Neste dia 15 de maio, o mundo relembra a Nakba – a catástrofe –, data que marca a expulsão de pelo menos 750.000 palestinos de suas terras e lares, promovida por Israel em 1948. Esse foi apenas o início de um processo de limpeza étnica que dura até hoje, com a violência e a expansão criminosa dos assentamentos israelenses na Cisjordânia e em outros territórios palestinos. É dia de lembrar o direito de retorno à terra e de cobrar justiça e reparos para quase 6 milhões de refugiados palestinos que lutam por reconhecimento e soberania.
Sobre a comunidade palestina no Brasil, a causa palestina e o mundo árabe.
quarta-feira, 15 de maio de 2019
sexta-feira, 9 de novembro de 2018
Rashida Tlaib, primeira palestino-americana no Congresso dos Estados Unidos.
Tradução:
"Eu venci. Quero apresentar a vocês a minha mãe. Ela é de uma pequena vila da Cisjordânia. Meus familiares na Palestina grudaram na televisão desde as 5 da manhã (horário na Palestina), meus avós, minhas tias e tios, grudaram na televisão para verem sua neta...me levantarei por eles, pois todos os dias me sinto orgulhosa da minha condição de palestina americana muçulmana. Me levantarei por eles porque essa gente, por muitos anos sentem a sua dignidade sendo desprezada. Digo a vocês que como palestina que a maior parte de minha força vem da minha palestinidade. A bondade que minha mãe tem está em mim também, ela sorri toda vez que alguém a trata com racismo e ela se manifesta como se não entendesse, porque ela acredita que as pessoas podem ser melhores. Minha mãe é minha inspiração. Nós vencemos!"
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Rashida Tlaib, primeira palestino-americana no Congresso dos Estados Unidos.
Desde quarta-feira, os vizinhos se amontoam na casa do
Tlaib, no centro da Cisjordânia ocupada, para parabenizar os familiares de
Rashida Tlaib, primeira palestino-americana no Congresso dos Estados Unidos.
Esta advogada de 42 anos, democrata, foi eleita em uma
circunscrição de Michigan, onde o Partido Republicano não tinha candidato.
Seus tios esperam agora que sua sobrinha possa denunciar a
política pró-israelense do presidente americano, Donald Trump.
Rashida Tlaib, nascida em Detroit, filha de pais imigrantes
palestinos, se tornou uma das duas primeiras muçulmanas eleitas para o
Congresso americano, junto com Ilhan Omar, uma somali-americana, escolhida por
Minnesota.
Perto de Ramallah, na Cisjordânia ocupada, no povoado de
Beit Ur al-Foqa, os tios de Rashida, Issa e Bassam, veem sua sobrinha como uma
porta-voz da causa dos palestinos, e que poderá fazer ouvir as suas vozes no
Congresso americano.
Para Bassam, Donald Trump sempre toma partido por Israel.
"Olhem o que ele fez: transferir a embaixada americana (de Tel Aviv) para
Jerusalém, além de muitas outras coisas", se indignou.
"É claro que Rashida será contra essa política",
assegurou Bassam.
Sua sobrinha, crítica de Donald Trump, acusou o presidente
durante a campanha em Detroit de demonizar os muçulmanos.
Também anunciou que queria se opor à ajuda americana a
Israel enquanto este não buscar a paz e cessar as suas injustiças contra os
palestinos.
"Vou usar o meu cargo de congressista para afirmar que
nenhum país, nem alguém sozinho, deve receber a nossa ajuda (...) enquanto
continuar promovendo esse tipo de injustiça", declarou Rashida Tlaib
durante uma entrevista coletiva à emissora britânica Channel Four.
A casa dos Tlaib fica a 50 metros da estrada 443, que
atravessa o centro da Cisjordânia ocupada. Seus vizinhos mais próximos são dois
postos de controle do Exército israelense que vigiam esta área.
"Muitas vezes te param, te revistam, te fazem chegar
tarde ao trabalho. Esses são os sofrimentos que o povo palestino deve
suportar", suspirou Bassam.
Por várias vezes Rashida Tlaib visitou Beit Ur al-Foqa, a
última delas em 2006, segundo seu tio. Seu outro tio, Issa, se lembra da festa
"fantástica" quando Rashida se casou no povoado.
E a nova congressista prometeu voltar.
"Estamos muito felizes. É motivo de orgulho para nós,
como membros de sua família, como palestinos, como árabes e como
muçulmanos", declarou Bassam.
Fonte: em.com.br
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eleitas também rompessem barreiras raciais, de gênero e de credo
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