domingo, 5 de abril de 2015

Israel barra brasileiros com ascendência árabe na Palestina

Soraya e Mohamad, brasileiros barrados em Israel
Soraya e Mohamad, brasileiros com ascendência árabe, barrados em Israel. Foto: Leonardo Severo


REPUDIAMOS E DENUNCIAMOS MAIS ESSE CASO DE RACISMO, XENOFOBIA E DESRESPEITO AO BRASIL POR PARTE DE ISRAEL AO NÃO PERMITIR A ENTRADA NA PALESTINA DOS BRASILEIROS SORAYA MISLEH E MOHAMAD KADRI.

ESSA PRÁTICA É COMUM POR PARTE DE ISRAEL. EM 2008 REMETEMOS UMA CARTA AO MINISTRO CELSO AMORIM RELATANDO A SITUAÇÃO, DENUNCIANDO CASOS OCORRIDOS E PEDINDO MEDIDAS ENÉRGICAS. TRECHOS DA CARTA:

"Não nos surpreendeu a detenção da filha do embaixador Pedro Motta no aeroporto de Ben Gurion. Trata-se de conduta das autoridades da “democracia israelense” imposta para centenas de brasileiros, sejam eles descendentes ou não de árabes. Todos são “terroristas” até que se prove o contrário.


“Se a filha do embaixador, na condição de turista, ficou detida por três horas por ter um nome árabe, bem sabe vossa excelência o que ocorre com os brasileiros de descendência árabe e palestina que tentam visitar, rever ou retornar ao convívio de suas famílias que residem nos Territórios Palestinos Ocupados por Israel.


Denunciamos que são inúmeros casos de detenção, tortura e humilhações, seguidos de deportação ou negação de renovação de vistos. A denúncia foi remetida ao conhecimento do governo brasileiro e até o momento não tivemos uma resposta enérgica e satisfatória.
(...)
Esperamos que o governo brasileiro, que mantém relações com Israel, que acaba de assinar um Tratado de Livre Comércio com Israel, juntamente com outros países da América do Sul, que mantém acordos de cooperação em várias áreas com esse Estado fora da lei, possa fazer valer o princípio da reciprocidade nos aeroportos brasileiros e intervir para garantir uma vida digna, a reunião familiar, a renovação dos vistos desses cidadãos brasileiros. E que a cada deportação convoque a representação diplomática israelense para esclarecimentos, desculpas e fazer valer o direito dos cidadãos brasileiros de origem árabe ou não.


(...)
Excelência, Senhor Ministro, solicitamos, mui respeitosamente, que desfralde a bandeira brasileira em Ramallah para dar um basta a mais esse crime cometido pelas autoridades israelenses contra os direitos humanos e a dignidade de cidadãos brasileiros.”

ATÉ O MOMENTO, CONSIDERAMOS INSATISFATÓRIA E PRECÁRIA A POSIÇÃO DO GOVERNO BRASILEIRO SOBRE O ASSUNTO. 

DEVIDO A AUSÊNCIA DE RESULTADOS CONCRETOS, PEDIMOS QUE A PRESIDÊNCIA DA REPUBLICA E O MINISTÉRIO DE RELAÇÕES EXTERIORES ATUEM COM ENERGIA E FAÇAM VALER O PRINCIPIO DA RECIPROCIDADE,  O DIREITO DOS CIDADÃOS BRASILEIROS E OS TRATADOS INTERNACIONAIS.

FEPAL- Federação Árabe Palestina do Brasil


Logotipo da Fepal- Federação Árabe Palestina do Brasil

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Israel barra brasileiros com ascendência árabe na Palestina


Escrito por: Leonardo Severo e Luiz Carvalho em CUT Nacional

CUT e entidades que compõem missão humanitária ao Estado Palestino cobrarão posicionamento do governo brasileiro

Após mais de 30 horas de uma viagem que partiu de Túnis e passou por Dubai e Amã, a delegação brasileira em missão humanitária à Palestina chegou na noite desta terça-feira (31) – horário local – à Cisjordânia e vivenciou parte do racismo e da xenofobia impostos por Israel. 

Dos 16 membros que compunham o grupo, dois foram impedidos de atravessar a fronteira entre a Jordânia e a Palestina. O militante pela Frente em Defesa do Estado Palestino Mohamad El Kadri, de origem libanesa, e a jornalista brasileira de origem palestina Soraya Misleh, os únicos de sobrenome árabe.

Segundo as autoridades israelenses, o visto foi negado por “razões çde segurança do Estado de Israel.” Apesar de não constar no documento entregue a eles, também foram informados que não conseguirão ingressar em Israel nos próximos cinco anos.

Muito emocionada, Soraya ressaltou que junto à solidariedade, também teve negado o direito de visitar familiares.

“Mais uma vez sofremos discriminação e racismo. Perguntei qual era o perigo que representava, mas não explicaram. Tenho família lá dentro da Palestina e novamente não pude vê-la. O sentimento é de tristeza e profunda indignação”, desabafou.

Ela cobrou ainda que o governo brasileiro cumpra o compromisso de repudiar a ação. “Eu gostaria que fosse feito o que o governo prometeu, de denunciar caso sofrêssemos discriminação.”

Mohamad El Kadri, também tradutor de árabe para o grupo, cobra que o Estado brasileiro atue de maneira recíproca. “A postura foi agressiva, sem nenhuma acusação e o governo brasileiro deve tratar os cidadãos israelenses da mesma forma que nos trataram”, defendeu.

Apesar de não prosseguir na viagem, ele deixou uma mala com 30 bolas de futebol que serão distribuídas a crianças palestinas.

Em contato com o embaixador brasileiro no território palestino, Paulo França, a CUT ouviu que acionará o embaixador em Israel, Henrique Sardinha Pinto, em busca de providências.

Burocracia e desrespeito

A ação acirra ainda mais o clima de tensão que Israel impõe à região. Segundo relatório da Organização das Nações Unidas divulgado no último dia 27, o ano de 2014 foi aquele em que o exército israelense mais matou civis palestinos em ações militares: foram 2.314 mortos e 17.125 feridos.

O cerco à Palestina se manifesta em posturas como a premedita demora na liberação da missão que conta com a CUT e parceiros brasileiros do Comitê Internacional do Fórum Social Mundial. Foram mais de três horas de espera na fronteira, apesar do diálogo prévio e da intermediação da embaixada brasileira. 

Israel ainda tenta impedir que o grupo chegue à Faixa de Gaza, onde 1,8 milhão de pessoas convivem em um território de 360 km² no qual 50% das mulheres grávidas são impedidas ou limitadas em realizar o pré-natal. A região sofre ainda com apagões que duram até 18 horas por dia por conta dos bombardeios israelenses que destroem a infraestrutura local.

Primeiras impressões

Seguir pelas estradas que cortam o Estado Palestino é vislumbrar exemplos de um apartheid invisível aos grandes meios de comunicação. Além do vergonhoso muro erguido por Israel para represar a Palestina, há check points sob comando israelense que atravancam o trânsito a qualquer hora do dia.

Enquanto carros emplacados em Israel podem circular livremente, aqueles de origem palestina só andam pela Cisjordânia. As placas de trânsito no idioma árabe estão localizadas apenas na Palestina. Em Israel as opções são o hebraico e o inglês.

À beira das vias chama atenção a presença cada vez maior de assentamentos israelenses, num processo de expansão incentivado pelo governo sionista agora comandado por Benjamin Netanyahu.

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Itamaraty reclama da proibição de acesso de brasileiros à 

Cisjordânia por Israel

O Ministério das Relações Exteriores (MRE) informou que o embaixador brasileiro em Israel, Henrique Sardinha, manifestou nesta quinta-feira (2) a contrariedade com o fato de dois brasileiros integrantes da Missão Humanitária a Gaza do Fórum Social Mundial terem sido barrados pelo serviço de imigração israelense.

Por meio de nota, o Itamaraty acrescentou que o embaixador do Brasil em Tel Aviv já entrou em contato com as autoridades israelenses para manifestar contrariedade com o ocorrido com a delegação brasileira da Missão Humanitária a Gaza do Fórum Social Mundial”.

Soraya Misleh, jornalista brasileira de origem palestina, e Mohamad El Kadri, de origem libanesa, foram impedidos de entrar na Cisjordânia, território palestino ocupado por Israel, sob a alegação de que poderiam oferecer riscos à segurança israelense. Questionados sobre os motivos que levaram à suspeita, os funcionários da fronteira limitaram-se a dizer que não poderiam dar mais informações.

Depois de barrados, os brasileiros foram informados que estão proibidos de retornar ao país por cinco anos. De acordo com diplomatas brasileiros, apesar de o embaixador Henrique Sardinha ter demonstrado verbalmente sua contrariedade à diplomacia israelense, historicamente Israel não costuma voltar atrás em suas decisões.

Há menos de um ano, em julho de 2014, o Brasil foi chamado de “anão diplomático” pelo então porta-voz do MRE de Israel, Yagal Palmor, após o governo brasileiro divulgar duas notas classificando como inaceitável a escalada da violência entre Israel e Palestina.


Além do governo brasileiro condenar “energicamente o uso desproporcional da força” por Israel na Faixa de Gaza, o embaixador brasileiro em Tel Aviv foi chamado ao Brasil para consultas, ato diplomático que representa desagravo.

Fonte: Agência Brasil

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sexta-feira, 3 de abril de 2015

A dura trajetória da Palestina no futebol

Palestinos superaram prisões, bombardeios, interrogatórios e perda de atletas para estar na elite do continente



Seleção Palestina de Futebol
Jogadores da Palestina conseguiram participar pela primeira vez da Copa da Ásia. Mal Fairclough/AFP


















Gustavo Mesa

Uma seleção eliminada na fase de grupos da Copa da Ásia após duas goleadas será recebida com festa ao retornar da Austrália. Uma reação dessas é inconcebível para quem tem a soberba de um pentacampeonato mundial. Mas, definitivamente, esse não é o caso dos palestinos. Devido às tamanhas dificuldades enfrentadas pelo povo, a inédita classificação para um torneio de primeiro escalão do futebol já é uma vitória.


Afinal, não é moleza jogar bola na Palestina. Praticar o esporte por lá significa estar sujeito a prisões arbitrárias, interrogatórios intermináveis, horas de espera em locomoções para outras cidades. Tudo por causa do conflito entre palestinos e israelenses, que disputam há décadas a faixa de terra que abriga os dois povos (entenda o conflito no infográfico abaixo).


Por causa das dificuldades de passar pela fronteira da Faixa de Gaza, a Palestina é obrigada a ter duas ligas nacionais – a da Cisjordânia e a de Gaza – mesmo com uma distância de apenas 70 km entre os dois territórios. Cada uma delas tem duas divisões de 12 equipes, com acesso e descenso de dois times por temporada.


Esse problema não afeta apenas as equipes do torneio nacional. A seleção palestina – que é reconhecida pela Fifa desde 1998 – já viu suas esperanças de disputar a Copa do Mundo irem por água abaixo devido devido à intransigência nos postos de controle militarizados nas fronteiras, os checkpoints.


Para o meia Roberto Kettlun, um chileno descendente de palestinos que defende a seleção desde 2001, esta dificuldade é um dos principais entraves para o desenvolvimento do futebol na Palestina:


"Passar pelos checkpoints leva horas, as pessoas ficam espremidas de forma desumana e você não tem nenhuma certeza de quando vão deixar passar, e se vão te deixar passar. Muitas vezes as partidas se atrasam, os árbitros se atrasam ou nem chegam. É uma dificuldade muito básica e simples como se deslocar por um território que te pertence reconhecidamente, que não pode acontecer por causa da ocupação”, detalhou ao Portal da Band o jogador do Hilal Al-Quds, que atua na Liga da Cisjordânia desde 2012.

Confira a seguir os detalhes da luta de um povo para poder também jogar futebol em paz.


Fazendo história


Apesar da dificuldade com a mobilidade, da incerteza em relação ao elenco e da violência que aflige a população, a seleção palestina de futebol conseguiu ir para a Austrália medir forças com as principais potências da Ásia.

No primeiro jogo da Palestina em um torneio deste porte, ocorreu uma derrota por 4 a 0 para o Japão, atual campeão.

Na partida seguinte, a goleada por 5 a 1 contra a Jordânia, a seleção marcou o primeiro gol, anotado por Jaka Ihbeisheh.

Na próxima terça-feira, sem chances de se classificar, a Palestina encerrará a participação no torneio diante do Iraque.


Seleção

Mas a vitória por estar na Austrália e poder disputar a Copa da Ásia foi conquistada com muitos sacrifícios, que vêm desde 1998, ano em que a Federação Palestina de Futebol (PFA) foi reconhecida pela Fifa.


Nas eliminatórias para o Mundial de 2006, a PFA fez um esforço para atrair estrangeiros descendentes de palestinos e montou uma equipe competitiva. No primeiro jogo, a seleção goleou Taipei por 8 a 0. No segundo, os palestinos foram ao Iraque e conseguiram voltar de lá com um empate por 1 a 1.


A animação popular com a chance de ir ao Mundial acabou no jogo seguinte, quando cinco atletas de Gaza ficaram presos no checkpoint dias após um atentado suicida em Beersheba, em Israel. A Palestina mal conseguiu juntar 11 atletas e acabou derrotada por 3 a 0 pelo Uzbequistão, complicando sua situação no grupo.


O qualificatório para 2010 seguiu enredo similar, mas com final ainda mais abrupto. Com dificuldades para montar um time, a Palestina levou um elenco fraco aos Emirados Árabes – onde atuou como mandante – e acabou derrotada por 4 a 0 por Singapura na partida de ida da primeira fase. Na volta, os palestinos sequer conseguiram comparecer ao campo adversário.


“É sempre um pesadelo tentar montar um time quando não se tem certeza se alguém terá um visto negado ou será detido. Mas nós somos um povo determinado. Vamos superar isso”, afirmou, confiante, Susan Shalabi Molano, membro da Confederação Asiática de Futebol (AFC) e encarregada de assuntos internacionais da Federação Palestina de Futebol (PFA).


A determinação citada pela dirigente pôde ser vista na AFC Challenge Cup de 2014, o torneio para nações ascendentes da Confederação Asiática que daria ao campeão a chance de medir forças com as melhores equipes do continente.


Com uma vitória por 1 a 0 nos acréscimos sobre Quirguistão, um triunfo por 2 a 0 sobre Mianmar e um empate sem gols contra as Maldivas, os palestinos asseguraram a primeira posição do Grupo A. Nas semifinais contra o Afeganistão, Ashraf Nu'man marcou duas vezes e garantiu a vaga na decisão. O artilheiro do torneio fez seu quarto gol na competição de falta, contra as Filipinas, e garantiu o título e a vaga na Copa da Ásia de 2015, que está em andamento na Austrália.




Jogadores sofrem com o conflito

O dia era 17 de julho de 2014. Garotos jogavam futebol em uma praia na Faixa de Gaza, talvez empolgados com o primeiro título de sua seleção, a AFC Challenge Cup, conquistado cerca de um mês antes, no Uzbequistão. Enquanto a bola rolava às margens do Mediterrâneo, um navio israelense os atacou com um bombardeio, que vitimou quatro crianças da mesma família (veja imagem abaixo).


Os ataques foram parte da resposta israelense ao assassinato de três colonos do país em terras palestinas. Com a Operação Protective Edge (Proteção à Fronteira, em tradução livre), as forças armadas do país comandaram bombardeios à Faixa de Gaza entre 7 de julho e 27 de agosto, com mais de 2,1 mil palestinos mortos, segundo a Anistia Internacional. Entre as vítimas, também houve atletas, treinadores e outras pessoas ligadas ao esporte palestino. 



Os jogadores – assim como qualquer outro cidadão palestino – estão sujeitos a prisões a súbitas, visto que a lei israelense permite detenções sem acusação formal ou julgamento, sob a premissa da segurança nacional. Dois casos de atletas detidos chamaram a atenção nos últimos anos.


Em 2009, Mahmoud Sarsak, uma jovem promessa do futebol de Gaza, tinha acertado sua transferência para o Balata Youth, da liga da Cisjordânia. Quando tentava atravessar o checkpoint de Erez, ele foi preso por suspeita de ter ligação com a Jihad Islâmica.


Sarsak permaneceu encarcerado por três anos sem ir à justiça. Ele só deixou a prisão após uma greve de fome de 97 dias que custou metade do seu peso e mobilizou figuras célebres do futebol, como Eric Cantona, Liliam Thuram, Michel Platini e o próprio Joseph Blatter.


Em entrevista à CNN em 2013, Sarsak falou sobre sua detenção:


"Passei três anos na prisão sem acusação. Se eu realmente tivesse conexões (com a Jihad Islâmica), deveria ter sido levado à corte. Mas eles não tinham nada contra mim. Me deixaram na prisão por uma acusação falsa. Perdi três anos da minha vida”, afirmou Sarsak, que não tem mais condições de seguir a carreira como futebolista devido às complicações da greve de fome.


Em abril de 2014, o zagueiro Sameh Mar’aba retornava dos Emirados Árabes Unidos com a seleção palestina quando foi detido pelas forças israelenses. Segundo a CNN, o jogador foi acusado de “trazer fundos do Hamas para a região e se encontrar com o inimigo”. As autoridades israelenses dizem que o defensor admitiu o contato e foi flagrado com dinheiro, um celular da organização e mensagens escritas. A PFA rejeitou as acusações e disse que não houve confissão alguma.


Mar’aba ficou preso até o dia 6 de dezembro. Por estar detido, ele perdeu a disputa da Challenge Cup. E também não foi liberado para viajar à Austrália junto com seus companheiros para a disputa da Copa da Ásia. De acordo com as forças israelenses, uma viagem do zagueiro ao estrangeiro “constitui um risco de segurança para a região”.



A Fifa tenta mediar

Entre a conquista da Challenge Cup e o início dos bombardeios a Gaza, houve um famoso evento chamado Copa do Mundo, que, por acaso, aconteceu no Brasil. A PFA aproveitou a convenção da Fifa que ocorreu em São Paulo às vésperas do torneio para denunciar os abusos sofridos por esportistas palestinos.


A comissão apresentou aos membros da Fifa um dossiê de 46 páginas intitulado “Transgressões Israelenses Contra o Esporte Palestino”. Susan Shalabi resumiu as principais reclamações contra Israel:


“A ocupação israelense restringe a locomoção de jogadores e dirigentes; previne a construção e manutenção de instalações esportivas; mata, machuca e prende atletas; e interfere na organização de eventos amistosos com o resto do mundo do futebol”, explicou a dirigente.


Segundo informações publicadas recentemente pelo site Inside World Football, autoridades do futebol israelense sustentam que estão intensificando seus esforços para melhorar as condições aos jogadores e funcionários palestinos. No entanto, um dos principais argumentos das forças militares israelenses contra os palestinos é que estes "utilizam o futebol para ocultar movimentos e grupos terroristas” dentro da região.


Após as denúncias dos palestinos, a Fifa divulgou uma circular com medidas que facilitariam a mobilidade dos esportistas palestinos e deu ao presidente da Federação Cipriota de Futebol, Costakis Koutsokoumnis, a missão de supervisioná-las. Embora a entidade máxima do futebol tenha classificado as implementações como “satisfatórias”, a impressão que se tem na Palestina é diferente:


“Nada mudará enquanto os israelenses continuarem entrincheirados com o pretexto da ‘segurança’ como razão para suprimir os direitos básicos da população palestina na ocupação, inclusive no direito de jogar”, analisou Susan Shalabi. Peto seguiu a mesma linha da dirigente ao dizer que “não se viu muito resultado porque o comitê esteve bem frouxo, sem muita vontade de participar e ajudar”.


As pressões internacionais vão surtindo efeito, mesmo que lentamente. No final de dezembro, Fifa, Israel e Palestina conseguiram um acordo para que os jogadores palestinos pudessem participar pela primeira vez na Copa da Ásia. No entanto, a entidade máxima do futebol quer que as negociações entrem em um novo ritmo:


"O Comitê Executivo espera claramente que o ritmo acelere nos próximos meses", afirmou comunicado da FIFA, convidando representantes governamentais de ambas as partes para se juntar ao grupo de trabalho criado para tentar encontrar uma solução viável ao impasse da locomoção dos palestinos.


Seja como for e apesar dos problemas, a torcida palestina apoia e acredita que dias melhores virão para seu povo e para a seleção.



Torcedores palestinos acompanham seleção na Copa da Ásia
Torcedores palestinos acompanham seleção do país na Copa da Ásia. Foto: Mal Fairclough/AFP

Fonte:http://www.band.uol.com.br/m/conteudo.asp?id=100000731234&programa=Futebol%20Internacional


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