terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Presidente da Palestina é recebido pelo Papa Francisco e inaugura embaixada no vaticano

Francisco recebe Presidente palestino Abbas no Vaticano


Papa Francisco recebe líder palestino


Cidade do Vaticano (RV) – Na manhã de sábado (14/01), o Papa recebeu no Vaticano Mahmoud Abbas, Presidente do Estado da Palestina.

No encontro, foram destacadas as boas relações entre Santa Sé e Palestina, estabelecidas no Acordo global de 2015, que abrange aspectos essenciais da vida e da atividade da Igreja na sociedade palestina. Neste contexto, foi recordada também a importante contribuição dos católicos em favor da promoção da dignidade humana e na ajuda aos mais carentes, especialmente nos campos da educação, saúde e assistência.

Os dois Chefes de Estado se detiveram ainda sobre o processo de paz no Oriente Médio, esperando que as negociações diretas entre as partes se reiniciem e resultem no fim da violência, que tem causado sofrimentos inaceitáveis às populações civis.

Comunicado informa sobre o conteúdo do encontro

Como afirma um comunicado divulgado após o encontro, o Papa e Abbas contam com o apoio da comunidade internacional no sentido de tomar medidas que favoreçam a confiança recíproca e contribuam para criar um clima que permita decisões corajosas em favor da paz.

Enfim, os dois ressaltaram a importância de salvaguardar o caráter sagrado dos Lugares Santos para as três religiões monoteístas e dedicaram atenção aos outros conflitos que afligem a região.

Entre os presentes trocados, Mahmud Abbas ofereceu a Francisco uma pedra da Igreja do Santo Sepulcro, em Jerusalém, de acordo com Greg Burke, diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé.






Histórico

A audiência privada foi o terceiro encontro entre o Papa e Abbas depois da visita em 2014 do Pontífice a Israel e aos Territórios palestinos ocupados e da vinda do líder palestino ao Vaticano em 2015 para a canonização de duas religiosas palestinas, Mariam Bawardi (1846-1878) e Marie-Alphonsine Ghattas (1843-1927).

Ao sair do Vaticano, Abbas inaugurou a embaixada palestina junto à Santa Sé, na Via di Porta Angelica. A representação diplomática está localizada em um edifício que já abriga as embaixadas do Peru e Burkina Faso junto à Santa Sé.


(CM)

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segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Palestinos: Uma bofetada no rosto da política de Israel

Presidente do Estado da Palestina, Mahmud Abbas
Mahmoud Abbas, presidente palestino


A direção palestina festejou neste sábado (24) a recente resolução 2334 adotada pelo Conselho de Segurança (CS) da ONU que exige o fim dos assentamentos ilegais israelenses em territórios palestinos ocupados.

Na ocasião de sua mensagem de Natal, o presidente palestino, Mahmoud Abbas, qualificou a decisão da ONU de ‘uma bofetada no rosto da política de Israel’.

Constitui, afirmou o dirigente, uma condenação absoluta aos ilegais assentamentos israelenses em terras palestinas, bem como um apoio (internacional) unânime à solução de dois Estados (Palestina e Israel).

Na Faixa de Gaza, Fawzi Narhoum, porta-voz do movimento palestino Hamas, no poder nessa região, destaca o fato de que a comunidade internacional representada no Conselho de Segurança ‘rechaçou as políticas agressivas israelenses de assentamentos (na Cisjordânia ocupada e Jerusalém oriental).

Por sua vez, a Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP), ao mesmo tempo em que celebrava a votação no Conselho de Segurança, alertou sobre a previsível reação israelense.

Tel Aviv e seus aliados farão todo o possível por impedir a implementação da resolução, destaca a FPLP em comunicado.

Na sexta-feira (23), Saeb Erekat, secretário geral da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), descreveu o dia como ‘um dia de vitória para o direito internacional, para a linguagem civilizada e a negociação, e de rejeição total das forças extremistas de Israel’.

A comunidade internacional, explicou à imprensa, tem expressado ao povo de Israel que o caminho para a segurança e a paz não vai ser materializado mediante a ocupação, mas pela paz, o fim da ocupação e o estabelecimento de um Estado palestino para conviver junto ao de Israel a partir das fronteiras de 1967.

Também a Jihad Islâmica palestina, nas palavras de seu porta-voz, Daud Shihab, qualificou a resolução 2334 de ‘uma clara condenação às políticas de ocupação (de Israel) e suas agressões contra o povo palestino’.

O documento aprovado no Conselho de Segurança, apresentado pela Nova Zelândia, Malásia, Senegal e Venezuela, exige que ‘Israel cesse imediata e completamente os assentamentos nos territórios palestinos ocupados, incluindo Jerusalém Oriental’.

Realça assim que as colônias israelenses, consideradas pela ONU como ilegais, ‘põem em perigo a viabilidade da solução dos dois Estados’.


Fonte: Resistência


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