sábado, 7 de julho de 2012

EMBAIXADOR PALESTINO NO BRASIL NÃO DUVIDA QUE ARAFAT POSSA TER SIDO ASSASSINADO


Yasser Arafat


Embaixador do Estado da Palestina no Brasil Ibrahim Alzebn



Embaixador palestino no Brasil não duvida que Arafat possa ter sido assassinado


Fonte: Agência Brasil - 06/07/12
 
 O embaixador da Palestina no Brasil, Ibrahim Alzeben, defendeu nesta quinta-feira (5) a realização de investigação internacional a respeito da morte do ex-líder palestino Yasser Arafat.
 
 Na última terça-feira (3), a rede de TV árabe Al Jazeera divulgou um estudo segundo o qual foi encontrada "uma quantidade não explicada e elevada de polônio 210" nos objetos que Arafat usava quando ficou doente, inclusive na sua escova de dentes.
 
 O estudo foi elaborado pelo Instituto Suíço de Radiofísica. Substância radioativa e altamente tóxica, o polônio é um elemento raro, produzido apenas a partir de reator nuclear.
 
 "Não duvido de que ele [Arafat] tenha sido, sim, assassinado", disse Alzeben quando questionado pela Agência Brasil. "Uma investigação internacional séria deve ser feita. Não sou cientista, mas não duvido de que as mãos de Israel estejam por trás dos assassinatos de nossos líderes."
 
 Yasser Arafat morreu em novembro de 2004, após ter ficado doente de maneira repentina. As causas permanecem inexplicadas até hoje.
 
 Nesta quarta (4), Suha Arafat, viúva do ex-líder da Organização de Libertação da Palestina (OLP), autorizou a exumação do corpo, que está enterrado em Ramallah, na Cisjordânia. As amostras retiradas do local devem ser levadas à Suíça, o que dependerá da permissão de Israel, que controla as fronteiras da Cisjordânia.
 
 "A justiça pode demorar, mas precisa ser feita. Esse caso precisa ser esclarecido", afirmou o embaixador Ibrahim Alzeben, que esteve em Curitiba participando de seminário promovido pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato).
 
 Em entrevista coletiva, o embaixador criticou a política externa dos Estados Unidos e elogiou a do Brasil. "Não estamos satisfeitos [com o governo de Barack Obama]. Os Estados Unidos, como potência no mundo, poderiam contribuir muito mais para a paz no Oriente Médio." Alzebem disse esperar para os próximos anos uma visita da presidenta Dilma Rousseff à Palestina – Lula esteve no país em março de 2010.
 
 Quanto ao pedido de que a Organização das Nações Unidas (ONU) reconheça o Estado Palestino, formulado no ano passado, o embaixador negou se tratar de uma estratégia para isolar o governo israelense. "É um ato de direito. O que condena Israel ao isolamento é o fato de o governo se negar a reconhecer e a cumprir resolução da ONU. É a limpeza étnica da Palestina", criticou Ibrahim Alzeben. "Queremos pontes, não muros."
 
 De acordo com o embaixador, nenhuma das 49 universidades palestinas assinou termo de cooperação com instituições brasileiras. "Já assinamos um acordo com o Ministério da Educação do Brasil e estamos solicitando termos de cooperação e bolsas para estudantes palestinos virem pra cá."
 
 O embaixador da Palestina no Brasil criticou ainda a cobertura feita pela mídia brasileira sobre os conflitos no Oriente Médio. "A cobertura não tem sido equilibrada, os meios [de comunicação] têm os seus interesses e é preciso que correr muito sangue palestino para virar notícia", disse Alzeben, que é filho de refugiados e já trabalhou como jornalista. "Nosso povo quer deixar de protagonizar esse tipo notícia, se não no futuro imediato, nas próximas décadas."
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DELEGAÇÃO BRASILEIRA VISITOU ARAFAT MESES ANTES DE SUA MORTE

Em abril de 2004, uma delegação de parlamentares brasileiros visitou a Palestina ocupada com o objetivo de levar a solidariedade do Governo e do Parlamento brasileiros ao povo palestino e ao líder Yasser Arafat, Presidente da Autoridade Nacional Palestina e da OLP - Organização para a Libertação da Palestina. Foram os últimos brasileiros que estiveram com Arafat em vida, que venho a falecer em novembro do mesmo ano dessa visita histórica.


Delegação Brasileira e Yasser Arafat
A Delegacao da Frente Parlamentar Brasil-Árabe entregou a Bandeira Brasileira ao líder Yasser Arafat, na sede da Autoridade Palestina, onde ficou preso por mais de dois anos, cercado pelas tropas israelenses de ocupação. Segundo o secretário-geral da Frente, deputado Jamil Murad(PCdoB-SP), ao receber a bandeira Arafat a beijou para depois guardá-la.



Yasser Arafat reunido com deputados brasileiros
Foram os últimos brasileiros que estiveram com Arafat em vida, que venho a falecer em novembro do mesmo ano dessa visita histórica. Da esquerda para a direita: Yasser Arafat; Deputado Jamil Murad (PCdoB-SP), Chefe da Delegação e secretário-geral da Liga Parlamentar Árabe-Brasileira; Nilson Mourão (PT-AC); Leonardo Mattos (PV-MG) e Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM).
 A delegação brasileira foi acompanhada pelo embaixador da Autoridade Palestina no Brasil, Musa Amer Odeh; Embaixador do Brasil em Tel Aviv, Sérgio Eduardo Moreira Lima e pelo Presidente da FEPAL – Federação Árabe Palestina do Brasil, Farid Suwwan.




Yasser Arafat com os Deputados Jamil Murad e Nison Mourão
O deputado Nilson Mourão propôs a deflagração de uma campanha mundial pela liberdade do Presidente da Autoridade Palestina, Yasser Arafat. Ameaçado de morte pelo governo de Israel, Arafat vivia confinado em seu quartel-general, em Ramallah, cercado pelas tropas israelenses de ocupação. "É um absurdo um presidente não poder visitar suas cidades. São os prefeitos e governadores que vão despachar com Arafat em seu quartel-general. E o mais grave é que nem todos podem sair de lá depois", lamentou.




Yasser Arafat e o Deputado Jamil Murad
"Arafat está preso há mais de dois anos. Então, receber uma delegação representando o Parlamento brasileiro para lhe dar solidariedade é importante. Nós viemos aqui numa missão contra a guerra e pela paz. Esse é o compromisso do Parlamento brasileiro, do Governo e do povo do Brasil" declarou Jamil Murad.




Yasser Arafat agradece aos Deputados brasileiros
O presidente da Autoridade Nacional Palestina, Yasser Arafat, agradeceu, em carta encaminhada ao gabinete do deputado federal Jamil Murad (PCdoB-SP), a visita da comitiva de quatro deputados brasileiros a Rammallah, na Cisjordânia, em abril deste ano.

 "É com muito apreço que escrevo esta carta ao caro irmão para expressar-lhe os meus sentimentos de profunda gratidão pela demonstração de grande apoio e solidariedade fraterna com o nosso povo", diz a carta de Arafat.

 "Consideramos extremamente valiosa a vossa postura solidária, humana e nobre, bem como a de todos os amigos da Liga Parlamentar Brasil-Árabe, Temos muito orgulho do vosso importante papel no fortalecimento e estreitamento das relações árabe-brasileiras, bem como da elevação dessas relações às mais altas posições", acrescentou Arafat no texto.





Deputados brasileros testemunham destruição na palestina
A delegação brasileira se comoveu com o drama vivido pelos palestinos. "É um povo acuado, vigiado e sem acesso aos direitos mais elementares, como o de ir e vir", afirmou o parlamentar acreano. Ele explicou que os muros estão separando cidades, pessoas e famílias. "Eles derrubam tudo para fazer as cercas. Vimos centros comerciais, escolas, hospitais e plantações destruídas para darem lugar ao muro. Israel está acuando os palestinos para forçá-los a irem embora e desistirem da criação de seu Estado, já reconhecido pela ONU", afirmou Nilson Mourão.

 Segundo o deputado, existem no mundo cerca de nove milhões de palestinos, com quatro milhões deles ainda resistindo e lutando nos territórios ocupados, pela criação do seu Estado. A grande maioria dos outros 5 milhões vivem em campos de refugiados na Jordânia, Síria e Libano.




Check point israelense em territórios palestinos
UM CHECK POINT / POSTO MILITAR ISRAELENSE NOS TERRITÓRIOS PALESTINOS OCUPADOS.
 São 720 postos militares que controlam a entrada e saídas dos palestinos. "É um verdadeiro horror. Para ir de uma cidade a outra, um processo que durava uma hora antes dos muros, agora leva até um dia inteiro. É comum ver pessoas morrerem ou crianças nascerem nos postos antes de seus familiares conseguirem autorização para entrar ou sair de uma cidade", relatou Nilson Mourão.




Deputados brasileiros conhecem o Muro do Apartheid israelense
MURO DO APARTHEID, DO RACISMO ISRAELENSE, MURO DA VERGONHA!
 Dois dias depois de se encontrarem com o presidente da Autoridade Palestina, Yasser Arafat, um grupo de quatro deputados federais foi vítima anteontem de um ataque com bombas de gás lacrimogêneo durante visita à Faixa de Gaza. Segundo relato do secretário-geral da Liga Parlamentar Brasil-Árabe e coordenador do grupo, deputado Jamil Murad (PC do B-SP), os parlamentares foram atacados por soldados do exército israelense quando foram visitar as obras do muro de 700 quilômetros (hoje são mais de 2000 kms) que Israel está construindo para isolar os territórios palestinos ocupados.

 Os deputados, que estão em Israel desde o início da semana, estavam acompanhados do embaixador do Brasil em Tel Aviv Sérgio Eduardo Moreira Lima, e pelo embaixador da Autoridade Palestina no Brasil, Musa Amer Odeh, quando os soldados israelenses jogaram bombas de gás lacrimogêneo. Os deputados estão em missão oficial da Câmara e, segundo Murad, tinham autorização para ver as obras do muro. Mas quando chegaram ao local, os soldados israelenses advertiram que eles não poderiam se aproximar do muro. Diante da insistência do grupo, os soldados jogaram bombas de gás lacrimogêneo.

 Os deputados saíram correndo do local e fizeram uma reclamação oficial junto à embaixada brasileira em Tel Aviv. Segundo o grupo de parlamentares, o protesto foi encaminhado às autoridades de Israel. "Ficamos muito assustados", disse Murad, através de sua assessoria. Ele afirmou que a presença de observadores internacionais não agrada Israel. Murad argumentou ainda que "conhecer a região de conflito entre Israel e Palestina reforça entre os parlamentares a convicção de que é necessário o Brasil reafirmar o apoio ao povo palestino". "Nós temos que fortalecer, porque o governo norte-americano e o governo Ariel Sharon fazem pressão sobre outros países para não votarem contra eles. Defendo que vá uma delegação de parlamentares à Corte de Haia reafirmar a posição do Brasil", alertou o deputado.





Deputados brasileiros são intimidados por soldados israelenses


Soldados israelenses intimidam deputados brasileiros
Delegação se defronta com as tropas de ocupação israelense!
Ao fazer um relato resumido de sua viagem, Nilson Mourão disse que os deputados brasileiros enfrentaram momentos difíceis quando foram conhecer o muro de 700 quilômetros de extensão e oito metros de altura que Israel está construindo para isolar os territórios palestinos ocupados. "Fomos ameaçados, xingados e intimidados. Como não saímos do local, soldados israelenses jogaram bomba de gás lacrimogênio próximo a nós na tentativa de nos amedrontar", relatou o petista. Nilson Mourão lamentou o episódio. "Se fazem isso com parlamentares em uma missão oficial com o conhecimento das autoridades de Israel, imagine o que não fazem com os palestinos", acrescentou.
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O mártir presidente palestino Yasser Arafat  na Mukataa (sede da Presidencia da ANP- Autoridade Nacional Palestina) quando foi cercado por tropas e tanques Israelenses .






Homenagem ao grande lider  Yasser Arafat, líder do povo palestino!


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OLP - Organização para a Libertação da Palestina - logotipo
Presidente da OLP - Organização para a Libertação da Palestina




ANP - Autoridade Nacional Palestina - logotipo

Presidente da ANP - Autoridade Nacional Palestina



Al Fatah - Movimento de Libertação Nacional Palestino - logotipo
Presidente da Al Fatah - Movimento de Libertação Nacional Palestino




Presidente Lula e Presidente Mahmud Abbas (Abu Mazen)
Presidente Lula e o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas,
 durante declaração à imprensa – 2010 - Agência Brasil   / Foto de Ricardo Stuckert



segunda-feira, 18 de junho de 2012

BRASILEIROS PARTICIPAM DE MARCHA CONTRA A OCUPAÇÃO E PELA LIBERDADE DOS PRISIONEIROS PALESTINOS

Palestino é ferido a bala e dezenas são asfixiados na cidade de Bil'in

Agência de Noticias Maan - 15/06/2012



Brasileiros contra a ocupação israelense e o Muro Apartheid
Delegação brasileira e o Lider da Resistencia Popular Abdallah Abu Rahme, tendo
 ao fundo o Muro do Apartheid israelense



palestino ferido a bala por exército israelense


Um palestino foi ferido e dezenas de manifestantes sofreram forte asfixia depois de inalar gás lacrimogêneo durante a marcha semanal na cidade de Bil'in contra o Muro do Apartheid e as colonias judaico isralenses instaladas nos territórios palestinos ocupados. Essa manifestação teve como lema “Somos todos Mahmoud Sarsak e Akram Alrichawi” (prisioneiros palestinos em greve de fome contra as condições desumanas e ilegais nos cárceres israelenses).


Palestino ferido por exercito israelense é atendido por médico

Os soldados de ocupação israelenses utilizaram balas de metal revestidas de borracha, gás lacrimogênio, bombas de efeito sonoro e canhões de água residual com produtos químicos de insuportável odor contra os ativistas logo que chegaram nos territórios libertados de Abu Laimun que ficam próximos ao Muro do Apartheid. Mussa Al Khatib (18 anos) foi atingido por disparos de bala revestida com borracha ocasionando um ferimento grave no estômago e outros dois na perna e braço. Dezenas de palestinos, pacifistas israelenses e de delegações internacionais foram atingidos por bombas de gás levando a fortes situações de asfixia. Jovens palestinos utilizaram grandes espelhos refletidos nos rostos dos soldados israelenses para dificultar a ação dos disparos contra os manifestantes.

Participaram da marcha, convocada pelo Comitê Popular de Resistência contra o Muro e as Colonias, uma delegação sindical brasileira, os moradores de Bil'in, pacifistas israelenses e vários estrangeiros em solidariedade ao povo palestino.



Palestino resiste ao exército de ocupação israelense

Palestinos são atacados por exército israelense
 

Durante a marcha foram erguidas bandeiras palestinas e brasileiras. Os manifestantes cantaram slogans pedindo a unidade nacional palestina, os direitos nacionais do povo palestino, a resistência contra a ocupação, a libertação de todos os prisioneiros e a liberdade para a Palestina.

Uma delegação brasileira visitou a cidade de Bili'in e participou ativamente da manifestação, expressando a solidariedade do povo brasileiro com o povo palestino. Antes da marcha, a delegação brasileira ouviu do Coordenador do Comitê Popular, Abdallah Abu Rahme, uma detalhada explanação da experiência de Bil'in em sua luta contra a ocupação, o Muro e as colonias nos últimos sete anos. Abu Rahme ressaltou a importância da solidariedade internacional, incentivando a vinda de delegações para participarem das manifestações contra a ocupação e, por outro lado, o boicote aos produtos israelenses. Abdallah também discorreu sobre as experiências vitoriosas da resistência popular da cidade de Bil'in contra a ocupação. A delegação brasileira externou a sua admiração pela luta da população de Bil'in e outras aldeias e cidades e reafirmaram a continuidade do seu apoio ao povo palestino até a conquista de sua independência. Integram a delegação brasileira: Emir Mourad, Presidente da Delegação e Secretário Geral da Federação Árabe Palestina do Brasil; José Padilha, Diretor da Executiva da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimento de ensino- CONTEE, representando a CTB- Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil; Antonio de Miranda, Diretor do Sindicato dos Comerciários do ABC, representando a FS- Força Sindical; João Batista, membro da Executiva do Sindicato dos Auxiliares em Administração Escolar de MG e Diretor da Executiva da CONTEE; Andréia de Almeida, membro da Executiva do Sindicato dos Auxiliares em Administração Escolar do Estado de Espírito Santo e Neyson Freire, jornalista, estudante de Ciências Políticas e Assessor Executivo do Conselho Federal de Enfermagem.

Brasileiros e palestinos em protesta contra o Muro do Apartheid
Importante ressaltar que o Brasil está se preparando para instalar o Fórum Social Mundial Palestina Livre no final de novembro próximo, onde participarão dezenas de milhares de solidários de todo o mundo com o povo palestino.
Tradução: Emir Mourad


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DELEGAÇÃO BRASILEIRA EM BIL'IN


Brasileiros se reunem com líder da resistencia palestina
Abdallah Abu Rahme explicando para a Delegação brasileira a história do
movimento de resistencia de Bil'in



Bombas de gás usadas pelas tropas de ocupação israelense
Bombas de gás e de som usadas pelas tropas de ocupação israelense


Brasileiros se reunem com lideres da resistencia palestina
Minutos antes do inicio da manifestção, a delegação brasileira e de outras
 nacionalidades recebem orientações e instruções de segurança




Segue a marcha rumo ao Muro do Apartheid
Segue a marcha rumo ao Muro do Apartheid



A marcha se aproxima do Muro do Apartheid israelense
A marcha se aproxima do Muro



A resistência popular palestina e as delegações internacionais
A resistência popular palestina e as delegações internacionais solidárias se
 posicionam frente ao Muro


Tropas de ocupação israelense se posicionam para atacar a marcha
Tropas da ocupação israelense se posicionam para atacar a marcha pacifica

Soldados israelense prontos para atacar palestinos e brasileiros


Brasileiros e palestinos são atingidos por bombas de gás e balas
Manifestantes são atingidos por bombas de gás, bombas de som,
canhão de água e balas revestidas de borracha

   

Palestino atingido por bala é removido ao hospital
Nos primeiros minutos do ataque israelense, o jovem Mussa Al Khatib é ferido
por balas revestidas de borracha e transportado para o hospital na cidade de Ramallah.



Chuva de bombas de gás atingem brasileiros e palestinos

 Os ataques continuam



Espelho usado por palestinos para se proteger de ataque israelense


 Palestino utiliza espelho para dificultar a visão dos soldados



Luz do espelho refletida nos olhos dos soldados israelenses

Luz do espelho refletida nos olhos dos soldados da ocupação




Delegação brasileira é solidária com a Palestina



Brasileiros visitam palestino ferido

Visita ao jovem ferido durante a manifestação.





LEIA TAMBÉM:


PRESIDENTE DA PALESTINA RECEBE DELEGAÇÃO BRASILEIRA







quinta-feira, 14 de junho de 2012

Presidente da Palestina recebe delegação brasileira





Presidente da Palestina recebe delegação brasileira


O Presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, recebeu na tarde de hoje (14), em Ramallah, no Palacio Muqataa, os integrantes da delegação que participam da Primeira Missão de Solidariedade ao Povo Palestino, organizada pelo Comite Estado da Palestina Já!
Os integrantes da missão externaram o apoio e solidariedade  ao povo palestino e solicitaram a participaçao do Presidente no Forum Social Mundial – Palestina Livre.
Abbas agradeceu o Brasil pelo apoio ao povo palestino e sua autoridade nacional em todos os niveis, particularmente no reconhecimento do Estado da Palestina nas fronteiras de 1967. Destacou a sua ultima visita ao Brasil em 2010 quando lançou a pedra fundamental da embaixada palestina no Brasil.


Presidente Abbas recebe missão brasileira de solidariedade

Participaram da reunião os lideres Jose Carlos Arêas, representando a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – CTB; Antônio Miranda (Toninho), representando a Força Sindical; João Batista da Silveira, representando a Confederação Nacional dos Trabalhadores nos Estabelecimentos de Ensino - CONTEE; Andréia Mírian, representando a diretoria da FITEE (MG/ES); Emir Mourad, representando a FEPAL - Federação Árabe Palestina do Brasil e o jornalista Neyson Freire. Também participaram da reunião o Major General Sultan Abo Al-Einein, membro do Comitê Central da Alfatah e Abdalla Abu Rahme, um dos líderes dos Comitês de Resistência Popular contra o Muro do Apartheid e dos assentamentos.


Chefe de Delegação Brasileira em conversa com o Presidente Abbas

Segundo Emir Mourad, Chefe da Delegação, essa missão tem como objetivo principal fortalecer e aprofundar a solidariedade brasileira com o povo palestino, para que o Brasil tenha mais informaçoes sobre a situação em que vive a população palestina sob o jugo da ocupação israelense. Mourad acrescentou ainda que a programação da Missão inclui vários encontros com organizações governamentais e não governamentais e visitas ao Muro do Apartheid, aos acampamentos dos refugiados e várias cidades e localidades da Cisjordania.
A Missão, nos diversos encontros e reuniões que tem participado, está ressaltando a importância do Forum Social Mundial Palestina Livre, a ser realizado em novembro próximo na cidade de Porto Alegre. Esse evento contará com a presença de mais de 20 mil pessoas. Os membros da Missão já estiveram reunidos no dia 13, na cidade de Ramalhha, com o Comite Nacional Palestino encarregado de coordenar e organizar a participação das entidades palestinas no Forum .
Neyson Freire
DRT/RO 916

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ATIVIDADES DA MISSÃO DE SOLIDARIEDADE

Reuniões com o Comitê Nacional Palestino e Secretariado do Comitê Brasileiro do Fórum Social Mundial Palestina Livre:


Reunão sobre o Fórum Social Mundial Palestina Livre

CUT e FEPAL apresentam projeto do Fórum Social Palestina Livre



Brasileiros e palestinos se reunem em Ramallah - Cisjordania



 -Reunião com o Major Coronel Sultan Abo Al-Einein, Conselheiro da Presidência da ANP- Autoridade Nacional Palestina:


Brasileiros se reunem com o conselheiro da Autoridade Palestina


Delegação brasileira na Palestina



- Visita ao Museu Mahmoud Darwish, o maior dos poetas palestinos:




Museu Mahmoud Darwish


Museu Mahmud Darwish


Museu Mahmoud Darwish - brasileiros



Mahmud Darwish,  maior dos poetas palestinos



- Visita ao acampamento de refugiados Jalezon e reunião com as liderenças


Jalezon, acampamento de refugiados palestinos - Cisjordania


Sede da ONU no acampamento de refugiados Jalezon

Escritório da OLP - acampamento refugiados Jalezon - Cisjordania

Brasileiros reuniem-se com Comitê do acampamento Jalezon

Crianças do acampamento de refugiados palestinos de Jalezon

Brrasileiros nas ruas do acampaento de refugiados palestinos

quarta-feira, 30 de maio de 2012

BRASIL DOA US$ 7,5 MILHÕES PARA AJUDAR PALESTINOS REFUGIADOS




Hispan TV - Entrevista com Rubens Diniz do Cebrapaz e 
Emir Mourad da Federação Palestina

16/05/2012 - Vermelho

O governo brasileiro assinou esta semana uma contribuição de US$ 7,5 milhões para a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados Palestinos (UNRWA, na sigla em inglês), para subsidiar programas sociais, de educação e saúde na Faixa de Gaza, informou o site do órgão da ONU.

O acordo, que estabelece o valor da doação para o período de um ano, foi assinado em cerimônia realizada em uma escola em Jericó pela representante brasileira junto à Autoridade Palestina, Ligia Maria Scherer, e pelo comissário-geral da UNRWA, Filippo Grandi.

 O valor representa um aumento de quase 700% em relação à quantia doada pelos brasileiros em 2011, que foi de US$ 906 mil. Além disso, o compromisso faz do Brasil o maior doador para a causa palestina entre os países que integram o chamado Brics, que inclui também a Rússia, Índia, China e África do Sul.

 A agência, que atende cerca de 1,2 milhão de refugiados na região, informou que o dinheiro será utilizado no financiamento do programa de assistência alimentar que atende 106 mil palestinos.

 Além disso, parte da doação será destinada a projetos educacionais que atenderão 1.800 crianças e a ações de cuidados com a saúde básica para 1,2 milhão de refugiados, através 20 unidades de saúde espalhadas por Gaza.

 O governo brasileiro espera para agosto a visita do comissário-geral da UNRWA. As partes devem discutir novos acordos e parcerias entre o país e a organização de forma a ampliar o auxílio aos palestinos.

Fonte: Portal Vermelho

quarta-feira, 16 de maio de 2012

A VITÓRIA DOS PRISIONEIROS PALESTINOS E O PROGRAMA DA GLOBO NEWS


Familiares comemoram vitória dos prisioneiros palestinos
Familiares de prisioneiros palestinos em Israel celebram o acordo que coloca fim a greve de fome de mais
de 2 mil detentos, nesta segunda-feira (14), em Ramallah, na Palestina. Os dois prisioneiros que iniciaram 
o protesto em fevereiro estavam há 77 dias sem se alimentar  Atef Safadi/EFE




FEPAL - FEDERAÇÃO ÁRABE PALESTINA DO BRASIL

NOTA – 15/05/2012

A VITÓRIA DOS PRISIONEIROS PALESTINOS

TRANSMITIMOS NOSSAS SAUDAÇOES E FELICITAÇÕES A TODOS OS PRISIONEIROS PALESTINOS PELA VITÓRIA CONQUISTADA APÓS DOIS MESES DE GREVE DE FOME CONTRA O REGIME CARCERÁRIO ISRAELNESE E SEUS BRUTAIS E CRIMINOSOS MÉTODOS DE TORTURA, PRIVAÇÕES, DETENÇÕES ADMINISTRATIVAS, PROIBIÇÃO DE VISITA DE FAMILIARES E TANTAS OUTRAS BARBARIDADES COMETIDAS CONTRA ESSES HÉRÓIS DA LIBERDADE E DA JUSTIÇA.

COMEMORAMOS COM O POVO PALESTINO ESSA GRANDE VITÓRIA DOS PRISIONEIROS QUE TEVE O APOIO E SOLIDARIEDADE DE TODOS OS PARTIDOS E ORGANIZAÇÕES DA SOCIEDADE PALESTINA, DA OLP- ORGANIZAÇÃO PARA A LIBERTAÇÃO DA PALESTINA, DA ANP- AUTORIDADE NACIONAL PALESTINA, DA CRUZ VERMELHA, DOS PAISES NÃO ALINHADOS E DE VÁRIOS GOVERNOS E MOVIMENTOS DE SOLIDARIEDADE COM O POVO PALESTINO.

A DETERMINAÇÃO E A CORAGEM DOS PRISIONEIROS EM SUA GREVE DE FOME, SOMADA A PRESSÃO INTERNACIONAL, FORAM DETERMINANTES PARA FAZER COM QUE ISRAEL FOSSE DERROTADA EM CONTINUAR OS TRATAMENTOS DESUMANOS, CRIMINOSOS E ILEGAIS CONTRA TODOS OS PRISIONEIROS.

DAQUI DO BRASIL, NESSA DATA COMEMORATIVA DOS 64 ANOS DA NAKBA – A CATÁSTROFE PALESTINA, A COMUNIDADE PALESTINA E A DIREÇÃO DE SUA FEDERAÇÃO REAFIRMAM O COMPROMISSO DE CONTINUARMOS  SOLIDÁRIOS E IRMANADOS COM A LUTA DOS PRISIONEIROS E DO SEU POVO: O DIREITO INALIENÁVEL AO RETORNO E AUTODETERMINAÇÃO, PELO ESTABELECIMENTO DO ESTADO PALESTINO LIVRE E SOBERANO, TENDO JERUSALÉM COMO CAPITAL.

PORTO ALEGRE, 15 DE MAIO DE 2012.

FEDERAÇÃO ÁRABE PALESTINA DO BRASIL

ELAYYAN ALADDIN                             EMIR MOURAD  
PRESIDENTE                                         SECRETÁRIO GERAL




Charge de Latuff: vitória da Palestina

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CARTA AO PROGRAMA 'ESPECIAL' DA GLOBO NEWS

São Paulo, 11 de maio de 2012.

Sr. Luiz Cláudio Latge, Diretor Executivo de Jornalismo da Globo,
Sra. Eugenia Moreyra, Diretora do Globo News,

O programa Especial da Globo News “Convivência entre israelenses e palestinos é tensa em prisão de segurança máxima”, veiculado no dia 06 de maio de 2012, trata o sistema penitenciário israelense como justo, moderno, sofisticado e democrático. No entanto, esta visão não corresponde à realidade. Cerca de 2000 prisioneiros políticos palestinos realizam uma greve de fome desde o dia 17 de abril último, em protesto pelo fim das detenções administrativas arbitrárias realizadas pelas forças de segurança israelenses, pelo cumprimento da IV Convenção de Genebra, que proíbe o traslado de prisioneiros dos territórios palestinos ocupados para o interior de Israel e por melhores condições de tratamento nas prisões: fim do confinamento em solitárias, fim da tortura física e psicológica, direito a receber visitas de parentes, advogados e médicos e acesso a livros, revistas e jornais. 

O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) solicitou nesta terça-feira a Israel que autorizasse a transferência para um hospital de seis prisioneiros palestinos que estão em greve de fome.

O governo palestino e a União Europeia externaram na ultima terça feira, preocupação com o estado de saúde dos prisioneiros palestinos em greve de fome em Israel, em alguns casos, há mais de dois meses.
O governo do primeiro-ministro palestino, Salam Fayyad, afirmou nesta terça-feira que "considera Israel plenamente responsável pela segurança dos prisioneiros em greve de fome".

 "As missões da UE em Jerusalém e em Ramallah estão preocupadas com a deterioração do estado de saúde dos detidos palestinos em greve de fome há mais de dois meses. A UE pede ao governo de Israel que ponha a sua disposição toda a assistência médica necessária", informaram as missões em um comunicado.

O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, reiterou hoje o chamado à ONU para que exerça mais pressão sobre Israel e salve a vida de prisioneiros palestinos em greve de fome.

O chefe da missão palestina na ONU, Riyad Mansour, em carta a vários órgãos da entidade, inclusive o Conselho de Segurança e a Assembleia Geral, para que atuem urgentemente para forçar à potência ocupante a cessar suas práticas ilegais de detenção administrativa e violações dos direitos humanos, descrevendo como ilegal a detenção administrativa de palestinos nos territórios ocupados, um conceito manejado por Israel para manter enclausuradas a pessoas sem acusações nem realização de julgamentos.

A reportagem veiculada pela Globo News tenta deslegitimar essas reivindicações e ao mesmo tempo apresentar os prisioneiros políticos, inclusive crianças, como se fossem terroristas desumanos. Contrariando princípios básicos do jornalismo, como “ouvir o outro lado”, a matéria deixou de ouvir fontes da Autoridade Nacional Palestina e ignorou fatos registrados por ONGs palestinas, israelenses e internacionais, como a prisão, agressão e humilhação que acontecem diariamente nas prisões israelenses, onde há inclusive mulheres e crianças, detidas sem acusação formal, nem direito de defesa. A reportagem não menciona que a maioria dessas pessoas, sobretudo as crianças, foram presas pela resistência à ocupação, por exemplo, pelo arremesso de pedras contra tanques e veículos blindados israelenses, empregados, várias vezes, na destruição de aldeias e em operações militares de intimidação da população civil.

A equipe de reportagem da Globo News nada diz sobre os métodos humilhantes de prisão, nem sobre os procedimentos nas cortes militares contra réus palestinos. Omite o fato de que crianças palestinas são presas na madrugada, vendadas e algemadas na frente de seus pais, que não podem visitá-las nem recebem qualquer informação sobre elas por tempo indeterminado. Os jornalistas não dizem que as crianças aprisionadas podem ficar até sete dias nas celas antes de serem levadas à presença de um juiz, que sofrem maus-tratos, tortura e até abusos sexuais na prisão, que são julgadas sozinhas, sem a presença dos pais, e que 95% das sentenças emitidas contra elas se baseiam em confissões obtidas à força. Hoje são cerca de 5 mil prisioneiros palestinos nos cárceres israelenses, sendo nove mulheres, 350 crianças e 22 parlamentares.

A Globo News ignora que a Suprema Corte de Israel já considerou ilegal a aplicação de dor física para obtenção de informações, e deixou de informar que o escritório de defensoria pública do Ministério da Justiça de Israel reconheceu as condições degradantes e desumanas das prisões israelenses.

A matéria veiculada não foi conduzida de acordo com critérios de objetividade, imparcialidade e distanciamento político que norteiam o bom jornalismo. Aproxima-se mais de uma peça de publicidade maniqueísta, com o claro objetivo de apresentar Israel como um país “civilizado e democrático” e os palestinos como “terroristas”, o que nem remotamente corresponde à realidade dos fatos. Deixamos registrado aqui o nosso mais veemente repúdio a essa distorção dos fatos, e convidamos a equipe de reportagem da Globo News a passar uma semana na Faixa de Gaza, Cisjordânia e Jerusalém, para conhecer de perto os sofrimentos vividos diariamente pela população palestina, vítimas da violência e discriminação do apartheid de Israel, onde impera a ideologia sionista que trouxe a NAKBA (Catástrofe) ao povo palestino, que comemora nesse 15 de maio seus 64 anos de martírio e sofrimento.


Elayyan Aladdin                                                   Eduardo Elias
Presidente da FEPAL                                            Presidente da FEARAB
Federação Árabe Palestina do Brasil                     Federação de Entidades Árabe Brasileiras

Emir Mourad                                                       Claude Fahd Hajjar
Secretário Geral da FEPAL                                    Vice- Presidente de FEARAB – América                                                      Federação Árabe Palestina do Brasil                     Federação de Entidades Americano Árabes



domingo, 13 de maio de 2012

ISRAEL: APARTHEID E CHANTAGEM NUCLEAR - PARTE 2



Mundo faz vista grossa às armas nucleares de Israel



Israel: apartheid e chantagem nuclear (II)

12/05/2012 - Via Hora do Povo

NATHANIEL BRAIA

Uma das prisões citadas de Mordechai Vanunu (o denunciante da existência do armamento nuclear israelense) na minha matéria anterior, ocorreu após a entrevista da qual transcrevemos alguns trechos a seguir.

A entrevista foi concedida a Hesham Tillawi, e foi exibida em seu programa Current Issues (Questões Atuais) pela pequena TV Bridges. O programa de Tillawi foi tirado do ar depois de intensa pressão do lobby judeu-americano que o tachou de “anti-semita”.

TILLAWI - Então, Mordechai, o que o levou a pensar que deveria contar ao mundo sobre o programa nuclear de Israel, o que o levou a decidir, “não posso continuar em silêncio”?

VANUNU - A questão mais importante é aquilo que acontece até hoje, quer dizer, estas pessoas continuam a mentir e negar a verdade, declarando que não possuem armas nucleares, enganam o mundo e seus próprios cidadãos. Declaram que não possuem armas nucleares, enquanto que eu trabalhei na produção delas. Quando fiz a denúncia, em 1986, eram 200. Pensei: “tenho que informar ao mundo para parar isso ...”

TILLAWI - Existem vários países que possuem armas nucleares, então por que o fato de Israel possuí-las lhe estressou tanto?

VANUNU - Por que Israel produz genocídio sobre cidadãos palestinos inocentes. Isso sempre fez parte da política não revelada de Israel. E também, por que o fato de possuí-las os facilita negar a paz com os árabes e a impor suas políticas sobre os outros povos. Enquanto as possuírem, continuam com sua política de negar a paz; de ocupação, de negação dos palestinos e de seu sofrimento.

TILLAWI - Um dos professores israelenses disse há alguns meses que “temos capacidade nuclear de atingir qualquer das principais cidades da Europa”, isso é verdade? Até onde você sabe? *

VANUNU - Sim, é verdade. Eles podem bombardear qualquer cidade importante na Europa e desconfio que até nos EUA. Têm a capacidade de chantagem agressiva sobre os países da Europa. Foram os europeus que os ajudaram a possuir as armas e agora se voltam contra eles dizendo: “Não obedecemos nenhuma lei internacional, nenhum acordo internacional, nenhuma resolução da ONU”.

TILLAWI - Por que todo mundo pressiona o Irã para que abra suas portas a inspeções, mas ninguém pede a Israel que faça o mesmo?

VANUNU - Uma situação de fato estranha, que vem se desenvolvendo desde os anos 1960. Meu ponto de vista é de que a Europa está sob chantagem há muito tempo. Em primeiro lugar, Israel sempre trás à tona o Holocausto e o que aconteceu com eles na Segunda Guerra, culpando todo o Ocidente por isso para depois usar isso para justificar a posse de armas nucleares – como se fosse para impedir que isso fosse acontecer de novo. Em segundo, a chantagem se dá pelas próprias armas.

TILLAWI - Você realmente acha que as ameaças acontecem?

VANUNU - É real, é muito real. Tudo que eles precisam é um líder louco no governo e armas nucleares, para forçar o mundo a aceitar que continuem com seus estado de aparheid e a rejeitar qualquer solução real e concreta envolvendo os palestinos.

TILLAWI - Você tem vivido entre os palestinos, você também os vê como os terroristas, como muitas vezes são retratados?

VANUNU - Desde que sai da prisão em 2004 e não me foi permitido deixar o país, decidi ir para algum lugar onde não tivesse que conviver com a feiúra da sociedade israelense. A solução foi ir para a Jerusalém Árabe, a Jerusalém Oriental. Oficialmente está dentro de Israel, mas é uma cidade palestina. Vivo na parte da Palestina ocupada de 1967, mais precisamente hospedado na Catedral de São Jorge. Agora já são 15 meses que convivo com eles, que os acompanho, os observo, os encontro, que como com eles, vivo entre eles. Israel os tem retratado como terroristas, mas isso não é verdade. São pessoas pacíficas e amantes da paz.

TILLAWI - O que deveria acontecer? Como esse conflito poderia ser resolvido?

VANUNU - Bem, se os judeus querem uma solução, isso pode acontecer de um jeito. É tratar os palestinos como seres humanos iguais. Se os judeus israelenses querem a paz então a prova dessa vontade é o respeito pelo outro lado e ver os demais como iguais. Os judeus têm de parar de se enxergar como raça superior, como raça de donos. No fundo, um estado secular, não religioso é a única solução. Israel então não precisará de armas atômicas, aprenderá a viver em paz com seus vizinhos e a parar de tentar sobreviver como um estado racista, supremacista.



ISRAEL: APARTHEID E CHANTAGEM NUCLEAR - PARTE 1



As armas nucleares de Israel existem, o Irã não as possui


Israel: apartheid e chantagem nuclear (I)

12/05/2012
Via Hora do Povo

"Israel tomou para si a posição de não ser o primeiro país a introduzir armas atômicas no Oriente Médio. Esta era nossa política e é a nossa política hoje". O autor desta declaração, datada de 1985, é nada menos do que o homem em cujo Ministério (Defesa, 1953) foi iniciada a construção do reator nuclear de Dimona, o primeiro e até hoje único a produzir armas nucleares na região. A declaração ocorre pouco mais de um ano antes de um dos funcionários da usina revelar que Peres mentira.

Este era um segredo trancado a sete chaves pelo governo de Israel que mentia ao mundo sobre seu arsenal nuclear. O homem que revelou este segredo foi seqüestrado pelo Mossad em outro país (mais precisamente em Roma, Itália) preso por 18 anos, dos quais 12 em confinamento solitário, sua condenação foi pronunciada após um julgamento secreto. Mordechai Vanunu, que denunciou armas nucleares de Israel, foi solto apenas em 2004 mas, como afirmam grupos de direitos humanos em Israel é até hoje "um preso de opinião".

Foi solto mas está proibido de contatar estrangeiros, aí incluídos é claro jornalistas sob pena de voltar à prisão, o que já aconteceu seis vezes.

Após sair pela primeira vez da prisão localizada na cidade israelense de Ashquelon, em 22 de abril de 2004, Vanunu declarou de forma firme e altaneira: "Sou Mordechai Vanunu! Sou o homem por trás da matéria publicada no Sunday Times sobre a existência de armas nucleares de Israel. Enquanto alguns me chamam de traidor, digo que tenho orgulho e me sinto feliz pelo que fiz".

"Sou um símbolo do poder da liberdade que vocês não podem quebrar no espírito humano", acrescentou.

Pouco depois Vanunu violou a imposição do silêncio e em entrevista à BBC em dezembro de 2004 declarou:

"Quando revelei as armas nucleares israelenses agi em minha consciência e para prevenir um holocausto nuclear. Recebi uma pena maior do que qualquer assassino. Os israelenses têm esse bonito discurso de liberdade mas querem destruir qualquer um que os critique ou que revele a verdade ao mundo. O mundo precisa enxergar que tipo de democracia existe verdadeiramente em Israel", declarou o técnico nuclear em sua entrevista de dezembro de 2004.

Agora, o escritor alemão que foi mais longe na descrição das mazelas do período nazista em seu país e que mereceu o Prêmio Nobel de Literatura, Günther Grass, foi declarado "persona non grata" por Israel após a publicação de seu poema O que precisa ser dito no qual afirma: "O poder atômico de Israel coloca em perigo/ a já frágil paz mundial".

A BBC produziu dois excelentes documentários sobre esta história de perseguição de chantagem. O primeiro de 2003 pode ser acessado através do link: http://vimeo.com/39097216





O segundo documentário, realizado em 2007, pode ser localizado em  http://www.youtube.com/watch?v=AIBkRDzffak


Fonte: Blog do Gilson Sampaio


LEIA TAMBÉM A SEGUNDA PARTE - ISRAEL: APARTHEID E CHANTAGEM NUCLEAR (II)


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