Dirigentes palestinos afirmaram, nesta quarta-feira (27),
que a América Latina esteve na vanguarda de solidariedade à Gaza durante a
agressão de Israel. Eles destacaram ainda que este internacionalismo é herança
de próceres como José Martí e Simón Bolívar.
Em um encontro de lealdade à Palestina, o membro do Conselho
Nacional Palestino, Salah Salah, contrastou a firme condenação de governos
latino-americanos e caribenhos aos bombardeios sionistas com a conivência dos
Estados Unidos e seus aliados europeus.
“Seus países lançaram um grito de condenação contra Israel e
enquanto outros abriram seus estabelecimentos militares para que o Estado
sionista repusesse as armas que promoveram a agressão contra Gaza”, disse o
político árabe diante de embaixadores latino-americanos e caribenhos.
“Seus presidentes adotaram decisões valentes contra Israel e
de apoio à Palestina”, disse Salah Salah aos embaixadores de Cuba, Venezuela,
Equador, México, Chile, Paraguai, Argentina, Brasil e Bolívia, que receberam
placas de reconhecimento.
O político ainda pontuou que a principal base para Tel Aviv
foi Washington ao aplicar a mesma prepotência que emprega para impor um
bloqueio injusto a Cuba. Lembrou que já na década de 1970 Cuba, então presidida
por Fidel Castro, cortou relações com Israel e foi um dos primeiros estados a
subir ao posto de embaixada sua representação na Palestina.
Em tributo à atitude solidária dos povos e governos da
América Latina, os palestinos enalteceram também o feito do presidente
venezuelano Hugo Chávez, que durante uma forte agressão israelense contra a
Palestina em 2009, cortou relações diplomáticas “pela raiz” com o país sionista.
Já a Bolívia, por sua vez, tomou a iniciativa de colocar
Israel na lista dos países promotores do terrorismo e cancelou um acordo de
extensão de vistos.