ONG fez a declaração um dia depois do Exército israelense
anunciar a abertura de investigações criminais internas sobre ações envolvendo
suas forças militares; em comunicado, a organização de defesa dos direitos
humanos diz que Israel causou a morte de "inúmeros civis em violação das
leis da guerra" em três casos examinados no conflito contra Gaza;
relatório apenas confirma o que já se sabia: primeiro-ministro Benjamin
Netanyahu, que assassinou mais de 2 mil palestinos impunemente, é um criminoso
de guerra.
11/09/2014
Da Agência Lusa
Israel provavelmente cometeu crimes de guerra no conflito na
Faixa de Gaza, disse hoje (11) a organização não governamental Human Rights
Watch, um dia depois do Exército israelense anunciar a abertura de
investigações criminais internas sobre ações envolvendo suas forças militares.
O conflito de 50 dias em Gaza entre os militantes liderados
pelo Hamas terminou no dia 26 de agosto, após terem sido mortos 2.140 palestinos,
a maioria civis, e 73 israelenses, 67 dos quais soldados.
Em comunicado, a organização de defesa dos direitos humanos
com sede em Nova York diz que Israel causou a morte de "inúmeros civis em
violação das leis da guerra" em três casos examinados.
Os incidentes foram os bombardeios de 24 e 30 de julho
contra duas escolas das Nações Unidas no Norte da Faixa de Gaza, que abrigavam
palestinos que fugiram dos confrontos. O terceiro refere-se ao disparo de um
míssil, no dia 3 de agosto, contra uma terceira escola em Rafah, no sul. Os
ataques provocaram 45 mortes, incluindo de 17 crianças, de acordo com a Human
Rights Watch.
"Dois dos três ataques que a Human Rights Watch
investigou aparentemente não visaram alvos militares e não foram mais do que
ataques ilegalmente indiscriminados. O terceiro, em Rafah, foi ilegalmente
desproporcional senão indiscriminado", informa o comunicado.
"Esses ataques ilegais praticados intencionalmente – ou
seja, de forma deliberada ou impetuosa – são crimes de guerra", ressaltou
a organização.
O Exército israelense anunciou nessa quarta-feira (10) ter
aberto investigações criminais internas para cinco incidentes ocorridos durante
o conflito (de 8 de julho a 26 agosto), incluindo o bombardeio de 24 de julho,
contra uma escola da ONU no Norte do enclave palestino.
"Israel tem um longo histórico de fracassar em concluir
investigações confiáveis a alegados crimes de guerra", enfatizou a Human
Rights Watch.
Os palestinos ameaçaram apresentar queixa contra Israel no
Tribunal Penal Internacional por crimes de guerra.
Nenhum comentário:
Postar um comentário