CUT participa das manifestações do 1º de Maio na Palestina ocupada
28/04/2011
João Felício manifesta apoio à luta contra o terrorismo de Estado de Israel
Por Leonardo Severo
O secretário de Relações Internacionais da Central Única dos Trabalhadores, João Antonio Felício, representará a CUT na luta contra a ocupação militar e o terrorismo de Estado de Israel durante as comemorações do 1º de Maio na Palestina.
Na oportunidade, o professor João Felício estará acompanhado da secretaria-geral da Confederação Sindical Internacional (CSI), Sharon Burrow, que cumprirão extensa agenda, que inclui reunião com a Autoridade Nacional Palestina (ANP) e as centrais sindicais palestina e israelense, além de visitas a ONGs locais. A viagem de solidariedade ao povo palestino foi proposta pelos dois dirigentes e aprovada na última reunião do Conselho da CSI, que também decidiu pela realização de um Seminário Internacional na região, no segundo semestre do ano.
“O povo palestino é um exemplo de coragem, determinação e heroísmo. Nossa visita tem um caráter simbólico de luta contra a opressão desse povo que, apesar de morar há milhares de anos na região, vem tendo o direito à sua Pátria sistematicamente negado”, declarou João Felício. O líder cutista lembra que historicamente as delegações de sindicalistas palestinos estão entre as mais aplaudidas nos congressos da CUT, que sempre reitera o apoio à causa da libertação, contra a ocupação criminosa e desumana praticada pelo Estado de Israel.
João Felício explicou que a CUT defende “medidas concretas que garantam a paz na região”, pois “é inadmissível ficar indiferentes ao brutal desrespeito aos direitos humanos do povo palestino”. A presença na Palestina, acredita, “ajudará a ampliar a pressão internacional para que se garanta a autodeterminação do povo palestino”. Na oportunidade, frisou, vamos reiterar nossa mais enérgica condenação às políticas de ocupação israelense, que ignoram as resoluções da Organização das Nações Unidas (ONU), numa agressão às normas do direito internacional e dos próprios direitos humanos.
Infelizmente, lembra o dirigente cutista, neste momento cerca de seis mil palestinos se encontram como presos políticos nas prisões israelenses, enquanto prosseguem em Jerusalém as demolições de casas palestinas e sua substituição por unidades habitacionais para colonos judeus. A construção do muro do “apartheid”, que mantém ilhados centenas de milhares de palestinos em bantustões – semelhantes aos que eram submetidos os negros na África do Sul - e os constantes bombardeios a Gaza, também são absurdos e abusos criminosos que exigem de todos a solidariedade militante, com ações que possam contribuir de forma relevante para a construção da paz.
Em nota a CUT lamenta o fato do Brasil ser o terceiro maior consumidor de armas de Israel, que através do Plano de Estratégia Nacional de Defesa, do Ministério da Defesa, e dos acordos de armas, contribui indiretamente com as ações de ocupação do território palestino. A Central defende que “é necessário que o governo brasileiro suspenda os atuais acordos e negociações bilaterais econômicas/militares entre o Brasil e Israel. Sendo inadmissível que o Tratado de Livre Comércio entre MERCOSUL e Israel se torne uma realidade”.
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