quarta-feira, 13 de abril de 2011

O massacre de Deir Yassin e a limpeza étnica da Palestina

1948: Massacre de Deir Yassin

13.04.2011

Na madrugada de 9 de abril de 1948, 120 terroristas invadiram e ocuparam o povoado de Deir Yassin, a oeste de Jerusalém. Testemunhas oculares relataram que eles foram de casa em casa e abriram fogo contra seus moradores.



Quem visita Israel precisa procurar muito para encontrar vestígios de antigos povoados árabes. Em geral, tratam-se de ruínas. Na guerra de 1948, 400 povoados palestinos foram destruídos e seus moradores expulsos. Lugarejos que existem apenas em mapas antigos.

Cerca de 700 mil palestinos foram expulsos de suas casas, algo atualmente reconhecido por historiadores israelenses como um processo sistemático de banimento ou deportação.

Um dos símbolos deste processo foi Deir Yassin, uma localidade a oeste de Jerusalém. O vilarejo de 610 habitantes também serviu de refúgio para outras centenas de pessoas que tentavam escapar dos conflitos entre judeus e árabes. Como ficasse no território do futuro Estado Palestino, havia selado um acordo de boa vizinhança com os vizinhos judeus.

Fim do sonho de dois Estados

Em 29 de novembro de 1947, as Nações Unidas haviam decidido criar um Estado palestino e um israelense, sendo que Jerusalém seria internacionalizada. O Reino Unido anunciou a disposição de desistir de seu mandato sobre a Palestina. Mas o mundo árabe rejeitou a divisão. Também círculos nacionalistas radicais judeus não concordavam, por temer o avanço árabe.

À medida que se aproximava a data da retirada definitiva dos britânicos da Palestina, em 15 de maio de 1948, a situação ficou cada vez mais tensa e as manifestações se ampliaram, muitas vezes seguidas de conflitos armados.

Dois grupos judeus clandestinos arquitetaram um plano. O "Irgun", do posterior primeiro-ministro Menachem Begin, e o "Lehi": expulsar os palestinos que morassem no futuro território israelense.

O primeiro povoado escolhido foi Deir Yassin, invadido por 120 terroristas na madrugada de 9 de abril de 1948. Testemunhas oculares relatam que eles dispararam as armas imediatamente. 

Às 11 horas da manhã, o lugarejo estava tomado. Os terroristas começaram a ir de casa em casa para assassinar seus moradores, fossem crianças, mulheres ou idosos. A maioria dos homens a esta altura já tinha fugido.

Somente à tarde, quando os moradores judeus ortodoxos começaram a retornar do trabalho e a contar que os demais habitantes sempre foram pacíficos, o massacre teve fim, 250 sobreviventes foram transportados de caminhão e descarregados no lado árabe de Jerusalém.

Deir Yassin simplesmente deixou de existir. Embora as lideranças do movimento clandestino judeu "Hagana" tenham condenado o massacre, nada aconteceu com os responsáveis.
Peter Philipp/rw 




O massacre de Deir Yassin: 09 de abril de 1948

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Carta de Einstein aos terroristas


Antes da criação do Estado de Israel, dois grupos terroristas judeus estavam trabalhando para limpar a Palestina dos seus habitantes árabes e os seus ocupantes britânicos. O mais brutal desses grupos foi Lohamei Herut Yisrael (Lutadores pela Liberdade de Israel), também conhecido como o LEHI ou o Gang Stern, após seu fundador Avraham Stern. 

Grande parte do apoio financeiro a esses terroristas judeus vieram dos Estados Unidos. O Gang Stern recebeu dinheiro arrecadado com o nome mais pérfido, Amigos Americanos dos Combatentes pela Liberdade de Israel. O Sr. Rifkin Shepard foi o diretor executivo, após a partição da Palestina e da ONU, antes da criação de Israel em maio de 1948. 

Rifkin solicitou para Albert Einstein que ajudasse o Gang Stern arrecadar dinheiro americano para compra de armas para expulsar os árabes e ajudar a criar um Estado judeu. Em 10 de abril, um dia depois do massacre infame de árabes de Deir Yassin, Einstein respondeu chamando os terroristas Stern Gang e criminosos enganados



A carta de Einstein de uma página, em seu papel de carta em relevo (veja abaixo), foi leiloado pela Sotheby's em 21 de junho de 2007. Ela foi comprada por Daniel McGowan, diretor executivo de Deir Yassin Remembered, por $ 8.500, mais comissão de US $ 1.700 e $ 175 de envio. Essa carta integrará os arquivos do Deir Yassin Remembered, que incluem documentos, fotografias e relatos de áudio do massacre. 


Carta de Einstein aos terroristas

Traducao: Emir Mourad



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A limpeza étnica da Palestina e os mitos da criação de Israel


Entrevista com o historiador israelense ILAN PAPPE, onde discorre sobre como o sionismo, de forma planejada, executou e continua executando a limpeza étnica da Palestina: ocupação e roubo da terra e expulsão dos palestinos. O mito da "guerra de defesa" de 1948. O mito que os palestinos abandonaram seus lares e terras. A perseguição que sofreu na Universidade. A lógica sionista do massacre de Deir Yassin. O mito da democracia israelense. As perspectivas para o futuro. Uma entrevista de um judeu que foi em busca da verdade e enfrentou todas as pressões com altivez e coragem. Legendado em português.



terça-feira, 12 de abril de 2011

Todo cambia - Mercedes Sosa


Todo Cambia

Cambia lo superficial
Cambia también lo profundo
Cambia el modo de pensar
Cambia todo en este mundo

Cambia el clima con los años
Cambia el pastor su rebaño
Y así como todo cambia
Que yo cambie no es extraño

Cambia el mas fino brillante
De mano en mano su brillo
Cambia el nido el pajarillo
Cambia el sentir un amante

Cambia el rumbo el caminante
Aúnque esto le cause daño
Y así como todo cambia
Que yo cambie no es extraño

Cambia todo cambia
Cambia todo cambia
Cambia todo cambia
Cambia todo cambia

Cambia el sol en su carrera
Cuando la noche subsiste
Cambia la planta y se viste
De verde en la primavera

Cambia el pelaje la fiera
Cambia el cabello el anciano
Y así como todo cambia
Que yo cambie no es extraño

Pero no cambia mi amor
Por mas lejo que me encuentre
Ni el recuerdo ni el dolor
De mi pueblo y de mi gente

Lo que cambió ayer
Tendrá que cambiar mañana
Así como cambio yo
En esta tierra lejana

Cambia todo cambia
Cambia todo cambia
Cambia todo cambia
Cambia todo cambia

Pero no cambia mi amor...

Todo Cambia 


Muda o superficial
Muda também o profundo
Muda o modo de pensar
Muda tudo neste mundo

Muda o clima com os anos
Muda o pastor e seu rebanho
E assim como tudo muda
Que eu mude não é estranho

Muda o mais fino brilhante
De mão em mão seu brilho
Muda o ninho o passaro
Muda a sensação de um amante

Muda o rumo do andarilho
Ainda que isto lhe cause dano
E assim como tudo muda
Que eu mude não é estranho

Muda tudo muda
Muda tudo muda
Muda tudo muda
Muda tudo muda

Muda o sol em sua corrida
Quando a noite o substitui
Muda a planta e se veste
De verde na primavera

Muda a pelagem a fera
Muda o cabelo o ancião
E assim como tudo muda
Que eu mude não é estranho

Mas não muda meu amor
Por mais longe que eu me encontre
Nem a recordação nem a dor
De meu povo e de minha gente

O que mudou ontem
Terá que mudar amanhã
Assim como eu mudo
Nesta terra tão longinqua

Muda tudo muda
Muda tudo muda
Muda tudo muda
Muda tudo muda

Mas não muda meu amor...

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