Em visita a Gaza, chefe da diplomacia europeia defende criação de Estado Palestino
A chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, neste
sábado (8), em Gaza.
REUTERS
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A chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, visitou
pela primeira vez neste sábado (8) a Faixa de Gaza e defendeu a criação de um
Estado palestino independente. A declaração de Mogherini aconteceu poucas horas
após a morte de um árabe israelense, abatido pela polícia, que pode acirrar a
violência em Jerusalém Oriental.
A visita de Federica Mogherini acontece em um momento de
muita tensão na região. Há duas semanas, palestinos e policiais israelenses se
enfrentam a cada noite nas ruas de Jerusalém Oriental, ocupada por Israel. O
estopim para essa nova onda de tensão foi a tentativa de judeus ortodoxos de
rezar na Esplanada das Mesquitas, que também é um local sagrado para os judeus.
A morte na madrugada deste sábado (8) de um árabe israelense
pode levar a violência a cidades árabes de Israel, que até agora estavam
tranquilas. O jovem foi abatido pela polícia durante sua detenção, em um
vilarejo no norte do país. Sua morte provocou manifestações de protesto e
confrontos com a polícia.
Estado Palestino
A chefe da Diplomacia europeia, Federica Mogherini, afirmou
hoje que a criação de um “Estado palestino é defendida por toda a União
Europeia”. Jerusalém será a capital de dois Estados, explicou.
Ela advertiu que “o mundo não suportará uma quarta guerra”, após
a terceira ofensiva israelense contra Gaza. Os 50 dias de conflito, entre 8 de
julho e 26 de agosto, deixaram 2.200 palestinos mortos, a maioria civis. Cerca
de 70 israelenses, a maioria soldados, também morreram nos combates. O
território palestino ficou destruído.
Até agora, 134 países já reconheceram a Palestina, entre
eles o Brasil. O último país a fazer o reconhecimento foi a Suécia, que integra
a União Europeia. A Autoridade Palestina, que desde 2012 tem o status de
“Estado observador da ONU”, apresenta em novembro um projeto de resolução ao
Conselho de Segurança pedindo o fim da ocupação de seus territórios por Israel
em dois anos e a criação de um Estado independente nas fronteiras de 1967.
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