O embaixador da Palestina no Brasil, Ibrahim Alzeben, garantiu que a população mais antiga do mundo não será extinta. As recentes ondas de ataque ao povo palestino suscitaram dúvidas com relação ao futuro da população, mas Alzeben foi enfático. “Resistiremos pela sobrevivência de um povo”, destacou o embaixador em todas as reuniões e palestras que participou em Curitiba.
Alzeben, que é nascido na Jordânia, também uma das vítimas da ocupação israelense, esteve por três dias no Paraná para conversar com autoridades e estudantes em busca de apoio à luta pela liberdade e independência da Palestina.
Após reuniões com o prefeito Gustavo Fruet, o vice-governador, Flávio Arns, e o presidente da Câmara, vereador Paulo Salamuni, o embaixador falou para quase 500 pessoas na Faculdade Uninter.
"Esse contato com outros países é importante para elevarmos o apoio internacional contra a invasão de Israel. A Palestina vai recorrer aos tribunais internacionais pelo fim do genocídio e por sua liberdade", afirmou Alzeben.
"Não estamos numa luta religiosa. A guerra, instaurada muito mais pela vontade dos israelenses visando o controle do território, é política. A religião judaica ou a islamita não tem nada a ver com esse conflito”, completou.
Apoio no Paraná
Em 2014, a Organização das Nações Unidas decretou o "Ano Internacional de Solidariedade com o Povo da Palestina" e as embaixadas do país pelo mundo têm buscado ações com aliados para a reconstrução das cidades e doações de alimentos às famílias palestinas.
"Com as investidas de Israel cada vez mais brutais, aumenta o sofrimento e a dificuldade de sobrevivência", explicou Alzeben.
Flávio Arns e Gustavo Fruet afirmaram que estudarão ações para campanhas solidárias à Palestina encampadas pelos governos.
Na Câmara de Vereadores, o embaixador recebeu um compromisso de parlamentares locais. "Vamos propor um projeto de Lei que nomeie uma cidade-irmã de Curitiba", afirmou o vereador Jorge Bernadi, que acompanhou a audiência.
Nablus, cidade localizada ao norte da Cisjordânia, foi escolhida como a possível irmã da capital do Paraná.
Redes sociais
A crueldade dos ataques de Israel tem dificultado cada vez mais que as investidas sejam negadas pela grande mídia. Historicamente, a imprensa comercial mostra um viés de “defesa” judaica aos ataques do Hamas do que os ataques iniciados pelos israelenses.
“Esse genocídio não pode mais ser escondido. As empresas de comunicação que ‘encobriam’ a verdade hoje precisam publicar o que aparece pelas mídias sociais, sob risco de descrédito”, ressalta Alzeben.
As redes sociais, aliás, viraram as grandes aliadas. Conectados, palestinos alimentam com informações os movimentos aliados e personalidades mundiais mostrando "o outro lado", o lado real.
Atualizado em 11/11/18 Em memória ao 14º aniversário do mártir Yasser Arafat, líder da nação palestina
Atualizado em 10/11/17
EM MEMÓRIA AO 13º ANIVERSÁRIO DO MARTÍRIO DO LÍDER YASSER ARAFAT
1929- 2004
atualizado em 10/11/16
Atualizado em 10/11/14
Em abril de 2004, uma delegação de parlamentares brasileiros
visitou a Palestina ocupada com o objetivo de levar a solidariedade do Governo
e do Parlamento brasileiro ao povo palestino e ao líder Yasser Arafat,
Presidente da Autoridade Nacional Palestina e da OLP - Organização para a
Libertação da Palestina. Foram os últimos brasileiros que estiveram com Arafat
em vida, que venho a falecer em novembro do mesmo ano dessa visita histórica.
A Delegacao da Frente Parlamentar Brasil-Árabe entregou a
Bandeira Brasileira ao líder Yasser Arafat, na sede da Autoridade Palestina,
onde ficou confinado por mais de dois anos, cercado pelas tropas israelenses de
ocupação. Segundo o secretário-geral da Frente Parlamentar, deputado Jamil Murad(PCdoB-SP),
ao receber a bandeira Arafat a beijou para depois guardá-la.
Foram os últimos brasileiros que estiveram com Arafat em
vida, que venho a falecer em novembro do mesmo ano dessa visita histórica. Da
esquerda para a direita: Yasser Arafat; Deputado Federal Jamil Murad (PCdoB-SP), Chefe
da Delegação e secretário-geral da Liga Parlamentar Árabe-Brasileira; Deputado Federal Nilson
Mourão (PT-AC); Deputado Federal Leonardo Mattos (PV-MG) e Deputada Federal Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM).
A delegação
brasileira foi acompanhada pelo embaixador da Autoridade Palestina no Brasil,
Musa Amer Odeh; Embaixador do Brasil em Tel Aviv, Sérgio Eduardo Moreira Lima e
pelo Presidente da FEPAL – Federação Árabe Palestina do Brasil, Farid Suwwan.
O deputado Nilson Mourão propôs a deflagração de uma campanha
mundial pela liberdade do Presidente da Autoridade Palestina, Yasser Arafat.
Ameaçado de morte pelo governo de Israel, Arafat vivia confinado em seu
quartel-general, em Ramallah, cercado pelas tropas israelenses de ocupação.
"É um absurdo um presidente não poder visitar suas cidades. São os
prefeitos e governadores que vão despachar com Arafat em seu quartel-general. E
o mais grave é que nem todos podem sair de lá depois", lamentou.
"Arafat está preso há mais de dois anos. Então, receber
uma delegação representando o Parlamento brasileiro para lhe dar solidariedade
é importante. Nós viemos aqui numa missão contra a guerra e pela paz. Esse é o
compromisso do Parlamento brasileiro, do Governo e do povo do Brasil"
declarou Jamil Murad.
O presidente da Autoridade Nacional Palestina, Yasser
Arafat, agradeceu, em carta encaminhada ao gabinete do deputado federal Jamil
Murad (PCdoB-SP), a visita da comitiva de quatro deputados brasileiros a
Rammallah, na Cisjordânia, em abril deste ano.
"É com muito
apreço que escrevo esta carta ao caro irmão para expressar-lhe os meus
sentimentos de profunda gratidão pela demonstração de grande apoio e
solidariedade fraterna com o nosso povo", diz a carta de Arafat.
"Consideramos
extremamente valiosa a vossa postura solidária, humana e nobre, bem como a de
todos os amigos da Liga Parlamentar Brasil-Árabe, Temos muito orgulho do vosso
importante papel no fortalecimento e estreitamento das relações árabe-brasileiras,
bem como da elevação dessas relações às mais altas posições", acrescentou
Arafat no texto.
A delegação brasileira se comoveu com o drama vivido pelos
palestinos. "É um povo acuado, vigiado e sem acesso aos direitos mais
elementares, como o de ir e vir", afirmou o parlamentar acreano. Ele
explicou que os muros estão separando cidades, pessoas e famílias. "Eles
derrubam tudo para fazer as cercas. Vimos centros comerciais, escolas,
hospitais e plantações destruídas para darem lugar ao muro. Israel está acuando
os palestinos para forçá-los a irem embora e desistirem da criação de seu
Estado, já reconhecido pela ONU", afirmou Nilson Mourão.
Segundo o deputado,
existem no mundo cerca de nove milhões de palestinos, com quatro milhões deles
ainda resistindo e lutando nos territórios ocupados, pela criação do seu
Estado. A grande maioria dos outros 5 milhões vivem em campos de refugiados na
Jordânia, Síria e Libano.
UM CHECK POINT / POSTO MILITAR ISRAELENSE NOS TERRITÓRIOS
PALESTINOS OCUPADOS.
São 720 postos
militares que controlam a entrada e saídas dos palestinos. "É um
verdadeiro horror. Para ir de uma cidade a outra, um processo que durava uma
hora antes dos muros, agora leva até um dia inteiro. É comum ver pessoas
morrerem ou crianças nascerem nos postos antes de seus familiares conseguirem
autorização para entrar ou sair de uma cidade", relatou Nilson Mourão.
MURO DO APARTHEID, DO RACISMO ISRAELENSE, MURO DA VERGONHA!
Dois dias depois de
se encontrarem com o presidente da Autoridade Palestina, Yasser Arafat, um
grupo de quatro deputados federais foi vítima anteontem de um ataque com bombas
de gás lacrimogêneo durante visita à Faixa de Gaza. Segundo relato do
secretário-geral da Liga Parlamentar Brasil-Árabe e coordenador do grupo,
deputado Jamil Murad (PC do B-SP), os parlamentares foram atacados por soldados
do exército israelense quando foram visitar as obras do muro de 700 quilômetros
(hoje são mais de 2000 kms) que Israel está construindo para isolar os
territórios palestinos ocupados.
Os deputados, que
estão em Israel desde o início da semana, estavam acompanhados do embaixador do
Brasil em Tel Aviv Sérgio Eduardo Moreira Lima, e pelo embaixador da Autoridade
Palestina no Brasil, Musa Amer Odeh, quando os soldados israelenses jogaram
bombas de gás lacrimogêneo. Os deputados estão em missão oficial da Câmara e,
segundo Murad, tinham autorização para ver as obras do muro. Mas quando
chegaram ao local, os soldados israelenses advertiram que eles não poderiam se
aproximar do muro. Diante da insistência do grupo, os soldados jogaram bombas
de gás lacrimogêneo.
Os deputados saíram
correndo do local e fizeram uma reclamação oficial junto à embaixada brasileira
em Tel Aviv. Segundo o grupo de parlamentares, o protesto foi encaminhado às
autoridades de Israel. "Ficamos muito assustados", disse Murad,
através de sua assessoria. Ele afirmou que a presença de observadores
internacionais não agrada Israel. Murad argumentou ainda que "conhecer a
região de conflito entre Israel e Palestina reforça entre os parlamentares a
convicção de que é necessário o Brasil reafirmar o apoio ao povo
palestino". "Nós temos que fortalecer, porque o governo
norte-americano e o governo Ariel Sharon fazem pressão sobre outros países para
não votarem contra eles. Defendo que vá uma delegação de parlamentares à Corte
de Haia reafirmar a posição do Brasil", alertou o deputado.
Delegação se defronta com as tropas de ocupação israelense!
Ao fazer um relato resumido de sua viagem, Nilson Mourão
disse que os deputados brasileiros enfrentaram momentos difíceis quando foram
conhecer o muro de 700 quilômetros de extensão e oito metros de altura que
Israel está construindo para isolar os territórios palestinos ocupados.
"Fomos ameaçados, xingados e intimidados. Como não saímos do local,
soldados israelenses jogaram bomba de gás lacrimogênio próximo a nós na
tentativa de nos amedrontar", relatou o petista. Nilson Mourão lamentou o
episódio. "Se fazem isso com parlamentares em uma missão oficial com o
conhecimento das autoridades de Israel, imagine o que não fazem com os
palestinos", acrescentou.”