Em sua última atividade política na Cisjordânia, a 2ª Missão de Solidariedade ao Povo Palestino encontrou-se nesta quarta-feira (24) com o governador de Jerusalém (reivindicada como a capital da Palestina, mas ocupada por Israel), Adnan Al-Huseini, que falou do apoio do Brasil à causa palestina, das negociações com Israel e do peso da cidade no conflito.
Cidade antiga de Jerusalém |
Ao saudar a delegação brasileira, composta por representantes de diferentes entidades, o governador reconheceu o papel do Brasil como um importante parceiro na defesa da causa palestina, “que sabe e apoia nossa justa causa”, completou.
“Devemos fazer todo o tipo de pressão para dizer que a paz é necessária, e este é o nosso trabalho atual”, disse Al-Huseini, que reconheceu a importância do trabalho da delegação brasileira na divulgação da realidade palestina.
“Devemos fazer todo o tipo de pressão para dizer que a paz é necessária, e este é o nosso trabalho atual”, disse Al-Huseini, que reconheceu a importância do trabalho da delegação brasileira na divulgação da realidade palestina.
Para o governador, a posição política dos EUA ao defender a negociação é apenas um meio para dar tempo a Israel, que continua ocupando terras palestinas, “em uma nova colonização”.
Assim como a Cisjordânia, Jerusalém também está sob a ocupação militar israelense, e até mesmo a parte palestina é cercada por 26 colônias judias, dentro das fronteiras palestinas (ou seja, já na Cisjordânia). Além disso, há também cerca de 160 colônias judias ao redor da cidade.
As forças do exército invasor podem ser vistas em várias áreas da cidade, inclusive em pontos de peregrinação religiosa. O cerco é tamanho que os judeus e muçulmanos são proibidos de visitar os pontos religiosos da outra religião.
Para entrar na mesquita que representa a cidade, por exemplo, Al-Aqsa (que fica na chamada “esplanada das mesquitas”, onde está também o “muro das lamentações” judeu, parte restante do templo destruído há séculos), os muçulmanos e turistas têm de passar por uma ponte controlada militarmente pelas forças israelenses.
Enquanto os sionistas constroem suas colônias de forma incessante, há muitos tipos de restrições para os palestinos construírem suas residências, e quando o fazem sem a autorização da administração civil israelense, elas são derrubadas.
Para o governador, a política de Israel é forçar a emigração dos palestinos. Em tal quadro, "é muito difícil estabelecer uma política de planejamento para a cidade sitiada”. O plano de Israel é fazer com que apenas 15 ou 20 % da população de 300 mil habitantes continue na cidade, segundo Al-Huseini, para assim ampliar a ocupação.
O governador lembrou que da atual população palestina de 11 milhões de pessoas, seis milhões estão residindo em outros países, como refugiados ou emigrados.
A cidade de Jerusalém é considerada por diversos atores políticos, tanto palestinos e israelenses quanto mediadores internacionais, como um ponto crucial no conflito.
Além de ser reivindicada como a capital oficial por palestinos e israelenses (e destinada a uma partilha entre ambos, de acordo com o consenso internacional para as negociações), a cidade é usada para classificar o conflito, de forma manipuladora e equivocada, como um conflito religioso.
Da redação do Vermelho, Moara Crivelente,
com informações de Galindo Luma, integrante da 2ª Missão de Solidariedade ao Povo Palestino, de Jerusalém.
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Assim como a Cisjordânia, Jerusalém também está sob a ocupação militar israelense, e até mesmo a parte palestina é cercada por 26 colônias judias, dentro das fronteiras palestinas (ou seja, já na Cisjordânia). Além disso, há também cerca de 160 colônias judias ao redor da cidade.
As forças do exército invasor podem ser vistas em várias áreas da cidade, inclusive em pontos de peregrinação religiosa. O cerco é tamanho que os judeus e muçulmanos são proibidos de visitar os pontos religiosos da outra religião.
Para entrar na mesquita que representa a cidade, por exemplo, Al-Aqsa (que fica na chamada “esplanada das mesquitas”, onde está também o “muro das lamentações” judeu, parte restante do templo destruído há séculos), os muçulmanos e turistas têm de passar por uma ponte controlada militarmente pelas forças israelenses.
Enquanto os sionistas constroem suas colônias de forma incessante, há muitos tipos de restrições para os palestinos construírem suas residências, e quando o fazem sem a autorização da administração civil israelense, elas são derrubadas.
Para o governador, a política de Israel é forçar a emigração dos palestinos. Em tal quadro, "é muito difícil estabelecer uma política de planejamento para a cidade sitiada”. O plano de Israel é fazer com que apenas 15 ou 20 % da população de 300 mil habitantes continue na cidade, segundo Al-Huseini, para assim ampliar a ocupação.
O governador lembrou que da atual população palestina de 11 milhões de pessoas, seis milhões estão residindo em outros países, como refugiados ou emigrados.
A cidade de Jerusalém é considerada por diversos atores políticos, tanto palestinos e israelenses quanto mediadores internacionais, como um ponto crucial no conflito.
Além de ser reivindicada como a capital oficial por palestinos e israelenses (e destinada a uma partilha entre ambos, de acordo com o consenso internacional para as negociações), a cidade é usada para classificar o conflito, de forma manipuladora e equivocada, como um conflito religioso.
Da redação do Vermelho, Moara Crivelente,
com informações de Galindo Luma, integrante da 2ª Missão de Solidariedade ao Povo Palestino, de Jerusalém.
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