domingo, 13 de abril de 2014

Israel prende 900 crianças palestinas por ano

Soldado israelense prende criança palestina




Video produzido pela organização israelense de direitos humanos B'Tselem com depoimentos de crianças palestinas que foram presas:







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30 de Março de 2014 - 16h40

Neste domingo (30), a Palestina comemora o Dia da Terra, data que lembra a greve geral realizada em 1976, quando o governo de Israel anunciou um plano para confiscar terras. Os palestinos resistiram, mas foram reprimidos pelo exército ocupante. O Vermelho, que está na Cisjordânia e acompanha a Missão de Solidariedade ao Povo Palestino, ouviu relatos de ativistas sobre alguns dos abusos que os palestinos ainda sofrem por parte dos israelenses.

Por Théa Rodrigues, de Ramallah para o Portal Vermelho


Em 1976 o governo israelense divulgou um plano de apropriação de territórios árabes para a construção de novos assentamentos judaicos. No dia 30 de março do ano referido, o povo palestino realizou uma greve geral e várias passeatas em resposta àquilo que estava sendo justificado como "medida de segurança". Por sua vez, o exército israelense enviou tropas a três aldeias (Sakhnin, Arraba e Deir Hanna) a fim de reprimir as manifestações. A presença das forças militares transformou a greve em protesto e, pouco depois, em revolta. O confronto resultou em 6 árabes mortos, além de 96 feridos e 300 presos.

Exatos 38 anos depois, os palestinos continuam a reiterar a demanda pelo fim da divisão dos territórios palestinos e da ocupação israelense na Cisjordânia e em Jerusalém. O Portal Vermelho está em Ramallah, na Cisjordânia, onde acompanha a delegação da Terceira Missão de Solidariedade ao Povo Palestino (organizada pelo Comitê Pela Criação do Estado da Palestina e que traz representantes de diversas entidades brasileiras), e entrevistou alguns ativistas e defensores dos direitos humanos que também lutam pela causa na região.

Brasileiro relata frequentes violações das leis internacionais


Entrevistado pelo Vermelho, um jovem ativista brasileiro, que acompanha as situações de vulnerabilidade dos direitos humanos pela organização Cristian Peacemaker Team, preferiu não se identificar para evitar problemas nos check-points (postos militares de controle sionista) – isto porque Israel faz um controle minucioso daqueles que entram e saem dos territórios palestinos e, como já é sabido, dificultam o trânsito dos que oferecem qualquer tipo de ajuda à Palestina.

O brasileiro contou que sua organização registra com frequência diversas violações das leis internacionais por parte dos sionistas. “A própria ocupação, como é organizada e a maneira como está presente na fragmentação dos territórios palestinos é a mais gritante dessas violações”, afirmou. De acordo com o ativista, “há postos de controle em locais onde as pessoas precisam passar diariamente e ali sofrem todo o tipo de assédio moral. Isso é um ponto de humilhação para o povo palestino”.

Em alguns lugares, as crianças precisam passar por um posto de controle para chegar à escola. O brasileiro afirmou que elas têm suas mochilas revistadas todos os dias e muitas são impedidas de passar. Segundo o defensor dos direitos humanos, nesses lugares os confrontos também acontecem todos os dias e os jovens além de conviver com a violência acabam se envolvendo nesses episódios.

Ele lembrou ainda que há uma dura repressão dos militares israelenses a qualquer manifestação pacífica. “Pessoas são presas porque na lei militar israelense que rege esses territórios, não há direitos políticos. Proferir um discurso político pode ser considerado ilegal. Até mesmo carregar bandeiras palestinas pode ser considerado ‘ameaça’. Os israelenses utilizam a questão da ‘segurança’ como desculpa para tudo”, disse.

A lei militar para os territórios palestinos é diferente da lei israelense que protege os colonos. De acordo com o ativista, os militares podem prender crianças a partir dos 12 anos de idade. Em março do ano passado, 27 jovens foram presos de uma vez. Além disso, elas são interrogadas, muitas vezes vítimas de maus tratos e de reações desproporcionais por parte do exército israelense, o que configura uma clara violação aos direitos das crianças. “Uma criança joga uma pedra contra um posto de controle e o exército responde com bomba de gás lacrimogêneo”, relatou ele.

Os israelenses alegam que crianças podem ser utilizadas como “homens-bomba”, o que configura crime de terrorismo. De acordo com o brasileiro, houve 9 casos desses registrados durante a Segunda Intifada (revolta civil dos palestinos contra a política administrativa e a ocupação Israelense na região da Palestina a partir de setembro de 2000) e mais nenhum desde então. Por outro lado, dados mostram que 900 crianças palestinas são presas por ano pelo exército de Israel.

Um israelense contra a ocupação


Ben Ronen é israelense, vive em Tel Aviv, mas há 10 anos atravessa a fronteira para participar dos protestos chamados de “demonstração” – uma forma de resistência pacífica, que marca a presença palestina e chama a atenção para o aumento da capacidade de anexação do território – que acontecem tradicionalmente às sextas-feiras.

Ronen contou ao Vermelho que o circulo social que ele frequenta é formado por pessoas solidárias à causa palestina, contudo, no bairro onde mora, a maioria pensa de maneira bem diferente. “Tenho várias acusações contra mim, estou sendo submetido a vários julgamentos e já passei alguns dias na prisão por participar dos protestos de apoio aos palestinos”, disse o ativista israelense.

Segundo ele, seus pais já praticavam esse tipo de solidariedade e quando foi morar em Tel Aviv conheceu jovens que estavam na militância política a favor da causa palestina e foi a convite deste grupo de amigos que Ronen veio a primeira vez à Cisjordânia. “Quando cheguei, senti que tinha um compromisso aqui, então venho cumprindo sistematicamente o meu dever”, afirmou.

“É muito difícil se aproximar das pessoas com um discurso diferente do discurso do Estado, porque este controla não somente a mídia, mas também o sistema educacional. Ou seja, desde cedo as crianças são orientadas para que entrem no serviço militar e defendam Israel das provocações palestinas”, comentou.

Ronen não acredita em uma solução em curto prazo para o conflito, por isso ele optou por exercer uma política prática de militar em favor dos palestinos e de construir alianças muito pontuais, entendendo que “a luta se faz a cada dia” em uma perspectiva de longo prazo.

De acordo com o ativista, um dos principais problemas é que o governo israelense coloca os cidadãos de seu próprio país como “reféns do medo” e com todas as políticas de “segurança” fica muito mais difícil abordar uma mudança de mentalidade. Ronen também falou que as pessoas são incapazes de associar os problemas que a sociedade israelense vem enfrentando – ele citou as dificuldades econômicas como exemplo – com os gastos militares da ocupação.


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Criança palestinas presas por Israel e soldado fotografa
Criança palestina é presa indo para a escola
menino palestino é cercado e preso por soldados israelenses
Soldados israelenses prendem criança palestina
Soldados israleenses prendem e vedam olhos de menino palestino
Soldados de Israel prendem menino e mãe tenta livra-lo
soldados israelense vigiam crianças feitas prisioneiras
soldado israelense prende e torce o braço de uma menina palestina
Soldados prendem menino palestino
soldados terroristas de Israel prendem crianças palestinas
Soldado do exército terrorista de Israel prende menino palestino
soldado terrorista israelense prende menino e pai tenta livra-lo
soldados terrorista de Israel algemam menor palestino
soldados terroristas de Israel vigiam crianças palestinas presas
menino palestina chora enquanto é preso por soldados israelenses
soldado terrorista de Israel aponta arma para criança palestina
Soldados terroristas de Israel prendem e arrastam criança palestina
Manifestação pela libertação ds crianças palestinas presas por Israel


LEIA TAMBÉM:


Sobre a crueldade de Israel com as crianças palestinas


Crianças palestinas, presas e torturadas por Israel


quinta-feira, 3 de abril de 2014

Embaixador França: Brasil apoia a causa palestina

Missão Brasileira se reune com Embaixador do Brasil na Palestina




29 de Março de 2014 - 18h00

Brasil doa alimentos para 5 milhões de refugiados palestinos


A delegação brasileira da Terceira Missão de Solidariedade ao Povo Palestino foi recebida na última sexta-feira (28) por Paulo Roberto França, embaixador do Brasil para a Palestina em Ramallah, na Cisjordânia. Durante a reunião, França falou sobre as iniciativas na região e ressaltou o papel do Brasil na luta pelo reconhecimento do Estado palestino.

Théa Rodrigues, de Ramallah para o Portal Vermelho


       
Embaixador do Brasil na Palestina, Paulo Roberto França
Embaixador do Brasil para a Palestina em Ramallah, Paulo Roberto França,
recebe comitiva brasileira da Terceira Missão de Solidariedade
ao Povo Palestino.

“O Brasil tem sido muito consistente no apoio à causa palestina”, disse o diplomata ao recordar que o país votou a favor do reconhecimento de um Estado palestino observador não-membro na Assembleia Geral da ONU em 2012. França lembrou também que a presidenta Dilma Rousseff frequentemente inclui em seus discursos uma menção ao direito de autodeterminação e soberania do povo palestino. Segundo ele, este tipo de posicionamento “facilita o trabalho diplomático do ponto de vista político”.


O embaixador comentou à delegação brasileira de solidariedade e ao Portal Vermelho que um acordo de livre comércio com a Palestina está sendo submetido ao Congresso para ratificação. De acordo com ele, “a ideia é que com a eventual aprovação deste acordo, o intercâmbio com o Brasil favoreça a produção e a criação de empregos na Palestina”.

O Brasil também tem um acordo de livre comércio com Israel, contudo, o decreto legislativo diz de maneira clara que os produtos originários de assentamentos não podem ser beneficiados com a isenção de imposto. França disse que o Brasil apresentou essa posição ao governo israelense e afirmou que o tema será objeto de discussão no decorrer deste ano, na comissão do acordo.

Sobre as iniciativas da Embaixada brasileira na Palestina, o diplomata disse que foram desenvolvidos diversos programas nas áreas de educação, saúde e segurança alimentar. “No ano passado, durante a visita do ministro da saúde, Alexandre Padilha, estivemos em Hebron, onde inauguramos uma clínica, que foi financiada pelo Brasil”, contou França, que afirmou ter sido um momento de grande emoção por ser a concretização da contribuição brasileira para o desenvolvimento da Palestina. “Também na região de Hebron, construímos uma escola e, na inauguração, fui recebido por crianças palestinas com bandeiras do Brasil nas mãos”, relatou o embaixador brasileiro.

Contribuição brasileira aos refugiados palestinos

O Brasil também contribui com a Agência da ONU de Trabalhos e Assistência aos Refugiados palestinos (UNRWA, em inglês), que tem como principais funções o fornecimento de produtos alimentícios, educação e saúde. Segundo França, nos últimos dois anos, o governo brasileiro aportou entre 9 e 10 milhões de dólares em dinheiro para a UNRWA. Trata-se do primeiro país em desenvolvimento e o primeiro do grupo dos Brics (formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) que tem tão alto nível de contribuição.

Não obstante, recentemente, o Brasil enviou 8 milhões de dólares em arroz que serão distribuídos em todos os campos de refugiados palestinos administrados pela UNRWA. “O Brasil está doando arroz para 5 milhões de pessoas na Cisjordânia, em Gaza, no Líbano, na Síria e na Jordânia”, disse França ao ressaltar que essa iniciativa equivale ao consumo de um ano de todos esses refugiados. Segundo o diplomata, o primeiro lote desta contribuição brasileira deve chegar já no mês de abril à Gaza.

Cooperação com outros países

O Brasil, a África do Sul e a Índia mantêm uma parceria em três projetos de solidariedade ao povo palestino. Um deles é o financiamento da renovação de todo um setor do Hospital Crescente Vermelho, em Gaza. “São salas de cirurgia com equipamentos cardiovasculares com um nível de qualidade que não existe hoje naquela região”, afirmou França.

Obras brasileiras na Palestina

O governo do Brasil também investiu na construção de um Palácio de Esportes em Ramallah e de um centro de reabilitação em Nablus. Além disso, de acordo com as informações expostas pelo embaixador brasileiro, em uma cooperação bilateral, o Brasil participou da edificação de três pontes em Gaza, com auxilio do PNUD.

“Infelizmente, uma dessas pontes que ia ser inaugurada em novembro do ano passado, foi destruída pelas operações militares israelenses, durante o conflito”, relatou França. Apesar disto, a avaliação do diplomata em relação ao apoio brasileiro à causa palestina é bastante positiva. “Estamos contribuindo para o desenvolvimento de um Estado da Palestina”, afirmou.

Fonte: Portal Vermelho

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Leia também:



ARTIGOS DA 3ª MISSÂO DE SOLIDARIEDADE - MARÇO/ 2014






ARTIGOS DA 2ª MISSÂO DE SOLIDARIEDADE - ABRIL/ 2014










ARTIGOS DA 1ª MISSÃO DE SOLIDARIEDADE - JUNHO / 2012


Brasileiros participam de marcha contra a ocupação


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