QASAÊD ILA FALASTIN - قصائد إلى فلسطين
PREFÁCIO
Emir Mourad
O que seria da poesia sem o poema?
O poema é o leitor lendo com a mente, é o texto em si. A poesia é a tradução que o leitor faz do poema-texto através dos seus sentidos, da sua alma, mente e coração.
Meus amigos poetas, Cláudio Daniel e Khaled Mahassen, nos trazem autores que expressam a Palestina em poemas, que ao serem lidos nos transportam para a realidade da Palestina e seu povo, nos fazem perceber dores, lamentos, tristezas e muita esperança de dias melhores.
E o poema vai ocupando o interior do ser e se transforma em poesia. Uma poesia que no seu significado de dor e lamento, apresenta uma mensagem de solidariedade com quem sofre a dor.
Não tivesse os nomes dos poetas, poderíamos dizer que os autores são palestinos, tal a dor que exprimem, tal a injustiça que denunciam, tal o lamento que cantam. Esse é o maior significado da causa e da luta do povo palestino: ultrapassou as fronteiras geográficas, ganhou o mundo, pois exprime a luta por justiça que está no cerne da dignidade e altivez dos seres humanos. A causa do povo palestino é de toda a humanidade.
Só tenho que agradecer a cada poeta que nos faz sedentos, cada vez mais, por justiça e liberdade para o povo palestino e todos os povos explorados e oprimidos.
Agradeço aos amigos Cláudio e Khaled por reunirem essas vozes, esses protestos, essa bandeiras da esperança e da paz, essa gente brava que aflora a verdade escondida pela mídia dos poderes podres e manipuladores.
Obrigado a todos os poetas que nos fazem transformar seu poema em poesia.
Emir Mourad
Secretário Geral da FEPAL
Federação Árabe Palestina do Brasil
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Célia Abila
RECADO, DO MUNDO, AO HÓSPEDE
_Ouve o grito dos mortos?
interrogo:
Covardia escondida em tanques
de sessenta e cinco toneladas,
lava roupa suja de sangue
em triste ensaio macabro.
Holocausto não calou inferno?
Pensamento atravessado de fausto,
encadeado em carnificina indecente
na espoliada Palestina;
herança de um povo abnegado
que tem incerta a paz das casas
de mulheres, crianças e velhos
na trilha pavorosa de intrigas.
Céu e inferno relembram
os laivos dos judeus em movimento
nacionalistas cínicos do horror;
sionismo arcaico à procura
de um cômodo segundo lar.
África, Chipre, Congo
Argentina! Tanto faz.
“Judeus nascidos na França
são franceses da mesma forma.”
O nome de Mahatma Gandhi
veio à tona em voz rouca.
Homens com ” duplo lar”,
onde vão lavar suas roupas?
Célia Abila é poeta, participa do Laboratório de Criação Poética e publicou em sites e revistas de literatura como Cronópios e Zunái.
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Leia também: A Palestina reimaginada na poesia brasileira
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