sexta-feira, 19 de abril de 2013

Missão Internacional presta solidariedade ao povo palestino

A 2ª Missão Internacional de Solidariedade ao Povo Palestino chega nesta quinta-feira (18) a Ramallah, na Cisjordânia (Palestina), onde terá reuniões com autoridades nacionais, líderes de organizações sociais e movimentos de resistência palestinos contra a ocupação militar do governo sionista de Israel. O Portal Vermelho acompanha a missão direto de Ramallah.


Por Moara Crivelente, de Ramallah para o Portal Vermelho

                                                                                                                                              Paulo Fanaia
Entre as atividades previstas está a participação, nesta sexta-feira (19), nos
protestos de Nabih Saleh e Bil’in contra o muro segregador, que as autoridades israelenses chamam eufemisticamente de “muro de separação”. A estrutura foi alegadamente construída por “motivos de segurança”, mas efetiva a ocupação israelense dos territórios palestinos, separando famílias, e as famílias de suas terras de cultivo ou vilas natais.


Missão internacional de solidariedade ao povo palestino - foto 1
2ª Missão Internacional de Solidariedade ao Povo Palestino chega à
Cisjordânia nesta quinta-feira (18) e entrega camisetas ao
governador de Jericó, Majed Al-Fityani. 
Várias entidades da esquerda brasileira fazem parte da delegação, das quais algumas participaram da 1ª Missão, realizada em 2012 e recebida por representantes nacionais, inclusive pelo presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP) e da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), Mahmoud Abbas.

A organização da missão é do Comitê pelo Estado da Palestina (CEP), que tem o objetivo de “prestar solidariedade ao povo palestino, levar representantes da sociedade civil brasileira para conhecer a realidade da ocupação sionista das terras palestinas, e trazer informações sobre a Palestina, repercutindo nos meios de comunicação do Brasil”, de acordo com o projeto.

Ao total, são 70 entidades nacionais, estaduais e regionais integrando o CEP, que foi lançado oficialmente em agosto de 2011, em apoio ao esforço palestino para o reconhecimento do seu Estado pela ONU (apesar de um histórico muito mais longo de solidariedade). O impulso foi dado por membros do PCdoB, do PT, da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), do MST, da CUT, da Federação das Entidades Árabes de SP, do Brasil e das Américas (Fearab), da Federação das Entidades Árabe-Palestinas do Brasil (Fepal), da Força Sindical, do Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Lutas pela Paz (Cebrapaz), entre outras, com reuniões frequentes.

Atravessando fronteiras em solidariedade internacional


Ao atravessar a fronteira Rei Hussein (chamada de Allenby pelos israelenses) entre a Jordânia e a Palestina (embora controlada por Israel), a delegação enfrentou dificuldades diariamente noticiadas sobre a burocracia securitária e militarista israelense e experimentou uma pequena amostra do efeito que a ocupação tem na vida dos palestinos que chegam ao território.


Missão internacional de solidariedade ao povo palestino - foto 2
 Por outro lado, bem recebida por  representantes palestinos já na  Cisjordânia, a missão dirigiu-se à  sede do governo do distrito de Jericó,  onde foi recebida pelo governador de  Jericó e Al-Aghwar, Majed Al-Fityani,  acompanhado de representantes de  outros setores do governo local,  integrado à Autoridade Nacional  Palestina (ANP).

  O sociólogo e arabista Lejeune  Mirhan apresentou a delegação e a  missão de solidariedade, expondo as motivações das entidades que apoiam a causa palestina, enquanto membros das organizações e partidos presentes detalharam a missão de cada um deles em relação à causa palestina. Entres estes, membros do Cebrapaz, do PCdoB, da CTB, da APP-Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública no Paraná, da Força Sindical, entre outros.

A ligação direta e a identificação geral com esta causa por movimentos de resistência e luta, de emancipação e de esquerda marxista, por exemplo, já foi ressaltada extensiva e oportunamente, inclusive por autores palestinos como Edward Said, que traçam um panorama sobre a "questão palestina".

Neste sentido, as centrais sindicais que representam milhões de trabalhadores brasileiros, assim como partidos históricos da esquerda e movimentos de luta pela paz e pela solidariedade internacional, formam a base desta identificação com a causa palestina para a missão.

Em resposta, o governador Al-Fityani também deu declarações sobre a situação palestina e sobre o papel do Brasil, que vem recebendo cada vez maior reconhecimento por sua política internacional.

“O que nós queremos é ter uma vida normal, mas não conseguimos. O que desejamos é poder ter paz, não só para nós, mas também para os nossos vizinhos; quando a paz for decretada, poderemos viver, cantar e dançar, porque nós palestinos também gostamos da vida”, disse o governador, em menção ao carnaval brasileiro.

Al-Fityani falou da importância de visitar a Palestina para experimentar e reconhecer os efeitos da ocupação israelense, pois “só mesmo estando aqui para saber”.

Entre os eventos recentes que rememoram a ocupação sionista estão a comemoração local dos 65 anos da “proclamação” do Estado de Israel, ou da Nakba, a Catástrofe palestina (quando em 1948 o Estado israelense foi estabelecido sobre as casas palestinas destruídas e às custas da expulsão de milhares de palestinos de suas terras) e o Dia do Prisioneiro, nesta quarta-feira (17), que relembrou o número de 5.000 palestinos, prisioneiros políticos em cárceres israelenses, com greve de fome e protestos diante da prisão militar de Ofer, na Cisjordânia.

.....................................................................................................


Integrantes da 2ª Missão de Solidariedade ao Povo Palestino
Integrantes da 2ª Missão de Solidariedade ao Povo Palestino
Aeroporto de Cumbica - 16/03/2013





Leia, também, sobre a 1ª Missão de Solidariedade realizada em junho de 2012:




               

quarta-feira, 17 de abril de 2013

DIA DO PRISIONEIRO PALESTINO

Día del Prisionero palestino, 17 de abril, recuerda a 5.000 presos en cárceles israelíes


dia do prisioneiro palestino

Los palestinos conmemoran hoy el Día del Prisionero, en el que recuerdan y se solidarizan con los cerca de 5.000 palestinos en cárceles y centros de detención israelíes, que consideran presos políticos, y exigen su liberación.

La jornada este año se produce en medio de un clima de gran tensión a raíz de la reciente muerte de dos palestinos bajo custodia israelí y las prolongadas huelgas de hambre llevadas a cabo por varios reos para protestar por su situación tras las rejas.

Funcionarios palestinos acusaron a Israel de negligencia médica en el caso de uno de los fallecidos por cáncer el mes pasado y, en el otro fallecido en febrero, de supuesta tortura durante un interrogatorio.

Israel ha rechazado esas alegaciones y subraya que ambos expedientes se encuentran bajo investigación.

El ministro de la Autoridad Nacional Palestina (ANP) para los Presos, Issa Qaraqe, denunció el sábado que los centros médicos en las prisiones israelíes no cumplen los parámetros internacionales y que 1.400 reclusos palestinos se ven afectados por la falta de asistencia.

El Club de Prisioneros palestinos precisó, en un informe dado a conocer con motivo de la jornada en solidaridad con los presos, que en 2013 cerca de 5.000 palestinos se encuentran detenidos en más de 27 prisiones, centros de detención e interrogatorios israelíes.

De ellos, precisa el documento, 106 se encuentran tras las rejas desde antes de la firma de los Acuerdos de Oslo entre Israel y la Organización para la Liberación de Palestina (OLP) en 1993, y 50 llevan más de 25 años, como es el caso de Karim Yunis, el preso de mayor duración, con 31 años en prisión.

Asimismo, catorce mujeres están encarceladas en Israel, entre ellas una que ha cumplido 11 años de su condena de 20, además de 235 menores de entre 12 y 18 años.

A estos se suman 200 presos administrativos, detenidos sin cargos y sin acusación, de los cuales catorce son miembros del Parlamento.

El Club precisa que no hay una cifra oficial de los enfermos, aunque, según sus estimaciones, son alrededor de 700 y acusa a las autoridades israelíes de negligencia en el tratamiento de sus problemas médicos.

El informe afirma que abundan los casos en los que presos palestinos se encuentran en una celda de aislamiento como medida de castigo por parte de las autoridades penitenciarias israelíes.

En los últimos meses la situación de los presos palestinos ha vuelto a la palestra a causa de la situación de Samer Isawi, un detenido que inició una huelga de hambre intermitente desde agosto del año pasado para protestar por su situación al haber sido arrestado poco después de su liberación en octubre de 2011 en virtud de un canje de presos con Israel por el soldado Guilad Shalit.

Isawi ingiere de forma intermitente líquidos, vitaminas, sales y otros nutrientes, aunque no toma alimentos sólidos y su deterioro físico parece irreversible y le ha llevado a estar ingresado en el hospital de la prisión de Ramle.

El responsable del Departamento de Negociaciones de la OLP, Saeb Erekat, remitió una carta a la alta representante de Política Exterior y Seguridad de la UE, Catherine Ashton, en la que llama una vez más la atención sobre la situación de Isawi.

“Su salud física se ha debilitado significativamente, y su vida pende de un hilo (…) en caso de que el Sr. Isawi muera, haremos responsable a la comunidad internacional parcialmente por su tolerancia hacia las acciones horrendas que han llevado a esta terrible situación”, reza la misiva.

En solidaridad con el detenido, cerca de 3 mil presos palestinos han rehusado comer durante esta mañana, con el objetivo de mantener una huelga de protesta para conmemorar el Día del Prisionero.

Fuente: EFE / OICP

Seguidores: