sábado, 21 de novembro de 2015

Missão brasileira de solidariedade retorna da Palestina

Presd.Mahmud Abbas recebe brasileiros da Missão de Solidariedade
Missão brasileira retorna da Palestina na terça (24) após extensa programação


Foz do Iguaçu - PR - Os vereadores do PCdoB – Partido Comunista do Brasil chegaram à Palestina em 14 de novembro, em missão de solidariedade realizada a convite do embaixador do Estado da Palestina no Brasil, Sr. Ibrahim Alzeben, a qual previa o cumprimento de uma série de atividades junto às autoridades do governo e da sociedade civil. Em 15 de novembro a Palestina comemora a sua declaração de independência, ocorrida no ano de 1988, quando, na Argélia, Yasser Arafat (1929-2004), líder da Autoridade Palestina, presidente da Organização para a Libertação da Palestina e líder da Fatah, falecido em 2004, emitiu a declaração histórica no Conselho Nacional Palestino.


 Da Redação do Jornal do Iguassu - 21/11/15


Em toda a Palestina ocorrem comemorações alusivas à data que, coincidentemente, é a mesma na qual os brasileiros comemoram a proclamação da República, que completou seu centenário um ano após o ato histórico de Arafat.


ENCONTRO COM O GOVERNADOR GERAL DE JERICÓ


A missão brasileira esteve em visita ao governador geral de Jericó, Majed Al-Fityani, na segunda-feira (16), que os recebeu em seu escritório político instalado no gabinete que foi do líder palestino Yasser Arafat. Paulo Porto postou em seu Twitter, direto do local: “Foi uma bela reunião política e o momento mais emocionante da viagem até agora, devido à importância deste líder na luta pela libertação do povo Palestino“.


HOMENAGEM A YASSER ARAFAT


Os integrantes da missão visitaram na terça-feira (17) o túmulo de Yasser Arafat, acompanhados do prefeito da cidade palestina de Beitunia, Ribhi Dola, e participaram de uma homenagem ao líder. Paulo Porto declarou na ocasião: “Lindo o encontro cultural em homenagem a Yasser Arafat pelo 11 de novembro, que é a data de sua morte. Os palestinos seguem ensinando seus filhos e toda uma geração, o legado da resistência, da luta pela sua terra, o legado de Yasser Arafat”.

No mesmo dia, a delegação visitou o Museu para Mahmud Darwish, em Ramallah. Nilton Bobato, demonstrou sua surpresa com o local em uma postagem: “Um lugar lindo e emocionante, que mostra como o povo palestino, apesar da opressão, respeita sua cultura e a sua memória. Nunca vi no Brasil, algo parecido em homenagem a um escritor”.

REUNIÃO COM O EMBAIXADOR BRASILEIRO NA PALESTINA


No dia 18, quarta-feira, a delegação foi recebida na Embaixado do Brasil na Palestina, pelo embaixador brasileiro, Paulo França, quando tiveram uma reunião com a participação do vice-cônsul Luis Fernando de Carvalho e integrantes do partido Fatah. O encontro teve como tema a discussão da dura situação da Palestina como território ocupado e as formas de colaboração que podem ser implementadas entre as cidades-irmãs de Cascavel e Beitunia, e Foz do Iguaçu e Jericó, aprofundando o tratado de irmandade firmado em 2012, por iniciativa do presidente da Sociedade Palestina de Foz, Jihad Abu Ali, e apresentada no Legislativo em forma de projeto de Lei pelo vereador Nilton Bobato.

AUDIÊNCIA COM O PRESIDENTE DO ESTADO PALESTINO


Na quinta-feira (19) os integrantes da missão de solidariedade participaram de uma audiência com o presidente do Estado Palestino, Mahmoud Abbas. A delegação presenteou Abbas com um belíssimo quadro com uma foto das Cataratas do Iguassu e lhe entregaram um livro sobre o município e suas atrações. Paulo Porto, falando sobre o encontro, disse: “Foi um grande prazer e imensa honra ser recebido em audiência, junto com toda a missão brasileira, pelo presidente Mahnoud Abbas. O Brasil tem sido um grande aliado da luta do povo palestino. Nosso papel é aprofundar esta relação de solidariedade entre os novos povos”.

VISITA À MESQUITA DE AL-AQSA EM JERUSALÉM



O presidente da Sociedade Árabe Palestina de Foz do Iguaçu, Jihad Abu Ali, esteve no complexo da Mesquita de Al-Aqsa, considerada a terceira mais importante Mesquita para os muçulmanos. Em um vídeo que está no portal do jornal do iguassu, pode-se ver Jihad Abu Ali dizendo: “Estou entrando em Jerusalém... O momento mais importante da minha vida”. Veja mais sobre a missão, com documentário completo em fotos e vídeos, no portal, em www.jornaldoiguassu.com.br. A FEPAL- Federação Árabe Palestina do Brasil foi uma grande parceira para esta reportagem, fornecendo informações e fotos sobre o dia-a-dia da delegação.

Jihad Abu Ali, Presidente da Sociedade àrabe Palestina de Foz
Jihad Abu Ali na Mesquita de Al-Aqsa em Jerusalém (Mesquita da Rocha atrás)

Nota do Blog: A foto mostra a Mesquita do Domo da Rocha, a Mesquita Al Aqsa está posicionada do lado oposto, ambas mesquitas situadas na Esplanada das Mesquitas em Jerusalém - Palestina:


Mesquitas Al Aqsa e Domo da Rocha - Jerusalém - Palestina



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Veja aqui o álbum fotográfico da Missão de Solidariedade



Integrantes da Missão de Solidariedade ao Povo Palestino
A partir da esquerda: Vereador Paulo Porto, Jihad Abu Ali-Presid. Sociedade Palestina de Foz do Iguaçu, Ualid Rabah-Diretor da FEPAL e Vereador Nilton Bobato


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RELATOS/ARTIGOS  DA 3ª MISSÂO DE SOLIDARIEDADE - MARÇO/ 2014





RELATOS/ARTIGOS DA 2ª MISSÂO DE SOLIDARIEDADE - ABRIL/ 2013











RELATOS/ARTIGOS DA 1ª MISSÃO DE SOLIDARIEDADE - JUNHO / 2012



Brasileiros participam de marcha contra a ocupação




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Muçulmanos, árabes e palestinos no Brasil e na América repudiam o terrorismo

SBM- Sociedade Beneficente Muçulmana e Mesquita Brasil



NOTA DE REPÚDIO AO TERROR

“Um homem que tira a vida de outro homem é como se tivesse tirado a vida de toda humanidade” Alcorão, surata 5-32

A SBM (Sociedade Beneficente Muçulmana) e a Mesquita Brasil,  primeira mesquita da América Latina, propagadoras da Paz, da tolerância e da moderação religiosa, em nome de toda a comunidade muçulmana brasileira vem a público demonstrar repúdio aos atentados ocorridos em Paris na última sexta-feira, 13 de novembro, assim como demais ações terroristas em diversos países do mundo.

A SBM e a Mesquita Brasil estão consternadas com tais acontecimentos e tem orado pelas vitimas e seus familiares, deste, e de todos os atentados cometidos por grupos fanáticos que usam levianamente a religião para praticar o terror.

Por isso é preciso que todas as pessoas de paz evitem a “islamofobia”. Essa e qualquer outra forma de discriminação devem ser combatidas exatamente para que não se formem outros grupos fanáticos ou extremistas, sejam eles quais forem, em nome de qualquer motivação, pois o terrorismo e a violência não têm religião e tão pouco país.

Aqueles que usam inadequadamente o nome de Estado Islâmico não formam um estado e não são muçulmanos!

Esse grupo é composto por mercenários mantidos por grupos políticos e econômicos cujos interesses e finalidades estão focados tão somente em assuntos mundanos com ganhos políticos e financeiros.

Esses terroristas que se escondem sob o Islam não representam o verdadeiro preceito da religião em hipótese alguma! Não passam de radicais loucos, psicopatas vindos de várias partes do mundo, desprovidos de amor à vida ou ao próximo.

É preciso refletir!

Como começou o Estado Islâmico?
Quem os criou?
Quais seus interesses?
Como eles obtiveram armas?

Cabe a cada um pesquisar mais sobre esses mercenários e tirar suas conclusões. Mas dizer que se tratam de muçulmanos e seguem o Islamismo está totalmente fora da lógica!

Esse grupo não representa - sob  hipótese alguma - o Islamismo. Devemos pesquisar e refletir como tudo isso teve origem, de que forma os conflitos se originaram e colocar um ponto final o mais rápido possível.

Mas para que se obtenha sucesso e paz é necessário que as grandes potências, a OTAN e a ONU se juntem para acabar definitivamente com a origem do Estado Islâmico e outros grupos radicais. É necessário resolver as crises geradas em vários países da Ásia, Oriente Médio e África para evitar que novos grupos de fanáticos surjam e aterrorizem a humanidade.

É preciso acabar com tudo isso: mercenários, conflitos, radicais... seja o que for! Acreditamos que a vida de cada ser humano tem muito mais valor do que tudo isso que está acontecendo no mundo.

É imprescindível viver em paz, com respeito. Os líderes das nações devem buscar este objetivo como o principal.

Estamos aqui só de passagem...

Todos nós temos um único Deus e, em torno deste ideal comum, devemos nos unir em busca da paz, do amor e da fraternidade entre as nações.


Salam!



Nasser Fares Sheikh                  Abdelhamed Metwally

Presidente da SBM                    Líder Religioso da Mesquita Brasil


Fonte: https://goo.gl/eapOfv



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FEARAB - Federação de Entidades Americano-Árabes

Federação de Entidades Americano-Árabes



DECLARACIÓN FINAL DE FEARAB AMÉRICA em Montevidéu



Os delegados participantes na reunião estatutária da Diretoria,  do Conselho Consultivo e Conselho de Ex-Presidentes da FEARAB AMERICA, realizada em 13 e 14 de Novembro de 2015, na cidade de Montevidéu, República Oriental do Uruguai, na sede do Clube Libanês, os delegados fazem constar o grande espírito de unidade, fraternidade, compreensão mútua que caracterizou suas reuniões e unanimidade de critérios em seus acordos e resolução final. Os delegados reafirmam a sua lealdade para com os princípios e objetivos que motivaram a fundação da instituição em 19 de outubro de 1973.

1. FEARAB AMERICA condena veementemente todas as formas de terrorismo. originários de qualquer setor da sociedade ou do estado. E expressa  o desejo de eliminar este flagelo cruel e desumano que só causa dor e sofrimento aos povos do mundo. Nesta linha de pensamento, condenamos os atos de terrorismo ocorridos nas últimas horas em Beirute e Paris, atos de selvageria primitiva que não são consistentes com o estado atual da civilização humana.

2. FEARAB AMERICA, depois de analisar as situações difíceis e complexas que estão sendo vivenciadas pelos povos árabes, exige respeito absoluto para a autodeterminação dos povos, e não ingerência nos seus assuntos internos, e o fim da  agressão contra a Síria, Líbano, Palestina, Iêmen e outros povos árabes. E instamos para que a comunidade internacional envide todos os esforços para uma solução pacífica baseada no respeito, independência, soberania e na  legalidade internacional,  com a aplicação das regras do direito internacional aprovadas pela ONU – Organização das Nações Unidas.

3. FEARAB AMERICA exige o fim da ocupação sionista, solicitando apoio internacional para o estabelecimento de um Estado palestino independente, com Jerusalém Oriental como sua capital. reconhecendo, assim , os direitos inalienáveis do povo palestino ao retorno e autodeterminação.

4. FEARAB AMERICA se pronuncia, também, pelo respeito e apreço pela contribuição da civilização árabe, sua cultura e tradições  para a humanidade., que se encontram ameaçadas pelas campanhas de difamação e falsas declarações.

5. FEARAB AMERICA, congratula-se com o restabelecimento das relações diplomáticas entre a República de Cuba e dos Estados Unidos da América  e solicitia  o fim do bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto à ilha.

6. FEARAB AMERICA congratula-se com a presença do Cardeal Daniel Sturla, como parte das reuniões da da nossa organização, que com suas palavras fortaleceu profundamente o nosso anseio de paz, para que os  povos dos nossos países de descendência possam  desfrutar de uma convivência civilizada e de direitos humanos inerentes a cada pessoa e as suas famílias.

7. FEARAB AMÉRICA URUGUAI agradece à Presidência do Clube Libanes por sua hospitalidade fraternal e todas as facilidades oferecidas para o êxito da reunião.

Cidade de Montividéu, República do Uruguai, 14 de novembro de 2015.


Aziz Jarjour

Presidente

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FEPAL - Federação Árabe Palestina do Brasil


NOTA - 14/11/2015


OS ATENTADOS TERRORISTAS NA FRANÇA



A FEPAL – Federação Árabe Palestina do Brasil, em nome dos palestinos no Brasil e seus descendentes, prestamos nossas condolências à França, povo e governo e às famílias das vítimas dos atentados terroristas executados pelo Estado Islâmico.

Da mesma forma, prestamos nossas condolências ao Líbano, povo e governo, e às famílias das vítimas do atentado ocorrido em Beirute, executado pelo mesmo grupo terrorista no dia anterior ao atentado na França.

Lamentamos que as vítimas de terrorismo, originárias de países, continentes e nacionalidades distintas, tenham um tratamento diferenciado por parte da mídia em geral e de governos. Lamentamos que essa seletividade seja um guia nefasto de discriminação quanto à importância midiática ocidentalizada da origem das vítimas do terror.

O Estado Islâmico não nos representa, nem de longe e nem de perto e não tem nenhuma relação com o povo palestino e seus objetivos nacionais legítimos e reconhecidos pelo mundo: o direito nacional  ao seu estado independente e soberano e o retorno dos refugiados conforme as resoluções da ONU.

Da mesma forma que denunciamos e repudiamos o terrorismo que atinge o povo palestino através da ocupação militar do Estado de Israel, que já dura 67 anos, denunciamos e repudiamos qualquer outro tipo de terrorismo que fale em nome do islamismo e de qualquer outra religião, inclusive o cristianismo e judaísmo.

Devemos refletir e questionar: o que possibilitou que a ideologia e às ações desse grupo terrorista viessem a se tornar uma realidade? Todas as intervenções das potencias ocidentais no Oriente Médio, desde o fim da Primeira Guerra Mundial até os dias de hoje, trouxeram mais progresso ou destruição para a região? Qual o resultado de um século de intervenção de países ocidentais, sendo as mais recentes no Iraque, Afeganistão e Síria? Qual o resultado de tanta intervenção que atinge casas, hospitais, escolas, cidades inteiras arrasadas, foi em nome da democracia que produziram tantos escombros e cadáveres?

A pior forma de terrorismo advém de estados e governantes que usam do seu poderio econômico e militar e sua áurea de “legitimidade” para atingir, de forma muito mais destrutiva e sangrenta, países soberanos, povos e minorias sociais. Os que hoje citam apenas os grupos terroristas deveriam olhar ao redor e ver que “não se brinca” em combater o terrorismo de grupos com o terrorismo de estados. Quando fechamos os olhos para os estados terroristas, estamos avalizando e criando a cultura necessária para o surgimento e ação de grupos terroristas.

Que os criadores de terrorismo cuidem de eliminar a sua criação pela raiz dos problemas e não pela falácia ilusionista das intervenções militares para o saque de riquezas e imposição dos seus domínios geopolíticos.

Nesse momento, nos solidarizamos com o povo francês e os familiares das vítimas. Estendemos nossa solidariedade ao povo sírio, iraquiano, palestino, afegão, libanês e tantos outros povos vítimas de terrorismo de estado ou de grupo, ambos alheios aos interesses legítimos desses povos que lutam pela sua liberdade e autodeterminação e merecem respeito, consideração e solidariedade de todos que se mobilizam por um mundo mais justo e igualitário.


Elayyan Aladdin – Presidente        Emir Mourad – Secretário Geral


Fonte: https://goo.gl/wIAH5H  


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sábado, 14 de novembro de 2015

Nota da Federação Palestina: França e os atentados terroristas

FEPAL - Federação Árabe Palestina do Brasil
A FEPAL – Federação Árabe Palestina do Brasil, em nome dos palestinos no Brasil e seus descendentes, prestamos nossas condolências à França, povo e governo e às famílias das vítimas dos atentados terroristas executados pelo Estado Islâmico.

Da mesma forma, prestamos nossas condolências ao Líbano, povo e governo, e às famílias das vítimas do atentado ocorrido em Beirute, executado pelo mesmo grupo terrorista no dia anterior ao atentado na França.

Lamentamos que as vítimas de terrorismo, originárias de países, continentes e nacionalidades distintas, tenham um tratamento diferenciado por parte da mídia em geral e de governos. Lamentamos que essa seletividade seja um guia nefasto de discriminação quanto à importância midiática ocidentalizada da origem das vítimas do terror.

O Estado Islâmico não nos representa, nem de longe e nem de perto e não tem nenhuma relação com o povo palestino e seus objetivos nacionais legítimos e reconhecidos pelo mundo: o direito nacional  ao seu estado independente e soberano e o retorno dos refugiados conforme as resoluções da ONU.

Da mesma forma que denunciamos o terrorismo que atinge o povo palestino através da ocupação militar do Estado de Israel, que já dura 67 anos, denunciamos qualquer outro tipo de terrorismo que fale em nome do islamismo e de qualquer outra religião, inclusive o cristianismo e judaísmo.

Devemos refletir e questionar: o que possibilitou que a ideologia e às ações desse grupo terrorista viessem a se tornar uma realidade? Todas as intervenções das potencias ocidentais no Oriente Médio, desde o fim da Primeira Guerra Mundial até os dias de hoje, trouxeram mais progresso ou destruição para a região? Qual o resultado de um século de intervenção de países ocidentais, sendo as mais recentes no Iraque, Afeganistão e Síria? Qual o resultado de tanta intervenção que atinge casas, hospitais, escolas, cidades inteiras arrasadas, foi em nome da democracia que produziram tantos escombros e cadáveres?

A pior forma de terrorismo advém de estados e governantes que usam do seu poderio econômico e militar e sua áurea de “legitimidade” para atingir, de forma muito mais destrutiva e sangrenta, países soberanos, povos e minorias sociais. Os que hoje citam apenas os grupos terroristas deveriam olhar ao redor e ver que “não se brinca” em combater o terrorismo de grupos como o terrorismo de estados. Quando fechamos os olhos para os estados terroristas, estamos avalizando e criando a cultura necessária para o surgimento e ação de grupos terroristas.

Que os criadores de terrorismo cuidem de eliminar a sua criação pela raiz dos problemas e não pela falácia ilusionista das intervenções militares para o saque de riquezas e imposição dos seus domínios geopolíticos.

Nesse momento, nos solidarizamos com o povo francês e os familiares das vítimas. Estendemos nossa solidariedade ao povo sírio, iraquiano, palestino, afegão, libanês e tantos outros povos vítimas de terrorismo de estado ou de grupo, ambos alheios aos interesses legítimos desses povos que lutam pela sua liberdade e autodeterminação e merecem respeito, consideração e solidariedade de todos que se mobilizam por um mundo mais justo e igualitário.



Elayyan Aladdin – Presidente        Emir Mourad – Secretário Geral



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domingo, 8 de novembro de 2015

Caetano Veloso, sobre Israel: “acho que nunca mais voltarei lá”

Gilberto Gil e Caetano Veloso em Susya na Palestina
Gil e Caetano visitam Susya na Palestina para conhecer a realidade da ocupação israelense


Em artigo, músico fala sobre suas impressões da visita que fez ao país e a áreas da Cisjordânia. “Eu quero a paz que se mostra desde sempre impossível. Mas agora eu a quero sentindo-me muito mais próximo dos palestinos do que jamais me imaginei –e muito mais longe de Israel do que suporia meu coração há apenas pouco mais de um ano”


Por Redação da Revista Fórum


O músico Caetano Veloso conta, em artigo publicado no caderno Ilustríssima, da Folha de S. Paulo, suas impressões a respeito de sua visita a áreas da Cisjordânia, em julho deste ano. Na ocasião, ele esteve em Israel para fazer um show com Gilberto Gil, tendo recebido diversos apelos, como do músico Roger Waters e do Nobel da Paz Desmond Tutu, para não ir ao país em função da política de opressão do Estado israelense contra os palestinos.

Caetano diz que Tel Aviv, a capital do país, tem para ele o “aspecto de uma das nossas capitais nordestinas, e o seu povo, o ar altivamente desencanado do carioca”. Mesmo tendo ido lá em outras ocasiões, desta vez estranhou o fato de não haver presença ostensiva de soldados nas ruas. “Era difícil reconhecer que essa paz refletia o maior poder adquirido pelo Estado de Israel, sua certeza de que a cúpula de proteção construída por sua defesa está firme. Será, como diz Marcelo Yuka, a paz que não quero?”, questiona, referindo-se à canção do grupo O Rappa.

O músico narra o encontro com membros do Breaking The Silence, grupo de israelenses crítico à política oficial do governo em relação aos palestinos. “Alguns apoiadores do BDS, movimento internacional de boicote a Israel, tinham nos procurado, a Gil e a mim, na tentativa de dissuadir-nos de ir a Tel Aviv. Pelo que ouvi da boca de Yehuda –e de Nasser, o palestino de Susiya que por ele nos foi apresentado– todas as queixas dos participantes do BDS são fundadas”, conta.

Ao visitar um acampamento palestino na Cisjordânia, Caetano também relata ter se lembrado do Brasil. “As favelas brasileiras ocupadas me vinham à mente. Eu não queria fazer um reducionismo político e usar um esquema único para avaliar questões brasileiras à luz da situação palestina, mas as imagens de fracassos pontuais das UPPs no Rio (não apenas o caso Amarildo) vinham à cabeça. Nós, os visitantes, não éramos estranhos às desumanidades que testemunhávamos no Oriente Médio. Era impossível não fazer paralelo com situações que vivemos no Brasil.”

“Eu quero a paz que se mostra desde sempre impossível. Mas agora eu a quero sentindo-me muito mais próximo dos palestinos do que jamais me imaginei –e muito mais longe de Israel do que suporia meu coração há apenas pouco mais de um ano”, refllete, em outro trecho do texto. Ao fim do artigo, o músico conclui: “Gosto de Israel fisicamente. Tel Aviv é um lugar meu, de que tenho saudade, quase como tenho da Bahia. Mas acho que nunca mais voltarei lá.”


Leia a íntegra do artigo aqui.

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sábado, 7 de novembro de 2015

Palestina: a colonização israelense é a raiz da violência

O que vemos - e seguiremos vendo - na Palestina é a luta existencial do povo nativo de um país que ainda está sob ameaça de destruição.


Do site da Carta Maior

Ilan Pappe*, para Al Jazeera


O olhar do menino palestino


Em meio do que se chegou a conhecer em Israel como a “Intifada dos esfaqueadores”, acontece uma cena pouco usual em Ramat Gan, onde muitos dos residentes são judeus iraquianos. Uma mulher estava protegendo um homem que estava caído no chão. Ele estava sendo perseguido por uma turba, incluindo alguns soldados, que queriam linchá-lo.

Enquanto estava caído, ele foi pulverizado com gás pimenta, atirado nos olhos, a queima-roupa, até que conseguiu murmurar ao seu anjo guardião: “sou judeu”. Quando a turba conseguiu compreender a mensagem o deixou sozinho.

Ele foi perseguido porque quase todos os judeus iraquianos se parecem com os palestinos – aliás, a maioria de nós, judeus de Israel, nos parecemos aos palestinos. Os únicos judeus que estão “protegidos” são os judeus ortodoxos mizrahim, que usam as mesmas vestimentas que os seus antepassados asquenazes usavam na Europa do Século XVII, deixando de lado sua tradicional vestimenta “árabe”.

Gente invisível


Esse ataque não foi o único. Outros judeus árabes foram confundidos com palestinos. Ser considerado árabe em Israel, inclusive pela aparência, significa que ser um dos invisíveis e prescindíveis nativos sem direitos.

Uma atitude semelhante não é única na história. Muitas sociedades de assentamentos coloniais adotaram essa atitude com relação aos nativos: os nativos, para essas sociedades, constituem um obstáculo que deve ser removido, junto com as rochas nos campos, os mosquitos nos pântanos e, no caso do sionismo, junto com os judeus menos adequados física e culturalmente.

Depois do Holocausto, o sionismo já não pode permitir ser tão exigente.

Quando se analisam as origens da atual intifada, pode-se apontar corretamente a ocupação e a expansão da colonização judia.

Mas o desespero que a atual agitação produziu não é um resultado direto da colonização de 1967, mas sim do processo que vem sendo invisibilizado a mais de 100 anos: a desumanização e destruição potencial do povo palestino onde quer que ele se encontre.

Essa negação da humanidade dos nativos da Palestina se encontra profundamente arraigado no atual cenário político israelense, pode ser visto nos discursos dos principais líderes, tanto o primeiro-ministro Benjamín Netanyahu quanto o líder da oposição, Yitzhak Herzog.

Netanyahu explicou, nesta terça-feira, em seu discurso no Knéset (parlamento israelense), que o desespero dos palestinos produzirá mais e mais intifadas no futuro, porque a deslegitimação internacional de Israel aumentará exponencialmente. Descreveu os 100 anos da colonização como um projeto digno, ao qual o povo nativo da Palestina se opôs sem razão alguma.

A mensagem aos palestinos foi clara: “aceitem a sua sina de reclusos invisíveis, sem cidadania, nas duas maiores prisões do mundo (Cisjordânia e Faixa de Gaza) e um severo regime de apartheid, e só então todos poderemos viver em paz. Qualquer tentativa de rechaçar essa realidade será considerada terrorismo da pior classe, e será tratada com a dureza que corresponde.

Dentro desta narrativa, se o autor do discurso tentava acalmar as preocupações do mundo muçulmano sobre o que acontece com o al-Haram al Sharif (o Nobre Santuário), o que conseguiu foi exatamente o contrário. Grande parte do seu discurso foi uma lição de história sobre porque o lugar pertence ao povo judeu – e embora tenha terminado essa parte do discurso com a promessa de não mudar o seu status quo, não se pode dizer que a presença dos dirigentes de um partido que acredita na necessidade de construir um terceiro templo no lugar seja particularmente tranquilizante.

“Nunca juntos”


Por sua parte, Herzog, o líder da oposição liberal sionista, manifestou a desumanização dos palestinos de uma maneira diferente. Seu pesadelo, disse ele, repetidas vezes, é um país no qual judeus e palestinos tenham que viver juntos.

Por isso a separação, a criação de guetos e enclaves, é a melhor solução, inclusive se significa reduzir um pouco o grande Israel. “Estamos nós aqui e eles lá”, diz o famoso slogan de Ehud Barak e Shimon Peres, no final dos Anos 90.

O jornalista liberal sionista de Haaretz, Barak Ravid, repetiu o horror dos sionistas liberais: “se existir um Estado binacional, os esfaqueamentos serão diários”, advertiu. A ideia de que um território compartilhado entre Israel e Palestina seja uma democracia para todos nunca foi parte do programa liberal sionista.

Esse desejo de não compartilhar a vida com qualquer coisa que cheire a árabe é uma atitude que afeta diariamente cada palestino. Mais de um século de colonização e nada mudou na negação total da humanidade dos palestinos nativos ou sobre o seu direito ao território onde vivem.

A atual onda de protestos e ataques individuais foi provocada pela política e pelas ações israelenses contra a mesquita Al-Aqsa. Mas a origem é uma atrocidade contínua, que já dura um século: o crescente “culturicídio” da Palestina.

O mundo ocidental se horroriza com a destruição das antigas joias culturais cometidas pelo Estado Islâmico (EI-ISIL-Daesh). A destruição e eliminação, por parte de Israel, do patrimônio islâmico da Palestina, é muito mais ampla e significativa. Apenas uma mesquita se manteve intacta depois do Nakba e muitas das restantes foram transformadas em restaurantes, discotecas e granjas.

Qualquer tentativa dos palestinos de ressuscitar seu patrimônio teatral e literário é considerado por Israel como uma comemoração do Nakba, e portanto ilegal se é realizado por quem depende dos subsídios governamentais.

O que vemos – e seguiremos vendo – na Palestina, é a luta existencial do povo nativo de um país que ainda está sob ameaça de destruição.

* Ilan Pappe é diretor do Centro Europeu de Estudos Palestinos da Universidade de Exeter. Já publicou quinze livros sobre o Oriente Médio e a questão palestina.

Tradução Victor Farinelli

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