sexta-feira, 10 de maio de 2013

Stephen Hawking recusa ir a Israel, em defesa da Palestina

Físico recusa convite para conferência patrocinada pelo Presidente Shimon Peres, apoiando boicote lançado por grupo acadêmico britânico.


Stephen Hawking recusa ir a Israel, em defesa da Palestina
Não é de agora o interesse de Hawking pelo destino
da Palestina Paul McErlane/REUTERS

Clara Barata 09/05/2013

O físico britânico Stephen Hawking vai boicotar uma conferência patrocinada pelo Presidente israelita, Shimon Peres, e faz questão de que se saiba que é por causa da Palestina. Em Israel, é a indignação; do lado dos activistas palestinianos, o júbilo: Hawking é o mais importante cientista a dar o seu apoio à iniciativa de um grupo de académicos britânicos que apela ao boicote de Israel.

A Universidade de Cambridge, no Reino Unido, onde Hawking é director de investigação do Departamento de Matemática Aplicada e Física Teórica, anunciou inicialmente que era por motivos de saúde que o cientista que associou o seu nome à radiação que provou ser emitida pelos buracos negros (antes pensava-se que nada escapava a estes gigantes que tudo devoram em seu redor) não iria à 5.ª conferência Enfrentar o Futuro 2013, de 18 a 20 de Junho, que este ano assinala também o 90.º aniversário de Shimon Peres.

Hawking, com 71 anos, tem uma debilitante doença (uma forma de esclerose lateral amiotrófica, que o imobiliza e o impede de falar sem ser graças a um programa informático ligado à sua cadeira de rodas). Mas a informação de que estava com problemas de saúde que o impediriam de fazer a viagem até Israel foi corrigida num segundo momento pelos serviços de imprensa: a decisão de Hawking “baseou-se em conselhos de académicos palestinianos de que deveria respeitar o boicote”.

O boicote em causa foi decretado pelo Comité Britânico pelas Universidades da Palestina (Bricup, na sigla em inglês), que divulga o apelo ao boicote de universidades e instituições culturais israelitas, lançado em 2004 em Ramallah por várias organizações palestinianas. Uma declaração publicada no site desta organização com a autorização do cientista explica que Hawking “decidiu de forma independente respeitar o boicote, baseando-se no seu conhecimento da Palestina, e no aconselhamento unânime dos seus contactos naquele território.”

Não é a primeira vez que Stephen Hawking toma uma posição a favor da Palestina, que visitou em 2006, no âmbito de uma viagem a Israel e a Ramallah, numa viagem organizada pela embaixada britânica em Israel. Em 2009, pronunciou-se contra a operação Chumbo Fundido, o ataque de três semanas de Israel contra Gaza, recorda o jornal britânico The Guardian. No canal de televisão Al Jazira afirmou que a resposta israelita aos tiros de rocket a partir de Gaza “era claramente desproporcionada”. “A situação é como a da África do Sul antes de 1990 e não pode continuar”, concluiu.

Da parte de Israel, este boicote de Hawking a uma conferência onde estarão nomes como o ex-presidente norte-americano Bill Clinton ou a cantora Barbra Streisand é incompreensível. “Esta decisão é injustificável e é errada”, disse Israel Maimon, o presidente da conferência.

Nas últimas quatro semanas, desde que foi anunciado o programa da conferência, com a presença de Hawking, o cientista tem sido bombardeado com mensagens de académicos britânicos e de outros países para que a boicotasse, diz o Guardian.

A campanha de boicote da Bricup está em pleno. Em Abril, o Sindicato Irlandês de Professores tornou-se a primeira associação de professores europeia a apelar ao boicote de Israel, e nos EUA a Associação de Estudos Asiático-Americanos decidiu em votação apoiar este boicote, tornando-se o primeiro grupo académico norte-americano a fazê-lo.

Se vários artistas britânicos já anunciaram a sua decisão de boicotar Israel – como Annie Lennox, Elvis Costello, Roger Waters, Mile Leigh ou Brian Eno, Stephen Hawking é o primeiro cientista de renome mundial a tomar esta posição. E a reacção no Facebook, por exemplo, foi feroz, com acusações de anti-semitismo e comentários a concentrarem-se nas suas limitações físicas – e no facto de a tecnologia da sua cadeira de rodas especial ter sido desenvolvida por uma subsidiária israelita da empresa norte-americana Intel.

Fonte: Publico




O físico Stephen Hawking boicota Israel - Charge de Latuff


terça-feira, 7 de maio de 2013

EUA e Israel: parceiros imperiais em mais um crime

Laços antigos permanecem. São dois países parceiros no império. A política oficial, nos dois casos, é a agressão. Planejam a ‘mudança de regime’, o golpe, na Síria. Dia a dia os eventos se encaminham para a intervenção armada total.



Obama e Netanhayu são parceiros estratégicos no império
Parceiros no império
O mais recente incidente, de ontem, foi manchete do New York Times: “Israel ataca a Síria. EUA analisam alternativas”. O texto dizia que “Funcionário não identificado do governo dos EUA disse que Israel atacou um alvo na Síria, na 5ª-feira à noite. (Washington) analisa (suas) opções militares, inclusive o ataque.”

Para a agência Reuters, “o ataque aconteceu na 6ª-feira, depois de o gabinete de segurança do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu aprovar, em reunião secreta na 5ª-feira à noite”.

Essas reuniões quase sempre sinalizam ação iminente. São feitas para formalizar a aprovação a mais um ataque.

A correspondente da rede CNN no Pentágono, Barbara Starr, disse que “EUA creem que Israel executou ataque aéreo à Síria, disseram à CNN dois funcionários do governo Obama. EUA e agências ocidentais de inteligência estão examinando dados secretos que mostram que é provável que Israel tenha atacado a Síria na noite de 5ª para 6ª-feira, segundo os mesmos funcionários. Há dados que já indicam que, no mesmo período de tempo, Israel movimentou várias aeronaves sobre o Líbano.”

Fonte não identificada do exército israelense disse que “faremos o que for necessário para deter a transferência de armas, da Síria para organizações terroristas. Já o fizemos no passado e faremos o que for necessário no futuro.”

Nada mais fácil que inventar pretextos. Washington e Israel sempre inventam pretextos para justificar crimes de guerra e crimes contra a humanidade.

Segundo o NYT, “o alvo não foi uma fábrica de armas químicas sírias.” O mesmo funcionário não identificado do governo Obama informou que um prédio foi atingido.

O jornal libanês Daily Star disse que “oito jatos israelenses violaram o espaço aéreo libanês no período de 14 horas, voando sobre grandes áreas do país, como anunciaram oficiais do exército.”

Todos os dias há jatos de Israel sobrevoando território alheio. Dessa vez foi diferente: os voos sobre o Líbano aconteceram “em grande altitude”. Começaram às 19h, hora local.

Dois jatos israelenses invadiram território libanês, à oeste de Sidon. Fizeram “manobras aéreas”. Partiram depois de quatro horas.

“Dez minutos” antes de partirem, “outros dois jatos de combate invadiram o espaço aéreo do Líbano, a oeste de Jounieh.” Fizeram manobras aéreas e retornaram a Israel depois da meia-noite.

“35 minutos depois da meia-noite, outra sortida de dois jatos que também invadiram espaço aéreo do Líbano”, perto de Beirute. Também executaram manobras aéreas. Partiram antes das 3h15 da madrugada.”

Às 6h da manhã, mais dois jatos israelenses sobrevoaram “todas as regiões do Líbano”. Partiram às 8h50.

Qualquer voo em espaço aéreo de nação estrangeira sem autorização viola a lei internacional. Israel faz exatamente isso, regularmente. O território libanês é violado praticamente todos os dias. São frequentes os sobrevoos de várias aeronaves. Em geral, são voos de reconhecimento. Outras vezes, atacam alvos em terra. Ou é guerra.

Matéria da agência Reuters diz, em manchete: “Israel confirma ataque à Síria e alega ter atingido mísseis do Hezbollah.”

No sábado, um militar israelense não identificado admitiu o ataque. A ideia de que visassem a atingir mísseis do Hezbollah é absolutamente sem sentido. (Adiante, mais sobre isso.)

A página DEBKAfile (DF), ligada ao Mossad israelense, publicou em manchete que “Força Aérea de Israel bombardeia fábrica de armas químicas sírias e outros alvos no Líbano, Golan”. O texto diz que os bombardeios foram feitos “do espaço aéreo libanês e do Golan, iniciados na 6ª-feira e continuados até a madrugada do sábado”. Segundo fontes dos EUA, “16 aeronaves da Força Aérea de Israel participaram da ação.”

“Algumas fontes dizem que o alvo dos ataques teria sido um comboio que transportava armas químicas para o Hezbollah”. Podem dizer o que queiram: nenhuma fonte israelense ou norte-americana tem qualquer credibilidade.

O mesmo DEBKAfile dizia que Washington forneceu a Israel “um vídeo demonstração” de sua bomba de penetração “aprimorada” (Massive Ordnance Penetrator - MOB).

Na 6ª-feira, o Wall Street Journal noticiou. Dizia que o Pentágono o fez “para combater o Irã”. A questão é atacar “suas [do Irã] instalações nucleares mais fortificadas e protegidas”. Fordow é muito bem defendida; todas as instalações são subterrâneas.

“Os militares dos EUA têm dito que o desenvolvimento dessa arma é fator crítico para convencer Israel de que os EUA podem impedir o Irã de construir bombas atômicas, caso a diplomacia falhe e que, assim, Israel não precisa atacar o Irã por iniciativa própria.”

Dia 3/5, Michel Chossdovsky escreveu que “a bomba de penetração MOP é apelidada “a mãe de todas as bombas”. O uso desse armamento inevitavelmente indicará guerra total contra o Irã, em cenário de escalada militar.”

Em outubro de 2009, “o Pentágono confirmou [sua intenção] de usar a ‘Mãe de Todas as Bombas’ [orig. ‘Mother of All Bombs' (MOAD)] contra o Irã. É fórmula para produzir baixas em massa. Uma versão ‘aprimorada’ só fará matar ainda mais.

Essas bombas de penetração, MOABs, “são as verdadeiras armas de destruição em massa, no verdadeiro sentido da expressão. O objetivo desse tipo de arma é provocar destruição em massa de civis, com o objetivo de implantar o medo e o desespero entre as populações civis.”

É possível que Washington planeje usá-las contra a Síria, com o mesmo objetivo. Os EUA trabalham para destruir nações-alvo, com premeditação. Tem sido assim desde o final da 2ª Guerra Mundial.

Hoje, as armas são muito mais poderosas do que antes. Têm potencial de destruição para matar todos os seres vivos sobre a Terra. E pode acontecer planejadamente, ou por acidente.

Ainda não há detalhes sobre os recentes ataques israelenses. E não é a primeira ação ilegal do Exército de Israel. Com certeza, não será a última.



Israel ataca a Síria em mais um crim
Israel ataca a Síria em mais um crime contra a soberania do pais
e o Dirieto Internacional

Em novembro passado, tanques israelenses atravessaram seis vezes a fronteira do Líbano, numa semana. Foram repelidos com mísseis antitanque e outras armas. Em fevereiro, jatos israelenses atacaram vários alvos sírios. Em todos os casos, alegaram ataques a comboios de armas e munições que viajariam da Síria para o Líbano.

A pergunta que ninguém faz é por que Assad enviaria munição e armas, de que precisa vitalmente, para o Líbano. Por quê?

Não faz sentido algum. Assad precisa de todas as suas armas. Se houvesse alguma verdade no que Israel diz, até Israel teria interesse em exibir provas. Não houve prova alguma.

Naquela época, DEBKAfile disse que Obama “deu luz verde a Israel”, para o ataque. O que comprovaria que Israel também opera nas guerras de Washington.

Israel e também a OTAN. Agressão direta, sem qualquer consideração à lei internacional é, há muito tempo, a política da aliança atlântica. Assim operam Israel e os EUA. Só as prioridades do império contam. Descartam a lei e todos os princípios  legais.

Guerra é meio de vida para esses países: os dois priorizam a guerra. São estados em guerra, estados de guerra e estados para a guerra. A Síria tem sido sistematicamente agredida. Pode já estar completamente destruída, antes do fim do conflito.

Os recentes ataques israelenses fazem subir as apostas em jogo. Vê-se claramente: de um lado, Israel exercita os ‘músculos’ militares. De outro, desafia a Síria a retaliar.

Se a Síria retaliar, disparará o gatilho da guerra total de intervenção, pelas forças de EUA-OTAN. É possível que Israel participe. Tudo pode acontecer, a qualquer momento.

Um porta-voz da embaixada de Israel em Washington, consultado, recusou-se a comentar o incidente da 6ª-feira.

Disse apenas que “Israel está decidida a impedir a transferência de armas químicas ou de qualquer tipo de armamento decisivo, da Síria para terroristas, especialmente para o Hezbollah no Líbano.”

Nada disso significa coisa alguma. É propaganda. Não há prova alguma de que a Síria possua, use ou esteja transferindo qualquer arma química.

Fabricam-se mentiras para aumentar a tensão. Tudo para empurrar a situação na direção de guerra total. Vê-se aí, bem clara, a imagem de uma Líbia 2.0. Pode começar a qualquer momento.

ATUALIZAÇÃO:

Na madrugada desse domingo, Israel bombardeou a Síria pela segundo dia consecutivo. Grandes explosões foram sentidas em Damasco, e seguiram-se grandes incêndios.

Washington e Israel são corresponsáveis por mais esse crime. À primeira vista, os ataques sugerem o início da intervenção em grande escala, na Síria. Ainda não se pode saber com certeza. Continuaremos acompanhando os eventos.


Tradução do coletivo Vila Vudu

Original em: http://mwcnews.net/focus/politics/26704-america-and-israel.html



sexta-feira, 3 de maio de 2013

Google reconhece Palestina como Estado independente

Mudança discreta na página do buscador troca termo “Território Palestino” para “Palestina”.



Google reconhece Palestina como Estado independente
Nesta quinta-feira (2), o Google reconheceu a Palestina como Estado independente. O buscador que antes se referia ao local como “Território Palestino”, passou a mencioná-lo apenas como “Palestina” em sua página.

A mudança pôde ser notada na ferramenta de buscas da companhia, abaixo da logomarca padrão. A alteração ocorre sete meses após a ONU aprovar o reconhecimento da Palestina como um país observador.

A região vive em constante conflito com Israel, o qual foi contrário à decisão da Organização das Nações Unidas no último ano. Os EUA, país em que o Google foi fundado, também foi contra a entrada da Palestina na ONU.



Página da Palestina no Google: http://www.google.ps/


segunda-feira, 29 de abril de 2013

Grupo brasileiro encerra agenda para divulgar realidade palestina

Em sua última atividade política na Cisjordânia, a 2ª Missão de Solidariedade ao Povo Palestino encontrou-se nesta quarta-feira (24) com o governador de Jerusalém (reivindicada como a capital da Palestina, mas ocupada por Israel), Adnan Al-Huseini, que falou do apoio do Brasil à causa palestina, das negociações com Israel e do peso da cidade no conflito.



Missão brasileira de solidarieade ao povo palestino em jerusalém
Cidade antiga de Jerusalém
Ao saudar a delegação brasileira, composta por representantes de diferentes entidades, o governador reconheceu o papel do Brasil como um importante parceiro na defesa da causa palestina, “que sabe e apoia nossa justa causa”, completou. 

“Devemos fazer todo o tipo de pressão para dizer que a paz é necessária, e este é o nosso trabalho atual”, disse Al-Huseini, que reconheceu a importância do trabalho da delegação brasileira na divulgação da realidade palestina.

Para o governador, a posição política dos EUA ao defender a negociação é apenas um meio para dar tempo a Israel, que continua ocupando terras palestinas, “em uma nova colonização”.

Assim como a Cisjordânia, Jerusalém também está sob a ocupação militar israelense, e até mesmo a parte palestina é cercada por 26 colônias judias, dentro das fronteiras palestinas (ou seja, já na Cisjordânia). Além disso, há também cerca de 160 colônias judias ao redor da cidade.

As forças do exército invasor podem ser vistas em várias áreas da cidade, inclusive em pontos de peregrinação religiosa. O cerco é tamanho que os judeus e muçulmanos são proibidos de visitar os pontos religiosos da outra religião.

Para entrar na mesquita que representa a cidade, por exemplo, Al-Aqsa (que fica na chamada “esplanada das mesquitas”, onde está também o “muro das lamentações” judeu, parte restante do templo destruído há séculos), os muçulmanos e turistas têm de passar por uma ponte controlada militarmente pelas forças israelenses.

Enquanto os sionistas constroem suas colônias de forma incessante, há muitos tipos de restrições para os palestinos construírem suas residências, e quando o fazem sem a autorização da administração civil israelense, elas são derrubadas.

Para o governador, a política de Israel é forçar a emigração dos palestinos. Em tal quadro, "é muito difícil estabelecer uma política de planejamento para a cidade sitiada”. O plano de Israel é fazer com que apenas 15 ou 20 % da população de 300 mil habitantes continue na cidade, segundo Al-Huseini, para assim ampliar a ocupação.

O governador lembrou que da atual população palestina de 11 milhões de pessoas, seis milhões estão residindo em outros países, como refugiados ou emigrados.

A cidade de Jerusalém é considerada por diversos atores políticos, tanto palestinos e israelenses quanto mediadores internacionais, como um ponto crucial no conflito.

Além de ser reivindicada como a capital oficial por palestinos e israelenses (e destinada a uma partilha entre ambos, de acordo com o consenso internacional para as negociações), a cidade é usada para classificar o conflito, de forma manipuladora e equivocada, como um conflito religioso.

Da redação do Vermelho, Moara Crivelente,
com informações de Galindo Luma, integrante da 2ª Missão de Solidariedade ao Povo Palestino, de Jerusalém.


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Entidades da esquerda palestina: Libertação vencerá a ocupação



Missão brasileira de solidariedade ao povo palestino


A 2ª Missão de Solidariedade ao Povo Palestino reuniu-se nesta terça-feira (23) em Ramallah (Cisjordânia) com entidades do movimento popular. A primeira reunião do dia aconteceu com Wasel Abur Yousef, coordenador do grupo que articula os 13 partidos que integram a Organização para a Libertação da Palestina, e com Sultan Abu Al-Iniem, também da OLP, refugiado no Líbano por cerca de 30 anos e que voltou ao país em 2009.


Al-Iniem fez um agradecimento especial à esquerda brasileira e disse esperar ter o Brasil sempre apoiando a luta por um estado livre, independente e soberano.

A missão encontrou-se também com entidades do movimento popular palestino, com a presença da União Geral dos Trabalhadores Palestinos (GUPW), a maior central sindical do país, a União de Mulheres da Palestina, sindicatos dos professores, economistas, engenheiros e advogados.

Mohmoud Esmaele, membro executivo da OLP, responsável na instituição por dirigir o departamento dos trabalhadores e organizações populares, abriu a reunião fazendo uma dura crítica à globalização financeira e ao imperialismo, dizendo que os trabalhadores só encontrarão a liberdade quando derrotarem as forças que sustentam a ganância e a exploração.

Reafirmou que a ocupação colonialista promovida pelo sionismo, que desrespeita sistematicamente os tratados e as leis internacionais, é um entrave muito grande ao desenvolvimento da Palestina. E concluiu: " estamos cientes de que o imperialismo não dominará o mundo; eles querem nos dominar; querem que todos sejamos os serviçais; o imperialismo vai acabar um dia; esse é o desejo dos povos".

O coordenador da delegação, Lejeune Mirhan, disse esperar voltar ao país em outras oportunidades e encontrar a Palestina livre, ressaltando a representatividade da delegação atual, integrada por representantes dos maiores partidos da esquerda brasileira e pelas maiores centrais sindicais do país.

Falou também que "além do objetivo central de prestar solidariedade ao povo palestino, a delegação tem como tarefa a divulgação no Brasil, de todas as formas possíveis, de tudo que foi visto nas visitas e reuniões que aqui fizemos".

A secretária Geral da União de Mulheres, parte da estrutura da OLP, Nana Alkha Lili, disse que a entidade tem presença em todo o país e em outras nações, que promove atividades diárias de fortalecimento da luta emancipadora; que mantém intercâmbio com várias entidades mundo afora e que tem levantado a luta pela quota de 30% das mulheres na ocupação de cargos nas entidades e partidos.

Nana disse também que "as mulheres têm de assegurar o direito de participar das decisões políticas".

Mohammad Yahya, representando a CUPW informou que a central tem na base 156 mil trabalhadores, organizando os trabalhadores em comitês contra a ocupação. De acordo com Yahya, o desemprego é muito grande em decorrência da ocupação, e "os trabalhadores do mundo têm uma única causa, a luta pela superação da exploração". Ao final, foi sugerida e aprovada a proposta de a delegação e os palestinos indicarem três pessoas cada para o início de intercâmbios entre os movimentos sociais dos dois países.

Solidariedade brasileira


Al-Iniem agradeceu ao Brasil por ter sediado o Fórum Social Mundial Palestina Livre, em 2012, e denunciou os problemas provocados pela ocupação. Sultan, que foi o comandante da resistência armada no Líbano e é atualmente membro do Comitê Executivo da OLP, disse que o atual momento clama pela defesa da democracia e por igualdade, o que só será plenamente possível com a saída do exército invasor.


A missão brasileira visitou a cidade de Beytunia, que fica a três quilômetros da capital e tem cerca de 30 mil habitantes. É uma cidade histórica localizada no centro do país e, como as demais, é vítima da cruel ocupação estrangeira: as colônias judias estão ao redor do município.

As forças do exército mantém nas proximidades uma prisão com aproximadamente 1.000 presos, julgados e condenados por um tribunal militar israelense e vítimas permanentes de torturas físicas e psicológicas.

A delegação brasileira pelo prefeito Ribhi Dola, ex-preso político, por 13 vereadores e membros da administração. No auditório do prédio municipal, com a presença do embaixador do Brasil, Paulo Roberto França, o gestor registrou o prazer de receber os brasileiros, falou das dificuldades resultantes da ocupação, e seus secretários apresentaram os projetos de desenvolvimento da cidade.

O embaixador agradeceu a presença da delegação do comitê e sugeriu que iniciativas desse tipo tenham prosseguimento, ressaltando que o Brasil é parceiro na luta pela constituição do estado palestino.

Uma pequena carreata com bandeiras do Brasil se dirigiu a um parque, onde houve um almoço de confraternização. Na abertura, com um público de mais de 100 pessoas, um líder religioso muçulmano fez uma introdução com versículos do corão, seguido de apresentação dos hinos nacionais do Brasil e da Palestina.

O prefeito voltou a falar do prazer em receber os brasileiros e em tom emocionado se dirigiu aos presentes: "espero que vocês levem para o Brasil a mensagem de que um dia seremos livres e independentes". O coordenador do comitê brasileiro Lejeune Mirhan disse esperar que em tempo o mais breve possível o povo palestino seja livre, soberano, independente, democrático e laico.

Às 19h ocorreu o encontro com o presidente do Partido da Frente Árabe-Palestina na sede da União de Mulheres Palestinas. Jamil Shadah disse sentir-se honrado com a visita da delegação brasileira, e que essa iniciativa é uma colaboração valiosa na luta contra a ocupação.

O dirigente partidário afirmou que a Palestina vive “um dos momentos mais duros da ocupação, com a violência praticada diariamente contra a população local pelas forças e ocupação”, e que o partido tem concentrado esforços para atrair o Hamas (no governo da Faixa de Gaza) para compor a frente, "uma tarefa muito difícil, mas não impossível", afirmou.

Às 21h, a Organização pela Libertação da Palestina (OLP) organizou um jantar de confraternização com os brasileiros integrantes da missão. Mohmoud Esmaele, secretário executivo da OLP, assim com várias lideranças da frente política, conclamou solidariedade entre povos e governos pela democracia e contra qualquer forma de opressão.

Disse que “muitos passos ainda serão dados no caminho da conquista dos objetivos estratégicos, mas que a liberdade do povo palestino virá mais cedo do que se imagina”.

Da redação do Vermelho,
com informações de Galindo Luma, da 2ª Missão de Solidariedade ao Povo Palestino, de Jerusalém


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terça-feira, 23 de abril de 2013

Missão brasileira avalia ocupação israelense da Cisjordânia

Em percurso pela Cisjordânia nesta segunda-feira (22), a 2ª Missão de Solidariedade ao Povo Palestino de entidades brasileiras da esquerda visitou o campo de refugiados de Aida, administrado pela agência da ONU para refugiados palestinos, encontrou-se com o governador da província de Hebron, um microcosmo da ocupação israelense, e foi recebida pelo embaixador do Brasil para a Palestina em Ramallah, Paulo Roberto França. 


Por Moara Crivelente, de Ramallah para o Portal Vermelho


Missão brasileira visitou o campo de refugiados de Aida - Palestina
A 2ª Missão de Solidariedade ao Povo Palestino visitou o campo de refugiados de Aida. Na foto,
menção à Resolução 194 da ONU, que reconhece o direito palestino ao retorno à seus lares e
propriedades, e desenhos de palestinos detidos em prisões israelenses. Foto: Moara Crivelente
A missão teve a oportunidade de conhecer o campo de refugiados de Aida, onde a Agência da ONU de Trabalhos e Assistência aos Refugiados palestinos (UNRWA, em inglês) administra, através de Ibrahim Issa Abu-Srour, a vida dos palestinos que tiveram de deslocar-se quando Israel foi estabelecido como Estado, em 1948. São os chamados “refugiados de 48”, provenientes das diversas vilas ocupadas ou destruídas pelo sionismo.

A UNRWA é quase tão antiga quanto a própria ONU, e lida especificamente com o caso palestino, seja na Cisjordânia, Faixa de Gaza, ou nos países vizinhos que recebem refugiados, como Líbano, Síria e Jordânia.

Abu-Srour falou do funcionamento administrativo do campo de refugiados, onde hoje vivem cerca de 5.000 pessoas em edifícios sólidos, e em que há 6.000 palestinos no total. Aida, que é um dos campos de refugiados mais antigos, oficializado pela UNRWA em 1953, fica a sete quilômetros de Jerusalém, separado da região pelo muro segregador construído pelo governo de Israel entre 2001 e 2003, e é vizinho de um dos maiores assentamentos judeus.

O campo sofre das mais básicas privações, desde a constante falta de água e eletricidade até o desemprego, que chega a 25% da população. Ainda assim, Abu-Srour fala das atividades culturais, das duas escolas, dos cursos profissionalizantes e outras práticas realizadas e organizadas pela pelos próprios habitantes.


We will return, sanaud, voltaremos - Palestina - Palestine
O símbolo da luta dos refugiados é a chave das casas que tiveram que deixar e o mapa da Palestina, com os nomes das vilas de onde são os refugiados que vivem em Aida. “Nós voltaremos”, dizem, referindo-se às vilas e terras de onde foram expulsos, em grupos que chegam a 1 milhão de pessoas, entre 1948 e 1953, de acordo com Abu-Srour.

As principais funções da UNRWA no campo são o fornecimento de produtos alimentícios, educação e saúde. Segundo o responsável, há cerca de 1.500 estudantes na escola, da 1ª à 9ª série. Para completar os estudos, conta Abu-Srour, os jovens têm de deixar a região.

Hebron ocupada


A província de Hebron é um detalhe separado nas negociações entre Israel e Palestina. De acordo com o Protocolo de Hebron, assinado no fim da década de 1990, a cidade ficou dividida em H1, em que vivem palestinos, sob a administração palestina, e H2, sob a administração e o controle militar israelense, em que vivem cerca de 400 colonos judeus, protegidos por 2.000 soldados do exército israelense.

Há postos de controle militar dentro da cidade, entre os bairros. São 18 deles no interior, e 102 em toda a província de Hebron, para o acesso à cidade, que obrigam os palestinos a serem revistados frequentemente. Ainda assim, há ruas que eles não podem acessar de carro, e outras em que não podem sequer caminhar.

Kamil Hmeid, governador da província (a maior da Palestina, com cerca de 700.000 habitantes), em encontro com a missão brasileira, falou da importância da visita aos territórios, já que esta realidade não é conhecida. “Há animais nas fazendas que são melhor tratados que os palestinos”, disse.

O governador falou do trabalho do seu governo, que consiste em “tentar fazer com que a vida dos palestinos seja menos difícil, proteger as crianças que vão para a escola, consertar coisas que os colonos destroem. Isso faz com que não haja progresso; para onde vamos, sob ocupação?”

A violência dos colonos judeus contra os palestinos foi ressaltada, para além dos postos de controle militar. Vários exemplos do confronto entre os habitantes palestinos e os moradores dos sete bairros ocupados pelos colonos foram citados, ainda que o controle militar seja imposto aos primeiros.

Apesar disso, o governador e membros do Comitê de Revitalização de Hebron mostraram à delegação brasileira o trabalho que fazem na cidade, reformando e revitalizando casas, praças e mercados, incentivando os palestinos que deixaram a região pela insegurança a voltar, reabrir suas lojas e viver em Hebron. De acordo com o governo, o número de habitantes na cidade chegou a reduzir-se a algumas centenas, mas volta a aumentar consideravelmente com essas medidas.

Embaixada brasileira


Em encontro com Paulo Roberto França, o embaixador brasileiro em Ramallah desde novembro de 2012, a missão de solidariedade falou das atividades que vem realizando durante a viagem à Cisjordânia, dos pedidos que ouviu das entidades palestinas com que se encontrou e das propostas para um apoio ainda mais efetivo ao povo palestino.

O embaixador falou das atividades realizadas pela iniciativa brasileira na Palestina, para além do apoio político enfático dado ao reconhecimento de um Estado palestino observador não-membro na Assembleia Geral da ONU em 2012.

Assim como as entidades palestinas com quem a missão encontrou-se, o embaixador ressaltou o papel do Brasil na diplomacia e nas conversações com diversos parceiros internacionais para que a votação pelo reconhecimento da Palestina fosse massiva, como ocorreu: mais de 130 países votaram a favor, na ONU.

Além disso, França falou do mais recente caso de detenção de um garoto palestino e brasileiro, cuja mãe é brasileira. Majd Hamad, de 15 anos, era procurado pelas forças israelenses por ser suspeito de atirar pedras contra um soldado judeu, durante uma manifestação contra a violência de colonos contra um agricultor palestino.


Embaixador brasileiro em Ramallah Paulo Roberto França
O garoto apresentou-se ao centro de delegacia israelense para prestar declarações, e foi acompanhado da mãe e do diplomata brasileiro João Marcelo Soares, mas acabou ficando detido para interrogatório sem a presença de advogados, da mãe ou do representante brasileiro, e corria o risco de ser enviado à prisão militar Ofer.

Entretanto, devido à interferência da embaixada brasileira, Hamad seria liberado ainda nesta segunda-feira (22), de acordo com o embaixador.

Neste sentido, o fortalecimento das relações entre o Brasil e a Palestina foi ressaltado na reunião com os representantes das entidades brasileiras que integram a missão de solidariedade.

 Por isso, o grupo comprometeu-se com a expansão dos comitês de solidariedade, para a construção de propostas concretas, desde iniciativas fundamentais como o maior apoio aos brasileiros palestinos que vivem na Cisjordânia até itens mais estruturais da agenda política internacional, que fundamentem a libertação da Palestina com a oficialização do seu Estado independente e soberano.

Leia tudo sobre a 2ª Missão de Solidariedade:









Leia, também, sobre a 1ª Missão de Solidariedade realizada em junho de 2012:







segunda-feira, 22 de abril de 2013

O Dia da Criança Palestina…

Por Rasem Shaban Mutlaq*

Israel tenta negar a existência da Palestina, afirmando que um povo sem terra chegou a uma terra sem povo, e tentando ignorar a existência do povo Palestino que vive ali há 10 mil anos. Israel pratica contra o povo palestino as mais brutais formas de discriminação racial e assassinatos sistemáticos, e não cumpre o direito internacional, as centenas de resoluções da ONU, as leis humanitárias, incluindo os direitos mais básicos das crianças. Israel, desde a sua criação em 1948, dá continuidade ao plano estratégico de limpeza étnica da Palestina, procurando eliminar o povo palestino e joga-lo fora de sua terra e de seu país.

A Unicef instituiu o dia 05 de abril de cada ano como o Dia da Criança Palestina. O objetivo é o de promover os direitos básicos das crianças de desfrutar da inocência de sua infância e do seu direito a vida. Nossas crianças são vitimas da violência israelense e nesta data renovam sua busca de viver com dignidade como todas as crianças do mundo.

Israel plantou horror e terror nos corações dos nossos filhos, eles crescem com ódio, como resultado das práticas da ocupação e opressão israelenses.Ao invés de mostrar boa intenção, trabalhar lado a lado com os palestinos, tentar conviver de forma pacífica,  Israel continua usurpando e ocupando com violência e crueldade as nossas terras.

Lembro-me de uma história que aconteceu com uma mulher palestina minha amiga, em 2002, quando Israel invadiu as cidades palestinas, causando destruição e assassinatos em massa. Ela estava ensinando seu filho, que tinha 4 anos, cálculos matemáticos de adição e subtração, ela pediu-lhe para identificar o tipo de operação, no montante de 2 +2, ele respondeu espontaneamente: Mãe, você quer dizer, uma operação Militar!


Batla, 4 anos, criança palestina vítima da ocupação israelense
Batla, 4 anos, o direito de desfrutar
da inocência de sua infância
Minha neta Batla, de 4 anos, levando a nacionalidade brasileira, que ganhou de sua mãe, que é a minha filha, estava em Ramallah, em 29 de novembro de 2012, Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestino, acompanhada de seus pais. Eles passaram por um policial palestino que ofereceu a Batla um pedaço de chocolate, ela perguntou ao pai: quem é este homem, Ele respondeu: Este é um policial que trabalha para nos proteger, ele é uma boa pessoa.

No caminho de volta para a casa, é obrigatória a passagem por um posto de controle israelense ilegal “Qalandia”, que separa os bairros palestinos de Jerusalém um dos outros. No posto de controle acontecia um evento pacífico para o fim da ocupação israelense dos territórios palestinos. Soldados israelenses dispararam bombas de gás lacrimogêneo em cidadãos desarmados, as bombas causaram azia e dor nos olhos, que por vezes pode levar à morte.

A fumaça do gás lacrimogêneo entrou no carro, apesar do fechamento de todas as janelas. Batla, a criança, não conseguiu resistir ao gás, seus olhos ficaram vermelhos e suas lágrimas foram escorrendo, sua respiração quase parou. Ela estava chorando e chorando, por causa da dor, seus gritos eram cada vez maiores, enquanto ela estava vendo os soldados atirando gás lacrimogêneo sobre os cidadãos e os carros que ali passavam. Ela perguntou a seu pai: por que você mentiu para mim, você disse que o policial é um bom homem. Seu pai estava abraçando-a, tentando aliviar sua dor, pensando consigo mesmo o que ele poderia responder a esta criança e como explicar as diferentes situações aqui e ali. Batla poderia entender o que  seu pai tem a dizer? Abdallah, pai de Batla, não teve como explicar o que aconteceu com sua filha, mas esta experiência dolorosa que ocorreu com Batla, o tempo não apagará de sua memória. Certamente, ela não esquecerá a cena de um soldado israelense apontando sua espingarda em direção a sua infância inocente!

Lembro-me também de uma caricatura de Carlos Latuff que retrata um diálogo entre uma criança palestina e uma criança israelense. A criança israelense conta que seu pai lhe disse que os árabes são maus, terrorista e animais. A criança palestina respondeu que seu pai não lhe disse nada, porque o pai da criança israelense o assassinou.


Charge de Carlos Latuff - crianças judia e palestina



O relatório preparado em 3 de abril 2013, pelo Movimento Global de Defesa da Criança na Palestina, destacou que a ocupação israelense continua  suas violações crescentes contra as crianças palestinas. Israel matou 42 crianças em 2012, incluindo 33 mortos durante o ataque das forças de ocupação contra a Faixa de Gaza.

O relatório aponta um aumento no número de crianças detidas, eram 223 crianças no mês de janeiro de 2013. Em fevereiro o numero se elevou para 236. As crianças são submetidas a várias formas de maus-tratos e tortura durante a detenção e interrogatório. 

Israel está trabalhando para tornar impossível a solução de dois Estados com a construção de novos assentamentos judaicos em terras palestinas e a expansão dos existentes, com a construção do Muro do Aparthied, com os bombardeios contra a população civil, com as execuções e assassinatos seletivos e  uma série de outras ações que violam abertamente o Direito Internacional, as Resoluções da ONU, a Declaração Universal dos Diretos Humanos e a Convenção de Genebra. Uma barbárie monumental se abate diariamente contra nosso povo e suas crianças!

A ocupação israelense é o principal obstáculo para a paz. A comunidade internacional deve cobrar e responsabilizar duramente Israel  por  suas ações e condutas como força de ocupação e tomar medidas urgentes para o fim dessa nefasta e criminosa ocupação. Israel deve cumprir as leis e tratados internacionais!

O povo palestino não pode permanecer refém nas mãos da ocupação israelense, é tempo de justiça e de paz. Em 29 de novembro de 2012, a Assembleia Geral das Nações Unidas admitiu o Estado da Palestina como membro observador da ONU. O próximo passo é o Estabelecimento do Estado da Palestina nos territórios palestinos e para isso a comunidade internacional precisa pressionar para que Israel cumpra com suas obrigações perante a humanidade, o povo palestino e as leis internacionais.

Israel deve se retirar dos territórios palestinos ocupados, a comunidade internacional deve fornecer proteção para a população civil palestina, especialmente as crianças, e deve considerar os comandantes do exército de Israel como criminosos de guerra e  processá-los no Tribunal Internacional.

“Que Deus termine com o sofrimento do povo palestino e traga justiça a essa sofrida terra e paz ao mundo todo.”


*Rasem Shaban Mutlaq é palestino e mestre em História pela Universidade da Jordânia.

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