domingo, 2 de setembro de 2012

EU NÃO VI NADA! - I DIDN'T SEE ANYTHING





Eu não vi nada - I didn't see anything - Palestina - Palestine


Eu não vi nada!

Você não viu nada
Nada do que está acontecendo
Contra o homem e contra o mundo
Você não está vendo nada, nada!...

Não, eu não vi nada!
Não vi os muros da vergonha cercando cidades
E aldeias da Palestina ocupada
Não vi o sangue inocente derramado
Nem o clamor do povo palestino
Massacrado pelo assombroso exército

Pensem nas crianças mudas e estáticas
Pensem nas meninas cegas inexatas

Voce não está vendo nada, nada!...

Não, eu não vi nada
Não vi as fronteiras e muros fechados
Não vi o povo sitiado pelos tanques
A luz cortada, a água negada
Os hospitais arruinados
E os bebês agonizando nas ruas

Pensem nas mulheres rotas alteradas
Pensem nas feridas como rosas cálidas

Não, eu não vi nada
Não vi o povo vítima do genocídio de ontem
Promovendo o genocídio de hoje
Eu não vi a sombra do passado
Tomar a forma da morte
E abrir as asas sobre o mundo

Mas não se esqueçam da rosa sem rosa
Da dor palestina, da bomba inexata
A bomba assassina, estúpida e inválida
A rosa de sangue, a bomba que mata
Sem cor sem perfume, sem rosa, sem nada

Não, eu não vi nada
Não vi corações e mentes da resistência
Assassinados com seus familiares
Sem julgamentos e sem leis
Não vi as manifestações pela paz
Duramente reprimidas pela policia

Você não viu nada
Nada do que está acontecendo
Contra o homem e contra o mundo
Insisto, você não está vendo nada!...

Não, eu não vi nada
Não vi as estatísticas macabras da guerra
As colônias erguidas nas terras usurpadas
A negação de todos os direitos humanos
O povo palestino condenado à condição de pária
Em sua própria terra


Não, eu não vi nada
Não vi os misseis cegos explodindo
Sobre escolas e mesquitas
Não vi os hospitais bombardeados
Nem o choro de mães e pais
Carregando nos braços os filhos estilhaçados

Não, eu não vi nada
Nada!

Sim, você não viu nada
E por nada ver
Deixa-me assim decretar
O fim do livre pensar do homem
Da sua compaixão humanitária
E da sua capacidade de indignação

Não, eu não vi nada
Nada!

Sim, você não viu nada
E por nada ver
Deixa-me assim abolir todos os direitos humanos
A Convenção de Genebra e as resoluções das Nações Unidas

Sim, você não viu nada
E por nada ver
Deixa-me assim acusar
Qualquer manifestação a favor da paz e da justiça
Como sendo uma atitude antissemita
Você deixa-me assim decidir
Que são inumanos os clamores e as suplicas
De todos os povos do mundo



I didn’t see anything

                                                                   

You didn’t see anything

Nothing of what’s going on
Against man and against the world
You are seeing anything, anything!...

No i didn’t see anything
I didn’t see the walls or shame surrounding
Cities and towns of the occupied Palestine
I didn’t see the shedding of innocent blood
Or the outcry of the Palestinian people
Massacred by the terrifying army

Think of the children mute and still
Think of the girls blindly inexact

You’re not seeing anything, anything!...

No i didn’t see anything
I didn’t see the borders and walls closed
I didn’t see the people under siege by the tanks
The lights off, the water denied
Hospital in ruins
And the children agonizing n the streets

Think of the women routes altered
Think of the wounds as pale roses

No, i didn’t see anything
I didn’t see the people-victim of yesterday’s genocide
Promoting today’s genocide
I didn’t see the shadow of the past
In the shape of death
Spreading its wings over the world

Don’t forget the rose without a rose
The Palestine pain, the inexact bomb
The assassin bomb, stupid and worthless
The rose of blood, the rose that kills
With no color, no perfume
Whithout rose, without anything

No, i didn’t see anything
I didn’t see the hearts and the minds of resistance

Murdered with their relatives
Without trial and without laws
I didn’t see the peace demonstrations
Cruelly repressed by the police

You didn’t see anything
Nothing of what’s going on
Against man and against the world
You’re not seeing anything!...

No, i didn’t see anything
I didn’t see macabre war statistics
The colonies settled in usurped lands
The negation of all human rights
The Palestinian people forced to be
Pariahs in their own land

No, i didn’t see anything
I didn’t see blind missiles exploding
On schools and mosques
I didn’t see hospitals being bombed
Or the crying of mothers and fathers
Carrying their mutilated children in their arms

No, I didn’t  see anything!
Anything!...

Yes, you didn’t see anything
And for not seeing anything
Let me decree
The end of man’s free thinking
His humanitarian compassion
And his capacity to get indignant


No, I didn’t  see anything!
Anything!...

Yes, you didn’t see anything
And for not seeing anything
Let me abolish all human rights
The Geneva Convention and the United Nations resolutions

Yes, you didn’t see anything
And for not seeing anything
Let me accuse any demonstration for peace and justice
Of being anti-Semite attitudes
So this way, you let me decide that the protests and requests
Of people from all over the world are inhuman

Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=mdWc58QS7po&feature=plcp

Fonte: http://blogdobourdoukan.blogspot.com.br/2012/09/palestina-meu-amor.html



terça-feira, 28 de agosto de 2012

ISRAEL SE AUTO JULGOU INOCENTE PELO ASSASSINATO DE RACHEL CORRIE



Manifestantes em todo mundo pedem justiça para Rachel Corrie

28 de Agosto de 2012

A ativista americana Rachel Corrie, 23 anos, se colocou diante de uma escavadeira do exército de Israel para tentar impedir que casas palestinas fossem derrubadas em Gaza, em 16 de março de 2003. Não adiantou. Acabou atropelada e morta pela escavadeira. Nesta terça-feira (28), quando movimentos pela libertação da Palestina em todo mundo protestam contra sua morte, o tribunal israelense de Haifa julgou a morte como acidental.






A morte violenta de Corrie, tendo em vista que o piloto da escavadeira fez questão de passar três vezes em cima de seu corpo, no campo de Rafah, na Faixa de Gaza, está sendo lembranda durante todo o dia de hoje. A ativista fazia parte de International Solidarity Movement (ISM) que defende a causa palestina.

Limpeza étnica

 A ação que matou Rachel Corrie, ativista do ISM (International Solidarity Movement), foi noticiada um dia depois, pelo jornal israelense Haaretz, como “rotineira”. Infelizmente, são rotineiros o assédio militar, a tortura e os assassinatos cometidos pelo exército israelense contra o povo palestino. Milhares de casas continuam a ser demolidas arbitrariamente nos territórios ocupados, como parte da estratégia do Estado israelense de dar sequência a um plano deliberado de expulsão de palestinos, iniciado, segundo historiadores palestinos e israelenses ainda antes de sua criação, em 15 de maio de 1948. Naquele ano, em seis meses, foram destruídas 530 aldeias e cidades palestinas e expulsos de suas casas e terras 800 mil habitantes nativos.

 As políticas de expulsão dos palestinos de suas próprias casas, nunca mais pararam. Neste mês de agosto Israel anunciou a destruição de 12 comunidades palestinas e a expulsão de seus mais de 1.500 moradores. Desde o início de 2012 mais de 2 mil pessoas foram afetadas pelo deslocamento forçado, imposto por Israel. Esses crimes objetivam tornar impossível o estabelecimento de um Estado Palestino livre e soberano.

 Rachel Corrie não é uma vítima isolada nem mesmo entre ativistas. Outros já foram assassinados e feridos por prestar solidariedade à luta palestina. Embora não tenha conseguido impedir que mais uma casa palestina se somasse à triste estatística das demolições, Rachel, com seu gesto heróico, fez com que o número de ativistas internacionais aumentasse, e com que crescesse a solidariedade à Palestina. A luta de sua família por justiça tem alertado o mundo para a situação dos palestinos, engrossando as fileiras daqueles que exigem o fim da política de ocupação, apartheid y limpeza étnica.

 Além de sua batalha nos tribunais israelenses, os pais de Rachel Corrie lutam para que governos e empresas rompam contratos com a Caterpillar, marca do equipamento que assassinou sua filha. Recentemente obtiveram uma vitória por meio do movimento BDS – que reivindica boicote, desinvestimento e sanções a Israel enquanto a ocupação, o apartheid e a limpeza étnica da Palestina se mantiverem –, quando a Caterpillar perdeu os investimentos da poderosa TIAA-CREF, fundo de investimentos estadunidense.

Julgamento

 Em uma decisão lida no tribunal, o juiz Oded Gérson classificou a morte de Corrie como "um acidente lamentável", mas alegou que o Estado não era responsável pelo "incidente" e que o mesmo teria ocorrido durante o que ele chamou de uma "situação em tempo de guerra."

 O juiz explicou, ainda, que os soldados teriam feito o máximo para manter as pessoas longe do local, advertindo a todo momento os ativistas. Gérson explicou que o campo de visão do  operador do trator era limitado. "A pessoa estava em um ponto cego e o operador não podia vê-la", acrescentou.

 O Procurador Husain Abu Husain, que representou a família de Corrie na audiência, disse que, "O tribunal sancionou o prejuízo de pessoas inocentes e a violação dos direitos humanos básicos. Esta é uma decisão ruim para os direitos humanos e o direito internacional." Husain disse que a família pretende recorrer da decisão para o Supremo Tribunal.

 "Estou ferida," declarou a mãe de Corrie, Cindy, após o veredito.

Fórum Social Mundial Palestina Livre

 A solidariedade internacional ocorre três meses do início do Fórum Social Mundial Palestina Livre, encontro mundial histórico que será realizado entre 28 de novembro e 1 de dezembro de 2012, em Porto Alegre, e que vem sendo construído por dezenas de organizações da sociedade civil brasileira, palestina e internacional. Durante o evento, os movimentos prometem uma grande mobilização para buscar justiça pela morte de Corrie e milhares de palestinos.

O FSMPL contará com grandes conferências distribuídas em cinco eixos centrais:

 1. autodeterminação e direito de retorno;

 2. direitos humanos e direito internacional;

 3. movimentos sociais e formas de resistência;

 4. por um mundo sem muros e sem racismo;

 5. BDS e estratégias de luta.

 Também estão programados espetáculos artísticos e mostras culturais. Em 29 de novembro, está prevista uma grande manifestação para celebrar o Dia Internacional de Solidariedade ao Povo Palestino.  Mais informações pelo site: http://rachelcorriefoundation.org/trial .

 Siga o julgamento no Twitter: @rcfoundation Siga e participe das manifestações no twitter #wsfpalestine #rachelcorrie Divulgue em sua rede social.

 Mais informações sobre o FSM Palestina Livre em www.wsfpalestine.net

 com informações da Ciranda e do Haaretz

Fonte: http://www.vermelho.org.br/tvvermelho/noticia.php?id_secao=9&id_noticia=192356


Rachel Corrie, the courage to resist


Rachel Corrie, a coragem de resistir


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