SUGESTÕES DE ATIVIDADES
AOS ATIVISTAS, PARTICIPANTES E
CONVIDADOS DO
FÓRUM SOCIAL MUNDIAL PALESTINA
LIVRE
ATIVIDADES AUTO GESTIONADAS
DIA 28 – QUARTA-FEIRA
A arte de resistência e a solidariedade com o povo
palestino
Prof. Cláudio
Daniel - Revista Zunái; Eugênio Neves, Cartunista; Luciana Garcia, Historiadora
e Natália Forcat, Artista Gráfica
Entidade
promotora: FEPAL-Federação Árabe Palestina do Brasil
A atividade promoverá análise/debate sobre as formas de resistência e solidariedade
ao povo palestino através da charge, poesia e outras artes.
14
às 16 h - Usina do Gasômetro - Casa Palestina
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A economia politica da ocupação da Palestina
Prof. Dr.
Jabr Omar – Universidade Federal de Pelotas
Entidade
promotora: FEPAL-Federação Árabe Palestina do Brasil
Propõe analisar os fatores econômicos
e geopolíticos por trás da ocupação da palestina. Desde a descoberta do
Petróleo na região do Oriente Médio, as grandes potencias sempre tiver ambições
que resultaram em estratégias politicas, econômicas e militares visando o
domínio da região. A Palestina, inserida nesse contexto, sofreu as mais graves
e conhecidas consequências dessa geopolítica internacional.
16:30 às 18:30 - Usina do Gasômetro - Casa Palestina
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Profa. Liane Chipollino Aseff – Historiadora
Entidade
promotora: FEPAL-Federação Árabe Palestina do Brasil
A atividade tem por
objetivo refletir sobre a trajetória dos imigrantes palestinos na cidade de
Santana do Livramento (RS) a partir da década de 1960. Nesse período a
comunidade local passou a conviver com uma cultura diferente, diversa daquela
tida como “fronteiriça”, o que inicialmente gerou certo encantamento, dado o
“exotismo” de sua cultura e métodos de vendas.
DIA 29 – QUINTA-FEIRA
A luta de resistência das
mulheres palestinas
Entidades promotoras: Marcha Mundial das Mulheres (MMM),
Federação Democrática Internacional das Mulheres (FDIM), União Brasileira de
Mulheres (UBM), Confederação de Mulheres Brasileiras (CMB), CUT, MST/Via
Campesina, Kairós e outras.
14 às 16 h - UFRGS - Federal - Salão de Festas – Reitoria
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Da Muralha de Ferro aos Muros
de Separação
Prof. Dr. André Gattaz -
Historiador
Entidade promotora:
FEPAL-Federação Árabe Palestina do Brasil
Conferência com o historiador André Gattaz, abordando aspectos
históricos do conflito entre palestinos e colonos sionistas, de maneira a
melhor compreender o contexto atual da ocupação israelense da Cisjordânia e a
nova configuração do domínio sionista, baseada na guetização da palestina por
meio da construção dos muros de separação.
14 às 16 h - Usina do Gasômetro - Casa Palestina
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As
esquerdas palestina e latino-americana: diálogos sobre a paz, a soberania e a
descolonização
Entidades promotoras: Fundação Perseu Abramo/FPA, Fundação Maurício Grabois/FMG,
Foro de São Paulo/FSP
14 às 16 h – Assembléia Legislativa – Plenarinho/Auditório
DIA 30 – SEXTA-FEIRA
A luta social na Palestina
ocupada
Entidades promotoras: Fundação Maurício Grabois -
FMG, Fundação Perseu Abramo - FPA e Foro de São Paulo – FSP
12:15 às 13:30 - Assembléia Legislativa -
sala Alberto Pasqualini (4º andar)
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A Paz no Oriente Médio e a
Construção do Estado da Palestina
Entidades
promotoras: Cebrapaz, CMP, Capítulo Cubano del Foro Social Mundial, Movimiento
Cubano por la Paz, OSPAAL, FEPAL, FEARAB América
14 às 16 h – Assembléia Legislativa – Auditório Dante Barone
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Plenária "Estado da Palestina Já"
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Plenária "Estado da Palestina Já"
Convocação do COMITÊ PELO ESTADO DA PALESTINA JÁ! composto por 30 entidades nacionais: CUT,
FS, CTB, CGTB, UGT, NCST, CONTEE, CMP,
Cebrapaz FDIM, MMM, UBM, CMB, CMP, MST, CONAM, CNAB, MNU, UNEGRO, UNE, UBES,
UJS, Juventude do PT, FEPAL, FEARAB Brasil e América, BibliASPA, IJB, ABIB,
IBEI.
O
evento contará com várias personalidades e autoridades nacionais e internacionais.
A plenária definirá ações propositivas de solidariedade ao povo palestino e
será lido o Manifesto “Estado da Palestina Já”.
16:30 às 18:30 – Usina do Gasômetro – Casa
Palestina
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Lançamento de 4 livros inéditos no Brasil
Entidades
promotoras:
FEPAL–
Federação Árabe Palestina do Brasil e
BibliASPA
– Biblioteca e Centro de Pesquisa América do Sul-Países Árabes
A DISCRIÇÃO DOS LIVROS
SE ENCONTRA NA PÁGINA 11.
20:30 h – Usina do Gasômetro – Casa Palestina
DIA 01 – SÁBADO
30 anos do Massace de Sabra e Chatilla: heranças,
cicatrizes e a sobrevivência dos refugiados
Lúcia Helena Issa – Jornalista e escritora
Emir Mourad – Secretário Geral da FEPAL
Nos
dias 16, 17 e 18 de setembro de 1982, o massacre nos campos de refugiados
palestinos de Sabra e Chatila, no Líbano, deixou mais de três mil mortos. O ato
criminoso foi executado por milícias falangistas libanesas, com proteção e
apoio do exército israelense, que ocupava o país. A jornalista Lucia Helena
esteve nos campos em 2010 e 2011 e conviveu com crianças, velhos, jovens,
mulheres que carregam as cicatrizes da chacina de parentes, amigos e
familiares. Lúcia prestará seu testemunho de como a luta por dignidade,
sobrevivência e retorno estão presentes no dia-a-dia dos palestinos de Sabra e
Chatila. Da miséria e pobreza dos campos, Lucia descobre a força da mulher
palestina, sua determinação e coragem.
14 às 16 h - Usina do Gasômetro - Casa Palestina
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Sionismo,
teoria e prática
Dr. Abdel
Latif - Médico, Conselheiro da FEPAL
O mundo que se autoproclama
civilizado adotou novos conceitos em relação a Israel: massacrar crianças
árabes é ato de autodefesa; campos de concentração para palestinos em Gaza e
Cisjordânia são Estado palestino; negar os direitos básicos dos palestinos a um
Estado livre e independente é garantia de segurança para Israel;
discriminação contra os não judeus em
Israel é necessário para manter o caráter judaico do Estado; ter lei de retorno
de dois mil anos a judeus e negar o
direito dos palestinos expulsos desde 1948
a retornar é essência do Estado judeu; “democracia” que exclui uma significativa parte da
população (os não judeus) é “democracia” etc. Esses conceitos e politicas
praticadas por Israel tem sua origem no sionismo, que desde o seu primeiro
congresso em 1898, vem criando teorias e as praticando de forma sistêmica e
contínua.
16:30 às 18:30 -
Usina do Gasômetro – Casa Palestina
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O Sarau Árabe-Palestino – A Resistência da Milenar
Cultura Palestina
Entidades promotoras: Instituto Jerusalém do Brasil e
FEPAL – Federação Árabe Palestina do Brasil
Com a participação de Gilberto Abrão, Celso de Menezes, Claude Hajjar e Aída
Gamal e Talita Vital e direção de Ali
El-Khatib, Presidente do Instituto Jerusalém do Brasil.
O
Sarau Árabe-Palestino tem origens nas
Sahras. Sahra é o encontro noturno das famílias onde se conversa, se declama
poesias, se canta, se contam histórias e dançam. É uma atividade lúdica com
forte sabor de resistência dos valores familiares. Serão declamados poemas de
Mahmud Darwish, Fadwa Tukan e contação de estórias típicas das aldeias
palestinas e danças folclóricas. Será
exibido o filme de Marcio Curi, A ÚLTIMA ESTAÇÃO que fez a abertura do Festival Internacional
de Cinema de Brasília e participou do Festival Internacional de Cinema de São
Paulo.
19 às 23 h – Usina do Gasômetro – Casa Palestina
ATIVIDADES AUTOGESTIONADAS PERMANENTES
DIAS 29, 30 E 01 - QUINTA, SEXTA
E SÁBADO
Mostra de Cinema Palestina Livre
Entidades
promotoras:
BibliASPA
– Biblioteca e Centro de Pesquisa América do Sul-Países Árabes e
FEPAL–
Federação Árabe Palestina do Brasil
A Mostra de Cinema
Palestina Livre apresenta filmes ficcionais e documentários que retratam a dura
realidade do povo palestino, sua persistente resistência e identidade. As
tentativas de apagamento de sua história e identidade, assim como os efeitos da
ocupação das terras palestinas, constituem alguns dos temas desta Mostra, que
integra um amplo projeto de estudos acerca da Palestina. Os filmes
serão acompanhados de debates.
A DISCRIÇÃO DOS FILMES SE ENCONTRA NA PÁGINA 15
20
às 22:30 – Usina do Gasômetro – Casa Palestina
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Exposição “Charges de
Carlos Latuff”
Entidades
promotoras:
BibliASPA
– Biblioteca e Centro de Pesquisa América do Sul-Países Árabes e
FEPAL–
Federação Árabe Palestina do Brasil
As
charges realizadas por Carlos Latuff abordam temas sociais e políticos do
Brasil e do Mundo. Um dos principais chargistas conhecidos internacionalmente,
Latuff iniciou seu trabalho como cartunista desenhando para um boletim sindical
e permanece trabalhando na imprensa sindical. Após viajar à Cisjordânia, na
Palestina, em 1999, começou a dedicar-se a retratar a dura realidade do povo
palestino, buscando chamar a atenção pública para o lado mais desprivilegiado
desse embate. Atualmente, as charges de Latuff podem ser encontradas impressas
em jornais do mundo afora, nas mais diferentes línguas, ou em exposições como
esta.
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às 22:30 – Usina do Gasômetro – Casa Palestina
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Palestina: Paisagem Fragmentada
Entidades
promotoras:
BibliASPA
– Biblioteca e Centro de Pesquisa América do Sul-Países Árabes e
FEPAL–
Federação Árabe Palestina do Brasil
A exposição “Palestina: Paisagem Fragmentada” apresenta
fotografias que demonstram violações de direitos humanos cometidas por forças
israelenses em diferentes localidades palestinas, a discriminação sofrida por
palestinos e as dificuldades que essa população enfrenta no dia-a-dia, de
crianças a idosos.
Entre outros temas, a exposição
aborda as revistas forçadas, os controles militares e as colônias construídas
ilegalmente em território palestino, entre outros efeitos da ocupação
israelense.
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às 22:30 – Usina do Gasômetro – Casa Palestina
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Composições gráficas da Palestina a partir de poesia
Entidades
promotoras:
BibliASPA
– Biblioteca e Centro de Pesquisa América do Sul-Países Árabes e
FEPAL–
Federação Árabe Palestina do Brasil
Esta exposição, que demonstra a força da resistência palestina
em expressões artísticas como a poesia e a arte visual, apresenta composições
gráficas feitas pela artista Janaina Elias a partir de versos do poeta
palestino Mahmud Darwich utilizando o gestual da escrita árabe e traduções em
língua portuguesa publicadas pelas Edições BibliASPA (Biblioteca e Centro de
Pesquisa América do Sul-Países Árabes).
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às 22:30 – Usina do Gasômetro – Casa Palestina
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Exposição interativa Uma
terra sem povo para um povo sem terra
BibliASPA
– Biblioteca e Centro de Pesquisa América do Sul-Países Árabes e
FEPAL –
Federação Árabe Palestina do Brasil
A exposição “Uma
Terra Sem Povo Para Um Povo Sem Terra” é composta de cartazes gráficos
interativos sobre o embate entre Israel e a Palestina. Produz um discurso
visual em torno das tensões sociais da vida cotidiana nesta região onde três
continentes colidem e propõe uma nova abordagem de pensamento sobre o conflito.
O discurso é crítico, mas também irônico e, de forma descontraída, expõe a
situação atual, convidando as pessoas a colorir os mapas e desenhos ao longo da
exposição. Por exemplo, mostra-se um
mapa do território descontínuo e constantemente interrompido da Palestina, ao
lado da pergunta “Que território é este?” e das opções A) ILHAS CARAÍBAS; B)
ILHAS MAURÍCIO; C) ILHAS BORA BORA; D) PALESTINA. A resposta vem acompanhada de
texto explicativo sobre as restrições à circulação e outra violações de
direitos humanos. A exposição visa desconstruir mitos como aquele que a nomeia.
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às 22:30 – Usina do Gasômetro – Casa Palestina
DISCRIÇÃO DOS LIVROS À SEREM LANÇADOS
NO DIA 30
20:30 h – USINA DO GASOMETRO – CASA
PALESTINA
Noite Grande
O livro Noite Grande,
de Permínio Asfora, é um romance sobre as tragédias enlaçadas de dois povos: do
palestino, confrontado com o saque de sua pátria milenar; e do nordestino do
alvorecer do Século XX, compelido a sobreviver ao latifúndio escravocrata da
região dos carnaubais do Piauí.
Esta obra, marcada pela
riqueza de enredo e personagens, inaugura o ingresso na literatura brasileira
de um palestino como personagem central.
O autor, Permínio Asfora, foi elogiado por intelectuais como Mário de Andrade e Ledo Ivo. O romance Noite Grande começou a ser transposto para o papel por volta de 1944 e ganhou a primeira edição no ano seguinte. Abarca a dolorosa convivência dos momentos mais dramáticos da existência do pai palestino - aqueles que precederam a longa noite, a noite grande que cairia sobre sua terra e de seus ancestrais.
O autor, Permínio Asfora, foi elogiado por intelectuais como Mário de Andrade e Ledo Ivo. O romance Noite Grande começou a ser transposto para o papel por volta de 1944 e ganhou a primeira edição no ano seguinte. Abarca a dolorosa convivência dos momentos mais dramáticos da existência do pai palestino - aqueles que precederam a longa noite, a noite grande que cairia sobre sua terra e de seus ancestrais.
O livro A terra nos é estreita e outros poemas, de
Mahmud Darwich, apresenta a análise e a tradução (feitas pelo Prof. Dr. Paulo
Daniel Farah) do principal poeta palestino, Darwich, com o objetivo de permitir
que interessados em geral e pesquisadores no Brasil e em outros países possam
ler os poemas árabes em português traduzidos diretamente do original.
Haverá um recital poético no lançamento deste livro,
que demonstra que a Palestina se faz presente na literatura. Darwich descreveu
a Palestina como a “terra das palavras”:
“Aquele que escreve sua história
Herda a terra das palavras
E se apossa do sentido
Completamente!”
A necessidade de recitar a história é ameaçada por
um apagamento contínuo e uma tentativa de impedir esses relatos e sua
integridade. A literatura palestina se mostra aí uma escritura de resistência
no sentido da sobrevivência, da continuidade da vida. Se há uma ruptura na
continuidade do sentido de lugar, a escritura pode instaurar uma continuidade
que é a da busca, da descoberta, do lugar e do si mesmo no lugar.
Homens ao sol
O romance Homens ao Sol, de
Ghassan Kanafani, constitui um marco da literatura árabe e palestina – descrito
como a mais importante criação literária palestina por diversos críticos
literários, que o consideram a principal obra escrita por um autor palestino e
também a que retrata os palestinos de forma literariamente mais elaborada.
Este livro, adaptado também para o cinema, apresenta a análise
e a tradução (feitas pelo Prof. Dr. Paulo Daniel Farah) de Kanafani, principal
autor de prosa palestino, em língua portuguesa, traduzido diretamente do árabe.
O tema da terra anuncia-se desde o início da obra: “Abu-Qays
repousou o peito sobre o solo úmido pelo orvalho. A terra começou a palpitar
debaixo dele: os batimentos de um coração ofegante pulsavam em cada grão de
areia e depois atravessavam até suas células... voltou e lançou o peito sobre o
solo úmido, que passou a pulsar debaixo dele novamente enquanto o cheiro da
terra fluía até suas narinas e se derramava em suas veias como um tufão.”.
Homens ao Sol narra
a saga de palestinos que buscam trabalho nos locais mais distantes para ajudar
a família em meio a dificuldades extremas.
E se Gaza cair...
No período
que compreendeu os 22 dias de maciços ataques perpetrados pelas Forças de
Defesa de Israel, entre dezembro de 2008 e janeiro de 2009, aos palestinos
moradores da pequena Faixa de Gaza – caracterizando um dos maiores massacres
cometidos contra um povo indefeso –, recebi centenas de artigos vindos de
várias partes do mundo.
Desde os
primeiros dias de bombardeios, fui amadurecendo a ideia de publicar um livro
com uma seleção desses artigos.
Particularmente
agora, quando Israel, mais uma vez, atenta contra as liberdades, contra a
democracia, contra as normas do direito internacional, mais do que nunca decidi
apresentar aos leitores brasileiros uma coletânea de artigos de jornalistas,
escritores, sociólogos, cientistas
políticos,
historiadores e intelectuais de várias origens, em especial brasileiros, árabes
e judeus de várias partes do mundo.
São artigos datados, da época do
conflito de 2008-2009.
Lejeune Mirhan, sociólogo e arabista,
autor do livro
FILMES QUE COMPÕEM A MOSTRA DE CINEMA
PALESTINA LIVRE
20 ÀS 22:30 H – DIAS 29, 30 e 01
Usina do Gasômetro – Casa Palestina
Atirar Num Elefante
Direção: Alberto
Arce e Mohammad Rujailah
Gênero:
Documentário
Duração: 113min
Ano: 2009
País: Espanha
O documentário trata dos acontecimentos durante os bombardeios de Israel
sobre Gaza - ataques que duraram de 27 de dezembro de 2008 até 18 de janeiro de
2009 e que ceifaram a vida de mais de 1.400 palestinos. Convertido em narração
direta e privilegiada dos bombardeios, o documentário opõe-se ao silêncio
internacional a respeito do que aconteceu.
Os Ludibriados
Direção: Tewfik
Saleh
Duração: 107 min
Ano: 1972
País: Síria
A saga de palestinos que buscam melhores condições de
vida fora de sua terra natal, no golfo, e que se dispõem a atravessar o
deserto, em meio a dificuldades extremas, para ajudar a família na Palestina.
Adaptação cinematográfica do romance Homens ao Sol, do escritor Ghassan
Kanafani, principal autor de prosa palestino; considerada a mais importante
criação literária palestina, foi publicada no Brasil (Edições BibliASPA).
O que resta do Tempo
Direção: Elia
Suleiman
Duração: 105 min.
Ano: 2009
País: Bélgica/França/Itália/Reino
Unido
Gênero: Drama
Versão ficcional
de quatro episódios que marcaram a família do diretor desde 1948. Inspirado
pelos diários de seu pai, combatente da resistência palestina, e pelas cartas
de sua mãe aos familiares expatriados, ele reconstitui o cotidiano dos
árabes-israelenses a partir do momento em que passaram a viver como minoria.
Memórias íntimas que se confundem com a história coletiva de um país em
desaparecimento.
Crianças de Gaza
Direção: Jezza
Neumann
Duração: 48 min
Ano: 2010
País: Grã Bretanha
Durante
a incursão israelense na Faixa de Gaza em dezembro de 2008 a janeiro de 2009,
grupos humanitários estimam que cerca de 1.000 crianças foram feridas e 300
foram mortas. Este documentário mostra a opressão de Israel na visão
humana, sensível e delicada de Omsyatte, Ibrahim, Amal e Mahmud, três crianças
palestinas, órfãs de seu próprio país.
Miral
Direção:
Julian Schnabel
Gênero: Drama
Duração: 112 minutos
Ano: 2010
País de Origem:
França / Israel / Itália / Índia
Drama que narra a
história de Miral, uma órfã palestina que cresce em meio ao conflito
árabe-israelense. Miral foi enviada pelo seu pai ao Instituto Dar Al-Tifel, e
ali é educada toda a sua vida. Com 17 anos, passa a dar aulas num campo de refugiados
onde desperta para a realidade da luta de seu povo. Quando Miral se apaixona
pelo ativista político Hani, percebe que está dividida entre a luta pelo futuro
do seu povo e a crença de que a educação é o caminho para a paz.
O Muro de Ferro
Direção: Mohammed
Alatar
Duração: 52 min
Ano: 2007
País: Palestina
Em um artigo de
1923, o líder sionista Vladimir Jabotinsky escreveu: “Nossa ação de imigração
na Palestina deve, portanto, ou acabar ou continuar sem que nos detenhamos
diante da posição dos árabes; de tal forma que nosso estabelecimento possa se
desenvolver sob a tutela de uma força que não dependa da população local, ao
abrigo de um muro de ferro ao qual essa população não poderá jamais fazer
frente." O documentário aborda como a política de assentamentos após a
ocupação israelense dos territórios da Cisjordânia e Gaza tem concretizado as
palavras de Jabotinsky.
Ocupação 101
Direção: Abdallah
Omeish, Sufyan Omeish
Gênero: Documentário
Duração: 87min
Ano: 2006
País: EUA, Israel e
Palestina / USA, Israel and Palestine
Documentário que
trata das raízes do conflito Israel–Palestina e do envolvimento político dos
EUA, focado nos efeitos da ocupação israelense na Faixa de Gaza e na
Cisjordânia. O filme discute a ascensão do sionismo na Segunda Intifada,
questionando também a natureza das relações americanas e israelenses em
particular. O filme conta com entrevistas de pesquisadores, líderes religiosos,
representantes de organizações e militantes em direitos humanos.
O Casamento de
Rana
Direção: Hany
Abu-Assad
Gênero: Drama
Duração: 90 min
Ano: 2002
País: Holanda
Mulher prestes a casar tenta atravessar postos de
controle entre Jerusalém e Ramallah, em meio a difícil realidade da ocupação
israelense das terra palestinas, e negocia com soldados a fim de chegar ao
local das celebrações.