segunda-feira, 11 de maio de 2015

CAETANO VELOSO, GILBERTO GIL: CANCELEM VOSSO SHOW EM ISRAEL

Abaixo assinado para que Caetano e Gil cancelem show em Israel

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(English below)

Queridos Caetano e Gil,

Com admiração ao trabalho de vocês e seu histórico de comprometimento com lutas pela liberdade, justiça e igualdade, pedimos que cancelem vosso show em Israel, previsto para 28 de julho. A data coincide com o aniversário de um ano dos ataques de Israel a Gaza, nos quais mais de 2 mil palestinas e palestinos foram mortos, incluindo mais 500 crianças. Ainda hoje, mais de 100 mil pessoas seguem desabrigadas em decorrência da ofensiva.

Tocar em Israel é endossar políticas e práticas racistas, coloniais e de apartheid -ilegais sob o direito internacional. Ademais, o governo israelense apresenta os shows em Israel como um sinal de aprovação a suas políticas. Israel viola sistematicamente o direito internacional ao impedir o retorno dos refugiados palestinos, ao colonizar e ocupar a Cisjordânia e a Faixa de Gaza e ao discriminar sistematicamente os palestinos cidadãos de Israel. As políticas discriminatórias de Israel também se manifestam contra refugiados e migrantes africanos: recentemente milhares de etíopes foram brutalmente reprimidos ao protestarem contra o racismo no país.

Nosso pedido faz coro ao chamado de artistas e da sociedade civil palestina para que artistas não se apresentem em Israel. Entre aqueles que responderam a esse chamado, cancelando seus shows no país, estão Lauryn Hill, Roger Waters (Pink Floyd), Snoop Dog, Carlos Santana, Cold Play, Lenny Kravitz e Elvis Costello.

O arcebisbo sul-africano Desmond Tutu, Nobel da Paz, é um importante apoiador desse chamado e explica que apresentar-se em Tel Aviv é errado “assim como dissémos que era inapropriado para artistas internacionais tocarem na África do Sul durante o apartheid, em uma sociedade fundada em leis discriminatórias e exclusividade racial”. Se apresentar em Israel seria como fazer um show em Sun City na Africa do Sul do apartheid.

Não ignorem esse chamado. Tropicália não combina com apartheid!



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Dear Caetano and Gill,

With admiration to your work and historical commitment with struggles for justice, freedom and equality, we ask you to cancel your concert in Tel Aviv, scheduled for July 28. July will mark the one year anniversary of the Israeli attacks against Gaza during which Israel killed more than 2,000 Palestinians, including over 500 children. More than 100,000 remain homeless due to these attacks.

Performing in Israel serves as a stamp of approval for Israel’s illegal racist, colonial and apartheid policies. The Israeli government portrays concerts in Israel as a sign of support for its policies. Israel systematically violates international law: it prevents Palestinian refugees from returning to their homes, it colonises and occupies the West Bank and Gaza, and it systematically discriminates against Palestinian citizens of Israel. And it’s not just Palestinians that face Israeli oppression: thousands of Ethiopian migrants were recently brutally repressed for protesting against racism in Israel.

Our request echoes Palestinian artists and civil society, who are calling for artists not to perform in Israel. Artists that have answered this call include Lauryn Hill, Roger Waters (Pink Floyd), Snoop Dog, Carlos Santana, Cold Play, Lenny Kravitz and Elvis Costello.

The South African Nobel Prize winner, archbishop Desmond Tutu, who is an important supporter of the Palestinian call for boycott, has explained that performing in Tel Aviv is wrong, “just as we said during apartheid that it was inappropriate for international artists to perform in South Africa in a society founded on discriminatory laws and racial exclusivity”. Performing in Israel today is the equivalent of performing in Sun City South Africa during the apartheid era.


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