sábado, 24 de novembro de 2012

ATIVIDADES DO FÓRUM SOCIAL MUNDIAL PALESTINA LIVRE


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SUGESTÕES DE ATIVIDADES


AOS ATIVISTAS, PARTICIPANTES E

CONVIDADOS DO

FÓRUM SOCIAL MUNDIAL PALESTINA LIVRE



Fórum Social Mundial Palestina Livre - Atividades



Fórum Social Mundial Palestina Livre - Localização das atividades


ATIVIDADES AUTO GESTIONADAS


DIA 28 – QUARTA-FEIRA



A arte de resistência e a solidariedade com o povo palestino

Prof. Cláudio Daniel - Revista Zunái; Eugênio Neves, Cartunista; Luciana Garcia, Historiadora e Natália Forcat, Artista Gráfica

Entidade promotora: FEPAL-Federação Árabe Palestina do Brasil

A atividade promoverá análise/debate sobre as formas de resistência e solidariedade ao povo palestino através da charge, poesia e outras artes.

14 às 16 h - Usina do Gasômetro - Casa Palestina

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A economia politica da ocupação da Palestina

Prof. Dr. Jabr Omar – Universidade Federal de Pelotas

Entidade promotora: FEPAL-Federação Árabe Palestina do Brasil

Propõe analisar os fatores econômicos e geopolíticos por trás da ocupação da palestina. Desde a descoberta do Petróleo na região do Oriente Médio, as grandes potencias sempre tiver ambições que resultaram em estratégias politicas, econômicas e militares visando o domínio da região. A Palestina, inserida nesse contexto, sofreu as mais graves e conhecidas consequências dessa geopolítica internacional.


16:30 às 18:30 - Usina do Gasômetro - Casa Palestina

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A comunidade palestina na fronteira: afirmação cultural e força econômica

Profa. Liane Chipollino Aseff – Historiadora
Entidade promotora: FEPAL-Federação Árabe Palestina do Brasil

A atividade tem por objetivo refletir sobre a trajetória dos imigrantes palestinos na cidade de Santana do Livramento (RS) a partir da década de 1960. Nesse período a comunidade local passou a conviver com uma cultura diferente, diversa daquela tida como “fronteiriça”, o que inicialmente gerou certo encantamento, dado o “exotismo” de sua cultura e métodos de vendas.

16:30 às 18:30 - Usina do Gasômetro- Casa Palestina


DIA 29 – QUINTA-FEIRA


A luta de resistência das mulheres palestinas


Entidades promotoras: Marcha Mundial das Mulheres (MMM), Federação Democrática Internacional das Mulheres (FDIM), União Brasileira de Mulheres (UBM), Confederação de Mulheres Brasileiras (CMB), CUT, MST/Via Campesina, Kairós e outras.

14 às 16 h - UFRGS - Federal - Salão de Festas – Reitoria

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Da Muralha de Ferro aos Muros de Separação

Prof. Dr. André  Gattaz  - Historiador    
Entidade promotora: FEPAL-Federação Árabe Palestina do Brasil
  
Conferência com o historiador André Gattaz, abordando aspectos históricos do conflito entre palestinos e colonos sionistas, de maneira a melhor compreender o contexto atual da ocupação israelense da Cisjordânia e a nova configuração do domínio sionista, baseada na guetização da palestina por meio da construção dos muros de separação. 


14 às 16 h - Usina do Gasômetro - Casa Palestina

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As esquerdas palestina e latino-americana: diálogos sobre a paz, a soberania e a descolonização

Entidades promotoras: Fundação Perseu Abramo/FPA, Fundação Maurício Grabois/FMG, Foro de São Paulo/FSP

14 às 16 h –  Assembléia Legislativa – Plenarinho/Auditório



DIA 30 – SEXTA-FEIRA


A luta social na Palestina ocupada

Entidades promotoras: Fundação Maurício Grabois - FMG, Fundação Perseu Abramo - FPA e Foro de São Paulo – FSP

12:15 às 13:30 - Assembléia Legislativa - sala Alberto Pasqualini (4º andar)

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A Paz no Oriente Médio e a Construção do Estado da Palestina

Entidades promotoras: Cebrapaz, CMP, Capítulo Cubano del Foro Social Mundial, Movimiento Cubano por la Paz, OSPAAL, FEPAL, FEARAB América

14 às 16 h – Assembléia Legislativa – Auditório Dante Barone

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Plenária "Estado da Palestina Já"


Convocação do COMITÊ PELO ESTADO DA PALESTINA JÁ!   composto por 30 entidades nacionais: CUT, FS, CTB, CGTB, UGT,  NCST, CONTEE, CMP, Cebrapaz FDIM, MMM, UBM, CMB, CMP, MST, CONAM, CNAB, MNU, UNEGRO, UNE, UBES, UJS, Juventude do PT, FEPAL, FEARAB Brasil e América, BibliASPA, IJB, ABIB, IBEI.   

O evento contará com várias personalidades e autoridades nacionais e internacionais. A plenária definirá ações propositivas de solidariedade ao povo palestino e será lido o Manifesto “Estado da Palestina Já”.

16:30 às 18:30 – Usina do Gasômetro – Casa Palestina  

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Lançamento de 4 livros inéditos no Brasil


Entidades promotoras:
FEPAL– Federação Árabe Palestina do Brasil e
BibliASPA – Biblioteca e Centro de Pesquisa América do Sul-Países Árabes

A DISCRIÇÃO DOS LIVROS SE ENCONTRA NA PÁGINA 11.


20:30 h – Usina do Gasômetro – Casa Palestina



DIA 01 – SÁBADO


30 anos do Massace de Sabra e Chatilla: heranças, cicatrizes e a sobrevivência dos refugiados  

Lúcia Helena Issa – Jornalista e escritora
Emir Mourad – Secretário Geral da FEPAL

Nos dias 16, 17 e 18 de setembro de 1982, o massacre nos campos de refugiados palestinos de Sabra e Chatila, no Líbano, deixou mais de três mil mortos. O ato criminoso foi executado por milícias falangistas libanesas, com proteção e apoio do exército israelense, que ocupava o país. A jornalista Lucia Helena esteve nos campos em 2010 e 2011 e conviveu com crianças, velhos, jovens, mulheres que carregam as cicatrizes da chacina de parentes, amigos e familiares. Lúcia prestará seu testemunho de como a luta por dignidade, sobrevivência e retorno estão presentes no dia-a-dia dos palestinos de Sabra e Chatila. Da miséria e pobreza dos campos, Lucia descobre a força da mulher palestina, sua determinação e coragem.

14 às 16 h - Usina do Gasômetro - Casa Palestina

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Sionismo, teoria e prática

Dr. Abdel Latif - Médico, Conselheiro da FEPAL

Entidade promotora: FEPAL– Federação Árabe Palestina do Brasil

O mundo que se autoproclama civilizado adotou novos conceitos em relação a Israel: massacrar crianças árabes é ato de autodefesa; campos de concentração para palestinos em Gaza e Cisjordânia são Estado palestino; negar os direitos básicos dos palestinos a um Estado livre e independente é garantia de segurança para Israel; discriminação  contra os não judeus em Israel é necessário para manter o caráter judaico do Estado; ter lei de retorno de dois mil anos a judeus  e negar o direito dos palestinos expulsos desde 1948  a retornar é essência do Estado judeu; “democracia”  que exclui uma significativa parte da população (os não judeus) é “democracia” etc. Esses conceitos e politicas praticadas por Israel tem sua origem no sionismo, que desde o seu primeiro congresso em 1898, vem criando teorias e as praticando de forma sistêmica e contínua.

16:30 às 18:30 -  Usina do Gasômetro – Casa Palestina

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O Sarau Árabe-Palestino – A Resistência da Milenar Cultura Palestina

Entidades promotoras: Instituto Jerusalém do Brasil e
FEPAL – Federação Árabe Palestina do Brasil

Com a participação de Gilberto Abrão, Celso de Menezes, Claude Hajjar e Aída Gamal e Talita Vital e direção de  Ali El-Khatib, Presidente do Instituto Jerusalém do Brasil.

O Sarau Árabe-Palestino tem origens  nas Sahras. Sahra é o encontro noturno das famílias onde se conversa, se declama poesias, se canta, se contam histórias e dançam. É uma atividade lúdica com forte sabor de resistência dos valores familiares. Serão declamados poemas de Mahmud Darwish, Fadwa Tukan e contação de estórias típicas das aldeias palestinas e danças folclóricas.  Será exibido o filme de Marcio Curi, A ÚLTIMA ESTAÇÃO  que fez a abertura do Festival Internacional de Cinema de Brasília e participou do Festival Internacional de Cinema de São Paulo.

19 às 23 h – Usina do Gasômetro – Casa Palestina




ATIVIDADES  AUTOGESTIONADAS  PERMANENTES

DIAS 29, 30 E 01 - QUINTA, SEXTA E SÁBADO


Mostra de Cinema Palestina Livre

Entidades promotoras:
BibliASPA – Biblioteca e Centro de Pesquisa América do Sul-Países Árabes e
FEPAL– Federação Árabe Palestina do Brasil

 A Mostra de Cinema Palestina Livre apresenta filmes ficcionais e documentários que retratam a dura realidade do povo palestino, sua persistente resistência e identidade. As tentativas de apagamento de sua história e identidade, assim como os efeitos da ocupação das terras palestinas, constituem alguns dos temas desta Mostra, que integra um amplo projeto de estudos acerca da Palestina.  Os filmes serão acompanhados de debates.

A DISCRIÇÃO DOS FILMES SE ENCONTRA NA PÁGINA 15

20 às 22:30 – Usina do Gasômetro – Casa Palestina

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Exposição “Charges de Carlos Latuff”

Entidades promotoras:
BibliASPA – Biblioteca e Centro de Pesquisa América do Sul-Países Árabes e
FEPAL– Federação Árabe Palestina do Brasil

 As charges realizadas por Carlos Latuff abordam temas sociais e políticos do Brasil e do Mundo. Um dos principais chargistas conhecidos internacionalmente, Latuff iniciou seu trabalho como cartunista desenhando para um boletim sindical e permanece trabalhando na imprensa sindical. Após viajar à Cisjordânia, na Palestina, em 1999, começou a dedicar-se a retratar a dura realidade do povo palestino, buscando chamar a atenção pública para o lado mais desprivilegiado desse embate. Atualmente, as charges de Latuff podem ser encontradas impressas em jornais do mundo afora, nas mais diferentes línguas, ou em exposições como esta.

9 às 22:30 – Usina do Gasômetro – Casa Palestina

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Palestina: Paisagem Fragmentada

Entidades promotoras:
BibliASPA – Biblioteca e Centro de Pesquisa América do Sul-Países Árabes e
FEPAL– Federação Árabe Palestina do Brasil


 A exposição “Palestina: Paisagem Fragmentada” apresenta fotografias que demonstram violações de direitos humanos cometidas por forças israelenses em diferentes localidades palestinas, a discriminação sofrida por palestinos e as dificuldades que essa população enfrenta no dia-a-dia, de crianças a idosos.
Entre outros temas, a exposição aborda as revistas forçadas, os controles militares e as colônias construídas ilegalmente em território palestino, entre outros efeitos da ocupação israelense.

9 às 22:30 – Usina do Gasômetro – Casa Palestina

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Composições gráficas da Palestina a partir de poesia

Entidades promotoras:
BibliASPA – Biblioteca e Centro de Pesquisa América do Sul-Países Árabes e
FEPAL– Federação Árabe Palestina do Brasil

 Esta exposição, que demonstra a força da resistência palestina em expressões artísticas como a poesia e a arte visual, apresenta composições gráficas feitas pela artista Janaina Elias a partir de versos do poeta palestino Mahmud Darwich utilizando o gestual da escrita árabe e traduções em língua portuguesa publicadas pelas Edições BibliASPA (Biblioteca e Centro de Pesquisa América do Sul-Países Árabes).

9 às 22:30 – Usina do Gasômetro – Casa Palestina

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 Exposição interativa Uma terra sem povo para um povo sem terra

BibliASPA – Biblioteca e Centro de Pesquisa América do Sul-Países Árabes e
FEPAL – Federação Árabe Palestina do Brasil

A exposição “Uma Terra Sem Povo Para Um Povo Sem Terra” é composta de cartazes gráficos interativos sobre o embate entre Israel e a Palestina. Produz um discurso visual em torno das tensões sociais da vida cotidiana nesta região onde três continentes colidem e propõe uma nova abordagem de pensamento sobre o conflito. O discurso é crítico, mas também irônico e, de forma descontraída, expõe a situação atual, convidando as pessoas a colorir os mapas e desenhos ao longo da exposição.  Por exemplo, mostra-se um mapa do território descontínuo e constantemente interrompido da Palestina, ao lado da pergunta “Que território é este?” e das opções A) ILHAS CARAÍBAS; B) ILHAS MAURÍCIO; C) ILHAS BORA BORA; D) PALESTINA. A resposta vem acompanhada de texto explicativo sobre as restrições à circulação e outra violações de direitos humanos. A exposição visa desconstruir mitos como aquele que a nomeia.

9 às 22:30 – Usina do Gasômetro – Casa Palestina




DISCRIÇÃO DOS LIVROS À SEREM LANÇADOS NO DIA 30
20:30 h – USINA DO GASOMETRO – CASA PALESTINA



Noite Grande, romance de Permínio Asfora


Noite Grande

O livro Noite Grande, de Permínio Asfora, é um romance sobre as tragédias enlaçadas de dois povos: do palestino, confrontado com o saque de sua pátria milenar; e do nordestino do alvorecer do Século XX, compelido a sobreviver ao latifúndio escravocrata da região dos carnaubais do Piauí.

Esta obra, marcada pela riqueza de enredo e personagens, inaugura o ingresso na literatura brasileira de um palestino como personagem central.

O autor, Permínio Asfora, foi elogiado por intelectuais como Mário de Andrade e Ledo Ivo. O romance Noite Grande começou a ser transposto para o papel por volta de 1944 e ganhou a primeira edição no ano seguinte. Abarca a dolorosa convivência dos momentos mais dramáticos da existência do pai palestino - aqueles que precederam a longa noite, a noite grande que cairia sobre sua terra e de seus ancestrais.





Mahmud Darwish - A terra nos é estreita e outros poemas

A terra nos é estreita e outros poemas

O livro A terra nos é estreita e outros poemas, de Mahmud Darwich, apresenta a análise e a tradução (feitas pelo Prof. Dr. Paulo Daniel Farah) do principal poeta palestino, Darwich, com o objetivo de permitir que interessados em geral e pesquisadores no Brasil e em outros países possam ler os poemas árabes em português traduzidos diretamente do original.

Haverá um recital poético no lançamento deste livro, que demonstra que a Palestina se faz presente na literatura. Darwich descreveu a Palestina como a “terra das palavras”:

“Aquele que escreve sua história
Herda a terra das palavras
E se apossa do sentido
Completamente!”

A necessidade de recitar a história é ameaçada por um apagamento contínuo e uma tentativa de impedir esses relatos e sua integridade. A literatura palestina se mostra aí uma escritura de resistência no sentido da sobrevivência, da continuidade da vida. Se há uma ruptura na continuidade do sentido de lugar, a escritura pode instaurar uma continuidade que é a da busca, da descoberta, do lugar e do si mesmo no lugar.



Ghassan Kanafani - escritor palestino - livro - Homens ao sol


Homens ao sol      

 O romance Homens ao Sol, de Ghassan Kanafani, constitui um marco da literatura árabe e palestina – descrito como a mais importante criação literária palestina por diversos críticos literários, que o consideram a principal obra escrita por um autor palestino e também a que retrata os palestinos de forma literariamente mais elaborada.

Este livro, adaptado também para o cinema, apresenta a análise e a tradução (feitas pelo Prof. Dr. Paulo Daniel Farah) de Kanafani, principal autor de prosa palestino, em língua portuguesa, traduzido diretamente do árabe.

O tema da terra anuncia-se desde o início da obra: “Abu-Qays repousou o peito sobre o solo úmido pelo orvalho. A terra começou a palpitar debaixo dele: os batimentos de um coração ofegante pulsavam em cada grão de areia e depois atravessavam até suas células... voltou e lançou o peito sobre o solo úmido, que passou a pulsar debaixo dele novamente enquanto o cheiro da terra fluía até suas narinas e se derramava em suas veias como um tufão.”.

Homens ao Sol narra a saga de palestinos que buscam trabalho nos locais mais distantes para ajudar a família em meio a dificuldades extremas.



Lejeune Mirhan - livro -  E se Gaza cair


E se Gaza cair...

No período que compreendeu os 22 dias de maciços ataques perpetrados pelas Forças de Defesa de Israel, entre dezembro de 2008 e janeiro de 2009, aos palestinos moradores da pequena Faixa de Gaza – caracterizando um dos maiores massacres cometidos contra um povo indefeso –, recebi centenas de artigos vindos de várias partes do mundo.

Desde os primeiros dias de bombardeios, fui amadurecendo a ideia de publicar um livro com uma seleção desses artigos.

Particularmente agora, quando Israel, mais uma vez, atenta contra as liberdades, contra a democracia, contra as normas do direito internacional, mais do que nunca decidi apresentar aos leitores brasileiros uma coletânea de artigos de jornalistas, escritores, sociólogos, cientistas
políticos, historiadores e intelectuais de várias origens, em especial brasileiros, árabes e judeus de várias partes do mundo.

São artigos datados, da época do conflito de 2008-2009.
Lejeune Mirhan, sociólogo e arabista, autor do livro


FILMES QUE COMPÕEM A MOSTRA DE CINEMA PALESTINA LIVRE

20 ÀS 22:30 H – DIAS 29, 30 e 01

Usina do Gasômetro – Casa Palestina

Atirar Num Elefante

 Direção: Alberto Arce e Mohammad Rujailah 
Gênero: Documentário 
Duração: 113min
Ano: 2009
País: Espanha

            O documentário  trata dos acontecimentos durante os bombardeios de Israel sobre Gaza - ataques que duraram de 27 de dezembro de 2008 até 18 de janeiro de 2009 e que ceifaram a vida de mais de 1.400 palestinos. Convertido em narração direta e privilegiada dos bombardeios, o documentário opõe-se ao silêncio internacional a respeito do que aconteceu.

Os Ludibriados
 Direção: Tewfik Saleh
Duração: 107 min
Ano: 1972
País: Síria
             A saga de palestinos que buscam melhores condições de vida fora de sua terra natal, no golfo, e que se dispõem a atravessar o deserto, em meio a dificuldades extremas, para ajudar a família na Palestina. Adaptação cinematográfica do romance Homens ao Sol, do escritor Ghassan Kanafani, principal autor de prosa palestino; considerada a mais importante criação literária palestina, foi publicada no Brasil (Edições BibliASPA).

O que resta do Tempo

 Direção: Elia Suleiman
Duração: 105 min.
Ano: 2009
País: Bélgica/França/Itália/Reino Unido
Gênero: Drama

 Versão ficcional de quatro episódios que marcaram a família do diretor desde 1948. Inspirado pelos diários de seu pai, combatente da resistência palestina, e pelas cartas de sua mãe aos familiares expatriados, ele reconstitui o cotidiano dos árabes-israelenses a partir do momento em que passaram a viver como minoria. Memórias íntimas que se confundem com a história coletiva de um país em desaparecimento.

Crianças de Gaza

Direção: Jezza Neumann 
Duração: 48 min
Ano: 2010
País: Grã Bretanha

             Durante a incursão israelense na Faixa de Gaza em dezembro de 2008 a janeiro de 2009, grupos humanitários estimam que cerca de 1.000 crianças foram feridas e 300 foram mortas. Este documentário mostra a opressão de Israel na visão humana, sensível e delicada de Omsyatte, Ibrahim, Amal e Mahmud, três crianças palestinas, órfãs de seu próprio país.

Miral
 Direção:  Julian Schnabel
Gênero:  Drama
Duração: 112 minutos
Ano:  2010
País de Origem:  França / Israel / Itália / Índia

 Drama que narra a história de Miral, uma órfã palestina que cresce em meio ao conflito árabe-israelense. Miral foi enviada pelo seu pai ao Instituto Dar Al-Tifel, e ali é educada toda a sua vida. Com 17 anos, passa a dar aulas num campo de refugiados onde desperta para a realidade da luta de seu povo. Quando Miral se apaixona pelo ativista político Hani, percebe que está dividida entre a luta pelo futuro do seu povo e a crença de que a educação é o caminho para a paz.

O Muro de Ferro

 Direção: Mohammed Alatar
Duração: 52 min
Ano:   2007
País: Palestina

 Em um artigo de 1923, o líder sionista Vladimir Jabotinsky escreveu: “Nossa ação de imigração na Palestina deve, portanto, ou acabar ou continuar sem que nos detenhamos diante da posição dos árabes; de tal forma que nosso estabelecimento possa se desenvolver sob a tutela de uma força que não dependa da população local, ao abrigo de um muro de ferro ao qual essa população não poderá jamais fazer frente." O documentário aborda como a política de assentamentos após a ocupação israelense dos territórios da Cisjordânia e Gaza tem concretizado as palavras de Jabotinsky.

Ocupação 101

 Direção: Abdallah Omeish, Sufyan Omeish
Gênero: Documentário
Duração: 87min
Ano: 2006
País: EUA, Israel e Palestina / USA, Israel and Palestine

 Documentário que trata das raízes do conflito Israel–Palestina e do envolvimento político dos EUA, focado nos efeitos da ocupação israelense na Faixa de Gaza e na Cisjordânia. O filme discute a ascensão do sionismo na Segunda Intifada, questionando também a natureza das relações americanas e israelenses em particular. O filme conta com entrevistas de pesquisadores, líderes religiosos, representantes de organizações e militantes em direitos humanos. 

 O Casamento de Rana

 Direção: Hany Abu-Assad
Gênero: Drama
Duração: 90 min
Ano: 2002
País: Holanda

             Mulher prestes a casar tenta atravessar postos de controle entre Jerusalém e Ramallah, em meio a difícil realidade da ocupação israelense das terra palestinas, e negocia com soldados a fim de chegar ao local das celebrações.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

EMBAIXADOR PALESTINO NO BRASIL DENUNCIA OS OBJETIVOS DE ISRAEL EM SUA GUERRA CONTRA GAZA




Israel quer impedir reconhecimento do Estado Palestino na ONU

19 de Novembro de 2012 

Israel acusa o Hamas de ter iniciado as hostilidades que levaram à nova agressão na Faixa de Gaza. Mas antes que os quatro soldados israelenses fossem feridos por ataques na fronteira, uma cadeia de eventos havia sido desencadeada quando diversos civis de Gaza foram mortos. Para o embaixador da Palestina no Brasil, Ibrahim Alzeben, estes são meros pretextos, a intenção verdadeira é impedir que a Palestina reivindique seu assento nas Nações Unidas.

 Por Vanessa Silva, da redação do Vermelho

                                                                                                         Efe

Massacre - Israel bombardeia Gaza
                            Ataques deixaram, até o momento, 95 palestinos mortos

Tudo teria começado em 5 de novembro, quando um rapaz de 20 anos, aparentemente doente mental, Ahmad al-Nabaheen, foi baleado quando passeava perto da fronteira. Os médicos tiveram que esperar seis horas até serem autorizados a buscá-lo e ele morreu. Depois, em 08 de novembro, um menino de 13 anos que jogava futebol na frente de sua casa foi morto pela Força de Ocupação Israelense. Assim, o ferimento de quatro soldados israelenses em 10 de novembro faz parte de uma cadeia de eventos que começou quando os civis de Gaza foram mortos.

 O secretário geral da Federação Árabe Palestina no Brasil (Fepal), Emir Mourad, opina que “quando um ocupante agride e bombardeia civis da forma que está acontecendo, ele não está se defendendo, mas atacando. (…) Israel ocupa territórios palestinos há mais de seis décadas e há  5 anos mantém um bloqueio indiscriminado a Gaza: econômico, social e político. A região é uma prisão a céu aberto cercada por israelenses por terra, céu e mar. Estão impedindo os suprimentos necessários e isso tem o nome de agressão para castigar o povo palestino indiscriminadamente”.

 Força desproporcional

 A disparidade entre as forças chama a atenção. A presidenta Dilma Rousseff telefonou, neste domingo (18), para o secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, pedindo a convocação extraordinária do Conselho de Segurança da ONU para deter o "uso desproporcional da força" por parte de Israel.

 Sobre isso, Mourad ressalta: “não podemos aceitar que Israel esteja se defendendo com tantas ogivas nucleares, um exército que é o quarto maior do mundo. Então eles estariam se defendendo do que e de quem? Trata-se de um uso de força totalmente desproporcional e o povo palestino tem o direito de se defender”.

 Após seis dias de ataques, até o fechamento desta edição, o exército israelense havia reconhecido a morte de 95 civis. Destes, pelo menos um terço não tinha nenhum envolvimento com o conflito, como reconheceram as Forças Armadas de Israel. No total, são 840 feridos, incluindo 225 crianças palestinas. Do lado de Israel, morreram três civis e há dezenas de feridos.

 A ameaça que paira no momento é o início de uma ofensiva por terra. Neste domingo (18), o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, afirmou que o Exército israelense está pronto para "expandir significativamente" suas operações em Gaza , elevando os rumores sobre uma possível invasão terrestre iminente do território palestino.

 De acordo com Alzeben, “espera-se que se chegue a um cessar-fogo o quanto antes para evitar derramamento de sangue desnecessário” e para impedir “uma incursão terrestre que poderá causar grandes perdas, vítimas especialmente do lado palestino, que é o mais fraco e exposto”.

 Reconhecimento do Estado Palestino

 Para o diplomata, a ação israelense tem como objetivo impedir que a Palestina reivindique “seu assento nas Nações Unidas e seja reconhecida como Estado. E quer intimidar o povo palestino para acabar com a Autoridade Nacional Palestina, que está promovendo este processo nas Nações Unidas”.

 A visão é compartilhada por Mourad. “Querem enfraquecer, inviabilizar as lideranças que estão com essa estratégia de reconhecimento da Palestina nas Nações Unidas, mas na ONU, o voto será da Assembleia Geral e não do Conselho de Segurança, de modo que cada país vota por si e não há vetos”.

 Assim, a grande expectativa é que o país seja finalmente reconhecido como integrante da ONU e, portanto, Estado independente. O evento ocorre no dia 29, dia internacional de Solidariedade à Palestina e, na mesma data, será realizado o Fórum Social Mundial Palestina Livre, em Porto Alegre (RS) com a presença de diversas entidades nacionais e internacionais.

 Esse reconhecimento “será o começo do fim deste conflito porque o mundo irá reconhecer um direito que foi postergado durante seis décadas e que abre caminhos para uma negociação mais séria e igual entre as partes envolvidas neste processo”, avalia o embaixador.

 Para Alzeben, o Brasil pode ajudar este processo “mantendo essa posição firme, clara e consciente da realidade na região; e utilizando sua influência de país amigo de ambas as partes para levar a mensagem de paz e este exemplo de convivência pacífica que é o Brasil”. Em sua opinião, a ONU deve intermediar o processo: “o mundo não quer mais ver derramamento de sangue, nem invasões e quer o fim deste conflito”, sentenciou.

Fórum Palestina Livre

 “O Fórum Social Mundial Palestina Livre está sofrendo pressões de todas as partes. Dizem que é um fórum terrorista. Estão querendo desqualificar todas as ações que buscam abrir negociações baseadas no direito internacional, nas resoluções da ONU. No fim das contas, Israel não quer a paz”, manifestou Mourad.

 Em comunicado publicado nesta segunda-feira (19), o Consulado Geral de Israel afirmou que o FSPL “incentiva a resistência e terrorismo na Palestina e o boicote à Israel. Enquanto lá a batalha é física, aqui nossa luta deve ser pela legitimidade de Israel como um Estado judeu”.

 A propósito, o embaixador faz questão de ressaltar e esclarecer que não se trata de um evento contra os judeus e que, inclusive, “israelenses, judeus, muçulmanos e toda a sociedade civil podem participar desta iniciativa porque para resolver a questão palestina, é preciso também uma participação da sociedade civil”, enfatizou.

 E acrescentou que “aqueles que não querem que isso aconteça são os que estão fazendo eco da política racista e segregacionista do Estado de Israel e não representam o sentimento do povo israelense, do povo palestino e dos povos que querem a paz naquela região. Só estão cumprindo a agenda de alguns fanáticos e não vão mudar o rumo deste fórum que pretende e busca a paz”.

 “Os judeus no mundo precisam acordar para essa realidade. Nós fazemos um chamamento à comunidade judaica no Brasil. Conclamamos essa comunidade a lutar verdadeiramente pela paz, não a paz deste exército ocupante. Não a paz dos muros de segregação, de colonização dos territórios palestinos. É a paz verdadeira, onde o povo palestino tenha direito a seu Estado independente. Que Israel reconheça o direito dos palestinos ao retorno, conforme resolução da ONU. Agora, como fazer a paz executando palestinos? Crianças, homens e mulheres? Vários povos do mundo não se alinham com essa política israelense de agressão de limpeza étnica do povo palestino. Queremos que esta guerra cesse e que se abram negociações baseadas no direito internacional. Por isso, chamamos todo mundo a participar do FSPL para levar essa solidariedade do governo e povo brasileiro e dos povos do mundo todo”, conclui Mourad.

Fonte: Portal Vermelho

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