sexta-feira, 15 de agosto de 2014

O fim de Israel

21/07/14
The end of Israel by GILMON ATZMON*

Traduzido pelo pessoa da Vila Vudu
 

Israel comete crimes contra a huanidade

"Agora, mais uma vez, Israel está envolvida em 
colossais crimes de guerra, crimes contra a humanidade,
 crimes contra população civil."
 



No discurso que fez à nação o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu reconheceu ontem que a guerra contra Gaza é uma batalha pela existência do Estado Judeu. Netanyahu está certo. E Israel não pode vencer essa batalha; não pode sequer definir que vitória poderia advir dessa batalha. Claro que a batalha não se trava pela posse dos túneis ou pela operação subterrânea da resistência: os túneis são armas da resistência, não são a resistência. Os militantes do Hamás e de Gaza atraíram Israel para uma zona de batalha na qual Israel jamais vencerá; e o Hamas impôs as condições, escolheu o campo e escreveu os termos que exige para concluir esse ciclo de violência.

Por dez dias, Netanyahu fez tudo que pôde para evitar a operação por terra, pelo exército de Israel. Ele sabia que Israel não conhece resposta militar à resistência palestina. Netanyahu sabia que uma derrota em solo erradicaria o pouco que resta do poder de contenção que o exército israelense ainda tem.

Há cinco dias, Israel – pelo menos aos olhos dos próprios apoiadores – estaria no comando da situação. Via seus cidadãos convertidos em alvos de fogo infinito de foguetes, mas ainda mostrava alguma moderação, só matando palestinos civis bem de longe, o que ajudava a preservar uma fantasia de força, de poder. Tudo isso mudou rapidamente, a partir do início da operação em terra lançada por Israel.

Agora, mais uma vez, Israel está envolvida em colossais crimes de guerra, crimes contra a humanidade, crimes contra população civil. E, pelo menos estrategicamente, seus comandos de elite da infantaria estão sendo dizimados nas batalha cara-a-cara em Gaza.

Apesar da clara superioridade tecnológica de Israel e do maior poder de fogo, os militantes palestinos estão derrotando Israel na guerra de solo. E já conseguiram levar a guerra para território israelense. E a chuva de foguetes sobre Telavive não dá sinais de arrefecer.

A derrota do exército de Israel em Gaza deixa sem qualquer esperança o Estado Judeu. A moral é simples. Se você insiste em viver em terra dos outros, a força militar é ingrediente essencial para impedir que os roubados lutem pelos próprios direitos.

O nível de baixas no exército israelense e as filas de soldados da elite israelense voltando para casa em caixões é mensagem muito clara para israelenses e palestinos: a superioridade militar de Israel é coisa do passado. Não há futuro para o Estado-Só-de-Judeus na Palestina. Se quiserem, que tentem noutro lugar.


[*] Gilad Atzmon (músico e escritor) nasceu em Israel em 1963 e estudou na Academia Rubin de Música, Jerusalém (Composição e Jazz). Multi-instrumentista, toca saxofones, clarinete e instrumentos de sopro étnicos .Seu álbum Exile foi o álbum de jazz BBC do ano em 2003. Anima seu blog com vários artigos políticos.
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LEIA TAMBÉM:

O Estado de São Paulo - 15/08/2014:

Holandês que salvou menino do nazismo devolve prêmio após perder família em Gaza

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Federação Palestina entrega carta ao Governador Tarso pedindo o cancelamento do acordo com empresa israelense



NO DIA DE ONTEM, 12 DE AGOSTO,  O GOVERNADOR TARSO GENRO RECEBEU EM AUDIÊNCIA O PRESIDENTE DA FEPAL-FEDERAÇÃO ÁRABE PALESTINA DO BRASIL, ELAYYAN ALADDIN E DIRETORES DA FEDERAÇÃO, PARA TRATAR DO ACORDO DO GOVERNO DO RGS COM A EMPRESA ISRAELENSE DE ARMAMENTOS SEDIADA NO ESTADO. ELAYYAN PEDIU AO GOVERNADOR O CANCELAMENTO DO ACORDO E ENTREGOU UMA CARTA (VER ABAIXO) PARA FORMALIZAR A POSIÇÃO DA FEDERAÇÃO E DA COMUNIDADE PALESTINA NO BRASIL.

Governador Tarso Genro, Embaixador da Palestina e FEPAL

NESSE MESMO DIA, EM OUTRA OCASIÃO, O EMBAIXADOR DA PALESTINA DO BRASIL, IBRAHIM ALZEBEN, JUNTAMENTE COM UMA DELEGAÇÃO DA COMUNIDADE PALESTINA DO BRASIL, LIDERADA PELO PRESIDENTE DA FEDERAÇÃO PALESTINA, ELAYYAN ALADDIN, TIVERAM UM ENCONTRO COM O GOVERNADOR DO RIO GRANDE DO SUL, TARSO GENRO, E RESOLVERAM, DE FORMA COORDENADA, LANÇAR UMA CAMPANHA NACIONAL DE AJUDA HUMANITÁRIA A GAZA NO PRÓXIMO DIA 20 DE AGOSTO.

Governador Tarso recebe embaixador da Palestina e FEPAL


NOTA DA SECRETARIA GERAL DA FEPAL - DEPARTAMENTO DE DIVULGAÇÃO - 13/08/14

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Porto Alegre, 12 de Agosto 2014.

Ao Gabinete do Governador  

Exmo. Sr. Dr. Tarso Genro
Governador do Estado do Rio Grande do Sul

Exmo. Sr. Governador,

Ao cumprimenta-lo cordialmente, encaminhamos este documento para destacar a nossa gratidão pelo compromisso deste governo com os Direitos Humanos, em especial com  os direitos nacionais do povo palestino, em conformidade com as resoluções da ONU e o Direito Internacional.

Ainda, em 2012 o Governo do Estado foi fundamental para realização do Fórum Social Mundial – Palestina Livre. Nós da comunidade Palestina, temos orgulho de poder carregar a Bandeira Brasileira e Gaúcha e fazermos parte da história da construção do nosso Estado, estamos orgulhosos da projeção internacional para qual o nosso País é projetado, nos avanços da economia sustentável preservando a diversidade cultural, e com os posicionamentos do governo federal, que pôs o nosso país a frente da defesa do Estado Palestino, sendo o primeiro país da América Latina a reconhecer o Estado da Palestina em 2010 e 2012.

Entretanto, nos manifestamos neste momento sobre o Memorando de Entendimento com a Empresa AEL Sistemas, pois vai na contramão desse projeto político e de Estado, que funda as relações internacionais na prevalência dos direitos humanos, na defesa da paz e nas resoluções pacificas dos conflitos. Relações militares com Israel inevitavelmente sustentam e legitimam as agressões militares e crimes de guerra deste Governo.

Solicitamos, portanto que avaliem a possibilidade de cancelamento do Memorando de Entendimento com a empresa AEL Sistemas, (subsidiaria da empresa militar israelense Elbit Systems), assinado por Vossa Excelência em nome do governo do Estado, em abril de 2013 nos escritórios da Elbit Systems em Haifa.

Antes da assinatura, a sociedade civil palestina e o então primeiro ministro da Autoridade Nacional Palestina, Sr. Salam Fayyad, destacaram que o contrato com a Elbit viola as obrigações do Brasil de acordo com a lei internacional e com a promoção dos direitos humanos, contradiz os compromissos do Partido dos Trabalhadores e do seu governo e prejudica o caminho para uma paz justa na Palestina.

Elbit Systems é cúmplice das graves violações israelenses ao direito internacional. A Elbit fornece seus drones para assassinatos extrajudiciais e para as agressões militares ilegais israelenses e confirma publicamente que testou sua tecnologia durante o atual ataque a Gaza. Elbit também fornece tecnologia para os tanques, o Muro e as colônias ilegais israelenses.

Por isso que o Relator especial da ONU sobre os direitos humanos nos territórios ocupados palestinos, Richard Falk, chamou a Nações Unidas ao boicote da empresa. Uma dezena dos maiores fundos públicos e privados de investimento na Europa já excluíram a empresa de seus fundos.

Durante o último ano e nessas semanas passadas, vários governos, incluindo a União Europeia, países membros da UE e o Chile, tomaram medidas restritivas a respeito das relações diplomáticas, militares e econômicas com Israel.

Insistimos que o desenvolvimento sustentável deva ser construído numa política em que integra fatores econômicos e respeito aos direitos humanos. O Pacto Global das Nações Unidas, e as diretrizes pelas multinacionais da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) e os princípios orientadores sobre empresas e direitos humanos das Nações Unidas confirmam isso.

Ultimamente empresas como a Starbucks confirmaram não mais financiar Israel, Garnier Internacional se distanciou do exército israelense e McDonalds anunciou não vender mais para as colônias israelenses ilegais implantadas nos territórios palestinos ocupados.

A comunidade palestina no Brasil, e mais de 30 mil integrantes no Rio Grande do Sul, tem desde sempre participado ativamente no desenvolvimento do estado e do país. Queremos mais avanços e sabemos que nossas universidades e empresas já alcançam importantes êxitos com diversos parceiros internacionais: a Universidade Federal de Santa Maria acabou de lançar o primeiro nano-satélite do Brasil - sem a participação da AEL Sistemas/Elbit Systems. Não precisamos de parcerias com empresas envolvidas em crimes de guerra israelenses e internacionalmente boicotadas. Não queremos que a través de convênios do nosso governo se transfira tecnologia a essas empresas.

Confiamos no bom senso político e na liderança de Vossa Excelência na preservação dos interesses supremos e transparentes deste Estado e desta nação, para que possamos continuar juntos defendendo os direitos humanos e um desenvolvimento econômico sustentável no Rio Grande do Sul.


Elayyan Taher Aladdin

Presidente da FEPAL- Federação Árabe Palestina do Brasil 


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07 de agosto:




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As relações militares entre Brasil e Israel - 01 - 02 - 03 - 04 - 05 - 06 - 07



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