sábado, 20 de agosto de 2011

PSB APÓIA O ESTADO DA PALESTINA JÁ



Nota Oficial do PSB a favor do Estado da Palestina
Partido Socialista Brasileiro - PSB

Internacional - 19/08/2011

O Partido Socialista Brasileiro – PSB, no seu manifesto de 2005, postulou sua política externa com os seguintes princípios: “...autodeterminação dos povos, pelo fortalecimento dos organismos internacionais, contra todas as formas de imperialismo, colonialismo e belíssimo, nelas incluídas as propostas hegemônicas das grandes potências”. A política externa do PSB está fundada nos princípios da soberania e a autodeterminação dos povos. Nesse sentido o PSB reconhece no conflito Israel-Palestina uma das mais importantes questões das relações internacionais contemporâneas, com reflexos sobre a estabilidade política de todo o oriente médio e impactos negativos à qualidade de vida de milhares de pessoas que ali vivem.

A perspectiva socialista exige que observemos as questões humanitárias, acima da agenda geopolítica que orienta a ação das potências mundiais naquela região. Um povo sem lar, oprimido pelo mais forte, não pode ser deixado à sua própria sorte. É mister para as forças internacionais de esquerda e socialista apoiarem a causa palestina.

É necessário recordar que, ainda no final do século XIX, a Palestina estava sob o domínio do Império Turco-Otomano, até que, ao final da Primeira Guerra Mundial, passa para domínio britânico. De outra parte, na Europa crescia o número e a força de grupos que perseguiam os judeus. Nesse contexto, ganha força o movimento Sionista que defendia a criação de um Estado judeu.

Em 1947, após a Segunda Guerra Mundial, a Organização das Nações Unidas - ONU aprova resolução de Partilha da Palestina, que determinava a criação de dois Estados, um Judeu e um Palestino. Desde então, o processo de ocupação do território gerou milhares de refugiados palestinos, e, como reação a esse processo, cria-se, ainda na década de 60, a Organização para a Libertação da Palestina – OLP. Em 1974, a ONU convida a OLP para participar, como observadora, dos trabalhos da Assembléia Geral da organização.

As várias tentativas de negociações entre israelenses e palestinos, muitas vezes com a interferência dos Estados Unidos e Europa, não conseguiu trazer uma solução para uma estabilidade política da região. Quem mais tem perdido com essas negociações são o povo e o movimento de resistência palestina. Atualmente, diante da desigualdade abissal de forças com relação ao seu vizinho, o Povo Palestino precisa da ajuda, urgente, da comunidade internacional. O Brasil, desde o governo do Presidente Lula, tem se posicionado posicionou favoravelmente à criação do Estado Palestino com as fronteiras de 1967.

O Partido Socialista Brasileiro não se cala diante de tamanha opressão e desrespeito aos direitos humanos desse povo. Por isso, apóia a campanha pela Criação do Estado da Palestina Já, que busca mobilizar a opinião pública diante da votação que se realizará na ONU, em setembro de 2011, da resolução que reconheça o Estado Palestino como membro pleno da organização.

Assim, o PSB convoca os militantes socialistas a comporem em seus estados, comitês estaduais dessa Campanha pelo Estado Palestino Já! que conta com o apoio de dezenas de organizações políticas e sociais de esquerda. Com isso, o partido reforça a confiança nas fileiras socialistas, com a força da utopia e garra na busca contínua da equidade, para fazer ecoar esse grito de liberdade em toda a sociedade brasileira. Até a votação na ONU, devemos nos mobilizar para promover esse debate, apresentando a convicção em nossa perspectiva socialista.

Direção Nacional do Partido Socialista Brasileiro.



VIA CAMPESINA BRASIL EM DEFESA DO POVO PALESTINO




O POVO PALESTINO TEM O DIREITO DE TER O SEU PRÓPRIO ESTADO,
LIVRE, DEMOCRÁTICO E SOBERANO!!!
ESTADO DA PALESTINA JÁ!!!

Nós, trabalhadoras e trabalhadores dos diversos movimentos e organizações que fazem parte da Via Campesina Brasil, mais uma vez reafirmamos nosso total apoio e solidariedade com a justa e legítima luta do povo palestino.

O colonialismo israelense sempre foi parte da tentativa do imperialismo de sufocar as legítimas lutas de libertação nacional e por transformações sociais que se desenvolveram em diversos países do mundo.
Inspirados numa ideologia conservadora, racista e antidemocrática, o sionismo, os sucessivos governos do Estado de Israel violam cotidianamente os direitos inalienáveis do povo palestino.

Infelizmente a ONU, que se pretende defensora dos direitos humanos e do direito internacional humanitário, não tem feito mais do que aprovar centenas de resoluções de condenação, reprovação e denúncia contra o Estado de Israel que nunca se transformam em ações concretas. Sob a proteção dos países imperialistas, como EUA, França, Inglaterra e seus lacaios, os mais brutais e violentos crimes são cometidos todos os dias contra a população que vive nos territórios ocupados em 1948 e em 1967.

As “Forças de Defesa de Israel” e todas as outras instituições do aparato repressor colonialista israelense são hoje conhecidas no mundo pela sua covardia e pela prática de genocídio e terrorismo contra o povo palestino e contra todos os que se rebelam em defesa de um Estado Palestino.

Nosso grande desafio é transformar essa indignação diante da violência do governo de Israel num gigantesco movimento social e político de massas de caráter internacional, que faça recuar esse monstro nazi-sionista.

A coragem, a sabedoria e as mobilizações do povo palestino são hoje símbolos e exemplos da resistência popular contra toda injustiça praticada em qualquer lugar do mundo.

O grito de Pátria Livre se faz ouvir em todo o território palestino. Judeus, cristãos, muçulmanos e todas as forças democráticas, progressistas e antiimperialistas dentro e fora da Palestina se mobilizam em um movimento unificado contra o inimigo de toda a humanidade: o governo do Estado de Israel e seus aliados, o imperialismo dos Estados Unidos e da União Européia.

Diante das novas manifestações populares na Palestina, a Via Campesina Brasil vem manifestar sua admiração e sua solidariedade com esse heróico povo, conclamando @s brasileir@s para:

1. Defender o direito legítimo do povo palestino de lutar contra a ocupação israelense e pela constituição do Estado da Palestina, bem como apoiar a campanha da Autoridade Palestina pelo reconhecimento do Estado da Palestina como membro pleno da ONU;

2. Apoiar as decisões soberanas do povo palestino e suas legítimas organizações políticas e sociais no que diz respeito ao caráter do Estado e às fronteiras. Acreditamos que tais decisões serão resultado das lutas e do processo de debate no interior das forças da resistência palestina, portanto, consideramos que não cabe a nós a decisão sobre como deve ser e qual será o caráter do Estado Palestino;

3. Fortalecer a luta pela libertação d@s pres@s polític@s que vivem hoje nos cárceres por participarem da legítima luta de libertação nacional palestina;

4. Fortalecer a luta em defesa dos camponeses, trabalhadores rurais e pescadores, que perderam o direito à terra, à água, ao trabalho e à liberdade com a ocupação colonialista israelense;

5. Intensificar a luta contra o Tratado de Livre-Comércio MERCOSUL-Israel, uma vergonha para o povo brasileiro, pois tal tratado estimula o comércio com um país que não respeita as resoluções da ONU, os direitos humanos e o direito internacional humanitário, além de possibilitar, para Israel, a exportação de produtos dos assentamentos judeus-sionistas que estão hoje ilegalmente nos territórios palestinos de Gaza, Cisjordânia e Jerusalém Oriental;

6. Intensificar, no Brasil, a campanha pelo boicote e desinvestimento contra Israel, para impedir a compra de produtos deste país que pratica hoje um regime de apartheid contra o povo palestino. Boicotar a importação de produtos e/ou serviços, bem como propor também o boicote acadêmico e cultural contra esse país é mais uma forma de lutar pelo fim do apartheid de Israel;

7. Denunciar e lutar contra a compra, por parte dos governos estaduais e do governo federal (em especial as Forças Armadas e o Ministério da Defesa), de equipamentos militares, aviões não-tripulados, veículos blindados, armas e munições israelenses, pois esse tipo de comércio só alimenta e fortalece o complexo industrial-militar israelense-estadunidense, uma indústria que tem lucrado com o assassinato de milhares de pessoas em diversas partes do mundo;

8. Lutar contra o bloqueio econômico, político e militar imposto por Israel ao povo de Gaza, território palestino ocupado que luta cotidianamente e heroicamente pela sua libertação. Fortalecer a solidariedade com Gaza é tarefa de tod@s. Precisamos fazer um esforço para organizar uma missão humanitária de solidariedade à Gaza, com representantes de diversas organizações políticas e sociais da classe trabalhadora brasileira;

9. Intensificar a pressão sob o governo brasileiro para que o mesmo dê um tratamento digno e possa amparar de maneira mais intensa e efetiva os refugiados palestinos que se encontram hoje no Brasil, principalmente os 150 palestinos que saíram do Iraque e ficaram em um Campo de Refugiados na Jordânia, e que se encontram hoje no Estado de São Paulo;

10. Pressionar o governo brasileiro para que o mesmo se utilize de todos os mecanismos disponíveis na Carta das Nações Unidas e outras resoluções internacionais para exigir do governo de Israel que cumpra a decisão do Tribunal Internacional da ONU de derrubar o “muro da vergonha”, que tem cerca de 700 km de extensão e separa o povo palestino, configurando uma situação de apartheid que priva dos palestinos o direito de ir e vir;

11. Discutir com o governo brasileiro ações mais intensas e mais concretas de apoio, estímulo e cooperação para implementar projetos de desenvolvimento econômico, social, cultural e esportivo na Palestina. O Brasil tem condições de dar apoio material e financeiro para garantir melhores condições de vida e de trabalho para o povo palestino. Algumas das propostas da Via Campesina Brasil são: construir as condições para que o Brasil e a América do Sul se transformem em espaços para a comercialização dos produtos dos camponeses palestinos e para intensificar as ações de apoio ao esporte na Palestina, principalmente o futebol, nas modalidades masculino e feminino.

12. Apoiar as lutas dos judeus e israelenses que lutam contra o sionismo e contra a ocupação da Palestina, pois existem dentro do Estado de Israel forças políticas e sociais progressistas, democráticas e anti-colonialistas que são constantemente reprimidas por defender os direitos inalienáveis do povo palestino;

13. Defender o direito de todos os refugiados palestinos de retornarem para sua terra/pátria, bem como o direito de serem reparados pelas perdas que tiveram durante a ocupação militar israelense;

14. Apoiar as mobilizações populares que visam desencadear uma “Terceira Intifada” contra a ocupação israelense. Também acreditamos que só a luta de massas pode alterar radicalmente a correlação de forças nas lutas políticas e sociais.

15. Para discutir como realizar concretamente tais ações propomos organizar um Encontro Nacional de Solidariedade ao Povo Palestino. A Via Campesina Brasil e demais organizações da classe trabalhadora estão convocando este encontro para os dias 26 e 27 de novembro, na Escola Nacional Florestan Fernandes – ENFF, na cidade de Guararema - São Paulo.

Sabemos que o campo de batalha decisivo nesta luta são as ruas, bairros, cidades, vilas, vales e montanhas da Palestina ocupada, e cabe a nós fortalecer as forças vivas da resistência popular palestina.

Sigam em frente irmãos e irmãs palestinos, com uma oliveira numa das mãos e uma pedra na outra, lembrando sempre de sua história, de sua origem e de sua tarefa: lutar permanentemente contra o sionismo e o governo de Israel, mesmo estando em condições bastante desiguais frente ao inimigo-agressor.

Quem não cansa de lutar semeia a cada dia o caminho da vitória. A Palestina será livre, justa e soberana. Esse é o seu caminho e o destino de seu povo. Liberdade e terra para o povo palestino.

VIA CAMPESINA BRASIL: Associação Brasileira dos Estudantes de Engenharia Florestal – ABEEF, Conselho Indigenista Missionário – CIMI, Comissão Pastoral da Terra – CPT, Federação dos Estudantes de Agronomia do Brasil – FEAB, Movimento dos Atingidos por Barragens – MAB, Movimento das Mulheres Camponesas – MMC, Movimento dos Pequenos Agricultores – MPA, Movimentos dos Pescadores e Pescadoras Artesanais, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST, Pastoral da Juventude Rural – PJR.

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