Os atletas palestinos nos jogos olímpicos de Londres-2102 são
embaixadores do seu povo, embaixadores da paz, justiça e liberdade.
Não importam as medalhas, a presença da
Palestina representa uma importante vitória. Os atletas embaixadores afirmam para o mundo que a Palestina é uma
nação, é um povo, é um território, é uma cultura milenar, é uma causa e que a
brutalidade da ocupação e colonização israelense não dobrará de joelhos esse povo
altivo, esse povo que luta pelo retorno dos refugiados aos seus lares e
propriedades e pelo estabelecimento do seu Estado livre, soberano e
independente, com Jerusalém Capital.
Desfile da delegação palestina e o orgulho do judoca Maher Abu
Rmeileh ao erguer a bandeira
A atleta Wourud Sawalha : “tenho grande
responsabilidade, estou cumprindo uma missão nacional”. Israel e EUA, a despeito da vontade dos países
do mundo, jogam para que a missão de Woroud não seja cumprida.
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A vitoriosa delegação palestina nas Olimpíadas de Londres
Por Ana Helena Tavares(*)
O que é mesmo vencer e perder numa Olimpíada? Será que
naquela que tantas vezes se define como uma confraternização mundial através do
esporte vencer se resume a uma medalha de ouro no peito? Não posso crer.
E a pequena, porém sorridente, delegação palestina,
desfilando livre na cerimônia de abertura, onde fica nessa história?
Por que será que a imprensa não lhes dá destaque? Será
porque eles não têm chance de medalha ou será porque não estão preocupados com
isso?
Já chegam vencedores. A sombra do belicismo daqueles a quem
a paz não interessa não foi capaz de lhes deter. Em Londres, o amanhã se
apressa.
Clareia-se o sol entre os descendentes dos filisteus. E
flâmulas tremulam elevando o nome de uma terra maltratada pelo imperialismo.
Os generais de Israel – e da América fel – se roem. Após
lançar tantos fungos danosos à humanidade, cravando de mortes a terra onde
Cristo escolheu viver, impedindo o broto de chegar à mocidade, fazendo vidas
valerem menos que poder e tapando o sol com balas de canhão.
Mas em Londres, apesar do olhar gélido da rainha,
misturam-se cores num mundo de muitos ventos e costura-se a esperança como um
jogral.
Sim, lágrimas em Gaza ainda jorram, o mal continua aí. Mas o
reconhecimento desse povo como delegação transforma a vida numa possibilidade
menos vil.
Faz da noite dama menos prepotente e faz do futuro algo
viável de sonhar.
*Ana Helena Tavares é editora do site “Quem tem medo da
democracia?”
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Atleta palestino faz história ao conquistar índice olímpico
O judoca Maher Abu Rmeileh fez história ao se tornar o
primeiro atleta palestino a garantir índice para participar dos Jogos
Olímpicos, em Londres, entre julho e agosto deste ano. Desde 1996, a Palestina
só tinha participado do evento com delegação de esportistas convidados pelo
Comitê Olímpico Internacional. Comerciante nos arredores de Jerusalém, o atleta
de 28 anos acorda diariamente às 5h para treinar duas horas pela manhã, antes do
expediente em uma loja de roupas e bolsas. Após o horário de trabalho, são mais
duas horas de treino. Apesar de sonhar com uma medalha de ouro, o lutador
carrega consigo um desejo mais imediato: que o Comitê Olímpico Palestino lhe
conceda a honra de ser o porta-bandeira da Palestina na cerimônia de abertura
dos Jogos Olímpicos, que acontecerá no próximo dia 27 de julho.
Judoca palestino dribla rivalidade com Israel e será o primeiro do país a competir por mérito
O técnico de Rmeileh, Hani Halabi, que também é o chefe da
confederação de judô palestina, diz que não há cooperação entre os países. “A
confederação israelense tentou organizar eventos conjuntos várias vezes, mas
nós recusamos. Eu não posso pedir que um menino palestino compita contra um
israelense enquanto seu pai está na cadeia ou sua casa foi demolida. E ele não
pode passar pelos postos de controle”, diz Halabi.
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NATAÇÃO
Delegação participa apenas pela quinta vez dos Jogos
Olímpicos
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