel

Chegado na última quarta-feira de Ramalah, na Cisjordânia, onde permaneceu por cerca de uma semana, Lírio denuncia “a grave crise humanitária a que vem sendo submetido o povo palestino pela ocupação israelense, que toma suas terras, destrói suas casas, ergue assentamentos ilegais, usurpa, humilha”. “É uma situação muito mais absurda e criminosa do que pensamos, é uma política de terrorismo de Estado que atinge indistintamente a todos os palestinos”, frisou.

Em relação às crianças e jovens que tomam a frente das manifestações contra a agressão israelense, denunciou o dirigente cutista, “a situação é ainda pior, pois as tropas atiram para matar, na altura dos olhos e à curta distância”. “Eu mesmo presenciei o assassinato à queima-roupa de um jovem palestino pelo exército de Israel. Dispararam um tipo de bomba de gás que é proibida internacionalmente. O invólucro é de aço e, como são lançados de muito perto, destroem a cabeça das pessoas. Foi isso o que aconteceu com o jovem Mustafa, de apenas 27 anos, assassinado na minha frente às 10 horas da manhã do dia 10 de dezembro em Nabi Saleh”.

Bomba de gás utilizada por Israel vira bomba de fragmentação
Bomba de gás utilizada por Israel vira bomba de fragmentação. Arma foi banida internacionalmente


Impedido de circular pela Cisjordânia e barrado de entrar na Faixa de Gaza, Lírio denuncia a multiplicação dos “pontos de controle” israelenses por todo o território palestino, num cerco total: “há mais de 750 quilômetros de muros do apartheid, com seis metros de altura, arames farpados e todo tipo de sensores e alarmes”.

“A ocupação ilegal vai encurralando os palestinos, tomando as suas terras e construindo assentamentos. Nestes locais os israelenses são doutrinados para hostilizar os árabes. Em Hebron, cidade milenar palestina, eu vi locais onde os israelenses jogam lixo e ácido nos árabes, que tentam se proteger como podem. Nesta mesma cidade milenar eu vi os israelenses caminhando tranquilos pelas avenidas, protegidos pelas suas tropas, e os palestinos obrigados a andar por estreitos corredores. Quando os israelenses estão mais próximos, eles cospem, chamam de porco, insultam de tudo o que é jeito”, relatou o sindicalista.

Conforme Lírio, “esta realidade não aparece nos meios de comunicação do Brasil. Não dá para ter noção, as pessoas estão sitiadas, desempregadas, humilhadas. Tudo o que vi me deixou com um nojo muito grande dos israelenses. É algo de embrulhar o estômago. Não quis comprar nada de Israel, não quero ter nada que me lembre aquele país”, acrescentou.

CUT defende punição exemplar aos criminosos


O secretário de Relações Internacionais da CUT, João Antonio Felício, enviou carta nesta sexta-feira ao Embaixador de Israel no Brasil, Rafael Eldad, e ao ministro de Relações Exteriores do Brasil, Antonio Patriota, defendendo a investigação do assassinato de Mustafa Tamimi e cobrando a apuração do crime e a punição exemplar dos responsáveis no âmbito da lei internacional, em especial a IV convenção de Genebra.

Em relação à afronta a Lírio, a CUT exige uma retratação formal das autoridades israelenses, bem como solicita às autoridades brasileiras que acompanhem o caso, a fim de que tão vergonhosos fatos não mais se repitam.

Fonte: CUT Brasil

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O ASSASSINATO DE MUSTAFA TAMIMI



الى روح الشهيد مصطفى التميمي الذى روى بدمه الطاهر ارض النبي صالح بعد ان اطلق جندي حاقد قنبلة غاز من فوهة بندقيته ومن مسافة قصيرة جدا في الذكرى 23 للانتفاضة المجيدة والذكرة الثالثة للمقاومة الشعبية في النبي صالح. رحم الله الشهيد

Em memória do mártir Mustafa Tamimi, assassinado por um soldado israelense durante manifestação em sua cidade Nabi Saleh. Os manifestantes comemoravam o 24º aniversário da primeira Intifada (revolta popular) e o 3º aniversário da Resistência Popular em Nabi Saleh. 


In memory of the martyr Mustafa Tamimi, who was murdered by an Israeli soldier during a demonstration in his village of Nabi Saleh on the 24th anniversary of the First Intifada and on the 3rd anniversary to popular resistance in Nabi Saleh.


Fonte: You Tube

Toda a Palestina celebra a libertação dos prisioneiros




Israel conclui troca de soldado por 550 palestinos


20/12/2011

Israel completou, neste domingo (19)  o acordo firmado para o retorno do soldado Gilad Shalit mediante a libertação de 550 palestinos, entre os quais apenas dois cometeram crimes envolvendo morte, na segunda fase da troca iniciada há dois meses.

Esta segunda lista de presos, publicada na quarta-feira passada, foi elaborada por Israel (como previam os termos da troca) e, por isso, não incluiu membros do Hamas e do Jihad. Quase todos voltarão a suas casas na Cisjordânia, embora na relação haja 43 da Faixa de Gaza, dois de Jerusalém Oriental e outros dois jordanianos, segundo a agência palestina Ma'an.

A maioria dos detentos foi condenados a um máximo de cinco anos de prisão e grande parte deles estava perto de cumprir a pena. Mais da metade pertence ao Fatah, liderado pelo presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, o que foi recomendado pelo Exército israelense para reforçar diante dos palestinos a imagem de Abbas (que aposta pela negociação com Israel) frente à do Hamas, grande beneficiário da primeira fase da troca, que ocorreu em outubro.

Na ocasião, Israel liberou 477 presos palestinos (incluindo responsáveis diretos de atentados que deixaram dezenas de mortos) em troca do soldado Shalit, que tinha sido capturado cinco anos antes por três milícias palestinas, entre elas o braço armado do Hamas.

Na sexta-feira, como era esperado, a Corte Suprema eliminou o último impedimento para a conclusão do acordo, cuja realização tinha sido colocada em dúvida neste mês pela recente escalada da violência entre Israel e as milícias palestinas de Gaza.

A presidente da corte, Dorit Beinisch, e outros dois juízes, Asher Grunis e Elyakim Rubinstein, rejeitaram o pedido de adiamento da libertação apresentado pela organização de direita Shurat HaDin e duas famílias de vítimas israelenses.

No processo, era alegado que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, deveria acertar com seu governo uma lista clara de critérios para a seleção dos presos que recuperarão a liberdade. A corte respondeu, por outro lado, que a troca era uma decisão política que já tinha começado a ser aplicada.

Na quinta-feira, os presos receberam notificação de sua libertação e foi efetuada uma identificação preliminar e exames médicos. Em seguida, foram levados às prisões de Ayalon, situada entre Jerusalém e Tel Aviv, e de Ofer, perto de Ramala, das quais saíram escoltados neste domingo.

Em Ramallah, uma multidão agitando bandeiras lotou a Muqata, complexo presidencial, e ocupou as ruas vizinhas enquanto as autoridades palestinas recebiam os ex-prisioneiros. O presidente Mahmud Abbas não estava presente, pois está em viagem à Turquia.

Com agências

Fonte: Portal Vermelho

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

OS MENTIROSOS

Dez/2011
Por Abdel Latif*


Presidente frances chama Primeiro Ministro israleense de mentiroso
"Não posso vê-lo mais, é um mentiroso", disse o presidente francês sobre primeiro-ministro de Israel

Em uma conversa reservada entre Sarkozy e Obama, o presidente francês acusou o primeiro ministro israelense, Benjamin Netanyahu, de ser mentiroso.  Vários políticos têm a mesma opinião sobre o israelense.

O porta voz da Casa Branca no governo Clinton, Joe Lockhart, em seu livro “A verdade sobre Camp David”, chamou Netanyahu de “mentiroso e enganador, um dos seres mais destestáveis que alguém pode conhecer”.  “Quando ele abre a boca, pode ter certeza de que nada de verdadeiro sairá de lá”  afirmou Lockhart.

Netanyahu não é apenas mentiroso, mas sobretudo criminoso e aqueles que o acusam de mentiroso, têm no ajudado a acobertar os crimes cometidos por ele e seu Estado.

A ocupação israelense da Palestina, os crimes cometidos diariamente contra o povo palestino e árabes em geral - matança de civis; destruição de casas, poços, olivais; construção de assentamentos exclusivos para colonos judeus  em terras confiscadas dos palestinos e sírios; estado de guerra permanente no Oriente Médio – tudo isso é silenciado pelos governos americano e europeus!

O apoio incondicional oferecido para o Estado Judeu é tão criminoso quanto as políticas daquele Estado.
Há três meses, o próprio Netanyahu discursou na 66ª Assembléia Geral da ONU.  Seu discurso pode ser resumido em um amontoado de mentiras, mas nenhum político europeu ou americano teve coragem de apontar as mentiras de Netanyahu.

Acusar alguém de mentiroso e ter atos políticos de quem engole as mentiras é sintoma de patologia a ser tratada.  Trata-se de desvio moral  reflexo do passado colonialista.

Entre as muitas mentiras no discurso do primeiro-ministro israelense, citam-se algumas:

1)  “Em Israel, nossa esperança de paz nunca diminui. Nossos cientistas, médicos, inovadores usam seu talento para melhorar o mundo de amanhã” afirmou Netanyahu.


Os fatos desmentem Netanyahu.

Os médicos israelenses são acusados de participar na tortura de presos políticos palestinos. A tortura contra árabes é legalmente autorizada em Israel (país civilizado?).

Israel ocupa o 4º lugar na exportação de armas no mundo. Vários grupos criminosos, traficantes, regimes opressoras usaram e usam as armas de fabricação israelense.

De fato, os cientistas israelenses usam seu talento para criar armas, ou seja formas de  subjugar através de mais e mais sofrimento ao ser humano. Isso nada tem de paz.

Médicos, rabinos e cientistas são parte da máfia do tráfico ilegal de órgãos no mundo, patrocinado pelo governo israelense.

Religiosos israelenses publicam livros racistas, patrocinados pelo Ministério da Educação, “justificando” a  matança de crianças palestinas e inferioridade dos não-judeus.

Políticos que fazem parte do governo de Netanyahu descrevem os árabes como animais, cobras, que devem ser eliminados.

O mundo de amanhã sonhado por Netanyahu opõe-se aos sonhos  do resto da humanidade.

2)  “Vim  aqui para falar a verdade. A verdade é que Israel quer paz, a verdade é que eu quero paz. A verdade é que até agora, os palestinos se recusaram a negociar”.


Discursou Netanyahu por mais de 40 minutos e conseguiu nenhuma verdade falar.

Israel não quer paz. Paz significa justiça, respeito às resoluções da ONU,  não expansão, fronteiras definidas.  Israel quer  continuar pirata, à margem  do Direito Internacional. Quer a submissão dos árabes, “a ralé de joelhos”, a muralha de ferro.

Israel atacou, matou  e  causou destruição em  todos os países e povos vizinhos: palestinos, jordanianos, libaneses, sírios, egípcios. Atacou  países distantes, Iraque e Tunísia, sem estado ou declaração de guerra.
Israel massacrou centenas de milhares de civis árabes, afundou o Liberty americano,  cometeu  atos de pirataria contra outros países, sequestrou avião  etc

Todos os atos de Israel demonstram que o que Israel quer é a submissão, a dominação dos povos da região, a favor do sionismo e imperialismo.

Os palestinos estão negociando com Israel há mais de 20 anos e Israel cada vez mais engole o território palestino,  degola a economia palestina e piora as condições de vida  dos palestinos.

A fórmula aceita pela comunidade internacional para uma paz minimamente justa  na região é simples: a retirada de Israel dos territórios ocupados em 1967, a criação do Estado palestino livre, independente com Jerusalém oriental como capital e uma solução justa,  conforme o Direito Internacional e resoluções da ONU, para a questão dos refugiados.

Netanyahu fala “paz”, mas declarou repetidas vezes que Israel não se retirará para as fronteiras de 1967, que Jerusalém inteira pertence só aos judeus, oriental e ocidental para Israel. Recusa-se a discutir a questão dos refugiados. O  direito de retorno é para os judeus (supostamente de dois mil anos atrás), nada de retorno aos não-judeus refugiados  de 60, 40 anos atrás .  

O que Netanyahu chama de paz nada tem a ver com o conceito que o restante da humanidade tem de paz.   

3) “O Estado judeu de Israel sempre protege os direitos de todas as suas minorias, incluindo os mais de um milhão de cidadãos árabes de Israel”.


Em Israel, há mais de 30 leis para garantir os privilégios dos judeus contra a população árabe. O um milhão e meio de palestinos são 22% da população do Estado judeus (fronteiras de 1967), mas através de confiscos do Estado judeu, são donos de apenas 3% das terras.

Israel confiscou a terra árabe, destruiu aldeias e cidades palestinas.
Desde 1948, nenhuma aldeia ou cidade foi construída ou ao menos reconstruída para a população árabe, apesar do crescimento natural dessa população, que quase decuplicou.

No entanto, centenas de aldeias e cidades foram construídas nas terras confiscadas dos palestinos, para uso exclusivo dos judeus. Os palestinos são proibidos de morar ou mesmo alugar casas nessas cidades.

Os árabes são proibidos de comprar, alugar ou até trabalhar nas terras do Estado (90% da terra em Israel, confiscada dos árabes,  é terra estatal, para uso exclusivo dos judeus).

Esses “cidadãos árabes” de Israel são considerados ameaça e são constantemente chamados de “câncer a ser extirpado”, “quinta coluna”, “bomba relógio “ .

Há declarações de políticos e religiosos judeus sobre a necessidade de “transfer”, expulsá-los de lá e são discursos rotineiros!

As palavras de Netanyahu sobre o direito das minorias em Israel é uma grande farsa,  mais uma na sua coleção de mentiras.

4. “Em 1947, na organização (ONU), com a resolução para a criação de dois Estados: judeu e árabe, os judeus aceitaram a resolução”.


                                    Não é verdade que os judeus aceitaram a partilha da ONU, não aceitaram porque nunca respeitaram seus limites. Comemoram como o início, já tanto que logo expandiram seu território, desrespeitando os limites da partilha da ONU.

Netanyahu é membro da extrema direita sionista, chamados historicamente de revisionistas. Para eles, a terra de Israel jamais seria os 53% da Palestina Histórica definidos pela resolução da ONU; ao revés, a terra de Israel englobaria toda a Palestina histórica e a atual Jordânia, isso sem falar no Golan sírio.

O slogan dos revisionistas era bem conhecido: o rio Jordão tem duas margens, uma nossa e a outra, também!
O ex-primeiro ministro israelense Menahem Begin escreveu o seguinte sobre o plano da partilha de 1947: “A partilha da Palestina é ilegal. Nunca será reconhecida. Jerusalém foi e para sempre será devolvida ao povo de Israel. Toda ela e para sempre” (Begin, The revolt, p. 433)

Mesmo os sionistas chamados pragmáticos, como Bem Gurion, consideravam a resolução apenas um ponto de partida, posto que o objetivo final era a ocupação de toda a Palestina e a construção de um Estado exclusivamente judeu, após a expulsão da população nativa.

Os judeus comemoraram a resolução da partilha como seu ponto de partida, mas nunca a respeitaram. Se aceitassem, não teriam ocupado 25% a mais do que foi destinado para o Estado judeu, não teriam expulsado as centenas de milhares de palestinos de suas terras, violando a resolução que alegam terem aceitado.

Israel nunca respeitou ou aceitou as  mais de 70 resoluções da ONU e do Conselho de segurança em relação ao conflito árabe-sionista.

5. “Não somos estrangeiros nessa terra. Essa é nossa pátria histórica”


A alegação de Netanyahu de que a Palestina é pátria histórica dos judeus modernos é desmentida pelos dados históricos, arqueológicos e sociológicos.

A maciça maioria dos estudiosos reconhecem que os judeus de hoje são descendentes de povos e tribos convertidos ao judaísmo (em especial, khazares europeus) e sem laços genéticos com os judeus, hebreus ou israelitas bíblicos que habitavam uma parte da Palestina junto com outros povos.

Apenas os nazistas (além dos sionistas)  afirmavam que os judeus em qualquer país onde vivem são estrangeiros que devem voltar para sua pátria imaginária.

Aliás, essa não é a única semelhança entre nazistas e sionistas.

Os palestinos reconhecem Israel nas fronteiras definidas pelo Direito Internacional, mas exigir deles que reconheçam a Palestina como pátria histórica dos judeus é uma tentativa de fazer com que neguem a História e em especial, sua história. Isso nunca acontecerá.

Em 1919, uma comissão americana  King-Crane foi enviada à Palestina para  investigar a situação no país. Concluiu tal comissão que “a alegação sionista que eles tem “direito”  à Palestina, baseado na ocupação de dois mil anos atrás, não pode ser levada a sério”.

Essas palavras são verdadeiras hoje, também.

6. “No meu gabinete em Jerusalém, há um selo antigo. É o timbre de um oficial judeu da época bíblica. O nome do oficial era Netanyahu. Esse é  o meu sobrenome”


O  nome  verdadeiro do pai de Netanyahu é Benzion Mileikowsky. Os nomes dos avós são Nathan Mileikowsky e Sarah Lurre, nomes judeus comuns entre os judeus europeus, antes do sionismo.

A família Mileikowsky, descendentes de europeus, assim como muitos outros europeus,  em uma tentativa de  se fazerem passar por semitas e  descendentes dos judeus bíblicos,  adotaram o nome Netanyahu, após emigrarem para a Palestina em 1920. 

Mileikowsky, descendente de colonos europeus, que emigraram para a Palestina, com intenção de ocupar com exclusividade aquela terra e expulsar os palestinos, verdadeiros donos, mudou de nome, adotou nome semita, que não era seu.

Os palestinos não trocam seus nomes e sobrenomes,  não mentem sobre a História, sobre suas origens, tampouco abandonarão sua fé e determinação de libertar sua pátria.

As palavras do primeiro-ministro israelense  sobre Jerusalém e Palestina como pátria histórica dos judeus não apenas mostram suas mentiras, mas também a ideologia que ele representa e que cada vez mais fica evidente – o caráter fraudulento e racista do sionismo.

Há mais de um século, os sionistas mentem e cometem crimes contra a humanidade.

É hora de responderem por suas mentiras e seus crimes!

*Abdel Latif Hasan Abdel Latif, médico palestino

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Bandeira palestina já tremula diante da sede da Unesco


Bandeira palestina tremula diante da sede da Unesco



13/12/2011

A bandeira da Palestina já tremula diante da sede da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco), hasteada nesta terça-feira pelo presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmud Abbas.

Abbas, o chanceler Riad Maliki e a diretora-geral da Unesco, Irina Bokova, lideraram a tradicional cerimônia, efetuada toda vez que um novo membro se filia à entidade.

Durante o ato, realizado sob uma persistente chuva, também foi tocado o hino nacional da Palestina.

Em 31 de outubro a Conferência Geral da Unesco aprovou por ampla maioria a incorporação do país árabe como o 195º estado da organização, apesar das pressões contrárias dos Estados Unidos.


A plena filiação foi formalizada em 23 de novembro, quando foi assinada em Londres a Carta Constitutiva da Unesco.

A adesão palestina a essa organização foi qualificada como um fato histórico e um ato de justiça para com esse povo árabe.

Em represália, Washington suspendeu seus pagamentos à Unesco, inclusive cerca de 60 milhões de dólares, correspondentes a este ano, o que colocou em uma situação difícil a organização, que deve cortar gastos e revisar programas.

Os Estados Unidos também se opõem à entrada da Palestina como membro pleno da ONU, uma solicitação apresentada em setembro passado e que conta com o apoio de mais de 130 Estados da Organização Mundial.

Apesar das dificuldades da ONU, na qual os Estados Unidos têm direito ao veto, Abbas declarou em 5 de dezembro que seu país continuará lutando para conseguir um lugar nesse foro mundial.





Fonte: Portal Vermelho


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Bandeira da Palestina é hasteada na sede da Unesco, em Paris




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Unesco admite Palestina como membro pleno


03/11/2011

A agência da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco) admitiu nesta segunda-feira (31) a Palestina como membro pleno da entidade, numa votação ocorrida na Assembleia Geral da Unesco realizada em Paris.

"A Assembleia Geral decidiu admitir a Palestina como membro da Unesco", diz a resolução adotada por 107 dos 193 países integrantes. "Esta votação vai apagar uma pequena parte da injustiça cometida contra o povo palestino", afirmou o ministro das Relações Exteriores palestino, Riyad al-Malki.

Estados Unidos, Alemanha e Canadá votaram contra, enquanto a Itália e o Reino Unido se abstiveram. Quase todos os países árabes, africanos e da América Latina votaram pela adesão. A França, que tinha sérias reservas, finalmente votou pela adesão.

"A entrada da Palestina leva o número de Estados-membros da Unesco a 195", afirmou a Unesco em um comunicado emitido imediatamente após a votação.

Legisladores norte-americanos ameaçaram reter cerca de US$ 80 milhões em recursos para a agência caso a Unesco aprovasse a filiação da Palestina, mas a maioria não cedeu à pressão. Os norte-americanos afirmavam que a aprovação poderia prejudicar os esforços para a retomada das negociações de paz entre israelenses e palestinos.

Tais diálogos, contudo, não têm levado a nenhuma solução, uma vez que Israel se mantém intransigente e continua a construir assentamentos nos territórios ocupados palestinos.

Os palestinos tentam se tornar membros plenos da Organização das Nações Unidas (ONU), mas como isso deve demorar algum tempo, eles pediram separadamente a entrada na Unesco e devem fazer o mesmo com outras agências do organismo.


Socorro Gomes
Presidente do Conselho Mundial da Paz e do Cebrapaz

Fonte: Da redação do Vermelho, com agências


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Unesco reconhece Palestina e é punida com boicote pelos EUA


31/10/2011

Entidade da ONU é a primeira a admitir Palestina como membro pleno. O ato irritou a administração americana que, em represália, suspendeu o apoio financeiro à Unesco. O país deixará de pagar cerca de US$ 60 milhões do que deve a partir de novembro deste ano.

A admissão da Palestina como membro pleno da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), marca, para os palestinos, um "momento histórico".

Poucas horas depois da adesão plena da Palestina, os Estados Unidos anunciaram um boicote à Unesco. A contribuição de novembro, no valor de 60 milhões de euros, não será paga, informou o Departamento de Estado Norte Americano.

"Os Estados Unidos são claramente a favor da solução de dois Estados, mas o único caminho é por meio de negociações diretas e não há atalhos, e iniciativas como a de hoje são contraprodutivas", condenou David T. Killion, embaixador norte-americano na organização.

"Tínhamos que conceder um pagamento de 60 milhões de dólares à Unesco em novembro e não vamos fazer isso", disse a porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nuland.

Outro país que reagiu de forma irritada com a decisão foi a Alemanha. A alegação dos alemães para votar contra a incorporação da Palestina pela Unesco é que ela "prejudicaria" as inexistentes negociações entre as duas partes. Segundo um porta-voz do Ministério de Relações Exteriores, a adesão palestina "prejudicaria o já difícil diálogo indireto".

Israel, o maior aliado americano no Oriente Médio e responsável direto pelos danos sociais e humanos da ocupação da Palestina reagiu também no mesmo tom dos Estados Unidos. "Isto é uma tragédia para a Unesco... A Unesco lida com ciência, e não com ficção científica, porém a organização adotou a ficção científica como realidade", insistiu o representante israelense Nimrod Barkan, embaixador israelense junto à Unesco, imediatamente depois da votação.

Depois de um boicote de mais de 20 anos (1984-2003) alegando uma suposta má gestão e "problemas com a ideologia", os Estados Unidos participavam até agora dos programas da Unesco, já que por meio deles conseguiam difundir sua ideologia.

Com agências

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Mensagem da América Latina ao mundo árabe

9/12/2011

Por Pepe Escobar

Hoje presidenta do Brasil, Dilma Rousseff foi torturada em 1970
 Hoje presidenta do Brasil, Dilma Rousseff foi torturada em 1970 pela junta militar que governava o país [Ricardo Amaral]

Olhem bem essa foto de 1970.

Essa moça de 22 anos está diante de um bando de inquisidores subtropicais, para ser interrogada.

Foi torturada com choques elétricos e sofreu simulação de afogamento – práticas que, para Dick Cheney, são apenas “interrogatório estimulado” – durante 22 dias.

E não cedeu.

Hoje, essa mulher, Dilma Rousseff, é presidenta do Brasil – aquele perene “país do futuro”, a 7ª maior economia do mundo (à frente de Grã-Bretanha, França e Itália), país-membro dos BRICS, mestre de um soft power que vai além da música, do futebol e da alegria de viver.

Essa foto acaba de ser divulgada, como parte de uma biografia de Rousseff, exatamente quando o Brasil afinal cria uma Comissão da Verdade, para saber o que realmente aconteceu durante a ditadura militar (1964-1985). A Argentina já fez esse trabalho, bem antes do Brasil – julgando e punindo os inquisidores de uniforme sobreviventes.

Esse sábado, Rousseff estará em Buenos Aires, para a cerimônia de posse de Cristina Kirchner, reeleita presidenta da Argentina. Esses dois países chaves da América do Sul têm mulheres na presidência. Contem lá àquele Tantawi da junta que governa o Egito – ou àqueles exemplares paradigmáticos de democracia da Casa de Saud. 

Essas coisas demoram...


Os egípcios talvez não saibam que os brasileiros tiveram de esperar 21 anos para livrarem-se de uma ditadura militar. Equivalentes de Dilma, a que não quebra e que se vê na foto dos anos 1970s, hoje da geração Google, estão lutando por melhor democracia, do Cairo a Manama, de Aleppo ao leste da Arábia Saudita.

Liberdade é o nome que se dá ao que resta quando já nada se tem a perder – além de tempo, muito tempo. No Brasil, uma verdadeira democracia estava começando a avançar, quando, em 1964, foi esmagada por um golpe militar ativamente supervisionado por Washington. O coma durou duas longas décadas.

Então, nos anos 1980s, os militares decidiram dar um pequeno passo, numa transição em ritmo de lesma, “lenta, gradual e segura” (segura para eles mesmo, claro) na direção de alguma democracia. Mas foi a rua – ao estilo da Praça Tahrir – que finalmente fez a coisa andar adiante.

O fortalecimento das instituições democráticas demorou mais uma década – e incluiu impeachment, por corrupção, de um presidente eleito. E passaram mais oito anos, para que um presidente eleito – o presidente Lula, imensamente popular, que Obama reverenciou como “o cara” – abrisse o caminho para Dilma Roussef. 

A estrada foi longa, até que um dos países mais desiguais do mundo – governado por séculos por uma elite arrogante e corrupta, que só tinha olhos para o Norte rico – afinal consagrasse a luta pela inclusão social como questão essencial da política nacional.

O progresso no Brasil foi semelhante ao de várias outras partes da América do Sul.

Semana passada alcançou-se um clímax parcial, quando a nova Comunidade dos Estados Latino-americanos e do Caribe (conhecida pela sigla CELAC, em espanhol), reuniu-se em Caracas. A CELAC começou como ideia luminosa ante a emergência – num novo sistema-mundo, como diria Immanuel Wallerstein – de uma nação latino-americana integrada, baseada na justiça, no desenvolvimento sustentável e na igualdade. Dois homens foram essencialmente importantes nesse processo: o presidente Lula do Brasil e o presidente Hugo Chavez da Venezuela. A visão desses dois convenceu todos, do presidente Pepe Mugica do Uruguai, ex-guerrilheiro, ao presidente do Chile, Sebastian Piñera, banqueiro.    

Assim, hoje, em meio à crise agônica que consome o Norte Atlanticista, a América Latina surge como possibilidade de uma verdadeira ‘terceira via’ (que nada tem a ver com o que Tony Blair inventou).  

Enquanto a Europa – onde o Deus Mercado governa – constrói meios para miserabilizar cada vez os povos europeus, a América Latina acelera no seu impulso rumo a inclusão social cada vez mais ampla.

E, enquanto virtualmente todas as latitudes, do Norte da África ao Oriente Médio sonham com democracia, a América Latina pode, realmente exibir os frutos, duramente buscados, de suas conquistas democráticas.

Não percam o foco, não esperem presentes caídos do céu


A CELAC é aposta poderosa nas possibilidades do diálogo sul-sul. Será dirigida, nesse estágio inicial, por Chile, Cuba e Venezuela.

Pepe Mugica, presidente do Uruguai e ex-líder dos guerrilheiros Tupamaro, disse, muito claramente em Caracas, que a estrada, até que se alcance o sonho da integração latino-americana não será um mar de rosas. Inúmeras batalhas ideológicas ainda terão de ser lutadas, antes que tome forma algum projeto político e econômico amplo.

A CELAC complementa a UNASUR – União Latino-americana – que o Brasil domina. A UNASUR também está começando; por hora, é, essencialmente, um fórum.

E há também o MERCOSUL – mercado comum de Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai, ao qual, em breve, a Venezuela também se integrará. Em Caracas, Dilma e Cristina selaram a futura integração com Chavez.

O principal parceiro comercial do Brasil é a China; antes, foram os EUA. Em breve, a Argentina alcançará a posição de segundo principal parceiro comercial do Brasil – deixando os EUA para trás. O comércio dentro do MERCOSUL está crescendo rapidamente – e mais ainda crescerá com a incorporação da Venezuela.

Não que faltem obstáculos no caminho da integração. O Chile prefere acordos bilaterais. O México olha, sempre antes, para o norte – por causa do NAFTA. E a América Central está convertida em virtual satrapia dos EUA, por causa do CAFTA. 

Mesmo assim, a UNASUR acaba de aprovar projeto estratégico crucialmente importante em termos geopolíticos: uma rede de 10 mil quilômetros de fibra ótica, administrada por empresas estatais locais, para livrar-se da dependência dos EUA.

Atualmente, nada menos que 80% do tráfego internacional de dados na América Latina viajam pelos cabos submarinos até Miami e a Califórnia – duas vezes a porcentagem da Ásia e quatro vezes a da Europa.

As taxas cobradas pela Internet na América Latina são três vezes mais caras que nos EUA. Nessas condições, é difícil falar de soberania e integração.

Washington – que exporta três vezes mais para a América Latina que para a China – está e terá de continuar focada em outros pontos: na Ásia, continente ao qual o governo Obama tanto se empenha para vender a agenda do “Século do Pacífico”.

A verdade é que Washington – como as várias direitas latino-americanas – nada tem a propor aos povos da América Latina, nem em termos políticos nem em termos econômicos. Portanto, cabe aos latino-americanos aperfeiçoar suas democracias, fazer avançar a integração regional e construir modelos de democracia social que se possam apresentar como alternativas ao velho neoliberalismo hardcore. 

Por um desses truques do Anjo da História, de Walter Benjamin, talvez seja hora, agora, de os latino-americanos partilharem sua experiência com os irmãos e irmãs do Oriente Médio, no sul global.

Que a estrada é longa, é. Começa com uma moça de 22 anos, que não baixou a cabeça frente à ditadura e aos ditadores. E é caminho adiante, sem volta.

Fonte: Aljazeera

Tradução: Coletivo Villa Vudu

domingo, 4 de dezembro de 2011

Primeiro Encontro Nacional de Solidariedade ao Povo Palestino


Primeiro Encontro Nacional de Solidariedade ao Povo Palestino


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I Encontro Nacional de Solidariedade ao Povo Palestino acontece de 25 a 27 de novembro em Guararema-SP

21/11/2011

“É preciso amplificar a luta contra o apartheid de Israel”, afirma João Felício, da CUT

Written by: Leonardo Severo



De 25 a 27 de novembro, a cidade de Guararema, no interior paulista, sediará o I Encontro Nacional de Solidariedade ao Povo Palestino, reunindo dezenas de lideranças dos movimentos sociais.


João Felício, hora de solidariedade militante ao povo palestino
João Felício: Hora de solidariedade militante ao povo palestino
Conforme a organização do encontro, será “um momento de debate, reflexão e fortalecimento” para organizar ações de solidariedade com maior envergadura, que estimulem a “heróica luta e resistência do povo palestino por sua autodeterminação e soberania”.
Desde 1947, o povo palestino enfrenta inúmeros problemas econômicos, políticos e sociais, cuja origem é a criminosa e ilegítima ocupação militar de seu território por parte do Estado de Israel. Neste momento em que a Organização das Nações Unidas (ONU) debate o reconhecimento pleno da Palestina como Estado membro, sublinham os organizadores, as mobilizações jogam um papel decisivo.

Na avaliação do secretário de Relações Internacionais da CUT, João Antonio Felício, que visitou recentemente os territórios palestinos ocupados por Israel, o evento tem o papel de fazer ecoar palavras e ações de solidariedade militante a um povo que vem sendo submetido a todo tipo de arbitrariedades.

De acordo com o dirigente cutista, “o muro de segregação, com mais de 800 quilômetros e que segue crescendo, fala por si, assim como o roubo de 80% da água palestina, a multiplicação dos humilhantes pontos de bloqueio militares, o desemprego em massa, a imposição neocolonial”.  

“É preciso amplificar a luta contra o apartheid de Israel”, destacou João Felício, condenando a política de “terrorismo de Estado que se traduz em assalto às terras árabes, exílio, tortura, prisão e morte de dezenas de milhares de palestinos”.  Na avaliação do líder cutista, “é chegado o momento de fazer valer o direito dos povos e ampliar a mobilização para que a ONU estabeleça o Estado Palestino - obedecendo as fronteiras de 1967 - e garanta a sua existência, pondo fim aos massacres e abusos perpetrados contra a população palestina”.



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Solidariedade ao povo palestino

*Por Carolina Wadi

Em comemoração ao Dia Internacional de Solidariedade ao Povo Palestino, foi realizado de 25 a 28 de novembro na Escola Nacional Florestan Fernandes, em Guararema (SP), o I Encontro Nacional de Solidariedade ao Povo Palestino que reuniu dezenas de pessoas, entre elas militantes e refugiados palestinos, representantes de movimentos sociais e partidos políticos e demais organizações da classe trabalhadora brasileira.

Os debates tiveram como objetivo a construção coletiva de denominadores comuns que pautarão a luta de solidariedade e a criação de um movimento social e político de caráter internacional, que garanta condições dignas de vida, trabalho e liberdade ao povo palestino. A meta agora é a consolidação de um Comitê Nacional e a preparação do Fórum Social Palestina Livre, programado para novembro de 2012 em Porto Alegre (RS).

Várias lideranças estiveram presentes no evento, entre elas Jamal Jumá, membro fundador da Palestinian Agricultural Relief Committees, da Palestinian Association for Cultural Exchange e da Palestinian Environmental NGO Network. Desde 2002 Jumá é um dos coordenadores da campanha contra o muro do apartheid e é também membro do Conselho Internacional do Fórum Social Mundial. Abla Saadat, militante palestina pelos direitos humanos, atua denunciando as condições precárias e maus tratos a que são submetidos os presos políticos por Israel. É esposa de Ahmad Saadat, secretário-geral do partido palestino Frente Popular para a Libertação da Palestina, preso desde 2002. Leila Khaled, considerada uma das maiores líderes da Frente Popular, preside a União Nacional das Mulheres Palestinas e é membro do Conselho Nacional Palestino.

Também estavam presentes o embaixador da Autoridade Palestina no Brasil, Ibrahim Al Zeben; Atef Saa da Palestinian General Federation of Trade Unions – PGFTU; Ruba Odeh da Union of Palestinian Women Committees; Mahmoud  Zwahre do Popular Struggle Coordination Committe; Abdallah Abu Rahma do Bil'in Popular Committee, entre outros.



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Seminário aproxima fronteiras entre Brasil e Palestina

25/11/2011

Ministra da Autoridade Nacional Palestina visita São Paulo e participa de encontro na Escola Nacional Florestan Fernandes

Por Fabrízio Glória



Nesta quarta-feira (24), uma das principais representantes do gabinete ministerial da Autoridade Nacional do Governo da Palestina desembarcou em São Paulo. Abla Rimawi Sa’dat é coordenadora da Campanha pela Libertação dos Presos Políticos Palestinos. Esta é sua principal missão no Brasil. Na tribuna da Câmara Municipal de São Paulo, acompanhada pelo vereador Jamil Murad (PCdoB), ela explanou sua luta pelo povo palestino.

“Há uma grande motivação da luta palestina. Essas pessoas foram presas lutando pela libertação do nosso povo. Agora, nossa luta está mais complicada. A nossa luta para a soltura dos presos políticos é a luta para a libertação do Estado da Palestina”.


Abla Rimawi Sa’dat calcula que cinco mil palestinos presos políticos estejam em cárceres israelenses. Um deles é seu marido, o Secretário-Geral da Frente Popular para a Libertação da Palestina,Ahmad Sa’dat, detido em 2002. “Nessa campanha de soltura do Ahmad Sa’dat e dos outros presos políticos, nós pedimos que seja respeitada a vida digna de todas as pessoas que estejam lá”.

De hoje (25) até o dia 27 de novembro, Abla Rimawi Sa’dat, participa do I Encontro Nacional de Solidariedade ao Povo Palestino, na cidade de Guararema, interior paulista, na Escola Nacional Florestan Fernandes.

Abla Rimawi se diz “gratificada” por ter recebido o convite de vir ao Brasil contar sua história e também a do povo palestino. “É um grande prazer e honra pra mim, estar no meio desse povo humano e digno que sempre apoiou o povo palestino na sua luta pela libertação”.

Fora do mapa

Numa pesquisa rápida no Google Earth é impossível encontrar no mapa do nosso planeta o Estado da Palestina. Utilizando a ferramenta com a coordenada Palestine, encontramos Jerusalém localizada no Estado de Israel.

A Google não é a única que nega a reconhecer o território palestino. Em nossa rápida viagem pelo mundo virtual, porém, encontrar a definição do Estado da Palestina já não é tão difícil. No Wikipedia está a descrição: “Organização política reconhecida parcialmente como um Estado soberano no Oriente Médio”. O texto segue dizendo que “O estado palestiniano controla algumas funções da administração pública no território”. E seguem as definições:

“O Estado da Palestina foi proclamado no dia 15 de Novembro de 1988 em Argel, Argélia, pelo Conselho Nacional Palestiniano (organismo legislativo da Organização para a Libertação da Palestina, OLP) através de uma votação com 253 votos a favor, 46 votos contra e 10 abstenções. A Palestina é administrada, desde 1994, pela Autoridade Autoridade Nacional Palestiniana, e reconhecida como um Estado soberano por 109 países”. O Brasil é um deles.




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A FEPAL - Federação Árabe Palestina do Brasil participou da organização do Encontro e esteve representada pelo seu Secretário Geral - Emir Mourad

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