terça-feira, 28 de junho de 2011

Jericó e Foz serão cidades-irmãs

Jericó e Foz serão cidades-irmãs

Processo de irmanação já está em andamento. Acordo foi acertado entre o embaixador da Palestina em Brasília, Ibrahim Al Zeben, e o prefeito de Foz do Iguaçu, Paulo Mac Donald Ghisi.

Aurea Santos
aurea.santos@anba.com.br


26/06/2011





São Paulo – As cidades de Jericó, na Palestina, e Foz do Iguaçu, no Paraná, serão cidades-irmãs. O acordo para a irmanação dos municípios foi acertado entre o embaixador da Palestina em Brasília, Ibrahim Al Zeben, e o prefeito de Foz do Iguaçu, Paulo Mac Donald Ghisi, neste mês, e o processo já está em andamento.

"Jericó e Foz têm características semelhantes", afirmou Al Zeben, durante visita à sede da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, na última semana. "Ambas têm uma tríplice fronteira", destacou. Jericó tem fronteiras com Jordânia e Israel, enquanto Foz do Iguaçu faz divisa com a Argentina e o Paraguai. "Esta irmanação é favorável ao crescimento mútuo", ressaltou o embaixador.

Al Zeben esteve na cidade paranaense entre os dias 16 e 18 de junho para participar do Festival de Turismo das Cataratas do Iguaçu. O festival, que tradicionalmente reúne apenas agentes de turismo de países latino-americanos, contou pela primeira vez com um estande da Palestina.

"Acreditamos que o melhor apoio que os países da América Latina podem dar ao processo de paz (entre palestinos e israelenses) é fomentar o turismo porque cria pontes entre as nações", disse Al Zeben. No estande da Palestina, houve a divulgação de imagens do país, a exposição de peças de artesanato e também a distribuição de um jornal publicado especialmente para o evento.

"Queremos aproximar as nações para que se conheçam melhor. Isso abre portas para o intercâmbio humano, de mercadorias, de experiências. É mais do que aproximar os povos, também abre oportunidades para o aumento do comércio", completou Al Zeben. Entre os visitantes do estande palestino no festival estiveram o ministro do Turismo do Brasil, Pedro Novaes, e a ministra do Turismo do Paraguai, Liz Cramer.






quarta-feira, 22 de junho de 2011

Lançada em São Paulo campanha pelo Estado da Palestina já

Lançada em São Paulo campanha pelo Estado da Palestina já



Entidades do movimento social brasileiro, associações da comunidade árabe e palestina no Brasil e partidos de esquerda realizaram na noite da última segunda-feira (20) em São Paulo, na sede nacional do PCdoB, uma reunião em que lançaram a campanha “Pela Criação do Estado da Palestina Já!” Como convidado de honra participou do encontro o embaixador da Autoridade Nacional Palestina no Brasil, Ibrahim al-Zeben.

As organizações presentes eram PCdoB, PT, MST, CUT, CTB, UJS, Cebrapaz, Comissão Pastoral da Terra, Fearab, Fepal, Portal Arabesq, Portal Vermelho, Sociedade Palestina de São Paulo, Sociedade Palestina de Uruguaiana, Comunidade Maronita Libanesa El Marada e Partido Comunista Libanês. O deputado estadual Adriano Diogo (PT-SP) também compareceu à sede do PCdoB para levar apoio à causa palestina.

As entidades organizarão no mês de novembro uma convenção nacional de solidariedade com a Palestina, cuja preparação envolverá uma série de ações, entre elas um seminário de aprofundamento e estudo no mês de julho.

Para o embaixador Ibrahim al-Zeben, “as organizações do movimento social brasileiro e os partidos presentes mais uma vez abrem os olhos da militância para os problemas da Palestina, mais uma vez os nossos amigos do Brasil dão a cara e brindam suas mãos e seu coração em apoio à Palestina”.

Ele explicou porque agora a questão palestina emerge com tanta força, a ponto de ser submetida às Nações Unidas: “Estamos melhor que antes, com a perspectiva de restaurar a unidade nacional e transformar a OLP”. Segundo sua análise, a “Primavera Árabe” abriu as portas e ajudou o Fatah e o Hamas a se darem conta da situação e reconstruíssem a unidade nacional. O representante da ANP no Brasil lembrou Yasser Arafat que dizia que o povo é mais avançado que as lideranças. “As massas disseram ‘chega´ de divisão e pediram a unidade nacional para já”, pontuou AL-Zeben, que defendeu também a necessidade de criar em breve “um governo representativo de todos os palestinos”.

O embaixador não poupou críticas ao governo israelense, “cada vez mais intransigente e negativo em relação aos direitos dos palestinos”. Ele fez o balanço de 15 anos de negociações, chegando à conclusão de que “os palestinos tudo fizeram, mas houve uma constante negativa por parte do governo de Israel”. O embaixador destacou ainda o papel positivo da diplomacia brasileira.

Ibrahim al-Zeben anunciou que a ANP vai tomar posições importantes nas próximas semanas: “Vamos solicitar assento como membro pleno da ONU. A solicitação vai ser feita pela Liga Árabe”. Sabendo que será uma luta difícil e complexa para fazer valer a decisão palestina nas instâncias da ONU, AL-Zeben disse que mais do que nunca seu povo necessitará do apoio da comunidade internacional. “Acreditamos no apoio do Brasil e consideramos que este precisa do apoio do movimento popular”.

A reunião foi unânime no apoio à reivindicação de criar o Estado da Palestina já.
Da redação

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