Mahmoud Abbas, presidente palestino |
A direção palestina festejou neste sábado (24) a recente
resolução 2334 adotada pelo Conselho de Segurança (CS) da ONU que exige o fim
dos assentamentos ilegais israelenses em territórios palestinos ocupados.
Na ocasião de sua mensagem de Natal, o presidente palestino,
Mahmoud Abbas, qualificou a decisão da ONU de ‘uma bofetada no rosto da
política de Israel’.
Constitui, afirmou o dirigente, uma condenação absoluta aos
ilegais assentamentos israelenses em terras palestinas, bem como um apoio
(internacional) unânime à solução de dois Estados (Palestina e Israel).
Na Faixa de Gaza, Fawzi Narhoum, porta-voz do movimento
palestino Hamas, no poder nessa região, destaca o fato de que a comunidade
internacional representada no Conselho de Segurança ‘rechaçou as políticas
agressivas israelenses de assentamentos (na Cisjordânia ocupada e Jerusalém
oriental).
Por sua vez, a Frente Popular para a Libertação da Palestina
(FPLP), ao mesmo tempo em que celebrava a votação no Conselho de Segurança,
alertou sobre a previsível reação israelense.
Tel Aviv e seus aliados farão todo o possível por impedir a
implementação da resolução, destaca a FPLP em comunicado.
Na sexta-feira (23), Saeb Erekat, secretário geral da
Organização para a Libertação da Palestina (OLP), descreveu o dia como ‘um dia
de vitória para o direito internacional, para a linguagem civilizada e a
negociação, e de rejeição total das forças extremistas de Israel’.
A comunidade internacional, explicou à imprensa, tem
expressado ao povo de Israel que o caminho para a segurança e a paz não vai ser
materializado mediante a ocupação, mas pela paz, o fim da ocupação e o
estabelecimento de um Estado palestino para conviver junto ao de Israel a
partir das fronteiras de 1967.
Também a Jihad Islâmica palestina, nas palavras de seu
porta-voz, Daud Shihab, qualificou a resolução 2334 de ‘uma clara condenação às
políticas de ocupação (de Israel) e suas agressões contra o povo palestino’.
O documento aprovado no Conselho de Segurança, apresentado
pela Nova Zelândia, Malásia, Senegal e Venezuela, exige que ‘Israel cesse
imediata e completamente os assentamentos nos territórios palestinos ocupados,
incluindo Jerusalém Oriental’.
Realça assim que as colônias israelenses, consideradas pela
ONU como ilegais, ‘põem em perigo a viabilidade da solução dos dois Estados’.
Fonte: Resistência
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