domingo, 30 de dezembro de 2012

BALANÇO DO FÓRUM SOCIAL MUNDIAL PALESTINA LIVRE



Manifestação - Fórum Social Mundial Palestina Livre
29/dez - Comissão de frente da
Marcha de Abertura do Fórum Social Mundial,
tendo como destaque Nabil Shaat, enviado especial
ao Fórum do presidente palestino Mahmud Abbas.
A marcha, organizada pelos movimentos sociais, 
reuniu mais de 10 mil pessoas.



Balanço do Fórum Social Mundial Palestina Livre



Nos dias 28, 29, 30 de novembro e 01 dezembro de 2012 movimentos e organizações sociais de 36 países organizaram na cidade de Porto Alegre o Fórum Social Mundial Palestina Livre - FSMPL, maior e mais importante encontro popular realizado no mundo nas últimas décadas em solidariedade ao Povo Palestino que sofre a ocupação de seu território por Israel há mais de seis décadas.


Entre os objetivos centrais do FSMPL estava o debate sobre as estratégias de solidariedade mais concretas e efetivas indo além da ajuda humanitária, como a doação de materiais escolares ou esportivos e partir para ações políticas capazes de promover mudanças no status quo buscando de maneira incansável o reconhecimento da Palestina como um estado soberano e livre da ocupação estrangeira.


Todo o processo de organização do Fórum se pautou pela busca da unidade, que pudesse ser garantida por todas as organizações brasileiras participantes do evento e as organizações palestinas. Ficou claro desde o início que não era o objetivo do Fórum “ensinar” ao povo palestino sobre as estratégias que eles deveriam adotar para conquistar o reconhecimento do seu próprio Estado. Sempre houve acordo quanto a esse ponto. O Fórum não deveria ser nem do governo eleito palestino, nem da oposição. A ideia geral que norteou os debates sempre foi a necessidade de divulgar a causa palestina, já que esta causa é de pouco conhecimento do grande público, sempre influenciado tendenciosamente pela grande mídia.


Todos tínhamos claro que a solidariedade do povo palestino é uma causa humana, imediata e de tamanha importância que não pode nem deve ser relegada a poucas mãos. Deve ser realizada com humildade e sabedoria sem recair nos divisionismos da política interna palestina, ou brasileira, devendo estar sempre acima das vaidades individuais ou coletivas.


Reafirmamos que o que unificava todos é o reconhecimento do Estado da Palestina. As estratégias e táticas para construção desse Estado devem ser feitas pelo povo palestino, tendo como princípio o que sempre norteou a esquerda no mundo todo que é a autodeterminação dos povos. O propósito do Fórum era esse: a defesa de uma Palestina Livre e não o de entrar nas divergências internas do povo palestino.


Realizar o FSMPL não foi tarefa simples, pois muitos são os muros que tentaram barrar os movimentos de solidariedade à Palestina. Sabemos que levantar esta bandeira significa promover mudanças na geopolítica global contrariando os interesses imperialistas no Oriente Médio e no mundo.


A organização do FSMPL sofreu duros ataques do movimento sionista no Brasil. Foi uma campanha de boatos e mentiras que tinham por objetivo gerar medo e insegurança na população gaúcha e brasileira, em relação ao caráter político do evento. Estes ataques inibiram apoios estruturais ao Fórum já confirmados.


O desejo dos organizadores sempre foi o de contar com uma expressiva delegação de convidados internacionais, entre intelectuais, artistas e militantes políticos de vários países que atuam pela solidariedade à Palestina. Essas pessoas são figuras públicas que teriam condições de romper o bloqueio midiático ao tema.

Contribuiriam para que a solidariedade chegasse mais longe, e desta forma sobre as estratégias a serem adotadas. Tivemos uma expressiva presença dessa militância, no entanto não foi possível garantir a presença de todos aquelas que gostaríamos. Os recursos para passagens e hospedagens eram limitados. Algumas personalidades das mais variadas correntes de pensamento, tanto da Palestina como de outros países, foram convidados e não puderam comparecer. Alguns nos informaram problemas de agenda e outros por absoluta falta de recursos ficaram impedidos de participar do Fórum. Lamentamos profundamente que algumas lideranças da Palestina não puderam comparecer por motivos fora da nossa governabilidade.


Mas a nossa avaliação é que o FSMPL foi extremamente positivo, inclusive pela expressiva presença de participantes internacionais. Durante o Fórum, podemos destacar a grande marcha de abertura que reuniu mais de 10 mil participantes, no dia 29 de novembro, Dia Internacional de Solidariedade ao Povo Palestino. Esta data ficará também marcada na história pela votação nas Nações Unidas pelo reconhecimento da Palestina como Estado Membro Observador, elevando seu grau e reconhecimento internacional.


Destacamos ainda as grandes conferências e as mais de 120 atividades autogestionadas que produziram um volume de discussões sobre a solidariedade internacional à Palestina que já influenciam as atuais e as futuras campanhas de solidariedade que têm como plataforma política o Documento de Referência adotado por ambos os comitês organizadores, palestino e brasileiro. Este documento estabelece as bases e as linhas de ação para o movimento de solidariedade internacional.


O desafio agora é seguir em frente especialmente porque estamos numa conjuntura política profundamente delicada. O governo de Israel desafia a comunidade internacional quando decide pela construção de novos assentamentos em terras palestinas. Não satisfeito com tamanha arbitrariedade e agressão, suspende o repasse de recursos pagos pelo povo palestino através dos impostos. É um recurso palestino que Israel nega em conceder.


Ações de solidariedade são urgentes: precisamos unitariamente exercer forte pressão sobre todos os governos para que pressionem o governo de Israel a buscar definitivamente a constituição do Estado Palestino. Estratégias como a campanha por boicote desinvestimento e sanções a produtos de origem israelense tem se mostrado como uma eficiente alternativa de pressão para retomar as negociações e o caminho da construção da paz definitiva na região.


O momento é de convocar a unidade, somar e resistir junto com povo palestino.


Rumo a uma Palestina Livre!


São Paulo, 26 de dezembro de 2012.



Central Única dos Trabalhadores do Brasil - CUT

Federação Árabe Palestina do Brasil - FEPAL




DOCUMENTO DE REFERENCIA APROVADO EM NOV/2012 PELOS COMITÊS PALESTINO E BRASILEIRO ORGANIZATIVOS DO FÓRUM SOCIAL MUNDIAL PALESTINA LIVRE E ACLAMADO POR CONSENSO PELA ASSEMBLEIA DOS MOVIMENTOS SOCIAIS  REALIZADA DURANTE O FÓRUM EM 01/12/2012



O povo palestino estende sua gratidão e apreço ao Fórum Social Mundial, e a todos os movimentos sociais envolvidos especialmente no fórum sobre a Palestina, a ser realizado no final deste ano. Agradecemos, particularmente, ao Brasil, seu governo e suas instituições, por acolherem este fórum, considerado, por nós, um marco crucial e extraordinário no processo de amplificação do apoio à luta do nosso povo pelo exercício de seus direitos inalienáveis.

Apesar da passagem de mais de seis décadas desde a Nakba, a sistemática limpeza étnica da maioria do povo palestino em 1948, a questão da Palestina continua a ser um problema global, inspirando pessoas e movimentos sociais ao redor do mundo. A solidariedade com o povo palestino, e seus direitos inalienáveis – em especial, o direito aos refugiados de retorno a seus lares, e o direito de autodeterminação – é, hoje, mais forte que nunca, reforçando a luta do povo palestino, sob a liderança da Organização para a Libertação da Palestina, por liberdade e justiça de acordo com as leis internacionais e os princípios universais dos direitos humanos, ambos pilares do Fórum Social Mundial.

Para o povo palestino poder exercer seu direito inalienável à autodeterminação (inclusive o retorno dos refugiados), é necessário pressionar Israel a cumprir, integralmente, a lei internacional, ou seja:

Findar a ocupação e a colonização de todas as terras árabes ocupadas em 1967, e desmantelar o muro do apartheid.

Findar o regime de apartheid (conforme definição da ONU de crime de apartheid) e reconhecer o direito fundamental de igualdade dos cidadãos palestinos em Israel.

Reconhecer o direito dos refugiados palestinos de retorno aos lares dos quais foram expropriados, como convencionado pela resolução 194 da ONU.

 A organização do Fórum Social Mundial Palestina Livre é a expressão da união dos movimentos sociais internacionais na luta contra o imperialismo, o neoliberalismo e a discriminação racial em todas as suas formas por considerar a justa luta pelos direitos dos palestinos uma parte integrante da luta internacional para desenvolver alternativas políticas, sociais e econômicas que aumentem a justiça, a igualdade e a soberania dos povos, baseando-se em justiça socioeconômica, dignidade e democracia.

Configurando-se como espaço de reunião para a sociedade civil internacional, o Fórum Social Mundial Palestina Livre vislumbra:

 a. destacar, fortalecer e ampliar o movimento global em defesa dos direitos do povo palestino;

 b. desenvolver mecanismos para uma ação global efetiva de apoio à luta do povo palestino para exercer seus direitos de retorno e autodeterminação, e fazer cumprir as leis internacionais;

 c. proporcionar um espaço aberto para o diálogo, o debate, o desenvolvimento de estratégias e o planejamento de campanhas eficazes e sustentáveis de solidariedade ao povo palestino.

Após 65 anos da partilha da Palestina, recomendada pelos poderes hegemônicos, e sua cumplicidade com a sistemática limpeza étnica a que são submetidos os palestinos desde 1947, o Brasil sediará, este ano, um novo tipo de fórum global, destinado a reforçar a luta do povo palestino por justiça e por seus direitos, onde os governos têm falhado em sua obrigação de proteger a ambos.

O Fórum Social Mundial Palestina Livre acontece no Brasil à luz das tempestuosas mudanças no mundo árabe, revoluções que se tornaram conhecidas como “Primavera Árabe”, onde há luta popular por justiça social, democracia e liberdade. Nesse contexto, as forças hegemônicas ocidentais, em especial os Estados Unidos, têm se esforçado para abortar ou conter as revoluções populares árabes, objetivando a manutenção de seu domínio sobre esses territórios. Essa intervenção, às vezes tomando forma militar, implica sérios desafios para as revoluções populares na busca da sustentação de sua identidade emancipatória e democrática. Porém, a queda dos regimes ditatoriais, focos de cumplicidade árabe com a agenda EUA-Israel, causou impacto importante, minando a impunidade de Israel e reavivando a centralidade da causa palestina no mundo árabe, promovendo-a globalmente, em decorrência da importância estratégica da região.

À luz dessas mudanças, das posições e resoluções aprovadas pelo Encontro Nacional de Solidariedade com o Povo Palestino, no Brasil, o Comitê Nacional Palestino do FSM apela a todas as organizações, movimentos e redes, para que se somem a este fórum histórico como expressão de solidariedade aos direitos do povo palestino e à nossa luta para desenvolver dispositivos a fim de responsabilizar Israel por seus crimes e violações das leis internacionais. Incitamos também os movimentos sociais, e os FSM ao redor do mundo, a intensificar suas lutas em prol de mudanças políticas reais, por meio de:

1. defesa do direito do povo palestino a resistir à ocupação e ao apartheid, dirigindo-se à obtenção do direito de retorno e do exercício de autodeterminação, inclusive o estabelecimento de um Estado nacional independente e soberano, em conformidade com as resoluções da Organização das Nações Unidas (ONU);

2. fortalecimento e expansão da participação na campanha global, liderada pelos palestinos, de boicote, desinvestimento e sanções (BDS) contra Israel, uma das mais importantes formas de solidariedades com nosso povo e seus direitos. As campanhas BDS englobam boicotes a Israel e empresas internacionais cúmplices das violações israelenses das leis internacionais, e boicotes acadêmicos e culturais de instituições israelenses, parceiras coniventes na ocupação e no apartheid;

3. assegurar estados internacionais, coletiva e individualmente, responsáveis pela proteção dos refugiados palestinos em seus respectivos territórios até que os mesmos possam exercer o direito, sancionado pela ONU, de retorno a seus lares. Obrigar Israel a reconhecer tal direito, indenizando os refugiados, permitindo a aplicação da sanção da ONU, impondo o término da política higienista de limpeza étnica em ambos os lados da Linha Verde;

4. defesa dos direitos do nosso povo na Jerusalém ocupada, combatendo o que foi denominado por um funcionário da ONU de “estratégia de judaização”, manifestada na desapropriação de terras, na expulsão sistemática e compulsória dos palestinos de seus bairros, na violação da liberdade de culto, nos ataques implacáveis ao cristianismo e ao islamismo, na distorção da história e em outros crimes;

5. intensificação da luta para suprimir o cerco israelense – em todas as suas formas – imposto ao nosso povo na Faixa de Gaza ocupada, considerando a solidariedade a Gaza como prioridade. Isso demanda campanhas de solidariedade a nosso povo em Gaza e acusações legais, e formais, contra Israel em tribunais internacionais;

6. manutenção dos direitos inalienáveis do povo palestino em cidades israelenses, com soberania sobre suas terras, apoiando sua luta para exterminar o regime de apartheid israelense, suas leis e regulamentos racistas, reconhecendo os direitos nacionais e cívicos dos palestinos, individuais e coletivos, combatendo a política higienista de Israel, a expropriação de terras, as demolições de casas, especialmente no Naqab (Negev), e a discriminação racial em projetos de educação, saúde e infraestrutura;

7. apoio e fortalecimento da luta pela libertação dos prisioneiros palestinos, vivendo em condições desumanas, em prisões israelenses, por seu envolvimento na luta pela libertação nacional da Palestina. Nesse contexto, enfatiza-se a necessidade de garantir a libertação imediata e incondicional, como questão de prioridade, de doentes, crianças, idosos e mulheres, assim como os presos sob regime de detenção administrativa, e a libertação dos 27 parlamentares sequestrados pelas autoridades da ocupação, em clara violação das leis internacionais;

8. pressão para que os governos cumpram suas obrigações legais, conforme estipulado por decisão da Corte Internacional de Justiça, contra o muro construído, ilegalmente, por Israel em território palestino. Pressionar o governo israelense a desmantelar o muro “da vergonha”, que, terminado, deverá ter aproximadamente 800 km, intensificando a injustiça e potencializando uma nova campanha higienista de limpeza étnica;

9. manutenção do direito do povo palestino à soberania sobre seus recursos naturais (principalmente as terras e a água) e à soberania alimentar, garantindo o retorno para camponeses, operários, pescadores e comunidades beduínas privadas de seus direitos pelo Estado de Israel;

10. fazer do Fórum Social Mundial Palestina Livre uma plataforma para a construção de estratégias BDS contra Israel, objetivando, primordialmente, o boicote aos acordos de livre comércio entre Israel e outros países, ou grupo de países, como União Europeia e Mercosul, considerando-se as violações das leis internacionais perpetradas por Israel em seu regime de opressão contra o povo palestino, constituídas pela ocupação, pela colonização e pelo apartheid. Os TLC, ao permitir a exportação de produtos israelenses provenientes de colônias construídas ilegalmente em territórios árabes e palestinos ocupados, na Faixa de Gaza, na Cisjordânia (inclusa Jerusalém oriental) e nas Colinas de Golã, normalizam, ratificando-o, o regime opressor de Israel;

11. apoio à campanha global de embargo militar contra Israel, desfazendo contratos para compra de armas, equipamentos e serviços militares de todos os tipos, inclusa a compra de veículos, principalmente aviões não tripulados e sistemas de segurança. Essas exportações sustentam a ocupação e o regime de apartheid que Israel impõe ao povo palestino. Além disso, o comércio militar com Israel alimenta a indústria bélica dos EUA, indústria que lucra com a escravidão e a morte de milhões de pessoas em todo o mundo;

12. em concomitância à pressão para forçar Israel a cumprir as leis internacionais, apoiar e promover a cooperação na implantação de projetos de desenvolvimento econômico, social e cultural para os palestinos, fornecendo apoio financeiro e material para melhorar as condições de vida e trabalho, aumentando a firmeza e a vontade do povo palestino de enfrentar as tentativas israelenses de tiranização;

13. reconhecomento e apoio à luta dos judeus antissionistas em toda parte, em especial aqueles que estão ao lado do povo palestino na luta contra a ocupação e o regime de apartheid israelense. Apoiar as forças progressistas e democráticas, políticas e sociais, sujeitas à repressão por sua postura anticolonial e por sua advocacia em prol da defesa dos direitos do povo palestino;

14. apoio à resistência popular palestina contra a ocupação israelense, legitimando-a como forma primordial de luta em benefício do povo palestino;

15. incitamento aos meios de comunicação a ter papel ativo na exposição das políticas colonialistas e racistas do Estado de Israel, lançando campanhas de informação pública.

A aplicação dos princípios políticos, legais e éticos acima referidos contribuirá para acabar com a impunidade de Israel e reforçará sua responsabilização por todos os crimes cometidos contra o povo palestino. Esse apoio fornecerá ao povo palestino possibilidades concretas, eficazes e sustentáveis para alcançar todos seus direitos internacionalmente reconhecidos, em especial os direitos de retorno, autodeterminação, independência e soberania nacional.

Fonte: http://wsfpalestine.net/pt-br/reference_document


Assembléia - Fórum Social Mundial Palestina Livre
01/Dez -Encerramento da Assembleia dos 
Movimentos Sociais: representantes do
Comitê Palestino e Brasileiro celebram
a unidade de compromisso com os
direitos nacionais inalienáveis do povo palestino
ao retorno e autodeterminação.




Assembléia - Ato final - Fórum Social Mundial Palestina Livre
01/Dez -No ato final da Assembleia todos de mãos dadas
ecoam a voz da solidariedade internacional:
Palestina livre, Palestina livre!

sábado, 24 de novembro de 2012

ATIVIDADES DO FÓRUM SOCIAL MUNDIAL PALESTINA LIVRE


Banner - Fórum Social Mundial Palestina Livre

FEPAL - Federação Árabe Palestina do Brasil - Logotipo



SUGESTÕES DE ATIVIDADES


AOS ATIVISTAS, PARTICIPANTES E

CONVIDADOS DO

FÓRUM SOCIAL MUNDIAL PALESTINA LIVRE



Fórum Social Mundial Palestina Livre - Atividades



Fórum Social Mundial Palestina Livre - Localização das atividades


ATIVIDADES AUTO GESTIONADAS


DIA 28 – QUARTA-FEIRA



A arte de resistência e a solidariedade com o povo palestino

Prof. Cláudio Daniel - Revista Zunái; Eugênio Neves, Cartunista; Luciana Garcia, Historiadora e Natália Forcat, Artista Gráfica

Entidade promotora: FEPAL-Federação Árabe Palestina do Brasil

A atividade promoverá análise/debate sobre as formas de resistência e solidariedade ao povo palestino através da charge, poesia e outras artes.

14 às 16 h - Usina do Gasômetro - Casa Palestina

-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------


A economia politica da ocupação da Palestina

Prof. Dr. Jabr Omar – Universidade Federal de Pelotas

Entidade promotora: FEPAL-Federação Árabe Palestina do Brasil

Propõe analisar os fatores econômicos e geopolíticos por trás da ocupação da palestina. Desde a descoberta do Petróleo na região do Oriente Médio, as grandes potencias sempre tiver ambições que resultaram em estratégias politicas, econômicas e militares visando o domínio da região. A Palestina, inserida nesse contexto, sofreu as mais graves e conhecidas consequências dessa geopolítica internacional.


16:30 às 18:30 - Usina do Gasômetro - Casa Palestina

-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

A comunidade palestina na fronteira: afirmação cultural e força econômica

Profa. Liane Chipollino Aseff – Historiadora
Entidade promotora: FEPAL-Federação Árabe Palestina do Brasil

A atividade tem por objetivo refletir sobre a trajetória dos imigrantes palestinos na cidade de Santana do Livramento (RS) a partir da década de 1960. Nesse período a comunidade local passou a conviver com uma cultura diferente, diversa daquela tida como “fronteiriça”, o que inicialmente gerou certo encantamento, dado o “exotismo” de sua cultura e métodos de vendas.

16:30 às 18:30 - Usina do Gasômetro- Casa Palestina


DIA 29 – QUINTA-FEIRA


A luta de resistência das mulheres palestinas


Entidades promotoras: Marcha Mundial das Mulheres (MMM), Federação Democrática Internacional das Mulheres (FDIM), União Brasileira de Mulheres (UBM), Confederação de Mulheres Brasileiras (CMB), CUT, MST/Via Campesina, Kairós e outras.

14 às 16 h - UFRGS - Federal - Salão de Festas – Reitoria

-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Da Muralha de Ferro aos Muros de Separação

Prof. Dr. André  Gattaz  - Historiador    
Entidade promotora: FEPAL-Federação Árabe Palestina do Brasil
  
Conferência com o historiador André Gattaz, abordando aspectos históricos do conflito entre palestinos e colonos sionistas, de maneira a melhor compreender o contexto atual da ocupação israelense da Cisjordânia e a nova configuração do domínio sionista, baseada na guetização da palestina por meio da construção dos muros de separação. 


14 às 16 h - Usina do Gasômetro - Casa Palestina

-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

As esquerdas palestina e latino-americana: diálogos sobre a paz, a soberania e a descolonização

Entidades promotoras: Fundação Perseu Abramo/FPA, Fundação Maurício Grabois/FMG, Foro de São Paulo/FSP

14 às 16 h –  Assembléia Legislativa – Plenarinho/Auditório



DIA 30 – SEXTA-FEIRA


A luta social na Palestina ocupada

Entidades promotoras: Fundação Maurício Grabois - FMG, Fundação Perseu Abramo - FPA e Foro de São Paulo – FSP

12:15 às 13:30 - Assembléia Legislativa - sala Alberto Pasqualini (4º andar)

-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

A Paz no Oriente Médio e a Construção do Estado da Palestina

Entidades promotoras: Cebrapaz, CMP, Capítulo Cubano del Foro Social Mundial, Movimiento Cubano por la Paz, OSPAAL, FEPAL, FEARAB América

14 às 16 h – Assembléia Legislativa – Auditório Dante Barone

  -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Plenária "Estado da Palestina Já"


Convocação do COMITÊ PELO ESTADO DA PALESTINA JÁ!   composto por 30 entidades nacionais: CUT, FS, CTB, CGTB, UGT,  NCST, CONTEE, CMP, Cebrapaz FDIM, MMM, UBM, CMB, CMP, MST, CONAM, CNAB, MNU, UNEGRO, UNE, UBES, UJS, Juventude do PT, FEPAL, FEARAB Brasil e América, BibliASPA, IJB, ABIB, IBEI.   

O evento contará com várias personalidades e autoridades nacionais e internacionais. A plenária definirá ações propositivas de solidariedade ao povo palestino e será lido o Manifesto “Estado da Palestina Já”.

16:30 às 18:30 – Usina do Gasômetro – Casa Palestina  

-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Lançamento de 4 livros inéditos no Brasil


Entidades promotoras:
FEPAL– Federação Árabe Palestina do Brasil e
BibliASPA – Biblioteca e Centro de Pesquisa América do Sul-Países Árabes

A DISCRIÇÃO DOS LIVROS SE ENCONTRA NA PÁGINA 11.


20:30 h – Usina do Gasômetro – Casa Palestina



DIA 01 – SÁBADO


30 anos do Massace de Sabra e Chatilla: heranças, cicatrizes e a sobrevivência dos refugiados  

Lúcia Helena Issa – Jornalista e escritora
Emir Mourad – Secretário Geral da FEPAL

Nos dias 16, 17 e 18 de setembro de 1982, o massacre nos campos de refugiados palestinos de Sabra e Chatila, no Líbano, deixou mais de três mil mortos. O ato criminoso foi executado por milícias falangistas libanesas, com proteção e apoio do exército israelense, que ocupava o país. A jornalista Lucia Helena esteve nos campos em 2010 e 2011 e conviveu com crianças, velhos, jovens, mulheres que carregam as cicatrizes da chacina de parentes, amigos e familiares. Lúcia prestará seu testemunho de como a luta por dignidade, sobrevivência e retorno estão presentes no dia-a-dia dos palestinos de Sabra e Chatila. Da miséria e pobreza dos campos, Lucia descobre a força da mulher palestina, sua determinação e coragem.

14 às 16 h - Usina do Gasômetro - Casa Palestina

-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Sionismo, teoria e prática

Dr. Abdel Latif - Médico, Conselheiro da FEPAL

Entidade promotora: FEPAL– Federação Árabe Palestina do Brasil

O mundo que se autoproclama civilizado adotou novos conceitos em relação a Israel: massacrar crianças árabes é ato de autodefesa; campos de concentração para palestinos em Gaza e Cisjordânia são Estado palestino; negar os direitos básicos dos palestinos a um Estado livre e independente é garantia de segurança para Israel; discriminação  contra os não judeus em Israel é necessário para manter o caráter judaico do Estado; ter lei de retorno de dois mil anos a judeus  e negar o direito dos palestinos expulsos desde 1948  a retornar é essência do Estado judeu; “democracia”  que exclui uma significativa parte da população (os não judeus) é “democracia” etc. Esses conceitos e politicas praticadas por Israel tem sua origem no sionismo, que desde o seu primeiro congresso em 1898, vem criando teorias e as praticando de forma sistêmica e contínua.

16:30 às 18:30 -  Usina do Gasômetro – Casa Palestina

-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------


O Sarau Árabe-Palestino – A Resistência da Milenar Cultura Palestina

Entidades promotoras: Instituto Jerusalém do Brasil e
FEPAL – Federação Árabe Palestina do Brasil

Com a participação de Gilberto Abrão, Celso de Menezes, Claude Hajjar e Aída Gamal e Talita Vital e direção de  Ali El-Khatib, Presidente do Instituto Jerusalém do Brasil.

O Sarau Árabe-Palestino tem origens  nas Sahras. Sahra é o encontro noturno das famílias onde se conversa, se declama poesias, se canta, se contam histórias e dançam. É uma atividade lúdica com forte sabor de resistência dos valores familiares. Serão declamados poemas de Mahmud Darwish, Fadwa Tukan e contação de estórias típicas das aldeias palestinas e danças folclóricas.  Será exibido o filme de Marcio Curi, A ÚLTIMA ESTAÇÃO  que fez a abertura do Festival Internacional de Cinema de Brasília e participou do Festival Internacional de Cinema de São Paulo.

19 às 23 h – Usina do Gasômetro – Casa Palestina




ATIVIDADES  AUTOGESTIONADAS  PERMANENTES

DIAS 29, 30 E 01 - QUINTA, SEXTA E SÁBADO


Mostra de Cinema Palestina Livre

Entidades promotoras:
BibliASPA – Biblioteca e Centro de Pesquisa América do Sul-Países Árabes e
FEPAL– Federação Árabe Palestina do Brasil

 A Mostra de Cinema Palestina Livre apresenta filmes ficcionais e documentários que retratam a dura realidade do povo palestino, sua persistente resistência e identidade. As tentativas de apagamento de sua história e identidade, assim como os efeitos da ocupação das terras palestinas, constituem alguns dos temas desta Mostra, que integra um amplo projeto de estudos acerca da Palestina.  Os filmes serão acompanhados de debates.

A DISCRIÇÃO DOS FILMES SE ENCONTRA NA PÁGINA 15

20 às 22:30 – Usina do Gasômetro – Casa Palestina

-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------



Exposição “Charges de Carlos Latuff”

Entidades promotoras:
BibliASPA – Biblioteca e Centro de Pesquisa América do Sul-Países Árabes e
FEPAL– Federação Árabe Palestina do Brasil

 As charges realizadas por Carlos Latuff abordam temas sociais e políticos do Brasil e do Mundo. Um dos principais chargistas conhecidos internacionalmente, Latuff iniciou seu trabalho como cartunista desenhando para um boletim sindical e permanece trabalhando na imprensa sindical. Após viajar à Cisjordânia, na Palestina, em 1999, começou a dedicar-se a retratar a dura realidade do povo palestino, buscando chamar a atenção pública para o lado mais desprivilegiado desse embate. Atualmente, as charges de Latuff podem ser encontradas impressas em jornais do mundo afora, nas mais diferentes línguas, ou em exposições como esta.

9 às 22:30 – Usina do Gasômetro – Casa Palestina

-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------


Palestina: Paisagem Fragmentada

Entidades promotoras:
BibliASPA – Biblioteca e Centro de Pesquisa América do Sul-Países Árabes e
FEPAL– Federação Árabe Palestina do Brasil


 A exposição “Palestina: Paisagem Fragmentada” apresenta fotografias que demonstram violações de direitos humanos cometidas por forças israelenses em diferentes localidades palestinas, a discriminação sofrida por palestinos e as dificuldades que essa população enfrenta no dia-a-dia, de crianças a idosos.
Entre outros temas, a exposição aborda as revistas forçadas, os controles militares e as colônias construídas ilegalmente em território palestino, entre outros efeitos da ocupação israelense.

9 às 22:30 – Usina do Gasômetro – Casa Palestina

-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------


Composições gráficas da Palestina a partir de poesia

Entidades promotoras:
BibliASPA – Biblioteca e Centro de Pesquisa América do Sul-Países Árabes e
FEPAL– Federação Árabe Palestina do Brasil

 Esta exposição, que demonstra a força da resistência palestina em expressões artísticas como a poesia e a arte visual, apresenta composições gráficas feitas pela artista Janaina Elias a partir de versos do poeta palestino Mahmud Darwich utilizando o gestual da escrita árabe e traduções em língua portuguesa publicadas pelas Edições BibliASPA (Biblioteca e Centro de Pesquisa América do Sul-Países Árabes).

9 às 22:30 – Usina do Gasômetro – Casa Palestina

-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

 Exposição interativa Uma terra sem povo para um povo sem terra

BibliASPA – Biblioteca e Centro de Pesquisa América do Sul-Países Árabes e
FEPAL – Federação Árabe Palestina do Brasil

A exposição “Uma Terra Sem Povo Para Um Povo Sem Terra” é composta de cartazes gráficos interativos sobre o embate entre Israel e a Palestina. Produz um discurso visual em torno das tensões sociais da vida cotidiana nesta região onde três continentes colidem e propõe uma nova abordagem de pensamento sobre o conflito. O discurso é crítico, mas também irônico e, de forma descontraída, expõe a situação atual, convidando as pessoas a colorir os mapas e desenhos ao longo da exposição.  Por exemplo, mostra-se um mapa do território descontínuo e constantemente interrompido da Palestina, ao lado da pergunta “Que território é este?” e das opções A) ILHAS CARAÍBAS; B) ILHAS MAURÍCIO; C) ILHAS BORA BORA; D) PALESTINA. A resposta vem acompanhada de texto explicativo sobre as restrições à circulação e outra violações de direitos humanos. A exposição visa desconstruir mitos como aquele que a nomeia.

9 às 22:30 – Usina do Gasômetro – Casa Palestina




DISCRIÇÃO DOS LIVROS À SEREM LANÇADOS NO DIA 30
20:30 h – USINA DO GASOMETRO – CASA PALESTINA



Noite Grande, romance de Permínio Asfora


Noite Grande

O livro Noite Grande, de Permínio Asfora, é um romance sobre as tragédias enlaçadas de dois povos: do palestino, confrontado com o saque de sua pátria milenar; e do nordestino do alvorecer do Século XX, compelido a sobreviver ao latifúndio escravocrata da região dos carnaubais do Piauí.

Esta obra, marcada pela riqueza de enredo e personagens, inaugura o ingresso na literatura brasileira de um palestino como personagem central.

O autor, Permínio Asfora, foi elogiado por intelectuais como Mário de Andrade e Ledo Ivo. O romance Noite Grande começou a ser transposto para o papel por volta de 1944 e ganhou a primeira edição no ano seguinte. Abarca a dolorosa convivência dos momentos mais dramáticos da existência do pai palestino - aqueles que precederam a longa noite, a noite grande que cairia sobre sua terra e de seus ancestrais.





Mahmud Darwish - A terra nos é estreita e outros poemas

A terra nos é estreita e outros poemas

O livro A terra nos é estreita e outros poemas, de Mahmud Darwich, apresenta a análise e a tradução (feitas pelo Prof. Dr. Paulo Daniel Farah) do principal poeta palestino, Darwich, com o objetivo de permitir que interessados em geral e pesquisadores no Brasil e em outros países possam ler os poemas árabes em português traduzidos diretamente do original.

Haverá um recital poético no lançamento deste livro, que demonstra que a Palestina se faz presente na literatura. Darwich descreveu a Palestina como a “terra das palavras”:

“Aquele que escreve sua história
Herda a terra das palavras
E se apossa do sentido
Completamente!”

A necessidade de recitar a história é ameaçada por um apagamento contínuo e uma tentativa de impedir esses relatos e sua integridade. A literatura palestina se mostra aí uma escritura de resistência no sentido da sobrevivência, da continuidade da vida. Se há uma ruptura na continuidade do sentido de lugar, a escritura pode instaurar uma continuidade que é a da busca, da descoberta, do lugar e do si mesmo no lugar.



Ghassan Kanafani - escritor palestino - livro - Homens ao sol


Homens ao sol      

 O romance Homens ao Sol, de Ghassan Kanafani, constitui um marco da literatura árabe e palestina – descrito como a mais importante criação literária palestina por diversos críticos literários, que o consideram a principal obra escrita por um autor palestino e também a que retrata os palestinos de forma literariamente mais elaborada.

Este livro, adaptado também para o cinema, apresenta a análise e a tradução (feitas pelo Prof. Dr. Paulo Daniel Farah) de Kanafani, principal autor de prosa palestino, em língua portuguesa, traduzido diretamente do árabe.

O tema da terra anuncia-se desde o início da obra: “Abu-Qays repousou o peito sobre o solo úmido pelo orvalho. A terra começou a palpitar debaixo dele: os batimentos de um coração ofegante pulsavam em cada grão de areia e depois atravessavam até suas células... voltou e lançou o peito sobre o solo úmido, que passou a pulsar debaixo dele novamente enquanto o cheiro da terra fluía até suas narinas e se derramava em suas veias como um tufão.”.

Homens ao Sol narra a saga de palestinos que buscam trabalho nos locais mais distantes para ajudar a família em meio a dificuldades extremas.



Lejeune Mirhan - livro -  E se Gaza cair


E se Gaza cair...

No período que compreendeu os 22 dias de maciços ataques perpetrados pelas Forças de Defesa de Israel, entre dezembro de 2008 e janeiro de 2009, aos palestinos moradores da pequena Faixa de Gaza – caracterizando um dos maiores massacres cometidos contra um povo indefeso –, recebi centenas de artigos vindos de várias partes do mundo.

Desde os primeiros dias de bombardeios, fui amadurecendo a ideia de publicar um livro com uma seleção desses artigos.

Particularmente agora, quando Israel, mais uma vez, atenta contra as liberdades, contra a democracia, contra as normas do direito internacional, mais do que nunca decidi apresentar aos leitores brasileiros uma coletânea de artigos de jornalistas, escritores, sociólogos, cientistas
políticos, historiadores e intelectuais de várias origens, em especial brasileiros, árabes e judeus de várias partes do mundo.

São artigos datados, da época do conflito de 2008-2009.
Lejeune Mirhan, sociólogo e arabista, autor do livro


FILMES QUE COMPÕEM A MOSTRA DE CINEMA PALESTINA LIVRE

20 ÀS 22:30 H – DIAS 29, 30 e 01

Usina do Gasômetro – Casa Palestina

Atirar Num Elefante

 Direção: Alberto Arce e Mohammad Rujailah 
Gênero: Documentário 
Duração: 113min
Ano: 2009
País: Espanha

            O documentário  trata dos acontecimentos durante os bombardeios de Israel sobre Gaza - ataques que duraram de 27 de dezembro de 2008 até 18 de janeiro de 2009 e que ceifaram a vida de mais de 1.400 palestinos. Convertido em narração direta e privilegiada dos bombardeios, o documentário opõe-se ao silêncio internacional a respeito do que aconteceu.

Os Ludibriados
 Direção: Tewfik Saleh
Duração: 107 min
Ano: 1972
País: Síria
             A saga de palestinos que buscam melhores condições de vida fora de sua terra natal, no golfo, e que se dispõem a atravessar o deserto, em meio a dificuldades extremas, para ajudar a família na Palestina. Adaptação cinematográfica do romance Homens ao Sol, do escritor Ghassan Kanafani, principal autor de prosa palestino; considerada a mais importante criação literária palestina, foi publicada no Brasil (Edições BibliASPA).

O que resta do Tempo

 Direção: Elia Suleiman
Duração: 105 min.
Ano: 2009
País: Bélgica/França/Itália/Reino Unido
Gênero: Drama

 Versão ficcional de quatro episódios que marcaram a família do diretor desde 1948. Inspirado pelos diários de seu pai, combatente da resistência palestina, e pelas cartas de sua mãe aos familiares expatriados, ele reconstitui o cotidiano dos árabes-israelenses a partir do momento em que passaram a viver como minoria. Memórias íntimas que se confundem com a história coletiva de um país em desaparecimento.

Crianças de Gaza

Direção: Jezza Neumann 
Duração: 48 min
Ano: 2010
País: Grã Bretanha

             Durante a incursão israelense na Faixa de Gaza em dezembro de 2008 a janeiro de 2009, grupos humanitários estimam que cerca de 1.000 crianças foram feridas e 300 foram mortas. Este documentário mostra a opressão de Israel na visão humana, sensível e delicada de Omsyatte, Ibrahim, Amal e Mahmud, três crianças palestinas, órfãs de seu próprio país.

Miral
 Direção:  Julian Schnabel
Gênero:  Drama
Duração: 112 minutos
Ano:  2010
País de Origem:  França / Israel / Itália / Índia

 Drama que narra a história de Miral, uma órfã palestina que cresce em meio ao conflito árabe-israelense. Miral foi enviada pelo seu pai ao Instituto Dar Al-Tifel, e ali é educada toda a sua vida. Com 17 anos, passa a dar aulas num campo de refugiados onde desperta para a realidade da luta de seu povo. Quando Miral se apaixona pelo ativista político Hani, percebe que está dividida entre a luta pelo futuro do seu povo e a crença de que a educação é o caminho para a paz.

O Muro de Ferro

 Direção: Mohammed Alatar
Duração: 52 min
Ano:   2007
País: Palestina

 Em um artigo de 1923, o líder sionista Vladimir Jabotinsky escreveu: “Nossa ação de imigração na Palestina deve, portanto, ou acabar ou continuar sem que nos detenhamos diante da posição dos árabes; de tal forma que nosso estabelecimento possa se desenvolver sob a tutela de uma força que não dependa da população local, ao abrigo de um muro de ferro ao qual essa população não poderá jamais fazer frente." O documentário aborda como a política de assentamentos após a ocupação israelense dos territórios da Cisjordânia e Gaza tem concretizado as palavras de Jabotinsky.

Ocupação 101

 Direção: Abdallah Omeish, Sufyan Omeish
Gênero: Documentário
Duração: 87min
Ano: 2006
País: EUA, Israel e Palestina / USA, Israel and Palestine

 Documentário que trata das raízes do conflito Israel–Palestina e do envolvimento político dos EUA, focado nos efeitos da ocupação israelense na Faixa de Gaza e na Cisjordânia. O filme discute a ascensão do sionismo na Segunda Intifada, questionando também a natureza das relações americanas e israelenses em particular. O filme conta com entrevistas de pesquisadores, líderes religiosos, representantes de organizações e militantes em direitos humanos. 

 O Casamento de Rana

 Direção: Hany Abu-Assad
Gênero: Drama
Duração: 90 min
Ano: 2002
País: Holanda

             Mulher prestes a casar tenta atravessar postos de controle entre Jerusalém e Ramallah, em meio a difícil realidade da ocupação israelense das terra palestinas, e negocia com soldados a fim de chegar ao local das celebrações.

Seguidores: