quarta-feira, 20 de maio de 2015

Por que Israel briga com o Papa?

15/05/2015 – Opera Mundi – por Breno Altman



Porque Israel briga com o Papa?


O anúncio do Vaticano, de que reconhecerá oficialmente o Estado da Palestina em novo tratado, provocou muxoxos e esperneios do governo liderado por Benjamin Netanyahu.

A razão é simples, embora pareça apenas simbólica em alguns aspectos.

O estatuto atual da Autoridade Palestina, inferior ao de nação plenamente estabelecida, favorece chantagem exercida pela aliança entre Israel e Estados Unidos.

Ou os palestinos aceitam exigências draconianas apresentadas pela direita sionista ou verão seu futuro nacional adiado para as calendas gregas: tais são os termos praticados por Tel Aviv, com a benção da Casa Branca.

Quando este cerco é rompido, através do estabelecimento de relações diplomáticas integrais, tanto por países quanto por fóruns internacionais, entra em crise a política de asfixia e protelação contra a Palestina.

Não é à toa a reação intempestiva protagonizada por Netanyahu desde 2011, quando Mahmoud Abbas, presidente da AP, solicitou condição de membro pleno na Organização das Nações Unidas.

Os Estados Unidos ameaçaram vetar, no Conselho de Segurança da instituição, qualquer decisão favorável a esta demanda. Acabou-se por atribuir o título de Estado observador à Palestina.

Algumas agências da ONU, no entanto, acataram a proposição de Abbas, como foi o caso da Unesco, imediatamente punida com o corte das contribuições devidas pelos norte-americanos à entidade.

A belicosidade sionista ficou ainda mais exacerbada no mês passado, quando os palestinos passaram a participar do Tribunal Penal Internacional, sediado em Haia.

A medida permite que crimes cometidos nos territórios ocupados por Israel desde 1967 possam ser julgados nessa corte, incluindo o massacre de civis na Faixa de Gaza, levado a cabo em 2014, durante a chamada Operação Margem Protetora.

Vários países e parlamentos seguiram a mesma senda, entre esses o Brasil e diversas outras nações sul-americanas. O papa Francisco agora se soma, oficialmente, ao bloco que pretende esvaziar o jogo sujo patrocinado pelos piores setores do sionismo.

A chancelaria israelense não tardou a demonstrar seu desagrado, em nota oficial: “Esse passo não faz avançar o processo de paz e põe os líderes palestinos ainda mais distantes de um retorno às negociações diretas e bilaterais.”

A redação cifrada não esconde o gosto amargo da derrota diplomática: a cada avanço na recepção incondicional da Palestina em organismos da comunidade internacional, mais se deslegitima o garrote racista de Israel.

A posição do Vaticano também atinge o plano simbólico, ao fixar comunhão entre católicos e muçulmanos a respeito da questão palestina.

Este movimento dificilmente provocará recuos importantes no comportamento de Israel, mas colabora para criar um novo ambiente, de crescente isolamento, no qual podem se multiplicar operações de boicote e pressão capazes de dobrar a coluna vertebral do colonialismo sionista, forçando-o a um acordo de paz justo e permanente.

O medo de Tel Aviv é viver, mais cedo ou mais tarde, sufoco semelhante ao da África do Sul na era do apartheid, tratada como pária pela maioria das nações até bater a mão na lona.


sexta-feira, 15 de maio de 2015

Campanha pede que Caetano e Gil cancelem show em Israel


ultima atualização em 18/06/15

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Nobel da Paz, líder sul-africano Desmond Tutu pede que Caetano e Gil cancelem show em Israel


Redação do Opera Mundi  16/06/2015


Importante figura na luta antiapartheid, arcebispo sul-africano compara sistema segregacionista do seu país de origem e fala sobre função do boicote cultural.

Desmond Tutu pede que Caetano e Gil cancelem show em Israel
Importante figura na luta dos direitos humanos, 
Tutu tem 83 anos e ganhou o Prêmio Nobel da Paz em 1983


Para o Nobel da Paz, Caetano e Gil devem levar em conta que a sua música não pode ser “explorada por um regime opressivo para encobrir e perpetuar a opressão”. Segundo Tutu, sem o isolamento internacional, incluindo o boicote cultural, os sul-africanos jamais teriam alcançado a liberdade.

“Assim como dissemos durante o apartheid que era inapropriado para artistas internacionais se apresentarem na África do Sul, em uma sociedade fundada em leis discriminatórias e exclusividade racial, também seria errado a Ópera de Cape Town se apresentar em Israel”, argumenta.

O líder antiapartheid é a mais recente — e potente — voz contrária à apresentação dos ícones da Tropicália em território israelense, expressando apoio ao movimento global BDS (Boicote, Desinvestimento e Sanções).

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Show de Caetano veloso tem protesto pró-palestina

Na plateia do Sesc Itaquera, na zona leste de São Paulo, um grupo de ativistas levantava uma enorme bandeira da Palestina em frente ao palco, enquanto outro estendia faixa com a frase "Palestina livre", durante toda a apresentação; cantor não se manifestou sobre seu show que será realizado em Israel, motivo das críticas. 

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Em carta, Roger Waters pede que Caetano e Gil cancelem shows em Israel


Opera Mundi- 01/06/2015


Músico inglês já pressionou outros artistas internacionais pelo boicote a apresentações no país como resposta a 'política racista fatal' israelense

Há 10 dias, Roger Waters, compositor inglês e ex-Pink Floyd, enviou uma carta para o comitê nacional palestino da BDS (campanha global de boicote, desinvestimento e sanções) em que pede que os músicos brasileiros Caetano Veloso e Gilberto Gil não se apresentem em 28 de julho em Tel Aviv, em Israel.

Procurada por Opera Mundi, a coordenação da BDS no Brasil disse que Waters também se interessou em ter contato direto com Caetano e Gil, pedindo os seus e-mails pessoais, que lhe foram enviados. Na internet, a filial brasileira está por trás de um movimento chamado "Tropicália não combina com apartheid", que já coletou mais e 10 mil assinaturas pelo boicote dos concertos.




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Campanha pede que Caetano e Gil cancelem show em Israel





Os organizadores da campanha criaram uma página no Facebook, intitulada “Tropicália não rima com apartheid”, que reúne declarações de apoio ao pedido de cancelamento do show. (Charge: Latuff)



O movimento Boicote, Desinvestimento e Sanções contra Israel (BDS) lançou uma campanha pedindo que os músicos brasileiros Caetano Veloso e Gilberto Gil cancelem o show que está programado para o dia 28 de julho em Israel. A data, assinalam os organizadores da campanha, coincide com o aniversário de um ano dos ataques de Israel a Gaza, que deixaram mais de dois mil mortos, incluindo mais de 500 crianças. A petição em defesa do cancelamento do show, que está circulando pela internet, afirma:

“Tocar em Israel é endossar políticas e práticas racistas, coloniais e de apartheid -ilegais sob o direito internacional. Ademais, o governo israelense apresenta os shows em Israel como um sinal de aprovação a suas políticas. Israel viola sistematicamente o direito internacional ao impedir o retorno dos refugiados palestinos, ao colonizar e ocupar a Cisjordânia e a Faixa de Gaza e ao discriminar sistematicamente os palestinos cidadãos de Israel. As políticas discriminatórias de Israel também se manifestam contra refugiados e migrantes africanos: recentemente milhares de etíopes foram brutalmente reprimidos ao protestarem contra o racismo no país”.

A campanha destaca ainda que vários artistas internacionais já aderiram a esse movimento de boicote, cancelando shows em Israel. Entre eles estão Lauryn Hill, Roger Waters (Pink Floyd), Snoop Dog, Carlos Santana, Coldplay, Lenny Kravitz e Elvis Costello.

Os organizadores da campanha criaram uma página no Facebook, intitulada “Tropicália não rima com apartheid”, que reúne declarações de apoio ao pedido de cancelamento do show.

Vigília em apoio ao povo palestino


Nesta sexta-feira (15), os palestinos celebram em todo o mundo o “Nakba Day” (Dia da Catástrofe), data que lembra o dia em que foi formado o estado de Israel e que os palestinos começaram a ser expulsos de suas terras. Nesta data, em vários países, protestos serão organizados para lembrar o início da mais longa ocupação da era contemporânea. No Brasil, haverá atos em São Paulo e Porto Alegre. Na capital gaúcha, ocorrerá uma vigília a partir das 18h15min, no Largo Glênio Peres, organizada pelo Comitê Estudantil de Apoio à Palestina.

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    ASSINE A PETIÇÃO>>>> https://goo.gl/CQ74X0




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