sábado, 15 de março de 2014

Poemas para a Palestina


QASAÊD ILA FALASTIN    -   قصائد إلى فلسطين


Poemas para a Palestina - QASAÊD ILA FALASTIN - قصائد إلى فلسطين




PREFÁCIO

Emir Mourad

O que seria da poesia sem o poema?

O poema é o leitor lendo com a mente, é o texto em si. A poesia é a tradução que o leitor faz do poema-texto através dos seus sentidos, da sua alma, mente e coração.

Meus amigos poetas, Cláudio Daniel e Khaled Mahassen, nos trazem autores que expressam a Palestina em poemas, que ao serem lidos nos transportam para a realidade da Palestina e seu povo, nos fazem perceber dores, lamentos, tristezas e muita esperança de dias melhores.

E o poema vai ocupando o interior do ser e se transforma em poesia. Uma poesia que no seu significado de dor e lamento, apresenta uma mensagem de solidariedade com quem sofre a dor.

Não tivesse os nomes dos poetas, poderíamos dizer que os autores são palestinos, tal a dor que exprimem, tal a injustiça que denunciam, tal o lamento que cantam. Esse é o maior significado da causa e da luta do povo palestino: ultrapassou as fronteiras geográficas, ganhou o mundo, pois exprime a luta por justiça que está no cerne da dignidade e altivez dos seres humanos. A causa do povo palestino é de toda a humanidade.

Só tenho que agradecer a cada poeta que nos faz sedentos, cada vez mais, por justiça e liberdade para o povo palestino e todos os povos explorados e oprimidos.

Agradeço aos amigos Cláudio e Khaled por reunirem essas vozes, esses protestos, essa bandeiras da esperança e da paz, essa gente brava que aflora a verdade escondida pela mídia dos poderes podres e manipuladores.

Obrigado a todos os poetas que nos fazem transformar seu poema em poesia.


Emir Mourad
Secretário Geral da FEPAL
Federação Árabe Palestina do Brasil


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Livro: Poemas para a Palestina

Autor: Vários autores

Gênero: Poesia

Número de Páginas: 100

Formato: 14x21 - acabamento em capa dura

Preço: R$ 35,00 + frete (Livro em pré-venda. Entrega após o lançamento em março)





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Célia Abila

RECADO, DO MUNDO, AO HÓSPEDE

_Ouve o grito dos mortos?
interrogo:

Covardia escondida em tanques
de sessenta e cinco toneladas,
lava roupa suja de sangue
em triste ensaio macabro.
Holocausto não calou inferno?
Pensamento atravessado de fausto,
encadeado em carnificina indecente
na espoliada Palestina;
herança de um povo abnegado
que tem incerta a paz das casas
de mulheres, crianças e velhos
na trilha pavorosa de intrigas.

Céu e inferno relembram
os laivos dos judeus em movimento
nacionalistas cínicos do horror;
sionismo arcaico à procura
de um cômodo segundo lar.

África, Chipre, Congo
Argentina! Tanto faz.
“Judeus nascidos na França
são franceses da mesma forma.”
O nome de Mahatma Gandhi
veio à tona em voz rouca.
Homens com ” duplo lar”,
onde vão lavar suas roupas?


Célia Abila é poeta, participa do Laboratório de Criação Poética e publicou em sites e revistas de literatura como Cronópios e Zunái.

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Leia também: A Palestina reimaginada na poesia brasileira

sábado, 1 de março de 2014

Relator da ONU acusa Israel de praticar APARTHEID e LIMPEZA ÉTNICA


Retratos da Resistência por Leandro Taques. Palestina, 19/04/2013

Imagem da série: “Retratos da resistência – Um povo que luta para não desaparecer”. Nesse processo de opressão realizado pelo invasor israelense, contra o povo palestino, os que mais sofrem são os pequenos. Violência física e psicológica. Fotografar crianças, em geral, é só sorriso. Na Palestina, nem sempre. Bil’in, Palestina, 19/04/2013. Leandro Taques.


Israel pratica apartheid na palestina, diz Richard Falk


Publicado em 02/25/2014 por Fabio Bacila

Para aqueles que estão mais familiarizados com a realidade da região, talvez não seja surpreendente a afirmação contundente de Richard Falk, relator especial designado pela ONU para averiguar a situação dos direitos humanos nos territórios ocupados por Israel, desde 1967. Mas, uma coisa é ouvir isso de estudiosos ou mesmo de lideranças árabes, palestinas, ativistas e políticos das esquerdas. Situação bem diferente é constar essa afirmação em um relatório oficial da Organização das Nações Unidas.

Falk, em seu último relatório investido da relatoria especial pela ONU, critica a imobilidade da Corte Internacional de Justiça e assume parcialmente a tarefa que seria da competência dessa instância máxima, requerida desde 2007 a “analisar se as alegações de apartheid na Palestina Ocupada são bem fundamentadas”.

Para desempenhar essa missão, o humanista judeu e relator especial se utiliza de documentação pregressa da ONU, dos instrumentos internacionais que tipificam apartheid, colonialismo e limpeza étnica e de relatórios produzidos por diferentes organizações de direitos humanos – muitas delas israelenses. Falk reúne diversas evidências que Israel desrespeita uma série de direitos da população palestina vivendo sob ocupação, como direito à vida, liberdade, igualdade, trabalho, educação, movimentação, residência, opinião, expressão e associação. Se em Gaza as violações de direitos humanos são praticadas via bloqueio e controle exercido à distância, na Cisjordânia o ocupante instituiu um sistema legal duplo e uma segregação espacial entre colonos judeus e a população árabe.

Acercando-se da conclusão drástica de que Israel pratica o apartheid, Falk afirma no parágrafo setenta e um que “parece incontestável que as medidas israelenses de fato dividem a população dos Territórios Palestinos Ocupados com base em critérios raciais, criam reservas separadas para os palestinos e expropriam sua terra. Mais adiante, no parágrafo setenta e sete, sintetiza sua argumentação: as violações de direitos humanos refletem “políticas, leis e práticas israelenses sistemáticas e discriminatórias, que determinam onde nos territórios ocupados os palestinos podem ou não viajar, viver e trabalhar”. Como conclusão, o relator ressignifica a palavra hebraica hafrada (separação) e a utiliza como sinônimo do termo africâner apartheid para definir a situação nos territórios palestinos: “os efeitos combinados das medidas formulados para garantir a segurança dos cidadãos israelenses, para facilitar e expandir os assentamentos e, ao que parece, para anexar terras, é hafrada, discriminação e opressão sistemática do povo palestino e domínio sobre ele”.

Essa conclusão relativamente tardia, haja vista o acúmulo de indícios que a sustentam na documentação da própria ONU sobre o caso, remeto-nos a um desentendimento entre as lideranças sul-africanas e israelenses nos anos 1970. Na ocasião, um representante oficial do apartheid acusava seu colega israelense de hipocrisia quando este tentava se desvencilhar da proximidade ideológica e concreta com o regime de segregação africano.

Esse reconhecimento oficial de Richard Falk reforça ainda mais o isolamento de Israel, que caminha a passos largos para a “saída da civilização”, como mencionou um parlamentar contrário à ocupação no Knesset, referindo-se ao governo atual e aos pronunciamentos de seus apoiadores na casa legislativa. Essa constatação do relator especial faz coro com a diretriz da União Europeia, que ano passado decidiu começar a verificar a documentação de empresas israelenses para se certificar que essas não tinham vínculos com os territórios ocupados antes de permitir a venda de seus produtos na Europa. Avança a opressão e, agora sim é possível afirmar, o apartheid, mas concomitantemente Israel vai se complicando e se isolando ao permitir que suas alas da direita persigam o anacrônico sonho de um Estado judeu em toda a Palestina histórica.




Manifestação de boicote ao apartheid de Israel


O relator especial da ONU, Richard Falk, acusa Israel de promover uma “limpeza étnica”

Publicado em 02/24/2014 por Fabio Bacila


Em seu último relatório como relator especial da ONU para averiguar as violações de direitos humanos nos Territórios Ocupados por Israel [territórios palestinos], o judeu Richard Falk argumentou que a “ocupação opressiva … parece delineada para encorajar os residentes a deixar a Palestina, o que é consistente com os objetivos ‘anexionistas’, colonialistas e de limpeza étnica de Israel.

Em seu relatório, Falk sugeriu que a ONU tem um papel crucial a desempenhar, naquilo que chamou de guerra de legitimidade contra Israel. Falk descreveu esta “guerra” como “uma luta mundial para ganhar controle sobre o debate a respeito dos benefícios legais e propriedades morais no conflito apoiado por um movimento de solidariedade mundial que começou a influenciar a opinião pública.” Ele encorajou a ONU para substituir a palavra ‘ocupação’ por ‘ambições coloniais’, bem como ‘anexação’ de modo a reforçar a urgência de enfrentar a situação.

Falk foi tão longe ao ponto de redefinir a palavra hebraica hafrada – separação -, atribuindo a ela um uso literal como a tradução da palavra africâner “apartheid”, literalmente o estado de estar separados. Em seu parágrafo final da seção perguntando se Israel é culpado de apartheid, Falk escreveu que “o efeito combinado das medidas destinadas a garantir a segurança dos cidadãos israelitas, para facilitar e expandir os assentamentos, e, ao que parece, para anexar terras, é hafrada, discriminação e opressão sistemática de e dominação sobre o povo palestino.
Em suas recomendações, Falk chamou mais uma vez a Corte Internacional de Justiça para emitir opiniões consultivas sobre o estatuto jurídico da ‘ocupação prolongada da Palestina, agravada pelas transferências proibidas de grande número de pessoas da potência ocupante e pela imposição de um sistema administrativo duplo e discriminatório na Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental “.

Falk também sugeriu que Israel desmantele as colônias, realoque os colonos e ofereça compensações para os palestinos da Cisjordânia, bem como “levante o bloqueio ilegal de Gaza, cesse as incursões militares, permita aos moradores de Gaza usufruir plenamente dos seus recursos naturais situados dentro de suas fronteiras ou na costa de Gaza, e se responsabilize pela situação de emergência em Gaza “.

Fonte: Urgente Palestina






Nelson Mandela fala sobre o apartheid israelense



Direito ao retorno dos palestinos



Israel pratica apartheid, Charge "Eu sou palestina" de Carlos Latuff




Muro do Apartheid construído por Israel nos territórios palestinos
Muro do Apartheid construído por Israel nos territórios palestinos ocupados.
Tem mais de 700 km, separando famílias, confiscando terras. 
Foi declarado ilegal pela Corte Internacional.




Mae palestina e mão sul africana chora a dor. Apartheid, por Latuff



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