23 de julho de 2008
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve discutir com o primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, e com o líder palestino Mahmoud Abbas o processo de negociação de paz no Oriente Médio. O encontro deve ocorrer em outubro, quando Lula irá visitar Índia, Arábia Saudita, Israel e Palestina.
Em dezembro, Lula já havia proposto oficialmente ao secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, a criação de uma espécie de estrutura paralela ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) que funcionaria como um mediador de situações de tensão ao redor do mundo. O grupo de atuação não teria uma estrutura fixa, mas poderia ser acionado em caso de conflitos ou iminência de rompimento de relações diplomáticas.
Em dezembro, Lula já havia proposto oficialmente ao secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, a criação de uma espécie de estrutura paralela ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) que funcionaria como um mediador de situações de tensão ao redor do mundo. O grupo de atuação não teria uma estrutura fixa, mas poderia ser acionado em caso de conflitos ou iminência de rompimento de relações diplomáticas.
Na conversa com o secretário-geral da ONU naquela ocasião, Lula apontou Brasil, África do Sul e Índia como nações que, pelas relações cordiais que mantêm com Israel, poderiam ser mediadores do processo de paz.
Nesta quarta-feira, Lula recebeu no Palácio do Planalto o chefe da Delegação Palestina no Brasil, Ibrahim Al-Zeben, que pediu a Lula que atuasse como um dos mediadores na região. Oficialmente, o Brasil já tem procurado se aproximar de Israel e Palestina, ampliando as relações comerciais e abrindo embaixadas nos dois territórios.
Terra - Notícias - Brasil
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Ricardo Stuckert/Presidência da República
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Lula deve visitar Israel e palestinos no fim do ano, diz Amorim
14/02/2008
da BBC Brasil
O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, afirmou nesta quinta-feira, em Tel Aviv, que existe a possibilidade de uma visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Israel e aos territórios palestinos no final de 2008, quando está planejada uma nova cúpula entre os países árabes e da América do Sul.
A cúpula será realizada no Catar, e Lula deverá aproveitar a oportunidade para visitar outros países do Oriente Médio, entre eles a Arábia Saudita, onde a visita do presidente brasileiro já está confirmada.
O ministro Amorim encerrou nesta quinta-feira um giro pelo Oriente Médio, que incluiu Arábia Saudita, Síria, Jordânia, os territórios palestinos e Israel.
Depois de se encontrar com os principais líderes da região, Amorim manifestou um "otimismo moderado" quanto ao processo de paz e apontou um aquecimento significativo nas relações do Brasil "com o conjunto da região".
Janela de necessidade
De acordo com Amorim, "agora existe não só uma janela de oportunidade como também uma janela de necessidade para avançar com o processo de paz".
"É necessário avançar agora e aproveitar o engajamento do presidente [George] Bush e da comunidade internacional no processo de paz", disse o ministro. "Seria uma lástima perder esta oportunidade, pois quando se interrompe um processo desse tipo, se leva muito tempo para poder recomeçar."
"Tenho a convicção de que, de fato, todos estão interessados em avançar e não vejo os principais envolvidos desenvolvendo atividades de obstrução ou de desvio das questões principais, acrescentou.
Depois de conversar com um dos principais negociadores palestinos, Saib Arikat, e com o primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, Amorim disse sentir que "há uma boa dinâmica, apesar da consciência da dificuldade dos problemas".
"Ouvi tanto do lado da Palestina como da parte de Israel o mesmo comentário, sobre o bom contato que existe entre os principais líderes", contou o ministro.
Brasil
Amorim citou a participação do Brasil na Conferência de Paz em Annapolis, nos Estados Unidos, e da Conferência dos Países Doadores à Autoridade Palestina, em Paris, para apontar um crescente envolvimento do país no Oriente Médio.
"O Brasil doou US$ 10 milhões, que já estão disponíveis, para desenvolver projetos, principalmente nas áreas da educação e da saúde, que tenham um impacto mais direto para a população palestina", afirmou.
"Não somos um país rico, mas nossa contribuição é equivalente à da Russia, e é a maior entre os países em desenvolvimento."
Durante sua visita, Amorim também assinou, com a ministra do Exterior israelense Tzipi Livni, um protocolo executivo para um acordo cultural entre o Brasil e Israel, que determina um intercâmbio entre os dois países.
Israel e o Brasil deverão colaborar em todos os setores artísticos e culturais, inclusive festivais de cinema, exposições de artes plásticas, dança, música e literatura.
"Estamos muito interessados em enfatizar, cada vez mais, o aspecto da aproximação e da cooperação com todos os países desta região, que é fundamental para a paz mundial", disse o chanceler brasileiro.
"O Oriente Médio e a América do Sul são duas grandes regiões de países em desenvolvimento e temos interesse em desenvolver a cooperação em todas as áreas", acrescentou.
"Se fala muito da aliança entre civilizações, a atuação do Brasil no Oriente Médio é um exemplo concreto desta visão", concluiu o ministro.