domingo, 30 de março de 2014

Israel ataca manifestação de brasileiros e palestinos

28 de Março de 2014 - 18h50
Portal Vermelho acompanha ato de solidariedade na Palestina

Nesta sexta-feira (28), a delegação da Terceira Missão de Solidariedade ao Povo Palestino, organizada pelo Comitê Pela Criação do Estado da Palestina, confirmou seu apoio à resistência na Palestina. A jornalista do Vermelho, Théa Rodrigues, narra os principais momentos.







......................................................................................................................................................................


A mídia palestina Dunia Alwatan acompanhou a manifestação:



Midia palestina Dunia Alwatan

بمشاركة وفد سياسي وشعبي برازيلي : الاحتلال يقمع مسيرة النبي صالح الاسبوعية


Brasileiros e palestinos em ato contra a ocupação



تاريخ النشر : 2014-03-28

رام الله - دنيا الوطن
قمعت قوات الاحتلال الاسرائيلي مسيرة النبي صالح الاسبوعية المناهضة للاحتلال والاستيطان والتي انطلقت في جمعة "الأرض" احياءً لفعاليات ذكرى يوم الأرض، وتأكيداً على الحق الفلسطيني الثابت بالبقاء على هذه الارض والثبات عليها،
واستهدف جنود الاحتلال المسيرة السلمية التي تقدمها الاطفال والنساء بعدد من قنابل الغاز المسيل للدموع والقنابل الصوتية مما أسفر عن اصابة العشرات بحالات الاختناق .

وقد شارك في هذه المسيرة وفد سياسي وشعبي برازيلي ممثل عن أقطاب من الاحزاب البرازيلية والنقابات والجمعيات الشبابية والشعبية المختلفة، بالاضافة الى عدد من النشطاء والصحفيين البرازيليين، وقد اجتمع هذا الوفد مع قيادة المقاومة الشعبية في القرية بالاضافة الى ممثلين عن احزاب وقوى وطنية فلسطينية،

واستمع الوفد الى موقف المقاومة الشعبية وأساليب النضال التي يمارسها ابناء شعبنا في مواجهة الاحتلال وسياسة الابرتهايد والفصل العنصري الاسرائيلي،

وأكد المتحدث باسم الوفد البرازيلي على دعم مختلف شرائح الشعب والقيادة البرازيلية لنضال شعبنا الفلسطيني المشروع حتى ازالة الاحتلال واستعادة الحقوق الوطنية، واختتم المتحدث البرازيلي كلامه بالقول "اننا فلسطينيون وقضيتنا واحدة وسنكون معكم دائماً" .

وكانت قوات الاحتلال قد انتشرت في محيط القرية منذ ساعات الصباح الباكر، واعلنتها منطقة عسكرية مغلقة حتى اشعار اخر،

Brasileitos solidários com a resistencia palestina contra a ocupação


Israel reprime manifestação de brasileiros e palestinos


Brasileiros e palestinos são atacados por Israel em Nabi Saleh

Soldados israelenses agridem manifestantes brasileiros e palestinos


Israel lança ataque contra protestos de palestinos e brasileiros

 .........................................................................................................................................................................

ARTIGOS DA 3ª MISSÂO DE SOLIDARIEDADE - MARÇO/ 2014

Missão Brasileira chega à Palestina


ARTIGOS DA 2ª MISSÂO DE SOLIDARIEDADE - ABRIL/ 2014

Grupo brasileiro encerra agenda para divulgar realidade palestina

Entidades da esquerda palestina: libertação vencerá a ocupação

Missão brasileira avalia ocupação israelense da Cisjordânia

Palestina: conflito e desenvolvimento resolvem-se com libertação

OLP e partidos palestinos: apoio do Brasil à libertação é crucial

Palestina: 2ª Missão de Solidariedade participa de protesto e reuniões

Missão internacional presta solidariedade ao povo palestino

Missão brasileira de solidariedade vai à Palestina


ARTIGOS DA 1ª MISSÃO DE SOLIDARIEDADE - JUNHO / 2012

Presidente da Palestina recebe delegação brasileira

Brasileiros participam de marcha contra a ocupação

Missão Brasileira chega à Palestina



Integrantes da 3ª Missão de Solidariedade ao Povo Palestino



28 de Março de 2014 - 16h15

Colonos israelenses restringem direitos básicos aos palestinos


Nesta quinta-feira (27), a delegação da Terceira Missão de Solidariedade ao Povo Palestino, organizada pelo Comitê Pela Criação do Estado da Palestina, chegou à Cisjordânia trazendo representantes de entidades brasileiras. A primeira parada foi na cidade histórica de Jericó (fundada em 9.000 a.C.), onde foram recebidos pelo governador local, Majed Al-Fityani, que falou sobre a grave situação dos assentamentos israelenses na região fronteiriça.


Théa Rodrigues, de Ramallah para o Portal Vermelho


Foto: Théa Rodrigues/Portal Vermelho
Governador de Jericó
Majed Al-Fityani governador da cidade de Jericó, na fronteira com a Jordânia.
Por ser um governo de fronteira (135 km de fronteira com a Jordânia) e muito próximo a um dos check-points (postos militares de controle sionista), Al-Fityani disse que pela região circulam muitos militares israelenses. 

Segundo ele, apesar de estar em território palestino, 85% de Jericó é considerado área militar e há 34 assentamentos israelenses, onde moram cerca de 6 mil judeus. “Nós trabalhamos para libertar nosso povo desta pressão”, afirmou Al-Fityani durante a reunião. Isso significa o claro descumprimento dos Acordos de Oslo – resultado de um dos processos de paz iniciados pelas partes nos anos 1990 – que consistia no consenso pela retirada das forças israelenses da Faixa de Gaza e Cisjordânia.

O governo israelense controla também o abastecimento de água e de energia elétrica na Palestina. No caso de Jericó, 95% do bem essencial está nas mãos do governo de Israel. Os palestinos são impedidos pela administração sionista de furar seus próprios poços. Condicionalmente, se o fizerem, terão que assumir a responsabilidade do abastecimento também às colônias de israelenses.

De acordo com Al-Fityani, isso acaba se tornando um problema gravíssimo para os agricultores, que não podem seguir com os seus cultivos por falta de água. “Os agricultores já estavam aqui antes de 1967 [quando Israel ocupou a península do Sinai, Cisjordânia e Golán, estabelecendo um anel de segurança ao redor do país e intensificou os assentamentos israelenses em Gaza e na Cisjordânia]. Antes desta data tínhamos 200 mil pessoas vivendo aqui, mas depois da ocupação todos foram para a Jordânia e agora só temos 10% da população”, afirmou a autoridade.

Para Al-Fityani, essa redução também dificulta o desenvolvimento de Jericó. Além disso, ele lembrou que a maior parte da região é classificada como área C (segundo o Acordo de Oslo 2), onde eles não podem trabalhar e precisam da permissão do governo de Israel para fazer qualquer coisa, uma vez que a administração está sob total controle israelense. “O governo israelense também não autoriza que palestinos de outras regiões a trabalharem aqui”, ressaltou Al-Fityani.

“Israel usa o pretexto da segurança para manter a região nesta situação. Inclusive também não deixa que ninguém da Jordânia entre neste território”, disse ele. A razão real é econômica, explicou o governador de Jericó, pois o lucro dos agricultores israelenses que estão nos assentamentos é de 650 milhões de dólares por ano. “Os colonos exploram a agricultura local e o comércio de sais do Mar Morto para a indústria cosmética”, afirmou Al-Fityani.

Sobre a visita da missão, o governador de Jericó lembrou que o Brasil foi um dos primeiros países a votar a favor da criação de um Estado palestino e, por isso, Al-Fityani considera o povo brasileiro como um “povo-amigo”. Em seguida, pediu para que o grupo fizesse incessantes esforços na denúncia das contínuas violações de Israel aos direitos humanos dos palestinos e também ao direito internacional.


                                     Terceira Missão de Solidariedade ao Povo Palestino

Terceira Missão de Solidariedade


 Participam da Terceira Missão de Solidariedade ao Povo Palestino: Lejeune Mirhan Xavier de Carvalho – coordenador da 2ª Missão de Solidariedade e do Comitê pelo Estado da Palestina. Sociólogo, professor, escritor e arabista. Representante da Federação Interestadual dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Fitee) e da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB); Antônio Marsicano de Miranda – diretor do Sindicato dos Comerciários do ABC e da Federação dos Comerciários do Estado de São Paulo. Representa a Força Sindical; Thomas Henrique de Toledo Stella – historiador pela USP, mestre em Desenvolvimento Econômico pela Unicamp, professor de Relações Internacionais da UNIP e Secretário Geral do Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (Cebrapaz); Manoel Francisco de Vasconcelos Motta – Professor de Filosofia da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), doutor em Filosofia da Educação, nesta Missão representante da Federação Nacional dos Professores das Universidades Federais do Brasil (Pró-Ifes); Beatriz Bissio – socióloga, escritora, e jornalista, doutora em História, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), chefe do Departamento de Ciência Política e ex-editora da revista Cadernos do Terceiro Mundo e escritora; Marcelo Melo de Lima – engenheiro eletrônico da empresa Petróleo Brasileiro S/A (Petrobras); Nair de Faria Miranda – comerciária da Força Sindical; Antônio Victor – presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de Sertãozinho; Diretor da Federação dos Trabalhadores na Indústria da Alimentação do Estado de São Paulo e secretário adjunto de Relações Internacionais da Nacional da Força Sindical; Ângela Maria de Souza Vitor – trabalhadora da Força Sindical.

Fonte: Portal Vermelho

...................................................................................................................................................................


ARTIGOS DA 2ª MISSÂO  DE SOLIDARIEDADE -  ABRIL/ 2014









ARTIGOS DA 1ª MISSÃO DE SOLIDARIEDADE  - JUNHO / 2012





domingo, 23 de março de 2014

DIA DA TERRA, 30 DE MARÇO


ATIVIDADES DA SEMANA DO DIA DA TERRA


Dia da Terra - Mesquita de Curtiba - Retratos da Resistencia


Atividades do Dia da Terra - Brasil - São Paulo


Palestina - Retratos da Resistencia - Mostra Fotográfica
Com Leandro Taques e Rafael Oliveira

30/mar - a partir das 10:30 h -Mesquita de Curitiba

R. Dr. Kellers, 383 - Bairro São Francisco - Curtitiba


Palestra “Palestina, a terra e o documento”
Com o Dr. Abdel Latif Abdel Latif
27/mar - 20 hs - Quinta-feira - Centro Cultural Árabe Sírio
R. Dos Ingleses, 149 – Bela Vista – São Paulo

Lançamento do livro “Poemas para a Palestina”

Com os Poetas Claudio Daniel e Khaled Mahassen
26/mar - 19h -  Quarta-feira  - Bar Canto Madalena
Rua Medeiros de Albuquerque, 471-V.Madalena – São Paulo

.....................................................................................................................................

Conheça mais sobre o livro: 

-  Poemas para a Palestina 
                                                                  
- A Palestina reimaginada na poesia brasileira

.....................................................................................................................................



Palestinos: O Dia da Terra*

Por Maurício Tragtenberg

 Amanhã, dia 30, o povo palestino comemora o “Dia da Terra”, que surgiu como lembrança histórica da resistência que em 1976, os vários palestinos da Galiléia (território ocupado em 1948) manifestaram contra a invasão e ocupação de suas terras pelo Estado em Israel.

 Como acontece nessas ocasiões houve repressão e violência por parte das autoridades militares de ocupação, onde foram indiscriminadamente atingidos homens, mulheres, velhos e crianças. É impossível destruir um povo que por mais de trinta séculos construiu sua cultura, suas obras materiais e espirituais.

 Enquadrada no plano da destruição da cultura e identidade do povo palestino estão as universidades palestinas construídas nas ‘zonas ocupadas’ pelo Estado em Israel.

  Através da Ordenança Militar 854, uma das 1.080 ordenações militares que modificam a legislação jordaniana, em vigor na Cisjordânia, o Estado detém em suas mãos a permissão de funcionamento de qualquer instituição educacional, que implica no controle pelas autoridades do pessoal acadêmico, dos programas e manuais de ensino.

  Uma das iniciativas que afetou gravemente o funcionamento das universidades palestinas nas ‘zonas ocupadas’ foi que a partir de 1983 os professores estrangeiros –na realidade palestinos com passaportes de diversas nacionalidades estrangeiras – tenham que assinar uma declaração, segundo a qual, comprometem-se a não dar apoio algum à OLP nem a qualquer organização terrorista. Ante a recusa unânime do corpo de professores em assinar tal ignominioso papel, a repressão foi terrível.

  A Universidade d’An-Najah teve dezoito professores expulsos, enquanto outros três que estavam no Exterior foram proibidos de ingressar na Cisjordânia. Bir-Zeit perdeu cinco e a Universidade de Bethléem perdeu doze de seus professores.

  O fechamento temporário de universidades é outra medida que as “autoridades” de ocupação lançam mão; entre 1981/2 a Universidade de Bir-Zeit ficou fechada sete meses. A Universidade de An-Najah em 1982/3 ficou fechada durante três meses consecutivos, as Universidades de Bethléem e Hebron conheceram igual destino.

  Com o fim de vencer a resistência cultural palestina, a detenção de estudantes pelos motivos mais fúteis é coisa comum em todas as universidades da Cisjordânia. Os detidos são confinados na prisão de Fara’a, no Vale do Jordão. Segundo a advogada Lea Tsemel, o detido, conforme a “lei de urgência” (do período do Mandato Britânico) pode ficar incomunicável durante dezoito dias, sem culpabilidade definida nem visita de advogado. Por trazer consigo um panfleto ilegal o detido pode assim ficar durante 48 dias.

  O “tratamento” é o mais degradante possível: duchas frias, golpes, insultos.

  O presidente do Conselho de Estudantes de An-Najah, condenado a seis anos de prisão em 1974, não só afirmou ter sido torturado como também afirmou: “todos os prisioneiros palestinos são torturados.”

  Porém, a Universidade de Bir-Zeit é um foco de resistência cultural palestina; organiza atividades culturais fundada na cultura popular palestina. Possui uma biblioteca significativa aberta à consulta pública.

  Os dados a respeito da situação de resistência cultural palestina acima descrita nos foram fornecidos por Sônia Dayan-Herzbrun e Paul Kessler, que testemunham: “O fato de sermos judeus não afeta nossa objetividade em relação ao tema tratado. A consciência de nossa identidade judaica e das responsabilidades inerentes a ela nos levaram a participar do Centro de Cooperação com a Universidade Bir-Zeit.” (Le Monde Diplomatique, julho de 1984)

É o que também pensamos. O “Dia da Terra” é a reafirmação de um povo que pode ser expropriado, espezinhado, torturado, caluniado;vencido nunca.

 * Publicado in: Folha de S. Paulo, 29.03.1985.

 ** Maurício Tragtenberg, 54, professor do Departamento de Ciências Sociais da Fundação Getúlio Vargas SP) e da PUC-SP, escreveu, entre outros livros, “Administração, Poder e Ideologia.

  O texto acima encontra-se no site: http://www.espacoacademico.com.br/028/28mt_29031985.htm

...................................................................................................................................................................


Projeção Fotográfica "Palestina - Retratos da Resistência"
dos fotógrafos Leandro Taques e Rafael Oliveira.

30 de março de 1976: do massacre nasceu o DIA DA TERRA

Em 30 de março de 1976 uma greve geral e grandes manifestações tomaram as ruas de cidades majoritariamente palestinas no que se convenciona chamar de Israel (territórios anexados ilegalmente após 1948), especialmente no norte do território da Palestina histórica, também conhecida como Galiléia. As principais manifestações ocorreram em Nazaré.

As manifestações ocorreram em protesto às expropriações ilegais, pelas forças armadas de Israel, de grandes extensões de terras pertencentes a palestinos. O pretexto: segurança. A motivação real: implantação de colônias judaicas em terras palestinas e expulsão da população nativa, dando seguimento à limpeza étnica iniciada em 1948, mantida até os dias atuais, da qual resultam mais de 5 milhões de palestinos refugiados fora da Palestina e outros quase 3 milhões deslocados internos.

A estas manifestações, desarmadas e pacíficas, Israel reagiu com desmedida brutalidade, levando à repressão sangrenta que resultou em seis mortes, centenas de feridos, muitos gravemente, e centenas de prisões. Desde então os palestinos de todo o mundo celebram esta data como o DIA DA TERRA.

A população palestina atual é de aproximadamente 12 milhões, havendo perto de 1,8 milhão vivendo no que hoje se entende por território de Israel. Desta população total, apenas 46% dos palestinos vivem na Palestina histórica, isto é, Israel, que detém 78% do que um dia foi a Palestina, e Cisjordânia de Gaza, que representam os restantes 22%. O restante vive ou em países limítrofes (ao redor de 42% na Jordânia, Síria e Líbano) ou em outros países árabes, europeus de americanos (12%).

Hoje, em virtude dos contínuos confiscos de terras aos palestinos e as construções ilegais de colônias judaicas, postos militares e de controle, bem como estradas exclusivas para judeus, restam apenas ao redor de 9% da Palestina histórica em poder de palestinos. A limpeza étnica prossegue sem que Israel seja condenada categoricamente, impunidade somente possível graças ao apoio de muitos países ocidentais e ao veto, por parte dos EUA, de todas as resoluções condenatórias apoiadas pela totalidade dos países com assento na ONU.



......................................................................................................................................................................





Dia da Terra Palestina - Chile

Dia da Terra Palestina - Chile

sábado, 15 de março de 2014

Poemas para a Palestina


QASAÊD ILA FALASTIN    -   قصائد إلى فلسطين


Poemas para a Palestina - QASAÊD ILA FALASTIN - قصائد إلى فلسطين




PREFÁCIO

Emir Mourad

O que seria da poesia sem o poema?

O poema é o leitor lendo com a mente, é o texto em si. A poesia é a tradução que o leitor faz do poema-texto através dos seus sentidos, da sua alma, mente e coração.

Meus amigos poetas, Cláudio Daniel e Khaled Mahassen, nos trazem autores que expressam a Palestina em poemas, que ao serem lidos nos transportam para a realidade da Palestina e seu povo, nos fazem perceber dores, lamentos, tristezas e muita esperança de dias melhores.

E o poema vai ocupando o interior do ser e se transforma em poesia. Uma poesia que no seu significado de dor e lamento, apresenta uma mensagem de solidariedade com quem sofre a dor.

Não tivesse os nomes dos poetas, poderíamos dizer que os autores são palestinos, tal a dor que exprimem, tal a injustiça que denunciam, tal o lamento que cantam. Esse é o maior significado da causa e da luta do povo palestino: ultrapassou as fronteiras geográficas, ganhou o mundo, pois exprime a luta por justiça que está no cerne da dignidade e altivez dos seres humanos. A causa do povo palestino é de toda a humanidade.

Só tenho que agradecer a cada poeta que nos faz sedentos, cada vez mais, por justiça e liberdade para o povo palestino e todos os povos explorados e oprimidos.

Agradeço aos amigos Cláudio e Khaled por reunirem essas vozes, esses protestos, essa bandeiras da esperança e da paz, essa gente brava que aflora a verdade escondida pela mídia dos poderes podres e manipuladores.

Obrigado a todos os poetas que nos fazem transformar seu poema em poesia.


Emir Mourad
Secretário Geral da FEPAL
Federação Árabe Palestina do Brasil


................................................................................................

Livro Poemas para a Palestina

COMPRE AQUI

Livro: Poemas para a Palestina

Autor: Vários autores

Gênero: Poesia

Número de Páginas: 100

Formato: 14x21 - acabamento em capa dura

Preço: R$ 35,00 + frete (Livro em pré-venda. Entrega após o lançamento em março)





................................................................................................



Célia Abila

RECADO, DO MUNDO, AO HÓSPEDE

_Ouve o grito dos mortos?
interrogo:

Covardia escondida em tanques
de sessenta e cinco toneladas,
lava roupa suja de sangue
em triste ensaio macabro.
Holocausto não calou inferno?
Pensamento atravessado de fausto,
encadeado em carnificina indecente
na espoliada Palestina;
herança de um povo abnegado
que tem incerta a paz das casas
de mulheres, crianças e velhos
na trilha pavorosa de intrigas.

Céu e inferno relembram
os laivos dos judeus em movimento
nacionalistas cínicos do horror;
sionismo arcaico à procura
de um cômodo segundo lar.

África, Chipre, Congo
Argentina! Tanto faz.
“Judeus nascidos na França
são franceses da mesma forma.”
O nome de Mahatma Gandhi
veio à tona em voz rouca.
Homens com ” duplo lar”,
onde vão lavar suas roupas?


Célia Abila é poeta, participa do Laboratório de Criação Poética e publicou em sites e revistas de literatura como Cronópios e Zunái.

................................................................................................

Leia também: A Palestina reimaginada na poesia brasileira

sábado, 1 de março de 2014

Relator da ONU acusa Israel de praticar APARTHEID e LIMPEZA ÉTNICA


Retratos da Resistência por Leandro Taques. Palestina, 19/04/2013

Imagem da série: “Retratos da resistência – Um povo que luta para não desaparecer”. Nesse processo de opressão realizado pelo invasor israelense, contra o povo palestino, os que mais sofrem são os pequenos. Violência física e psicológica. Fotografar crianças, em geral, é só sorriso. Na Palestina, nem sempre. Bil’in, Palestina, 19/04/2013. Leandro Taques.


Israel pratica apartheid na palestina, diz Richard Falk


Publicado em 02/25/2014 por Fabio Bacila

Para aqueles que estão mais familiarizados com a realidade da região, talvez não seja surpreendente a afirmação contundente de Richard Falk, relator especial designado pela ONU para averiguar a situação dos direitos humanos nos territórios ocupados por Israel, desde 1967. Mas, uma coisa é ouvir isso de estudiosos ou mesmo de lideranças árabes, palestinas, ativistas e políticos das esquerdas. Situação bem diferente é constar essa afirmação em um relatório oficial da Organização das Nações Unidas.

Falk, em seu último relatório investido da relatoria especial pela ONU, critica a imobilidade da Corte Internacional de Justiça e assume parcialmente a tarefa que seria da competência dessa instância máxima, requerida desde 2007 a “analisar se as alegações de apartheid na Palestina Ocupada são bem fundamentadas”.

Para desempenhar essa missão, o humanista judeu e relator especial se utiliza de documentação pregressa da ONU, dos instrumentos internacionais que tipificam apartheid, colonialismo e limpeza étnica e de relatórios produzidos por diferentes organizações de direitos humanos – muitas delas israelenses. Falk reúne diversas evidências que Israel desrespeita uma série de direitos da população palestina vivendo sob ocupação, como direito à vida, liberdade, igualdade, trabalho, educação, movimentação, residência, opinião, expressão e associação. Se em Gaza as violações de direitos humanos são praticadas via bloqueio e controle exercido à distância, na Cisjordânia o ocupante instituiu um sistema legal duplo e uma segregação espacial entre colonos judeus e a população árabe.

Acercando-se da conclusão drástica de que Israel pratica o apartheid, Falk afirma no parágrafo setenta e um que “parece incontestável que as medidas israelenses de fato dividem a população dos Territórios Palestinos Ocupados com base em critérios raciais, criam reservas separadas para os palestinos e expropriam sua terra. Mais adiante, no parágrafo setenta e sete, sintetiza sua argumentação: as violações de direitos humanos refletem “políticas, leis e práticas israelenses sistemáticas e discriminatórias, que determinam onde nos territórios ocupados os palestinos podem ou não viajar, viver e trabalhar”. Como conclusão, o relator ressignifica a palavra hebraica hafrada (separação) e a utiliza como sinônimo do termo africâner apartheid para definir a situação nos territórios palestinos: “os efeitos combinados das medidas formulados para garantir a segurança dos cidadãos israelenses, para facilitar e expandir os assentamentos e, ao que parece, para anexar terras, é hafrada, discriminação e opressão sistemática do povo palestino e domínio sobre ele”.

Essa conclusão relativamente tardia, haja vista o acúmulo de indícios que a sustentam na documentação da própria ONU sobre o caso, remeto-nos a um desentendimento entre as lideranças sul-africanas e israelenses nos anos 1970. Na ocasião, um representante oficial do apartheid acusava seu colega israelense de hipocrisia quando este tentava se desvencilhar da proximidade ideológica e concreta com o regime de segregação africano.

Esse reconhecimento oficial de Richard Falk reforça ainda mais o isolamento de Israel, que caminha a passos largos para a “saída da civilização”, como mencionou um parlamentar contrário à ocupação no Knesset, referindo-se ao governo atual e aos pronunciamentos de seus apoiadores na casa legislativa. Essa constatação do relator especial faz coro com a diretriz da União Europeia, que ano passado decidiu começar a verificar a documentação de empresas israelenses para se certificar que essas não tinham vínculos com os territórios ocupados antes de permitir a venda de seus produtos na Europa. Avança a opressão e, agora sim é possível afirmar, o apartheid, mas concomitantemente Israel vai se complicando e se isolando ao permitir que suas alas da direita persigam o anacrônico sonho de um Estado judeu em toda a Palestina histórica.




Manifestação de boicote ao apartheid de Israel


O relator especial da ONU, Richard Falk, acusa Israel de promover uma “limpeza étnica”

Publicado em 02/24/2014 por Fabio Bacila


Em seu último relatório como relator especial da ONU para averiguar as violações de direitos humanos nos Territórios Ocupados por Israel [territórios palestinos], o judeu Richard Falk argumentou que a “ocupação opressiva … parece delineada para encorajar os residentes a deixar a Palestina, o que é consistente com os objetivos ‘anexionistas’, colonialistas e de limpeza étnica de Israel.

Em seu relatório, Falk sugeriu que a ONU tem um papel crucial a desempenhar, naquilo que chamou de guerra de legitimidade contra Israel. Falk descreveu esta “guerra” como “uma luta mundial para ganhar controle sobre o debate a respeito dos benefícios legais e propriedades morais no conflito apoiado por um movimento de solidariedade mundial que começou a influenciar a opinião pública.” Ele encorajou a ONU para substituir a palavra ‘ocupação’ por ‘ambições coloniais’, bem como ‘anexação’ de modo a reforçar a urgência de enfrentar a situação.

Falk foi tão longe ao ponto de redefinir a palavra hebraica hafrada – separação -, atribuindo a ela um uso literal como a tradução da palavra africâner “apartheid”, literalmente o estado de estar separados. Em seu parágrafo final da seção perguntando se Israel é culpado de apartheid, Falk escreveu que “o efeito combinado das medidas destinadas a garantir a segurança dos cidadãos israelitas, para facilitar e expandir os assentamentos, e, ao que parece, para anexar terras, é hafrada, discriminação e opressão sistemática de e dominação sobre o povo palestino.
Em suas recomendações, Falk chamou mais uma vez a Corte Internacional de Justiça para emitir opiniões consultivas sobre o estatuto jurídico da ‘ocupação prolongada da Palestina, agravada pelas transferências proibidas de grande número de pessoas da potência ocupante e pela imposição de um sistema administrativo duplo e discriminatório na Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental “.

Falk também sugeriu que Israel desmantele as colônias, realoque os colonos e ofereça compensações para os palestinos da Cisjordânia, bem como “levante o bloqueio ilegal de Gaza, cesse as incursões militares, permita aos moradores de Gaza usufruir plenamente dos seus recursos naturais situados dentro de suas fronteiras ou na costa de Gaza, e se responsabilize pela situação de emergência em Gaza “.

Fonte: Urgente Palestina






Nelson Mandela fala sobre o apartheid israelense



Direito ao retorno dos palestinos



Israel pratica apartheid, Charge "Eu sou palestina" de Carlos Latuff




Muro do Apartheid construído por Israel nos territórios palestinos
Muro do Apartheid construído por Israel nos territórios palestinos ocupados.
Tem mais de 700 km, separando famílias, confiscando terras. 
Foi declarado ilegal pela Corte Internacional.




Mae palestina e mão sul africana chora a dor. Apartheid, por Latuff



Seguidores: