segunda-feira, 18 de abril de 2011

Veja semeia ódio contra árabes e muçulmanos! 02 Entrevista com Dep. Protógenes



ENTREVISTA COM O DEPUTADO PROTÓGENES ONDE FALA SOBRE UM ESQUEMA DE ESPIONAGEM INTERNACIONAL, DO QUAL A REVISTA VEJA FAZ PARTE. TENHAM PACIÊNCIA E OUÇAM ESSA E OUTRAS INFORMAÇÕES REVELADORAS! 









ABAIXO UMA SÍNTESE DA ENTREVISTA:


Queiroz vem em busca de provas, mas aquelas que indicam quem está patrocinando o "terror desacarado por falta de ética"



 Sônia Inês Vendrame
14/04/2011


O deputado Federal, Protógenes Queiroz (PCdoB) chega á Foz do Iguaçu ás 14h40 de domingo. O parlamentar atendeu ao pedido da Rede de Comunicação Alhudud e Afronteira para conversar com os “terroristas acusados por Veja”.

Queiroz já coordenou o escritório de Investigação do Codesul em Foz do Iguaçu. Foi autor da varredura contra a lavagem de dinheiro na fronteira. As investigações conduzidas por ele colocaram na cadeia os bandidos mais perigosos do país.

Versátil, extremamente rigoroso e de uma teimosia impar na caça aos contraventores ele é taxativo quando questionado sobre a existência de vestígios, provas, e de terroristas na fronteira. “Não existem terroristas. O que existe é uma campanha patrocinada para fazer dos árabes alvos de conflito”.

A entrevista concedida ao Afronteira aconteceu ás 22h45 da noite de terça-feira, quando o delegado ainda estava em seu gabinete na Câmara Federal. Ás 23h58, o parlamentar confirmava sua vinda a Foz do Iguaçu. Virá com a família e assessores. O primeiro gesto de quem não teme os “terroristas de Veja”.

Ao contrário. Disse ter iniciado o processo de investigação para apurar quem está patrocinando a campanha que classificou de “perversa e imoral”, tendo como alvo a comunidade árabe no Brasil. O pedido foi protocolado ontem á Comissão Nacional de Combate ao Crime Organizado.

Ao longo da entrevista que está publicada na íntegra na página principal deste Site, o deputado delegado faz revelações surpreendentes.  Uma delas é que os próprios autores da matéria publicada na Veja, estejam sendo alimentados pelo mesmo dinheiro usado para azeitar a máquina da calúnia.

 “O Brasil abrigam sim terroristas, mas não são os árabes”, descarta ao mesmo tempo em que afirma: “O terrorismos que existe em Foz é o produzido pelos repórteres de Veja, patrocinados para escrever a matéria”. Na análise do delegado “esse tipo de matéria não é feita de graça ou por diletantismo, mas patrocinada com o mesmo dinheiro usada para manter interesses espúrios”.

Queiroz foi criticado internamente pela própria instituição que serviu ao posicionar-se contra a instalação de bases americanas em solo brasileiro. “Essa tentativa de querer fazer do Brasil referencia de terror só tem uma explicação: a tentativa do domínio americano”.

Sobre o silêncio da Polícia Federal, e da qual até mesmo Veja queixa-se o deputado responde explica o motivo do silêncio de do beiço comprometido de Coutinho, o escriba da revista.

Afronteira: Porque a Polícia Federal não fala, porque o silêncio da Polícia Federal?

- A Polícia Federal cala porque tem medo de ser investigada porque não existe razão para ela faz esse tipo de investigação no Brasil. Ela não tem motivo para investigar. A própria Polícia Federal poderá ser processada por agir sobre fatos que não existem.

Afronteira: Então o Brasil também não tem uma lei sobre o terrorismo, não é por negligência, mas ausência do terror?

- Exatamente isso. E tem mais, como podem chamar o Hamas e o Hezbollah de terroristas se eles são partidos políticos.

Afronteira: Seria o mesmo que dizer que os partidos do Brasil: PMDB, PT, PSDB são terroristas?

- Seria a mesma coisa também que chamar o PCdoB de terrorista. O que se pratica hoje no Brasil é o mesmo praticado na década de 60, durante a Ditadura... Se for para rotular, então vamos rotular a Guerra Civil dos EUA como terrorista, vamos chamar a kupus klan de terrorista...


domingo, 17 de abril de 2011

As relações militares entre Brasil e Israel - 07

BRASIL – ISRAEL – FORÇAS ARMADAS - V
terça-feira, 12 de abril de 2011

Laerte Braga


Laerte Braga

Se numa laranjeira você enxergar apenas a laranja e não perceber a árvore, corre o risco de um dia vir a não ter mais a laranja. Não há todo sem parte, mas há parte sem todo.

O governo Lula viveu seus oito anos como um barco navegando na superfície do mar, mas consciente que havia outro oceano, esse subterrâneo. Sombrio, sem luz e desejo de despejar seus tsunamis devastadores sobre países como o Brasil.

É claro e evidente que isso implicou em mudanças de curso, em concessões, em guinadas arriscadas no leme, mas não impediu que, ao final, um resultado positivo pudesse ser alcançado.

O ex-presidente terminou seus oito anos legando um Brasil vivo e presente no cenário internacional, abriu as perspectivas para transformações estruturais significativas e necessárias, que devem ser feitas agora, numa conjuntura que, objetivamente é favorável.

Tentar entender todo o processo de globalização, o neoliberalismo, a nova ordem econômica apenas pelo lado do econômico é aceitar que o oceano aparentemente tranqüilo – mas convulsionado – pelo conglomerado terrorista EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A, é a única realidade.

É preciso perceber que há uma terceira guerra mundial. Que a África é um continente devastado por lutas fratricidas incensadas pelos donos dessa ordem todos sabemos. Que a Ásia está sendo engolida pela China e o conglomerado tenta sobreviver desesperadamente em um e outro país é outra realidade visível a olho nu. Que a Europa Ocidental é uma colônia transformada em bases militares da OTAN é inegável. Que a Rússia e as repúblicas do Leste Europeu são uma grande incógnita disputada a ferro e fogo é outra parte do todo.

O Oriente Médio convulsionado e os povos muçulmanos sendo deliberadamente perseguidos e implacavelmente assassinados (caso dos palestinos principalmente).

Onde entra a laranja América Latina nessa história toda? O Brasil é a maior delas. A mais importante.

As condições objetivas criadas por Lula, malgradas as concessões, sinalizam na necessidade de um grande salto que implica num resgate de nossa história em sua totalidade (o baú da ditadura por exemplo) e em transformações capazes de ampliar e fazer virar realidade a participação popular.

Ao deixarmos que às margens de um oceano subterrâneo, em cumplicidade com setores das elites, com as elites militares, com o latifúndio, sejam plantadas laranjeiras israelenses, estamos nos permitindo ser a Israel de amanhã, o terror transformado em Estado no que alguns chamam de sub-imperialismo brasileiro, submetido ao imperialismo norte-americano/israelense (entender porque “imperialismo norte-americano/israelense” é simples. As grandes forças políticas dos EUA não têm forças e não sabem como enfrentar o poder sionista).

As empresas citadas nos artigos anteriores e no relatório dirigido pelo STOP THE WALL COMPAIGN ao governo brasileiro mostram que o papel de todo esse oceano subterrâneo, transformam o Brasil em cúmplice de sistemáticas violações do direito internacional. Os artigos 48, 51 e 52 do Protocolo Adicional das Convenções de Genebra exigem que combatentes façam distinção entre alvos civis e militares e não ataque a população civil. Esses ataques são sistemáticos, deliberados.

Dos 1 417 palestinos mortos na recente guerra de Gaza 926 eram civis e entre crianças. A análise por especialistas em conduta militar em todo o mundo mostra que Israel teve a intenção de promover essas mortes. Houve intenção de causar danos aos civis palestinos e uso excessivo de força, por conta políticas expansionistas, que roubam terras e riquezas palestinas (sionistas milenarmente nunca fizeram outra coisa que não isso, são anteriores ao sionismo, inventaram os bancos).

Na guerra do Líbano, em 2006, foram utilizados foguetes teleguiados para atacar ambulâncias e vários comboios civis.

As armas, nesse momento e há algum tempo, são fabricadas aqui com a cumplicidade dos militares brasileiros, de boa parte da elite empresarial. 

O serviço secreto de Israel, a MOSSAD, assassina e sequestra inimigos em qualquer parte do mundo, como fizeram agora em Abu Dab contra um integrante do Hamas. Que governa Gaza eleito – é um partido político – pelo voto popular.

Há uma conclusão de Al Hag sobre o assunto que, literalmente, afirma o seguinte:

Como uma potência ocupante, Israel é ainda legalmente obrigada a respeitar o Direito Internacional Humanitário (DIH), que proíbe a matança deliberada de pessoas protegidas. Homicídios intencionais são considerados uma violação grave da Quarta Convenção de Genebra nos termos do artigo 147. Além disso, a política israelense de assassinatos extrajudiciais falha, por alvejar civis, em respeitar o princípio fundamental da distinção entre combatentes e civis. Além disso, Israel não respeita regularmente  princípio da proporcionalidade, empregando meios letais excessivos levando à morte ou lesão corporal dos transeuntes. Finalmente, assassinatos seletivos que são realizados em situações em que não há combate, não podem ser justificados por necessidades militares"

Todas as empresas israelenses que compraram ou se associaram a empresas brasileiras no setor bélico são partes da construção do Muro do ódio que sionistas buscam ampliar para separá-los (como povo ungido, Edir Macedo também acha isso do povo dele, tanto que já instalou templos em Israel, associação perfeita), como partes das ocupações ilegais de terras palestinas.

E aí formam o todo do terror de Estado, o conglomerado EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A.

O que o relatório pede ao governo brasileiro e o rompimento do acordo militar com Israel e o resgate da dignidade de nosso País em relação ao direito internacional, aos direitos humanos, o fim desse mar subterrâneo por transitam os zumbis da ditadura militar. 

O muro desse novo apartheid viola de forma brutal os direitos internacionais e humanos na Cisjordânia. As leis internacionais proíbem a anexação de território pela força, a destruição e o confisco de propriedade privada (adoram isso) e transferência forçada de população.

As leis internacionais asseguram o direito de circular livremente, o direito ao trabalho, a educação e a saúde.

Em 2004 o parecer consultivo do Tribunal Internacional de Justiça confirmou a ilegalidade do muro e conclamou os países ditos democráticos a tomarem atitudes diante dessa realidade boçal. Estão errando o alvo, o povo líbio está sendo punido.

O que se pede ao Brasil é que seja rompido esse negócio lucrativo de terror, de ódio, de saque, de roubo, de barbárie, no qual estamos atolados por ignorar o mar subterrâneo e permitir que por ali naveguem a estupidez de militares que não têm nada a ver com o Brasil, de elites podres e políticos que silenciam diante de crimes contra a humanidade, permitindo assim, que essas empresas “continuem a lucrar com os crimes de guerra israelenses enquanto que põe em duvida o compromisso do Brasil com os direitos humanos. É inaceitável que o governo brasileiro entregue dinheiro de seu contribuinte para essas empresas e ao final, uma decisão deverá ser tomada entre negociar com Israel ou se colocar ao lado do povo palestino”.

A íntegra do relatório que enche o Brasil de vergonha – até porque agora o culpado é o Irã – está em Stop the Wall (em português).

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