quarta-feira, 2 de junho de 2010

ATAQUE A FROTA PACIFISTA: PURO TERRORISMO DE ESTADO

"A colonização sionista deve ser completada e cumprida, mesmo que contra a vontade da população nativa. É importante falar hebreu, mas, mais importante, é ser capaz de fuzilar.“ Vladimir Jabotinsky, 1939.

O ataque a frota pacifista, onde foram assassinados pelo menos 15 ativistas, é mais uma prova do que sempre Israel foi: um estado terrorista, fora da lei. Esteve sempre acima da lei. Israel faz e desfaz do direito internacional sem sequer merecer uma ação de julgamento da Corte Internacional pelos crimes de guerra e massacres cometidos.

O fato da ação terrorista de Israel ter acontecido em águas internacionais não representa fato inédito, pois o Mossad já cometeu centenas de ações ilegais e terroristas em várias partes do mundo, fora da jurisdição do que se pode chamar de “fronteiras” de Israel.

Também vários pacifistas palestinos e de outras nacionalidades foram assassinados nos territórios palestinos ocupados em ocasiões de manifestações pacíficas de solidariedade e protesto contra as políticas sionistas de ocupação, racismo e opressão que Israel impõe ao povo palestino.

O que temos de novo nesse ato de terror contra a frota pacifista é o fato desta reunir mais de 800 pessoas de diversas nacionalidades, com apoio institucional e bandeiras desfraldadas de países que não estão em estado de armistício com Israel. Quando o sangue é palestino é mais do que normal, é comum, não chama mais tanta atenção assim. E quando chama atenção e acontecem os protestos nas ruas e nos fóruns internacionais, as conseqüências políticas são desprezíveis e acabam servindo para amenizar e aliviar o peso da consciência das potencias ocidentais, culpadas pela criação da tragédia palestina.

Israel alega legitima defesa dizendo que os soldados foram agredidos ao invadir o navio. E quem convidou Israel a invadir com tanta cortesia e fineza um navio que se encontrava em águas internacionais? Quer dizer que a raposa faz um grande favor e presta um enorme serviço humanitário quando invade o galinheiro? Realmente nada mais indigno e nojento que as farsas e mentiras dos governantes israelenses e seus lacaios de plantão. Israel já ultrapassou a tempo a fase da insanidade. Talvez agora, com esse ataque, os líderes mundiais comecem a levar mais a sério o perigo que Israel representa para a paz mundial.

As fontes que alimentam o terrorismo de Israel são: sua origem sionista, a ajuda externa dos EUA, seu poder militar e a impunidade.

SIONISMO

O Sionismo é uma ideologia racista, já que um dos seus lemas, um mito propagado aos quatro ventos, “Palestina, uma terra sem povo para um povo sem terra” equivale ao que temos lido, falado e visto ao longo de sua fundação em 1898: a limpeza étnica da Palestina, a eliminação de todas as condições que objetivem a implantação do Estado da Palestina soberano e independente e a desqualificação de todas as manifestações históricas e culturais da essência nacional árabe, muçulmana e cristã do povo palestino.

Desde a sua origem o sionismo se articula com as grandes potencias para obter apoio no seu projeto de colonizar a Palestina, substituindo os habitantes nativos, os palestinos, por uma população de maioria judaica, nem que para isso se cometam massacres, expulsões, destruição de vilas e aldeias (foram destruídas mais de 430 durante o período da guerra de 1948). Hoje, o maior numero de refugiados, reconhecido pela ONU, são de palestinos, com aproximadamente 5 milhões espalhados pelo mundo, sem ter o direito ao retorno as suas terras e lares na Palestina.

Um movimento pela paz em Israel procura ampliar forças para se contrapor as correntes políticas sionistas que sustentam o regime fascista de Israel, mas atualmente esse movimento não reúne apoio suficiente para alterar a correlação de poder.

AJUDA EXTERNA

A ajuda externa norte americana para Israel, coordenada pelo lobby sionista nos EUA, de mais de quatro bilhões de dólares anuais em dinheiro e armas, é resultado da aliança estratégica entre os dois países estabelecida pelos interesses mútuos no contexto da guerra fria, que teve como objetivos principais impedir que a União Soviética tivesse influencia real na região e o controle das fontes, refino e comercialização do petróleo.

O debate nos Estados Unidos sobre se ainda vale a pena pagar tanto a Israel para que cidadãos e soldados americanos morram no Iraque, no Afeganistão e em toda a região, está acontecendo em várias instâncias governamentais e não governamentais. Não só pela vida dos seus filhos, mas também pela falta de racionalidade em continuar sendo um império utilizando-se da força bruta, enquanto a China se estabelece mundialmente por meios mais competentes e indolores! “Porque tirar do meu bolso (impostos) para pagar Israel se tenho que mandar meu filho para a guerra lá no oriente médio, para, no fim das contas, acabar protegendo Israel”: simples e poderoso argumento de uma mãe, e que começa a permear as instâncias governamentais norte americanas.

O PODER MILITAR

O governo é o exército e o exército é o governo: essa é, de fato e de direito, a democracia israelense. Democracia é fazer de Gaza o maior campo de concentração a céu aberto do mundo, democracia é cercar a Cisjordânia com o muro do apartheid, da vergonha. O presidente Lula em sua recente visita a Palestina declarou: “um muro dentro de Israel, são 750 quilômetros passando por ruas, cercando. Não é uma coisa nobre para o século XXI. Eu me senti dentro de uma eclusa, eu me senti dentro de uma eclusa, tanto para ir para a Palestina quanto para voltar. Você para num local, fecha as portas, você desce do carro, entra num outro carro, e aí você atravessa. Ou seja, é como se nós não estivéssemos vivendo num mundo civilizado, no século XXI! Onde está o grande aprendizado que esses homens que dirigem o mundo aprenderam na universidade? Será que essas pessoas não percebem que o ser humano não pode, não foi feito para involuir, mas sim para evoluir?”

Quando os EUA e outras potencias aliadas questionam o projeto de enriquecimento de urânio para fins de geração de energia elétrica e outros fins pacíficos que o Irã desenvolve, Israel se mantém calada, silencio quase absoluto sobre o tema, se não fossem as evidencias que o mundo já tem sobre o arsenal nuclear israelense. Para justificar a invasão do Iraque a CIA “fabricou” um relatório mostrando provas da existência de armas de destruição em massa. Aguardemos então que os Estados Unidos invadam Israel!

Seria importante os Estados Unidos, França e Inglaterra reverem suas políticas em relação a Israel ao invés de criticarem o acordo nuclear que o Presidente Lula promoveu entre Brasil, Irã e Turquia, demonstrando que quando as intenções das partes são baseadas no mutuo respeito entre as partes, no reconhecimento de suas aspirações legais e legítimas e na soberania dos países envolvidos, o diálogo se presta a alcançar resultados que as potencias não alcançaram até o momento por razoes óbvias: não querem negociar, dialogar, querem impor e dominar.


IMPUNIDADE


O estado israelense é um estado sionista, racista, militar e antidemocrático, protegido e financiado pelas potencias ocidentais, tendo como aliado principal os Estados Unidos da América.

Seria demasiado repugnante aceitar que um país por ser aliado do Império não lhe cabem as imposições e restrições do direito internacional. Essa seria a lógica de um sistema unipolar e a ONU, teoricamente, não foi criada para gerir esse tipo de sistema. Ou se muda a ONU para torná-la oficialmente e inteiramente submissa ao império ou o império deixa de ser império, submetendo-se, como país soberano, às regras e leis que regem a existência e a convivência multipolar e civilizada das nações, sob o comando da ONU.

A Assembléia Geral e o Conselho de Segurança da ONU, desde a votação da partilha da Palestina em 1948 até os dias de hoje, votaram tantas outras centenas de resoluções sobre a questão palestina, direitos nacionais do povo palestino ao retorno e auto determinação, ilegalidade das ocupações israelenses e tantos outros temas relativos ao conflito árabe palestino israelense. Israel cumpriu apenas uma resolução: aquela que a aceitou como membro da ONU! E o Estado da Palestina aguarda até hoje para que possa ser cumprida igual resolução.

O Holocausto dos Judeus não dá permissão para Israel se colocar acima da ordem e da lei. As vitimas de ontem não tem o direito, nem bíblico, nem de costume, nem de qualquer interpretação jurídica do direito internacional, de se considerarem herdeiros eternos de uma compaixão ocidental que os cegam de suas obrigações perante os palestinos e a humanidade. Não é justo, nem moral, nem ético e muito menos humano que os palestinos paguem em sangue, suor e lágrimas, pelo fato de terem nascido na Palestina ou de pais palestinos. Os palestinos lutam pelo seu direito, um direito universal e aceito por todos: liberdade e cidadania.

SOLIDARIEDADE

Para fortalecer e ampliar a solidariedade com o povo palestino pelo seus direitos nacionais inalienáveis ao retorno a sua terra e ao estabelecimento de um estado Palestino livre e soberano, tem-se que atuar nessas frentes que são a base do terrorismo de Israel:

- Esclarecer o que é o sionismo e combater seus conceitos racistas, colonialistas e antidemocráticos.

- Ajuda externa - Fomentar ações de solidariedade, tratados comercias, científicos e comerciais, projetos culturais, educacionais e socias com os palestinos a fim de fortalecer suas instituições e sua resistência contra a ocupação. Monitorar e denunciar os Tratados de Livre Comercio de países ou Blocos que pretendam ser firmados com Israel. Produtos israelenses fabricados, montados ou provindos dos territórios ocupados são ilegais e devem ser proibidos.

- Poder militar – Denunciar o projeto nuclear israelense. Pressionar governos para que busquem acordos, tratados e resoluções para tornar o Oriente Médio e região livre de qualquer arma de destruição em massa. Apoiar todos os movimentos em Israel que recusam o serviço militar israelense. Monitorar e denunciar toda a compra de equipamentos militares e armas israelenses por parte de qualquer governo. Monitorar e denunciar empresas israelenses no Brasil que usam uma fachada sócio-jurídica brasileira para fabricar partes e componentes de armamentos militares. O lema “A paz mundial depende de alcançarmos a paz no Oriente Médio” nunca foi tão forte e atual como nos dias de hoje.

- Impunidade – Denunciar os massacres, crimes, assassinatos cometidos por Israel nas cortes internacionais, debates, fóruns, etc. Criar Júris Populares para simular julgamentos dos crimes de guerra de Israel.

HOMENAGEM

Em 15 de maio ultimo, comemorou-se 62 anos da criação do estado de Israel e 62 anos da Nakba – a tragédia palestina, que continua, diariamente, a tirar vidas e mais vidas . Demorou muito menos para o mundo, através das sanções econômicas , boicotes e pressões políticas, apressar o fim do regime do apartheid na África do Sul, regime racista e segregacionista, ex-aliado de Israel.

Que esta data fatídica e trágica de 31 de maio de 2010, no mês da Nakba palestina, essa data do ataque terrorista israelense contra a frota pacifista, seja lembrado anualmente dentro das comemorações da Nakba.

Presto minha mais profunda e comovida homenagem a cada homem e mulher que estava nos navios da frota, a cada um que tombou vitima do terror israelense, homens e mulheres que deram suas vidas pelos mais dignos e nobres valores da existência humana: a solidariedade para que outros seres humanos sejam livres. Deram suas vidas por uma Palestina livre. Deram suas vidas para que o mundo possa ter uma paz justa e duradoura. Minhas condolências a todos os familiares, amigos e companheiros dessas valiosas e corajosas pessoas que não tombaram em vão, porque essa página da liberdade, escrita a sangue, ficará marcada num lugar de honra no memorial de libertação e independência nacional do povo palestino e de todos os povos que lutam por sua liberdade.



"Apesar de esmagadora superioridade militar de Israel, possuímos algo até maior: a força de justiça" Yasser Arafat- NY Times – 1/3/2002



Emir Mourad
Secretário Geral da FEPAL
Federação Árabe Palestina do Brasil

domingo, 10 de agosto de 2008

CULTURA - Adeus ao poeta da resistencia


FEPAL - FEDERAÇÃO ÁRABE PALESTINA DO BRASIL

NOSSO ADEUS AO POETA DA PALESTINA

POETA DA RESISTÊNCIA


MAHMOUD DARWISH
1941 -2008


Poeta maior da resistência
o poeta do mundo árabe
Mahmoud Darwish

Continuarás alimentando
nossa luta, nosso combate
pela liberdade, lar e retorno

Continuaremos absorvendo
sua pintura literária
poesia que de sua alma brotou.

A sua carteira de identidade
continuará se espalhando pela Palestina
irritando o ocupante opressor.

Você venho de lá poeta, da Palestina
Voltaremos poeta, sanaúd.


Emir Mourad


...................................................................


Mahmoud Darwish é considerado o mais importante poeta árabe contemporâneo. Nasceu em 1941 no vilarejo de Birwa, na Galiléia, que foi destruído por tropas israelenses em 1948. Em conseqüência de seu ativismo político ele enfrentou perda de moradia e prisão.

Em 1960, com 19 anos, escreveu seu primeiro poema, intitulado “Pássaros sem asas”. Um ano mais tarde ingressou no Partido Comunista de Israel, composto por árabes e judeus. Aos 22 anos publicou sua primeira obra intitulada “Folhas de oliviera” e desde então escreveu 31 livros de poesia e prosa ( algumas das obras estão
 catalogadas no site). Seus textos foram traduzidos para mais de 20 idiomas.

Darwish foi editor do jornal Itthad antes de ser forçado, pela ocupação israelense, a sair de sua terra natal em 1970 e exilar-se em Moscou, onde estudou por um ano. Foi então para o Egito onde trabalhou no Cairo para o Jornal Al-Ahram e em Beirute, no Líbano, como editor do jornal Palestinian Issues.

Em 1988 foi o autor da Declaração de Independência da Palestina, juntamente com Edward Said, o que lhe valeu o título de “Poeta da resistência”. Em toda sua obra Darwish expressa a defesa da liberdade e de sua terra, mas também soube cantar a vida e o amor.

Publicou em 1998 a coletânea poética Sareer el Ghariba (Leito do Estrangeiro), sua primeira coleção de poemas de amor. Em 2000 publicou Jidariyya (Mural), livro que consiste de um poema sobre sua experiência pró­xima da morte em 1997. Publicou seu livro de poesias Palco de Estado de Sítio em 2002.

Seu célebre poema, Carteira de Identidade (Sajjel, ana arabi), se converteu em um hino em todo o mundo árabe.

Foi membro do Comitê executivo da OLP e viveu no exílio entre Beirute e Paris até seu retorno em 1996 à Palestina. Seus poemas são conhecidos por todo o mundo árabe, e vários deles se tornaram letras de músicas.

Darwish tem sido o poeta palestino mais reconhecido no exterior. Em 1969 foi honrado com o prêmio Lótus, o prêmio Lênin em 1983, o premio da Fundação Lannn da liberdade cultural em 2001 e o premio Príncipe Claus da Holanda em 2004. Em 1997 foi produzido um documentário sobre ele na TV francesa, dirigido pela conhecida diretora franco-israelense Simone Bitton e recebeu a medalha de Cavalheiro das Artes e Letras da França e tornou-se membro comendador da Ordem de França das Letras e Artes. É membro honorário do Centro Sakakini.

Leia a matéria do ARABESQ sobre a obra e vida de Mahmoud Darwish


...................................................................
Carteira de identidade

Mahmoud Darwich



-->
Registra-me!
sou árabe
número de minha identidade é cinqüenta mil
tenho oito filhos
e o nono... virá logo depois do verão!
vais te irritar por acaso?
Registra-me!
sou árabe
trabalho com meus companheiros de luta
em uma pedreira
tenho oito filhos
arranco pedras
o pão, as roupas, os cadernos
e não venho mendigar em tua porta
e não me dobro
diante das lajes de teu umbral
vais te irritar por acaso?


Registra-me!
sou árabe
meu nome é muito comum
e sou paciente
em um país que ferve de cólera
minhas raízes...
fixadas antes do nascimento dos tempos
antes da eclosão dos séculos
antes dos ciprestes e oliveiras
antes do crescimento vegetal
meu pai... da família do arado
e não dos senhores do Nujub¹
e meu avô era camponês
sem árvore genealógica
minha casa
uma cabana de guarda
de canas e ramagens
satisfeito com minha condição
meu nome é muito comum


Registra-me
sou árabe
sou árabe
cabelos... negros
olhos... castanhos
sinais particulares
um kuffiah² e uma faixa na cabeça
as palmas ásperas como rochas
arranharam as mãos que estreitam
e amo acima de tudo
o azeite de oliva e o tomilho
meu endereço
sou de um povoado perdido... esquecido
de ruas sem nome
e todos os seus homens... no campo e na pedreira
amam o comunismo
vais te irritar por acaso?


Registra-me
sou árabe
tu me despojaste dos vinhedos de meus antepassados
e da terra que cultivava
com meus filhos
e não os deixastes
nem a nossos descendentes
mais que estes seixos
que nosso governo tomará também
como se diz
vamos!
escreve
bem no alto da primeira página
que não odeio os homens
que eu não agrido ninguém
mas... se me esfomeiam
como a carne de quem me despoja
e cuidado...cuida-te
de minha fome
e minha cólera.


De Folhas de Oliveira


1- Célebre tribo da Arábia

2. Lenço com desenhos quadriculados, usado para cobrir a cabeça e que tornou-se símbolo nacional palestino pela liberdade e independência. Originariamente, esse lenço é usado pelos camponeses para protegerem a cabeça durante o trabalho no campo.




بطاقة هوية

محمود درويش



!سجِّل
أنا عربي
ورقمُ بطاقتي خمسونَ ألفْ
وأطفالي ثمانيةٌ
!وتاسعهُم.. سيأتي بعدَ صيفْ
فهلْ تغضبْ؟
!سجِّلْ


أنا عربي
وأعملُ مع رفاقِ الكدحِ في محجرْ
وأطفالي ثمانيةٌ
أسلُّ لهمْ رغيفَ الخبزِ،
والأثوابَ والدفترْ
من الصخرِ
و لا أتوسَّلُ الصدقاتِ من بابِكْ
ولا أصغرْ
أعتابكْ أمامَ بلاطِ
فهل تغضب؟



!سجل
أنا عربي
لقبِ أنا إسمٌ بلا
صبورٌ في بلادٍ كلُّ ما فيها
يعيشُ بفورةِ الغضبِ
...جذوري
قبلَ ميلادِ الزمانِ رستْ
وقبلَ تفتّحِ الحقبِ
وقبلَ السّروِ والزيتونِ
وقبلَ ترعرعِ العشبِ
أبي... من أسرةِ المحراثِ
لا من سادةٍ نجبِ
وجدّي كانَ فلاحاً
بلا حسبٍ.. ولا نسبِ
يعلّمني شموخَ الشمسِ قبلَ قراءةِ الكتبِ
وبيتي كوخُ ناطورٍ
منَ الأعوادِ والقصبِ
فهل ترضيكَ منزلتي؟
!أنا إسمٌ بلا لقبِ


!سجل
أنا عربي
ولونُ الشعرِ.. فحميٌّ
ولونُ العينِ.. بنيٌّ
:وميزاتي
على رأسي عقالٌ فوقَ كوفيّه
وكفّي صلبةٌ كالصخرِ
تخمشُ من يلامسَها
:وعنواني
أنا من قريةٍ عزلاءَ منسيّهْ
شوارعُها بلا أسماء
وكلُّ رجالها في الحقلِ والمحجرْ
فهل تغضبْ؟

سجِّل
أنا عربي
سلبتَ كرومَ أجدادي
وأرضاً كنتُ أفلحُها
أنا وجميعُ أولادي
ولم تتركْ لنا... ولكلِّ أحفادي
...سوى هذي الصخورِ
فهل ستأخذُها حكومتكمْ.. كما قيلا!؟
! إذن!
سجِّل.. برأسِ الصفحةِ الأولى
أنا لا أكرهُ الناسَ
ولا أسطو على أحدٍ
ولكنّي... إذا ما جعتُ
آكلُ لحمَ مغتصبي
حذارِ.. حذارِ.. من جوعي
!! ومن غضبي

من أوراق الزيتون

مدمدمدمدمدمدمدمدمدمدمدمدمدمدمدمدمدمدمدمدمدمدمدمدمدمدمدمدمد

10/08/2008 - 09h59
Morre o poeta símbolo da Palestina, Mahmoud Darwish

Reuters

Mohammed Assadi
De Ramallah
Mahmoud Darwish, cuja poesia traduziu a causa Palestina, receberá o equivalente a um funeral de Estado na Cisjordânia na terça-feira --honraria oferecida anteriormente apenas ao líder da Organização pela Libertação da Palestina Yasser Arafat.
O escritor de 67 anos morreu no sábado em Texas, Houston, de complicações desencadeadas por uma cirurgia de coração.
"Ele traduzia a dor dos palestinos de forma mágica. Ele nos fazia chorar e nos fazia feliz e mexia com nossas emoções", disse o poeta egípcio Ahmed Fouad Negm.
"Além de ser o poeta da ferida palestina, que está machucando todos os árabes e todas as pessoas honestas no mundo, ele é um poeta magistral", disse Negm à Reuters no Cairo.
O funeral de Darwish em Ramala será o primeiro patrocinado pela Autoridade Palestina desde que Arafat morreu em 2004.
O presidente palestino Mahmoud Abbas decretou três dias de luto nacional. Pessoas se aglomeraram no sábado à noite nas ruas de Ramala segurando velas e chorando.
O poeta residia na Cisjordânia desde que retornou, em 1990, de um longo período de exílio durante o qual ganhou proeminência na OLP de Arafat."A questão palestina, na poesia de Mahmoud Darwish, não era mais uma lenda, mas uma história sobre pessoas feitas de carne, sangue e sentimentos", disse Zehi Wahbi, apresentador de televisão e poeta libanês, amigo de Darwish.
Considerado o poeta nacional da Palestina, o trabalho de Darwish foi largamente traduzido. Ele ganhou novas gerações de admiradores com poemas que evocavam não apenas a dor dos palestinos deslocados, mas também paradoxos sutis e temas humanos mais amplos.
Ele desfrutava de grande popularidade no mundo árabe, onde tinha um nível de leitura de fazer inveja a poetas contemporâneos que escrevem em inglês e outras línguas européias, normalmente eclipsados por romancistas.


مدمدمدمدمدمدمدمدمدمدمدمدمدمدمدمدمدمدمدمدمدمدمدمدمدمدمدمدمد

A convocatória do 9º Congresso das Entidades e Comunidades Palestino Brasileiras, ocorrido em Janeiro de 2007, apresentou, na sua introdução, a seguinte poesia de Mahmoud Darwich:

EU SOU DE LÁ
Mahmoud Darwich



Eu venho de lá e recordo
que nasci como todo mundo nasce, tenho uma mãe
e uma casa com muitas janelas,
tenho irmãos, amigos e uma prisão.
Tenho uma onda marinha que a gaivota arrebatou
tenho uma visão de mim mesmo e uma folha de capim
tenho uma lua passada no auge das palavras
tenho uma comida divina de pássaros e uma oliveira
além da quilha do tempo
atravessei a terra antes que espadas tornassem
os corpos banquetes.

Eu venho dali.
Eu faço o céu retornar à sua mãe
quando por sua mãe o céu chorar,
e eu choro querendo o retorno de uma nuvem
para me conhecer.
Eu aprendi as palavras de tribunais manchados de sangue
de forma a quebrar as regras.
Eu aprendi e desmantelei todas as palavras
para construir uma única: Lar.


مدمدمدمدمدمدمدمدمدمدمدمدمدمدمدمدمدمدمدمدمدمدمدمدمدمدمدمدمد



BIOGRAFIA, CANÇÃO E DECLAMAÇÃO





Última aparição publica do Poeta, breve biografia e depoimentos








O fim do exílio: do Texas à Palestina
Remembering Mahmoud Darwish, Houston, Texas








(سجل، أنا عربي) - Carteira de Identidade - Cantada por George Qirmz




Mahmoud Darwish - Aabiroun


sábado, 9 de agosto de 2008

ESPORTE - Palestina nas Olimpiadas 2008



Durante o desfile das delegações dos países, na cerimônia de abertura da Olimpíada de Beijin-China, a Palestina foi representada por uma delegação de atletas da natação e atletismo. Com trajes típicos, sinalizaram o “V” da vitória.

Na foto acima, da esquerda para a direita, temos Ibrahim Al Tauil, Presidente da Federação de Natação; a nadadora Zakia Nassar de Beit Laham (Belém), estilo livre-50 metros; o nadador Hamza Abdo de Jerusalém, estilo livre-50 metros; a corredoraGhadir Ghrouf de Ariha (Jericó), velocista -100 metros. No momento da foto, Ghadir atendia uma chamada no celular.

O porta-bandeira da delegação palestina é o corredor dos 5000 metros, Nader Al Massri, da Faixa de Gaza, seguido, logo atrás, pelo treinador da equipe de atletismo, Yussef Hamaad, de Ariha (Jericó).




الجمعة أغسطس 8 2008

بكين - اعلنت الصين التي قدمت وجهها العصري للعالم الجمعة افتتاح دورة الالعاب الاولمبية في حفل مبهر شهد اطلاق الالاف من الالعاب النارية وأعاد التذكير بتاريخ الصين القديمة ليكتب كلمة النهاية لجدل سياسي دام شهورا.

وتعتبر دورة الالعاب الاولمبية السادسة والعشرين، الاضخم في التاريخ من حيث عدد المشاركة (10624 رياضيا ورياضية) والتي حملت شعار «عالم واحد، حلم واحد» على استاد «عش الطيور» الذي يتسع ل90 الف متفرج.

وتابع الحفل حول العالم جمهور قدر بنحو اربع مليارات نسمة.

ودخل وفد فلسطين ملوحا بشارة النصر التي رفعها ابراهيم الطويل رئيس اتحاد السباحة ومعه السباحة زكية نصار من بيت لحم والسباح حمزة عبدة من القدس والعداءة غدير غروف من اريحا التي ظهرت وهي تستقبل مكالمة هاتفية على جوالها الخاص .

وتقدمهم خطوتين الى الامام مدرب ألعاب القوى يوسف حماد من اريحا بينما تكفل العداء الغزاوي الاسمر نادر المصري برفع علم فلسطين .

وارتدى ممثلو فلسطين الزي الرسمي، الكوفية للرجال والثوب الفلسطيني المطرز للانستين غروف ونصار، في اشارة واضحة على ضرورة نقل معالم تراثنا وحضارتنا ووطنيتنا الى كافة دول العالم.





quarta-feira, 6 de agosto de 2008

PRISIONEIROS-URGENT APPEAL





ADDAMEER URGENT APPEAL 30/07/2008
Administrative Detention of Salwa Salah and Sara Siureh


Salwa Salah was born on the 10 November 1991. On Thursday June 5, 2008, at around 2 a.m. Salwa Salah (16 and half) was sitting with her family in their home in Bethlehem. The family suddenly heard a loud banging on the door. Salwa’s mother opened the door and was faced with soldiers and the Israeli Security Agency (ISA). A female soldier was present and told Salwa to get dressed. Meanwhile the other soldiers interrogated Salwa’s mother and questioned her about her husband, son and daughter. After finishing interrogating Salwa and her mother, the female soldier handcuffed Salwa’s hands, blindfolded her and forcefully took her to the military jeep.

Sara Siureh was born on the 20, November, 1991. On Thursday June 5, 2008, at around 1:30 a.m. Sara Siureh (16 and a half) was in her house with her husband in their family home in Bethlehem. They were suddenly startled to hear a loud banging on the door. Sara’s husband opened the door and was confronted with soldiers and the ISA. They stormed into the house and a female soldier shouted at Sara to get dressed. Sara was dragged out to the military jeep.

Both girls are relatives (cousins) and one of the girls is still at school. The ISA claim that the girls are involved in militant activities[1]. They were taken to Telmond Prison and then taken to Ofer Prison where they were interrogated for one hour. In the interrogation they were asked about what they were doing and if they had any relations with any political group. The girls did not confess to anything. After one hour the girls were taken back to Telmond where they spent a couple of days. On the night before going to the Military Court the girls were taken to Ramle prison. There was a female police officer escorting them.

Later during a meeting between the girls and Addameer’s lawyer the girls claimed that the female police officer was extremely abusive and was pushing them inside the military jeep. The girls also claim they were searched in a very humiliating way. Both girls are now in Addamoun prison in Israel and are being held with the other Palestinian adult female detainees. Neither of the girls has been allowed any contact with their families since their arrest on the 5th of June 2008. This is the first time that girls under the age of 18 have been put in administrative detention. Their administrative detention orders have been set for four months, with the possibility of an up to 6 month renewal at the end of that period. Administrative detention orders can be renewed indefinitely. An appeal against this decision was lodged and subsequently rejected. The twin principles of proportionality and the duty on a state to take into consideration the child’s well being underline much of the detail found in international law concerning the aims, restrictions and prohibitions on the sentencing of children.

The United Nations Standard Minimum Rules for the Administration of Juvenile Justice requires that any reaction to the juvenile offenders should ‘always be in proportion to the circumstances of both the offenders and the offence’. Another fundamental principle of sentencing is that the deprivation of liberty, if used at all, should only be used as a measure of last resort and for the shortest appropriate period of time (Art. 37 (b), CRC). Clearly this is not the case for these two young girls. The Court did not abide by these legal standards laid out for all detained minors. This is the first time that both girls have been in prison.

What is Administrative Detention?

The Israeli authorities can hold people in "administrative detention" without charge or trial, for as long as they wish. They have no intention of bringing such detainees to trial, saying they are a “security risk”. They do not inform the detainees or their lawyers how they have decided these detainees are a security risk. Administrative detention orders are issued by the Military Governor for terms of up to six months, and they are frequently renewed shortly before they expire. This process can be repeated over and over again.

The mental suffering caused by not knowing the grounds for detention can amount to torture as defined under the UN Convention Against Torture and such lengthy detentions without charge or trial also constitute 'arbitrary detention' which are a violation of the International Covenant on Civil and Political Rights (Article 9(1)) and the Universal Declaration of Human Rights (Article 9). Currently, there are approximately 750 Palestinians now in administrative detention. Of these there are approximately 10 Palestinians under the age of 18 years old.

[1] Their Uncle was involved in the siege on the Church of the Nativity in 2002. However there was no indication from the Court that this was one of the reasons for their arrest.


ACT NOW TO SUPPORT SALWA AND SARAH:

In particular letters should be addressed to:

Lt. Colonel Sharon Afek
Legal Advisor to the Israeli Army in the West Bank Chief Military Attorney.
P.O. Box 10482
Beit El, West Bank
Tel: 972-2-997-7071
Mobile: 972-50-551-1782
Fax: 972-2-997-7326
Fax: +972 2 997 7326.


Please cc Addameer at addameer@p-ol.comso we can keep track of the letters of support.

Letters can also be addressed to:
Mr. Ehud Olmert
Prime Minister
Office of the Prime Minister
3 Kaplan Street, PO Box 187
Kiryat Ben-Gurion, Jerusalem
91919, Israel
Fax: +972- 2-651 2631

Mr Daniel Friedmann
Minister of Justice
Fax: + 972 2 628 7757; + 972 2 628 8618

Mr Menachem Mazuz
Attorney General
Fax: + 972 2 627 4481; + 972 2 628 5438; +972 2 530 3367

Mr Ehud Barak
Minister of Defense
Fax: +972 3 697 6218

PLEASE WRITE TO the International Bar Association (IBA), asking its members and Human Rights Institute to put pressure on the Israeli Bar Association to ensure that all subjects under Israeli jurisdiction be granted the basic principles of rule of law - transparent processes which do not allow for arbitrary justice or governance - to which the IBA's Human Rights Institute (HRI) claims to be dedicated to: "The HRI is now a leading voice in the promotion of the rule of law worldwide."

Please send your letters of concern to the Director of the Human Rights Institute of the International Bar Association, Fiona Paterson, and copy it the Chairs of the Council, Ambassador Emilio Cardenas (Argentina) and Justice Richard Goldstone (South Africa).

Fiona Paterson
Director of Human Rights InstituteInternational Bar Association
10th Floor
1Stephen St
London, W1T 1AT
United Kingdom
Tel: +44 (0)20 7691 6868
Fax: +44 (0)20 7691 6544

PLEASE ALSO WRITE TO
the European Union urging the EU to pressure Israel to release or charge all prisoners in Administrative Detention and to put an end to such an unjust, arbitrary and barbaric system of incarceration without trial.
Send your letters of appeal to:

Personal Representative for Human Rights (CFSP) of the EU Secretary General/
High Representative Javier Solana
Ms. Riina Kionka
175 Rue de la Loi BE 1048 Brussels, Belgium
Fax. : +32 2 281 61 90

The Commissioner for External Affairs and European Neighbourhood Policy
HE Ms. Benita Ferrero- Waldner
Israeli Embassies and Consulates in your own country
A directory of Israeli embassies can be found on the website of the Israeli Ministry of Foreign Affairs. To access it, please go to the following link: http://www.mfa.gov.il/MFA/Sherut/IsraeliAbroad/Continents/


Below is a suggested draft of a letter that can be sent:


Dear Colonel Afek:

I am writing with regards to the arrest of Salwa Salah and Sara Siureh on June 5, 2008 from the town of Bethlehem in the West Bank, Occupied Palestinian Territories. Both girls are juveniles who should not be tried or treated as an adult.

Both girls are currently detained in Addamoun Prison inside Israel. Article 49 of the Fourth Geneva Convention (1949) explicitly states that "[t]he occupying power shall not deport or transfer parts of its own civilian population into the territory it occupies." Israel signed the convention in 1949.

Under Article 78 of the Fourth Geneva Convention relative to the Protection of Civilian Persons in Time of War, the administrative detention of persons is allowed ‘for imperative reasons of security’. However, for many years the system of administrative detention has been abused by Israel to punish without charge, rather than as an extraordinary and selectively used preventative measure. In addition, the treatment of administrative detainees, including the location and conditions of detention, contravenes not only international human rights standards but also the provisions of the Fourth Geneva Convention.

I would like to voice my opposition to the detention of Salwa Salah and Sara Siureh unless they are charged with a recognizable offence and immediately brought to justice in a fair trial according to international standards. Their continued detention is clearly not in their best interest, nor is it in accordance with the articles outlined in the United Nations Convention on the Rights of the Child.

In the mean time, I urge you to allow Salwa and Sara to receive regular visits from their family members.

Sincerely,


quinta-feira, 31 de julho de 2008

ISRAEL, SIONISMO E RACISMO - Muro do Apartheid

ORGANIZAÇÃO PARA A LIBERTAÇÃO DA PALESTINA


OLP – Departamento de Asuntos de las Negociaciones



Una barrera para la Paz:

EVALUACION A LA RUTA DEL MURO ISRAELI



Actualizado al 9 de Julio de, 2008


Exactamente hace cuatro años, la Corte Internacional de Justicia (CIJ) dictamino que el Muro que Israel construye en el territorio ocupado Palestino, junto a los asentamientos Israelíes, es ilegal y que de forma consecuente Israel debe retractarse tanto de su construcción como así reparar sus efectos.

En los cuatro años que han pasado desde entonces, Israel no ha respetado la autoridad de la Corte, continuando la construcción del Muro; completando alrededor del 60% de su proyecto de 701 kilómetros de Muro, así como transfiriendo miles de colonos hacia el territorio ocupado Palestino durante el mismo periodo de tiempo.

En lo concerniente a las terceras partes, la Corte sostiene que ellos tienen una obligación de no reconocer o asistir cualquier situación proveniente con la construcción del muro y asegurar que Israel cumple con sus obligaciones legales. Ahora y después de cuatro años la decisión de la corte no ha sido suficiente para enfrentar la intransigencia de Israel.

Trágicamente, palestinos continúan pagando el precio por esta falta de fuerza. Hace tres días, y con la intención de silenciar la pacifica y no violenta lucha, Israel agresivamente impidió la protesta de pobladores Palestinos de la villa Ni’lin junto con un grupo de manifestantes internacionales, hiriendo docenas e imponiendo tres días de toque de queda en el pueblo. Ni’lin es una aldea Palestina localizada al oeste de Ramallah y junto con pueblos vecinos (Rantis, Shaqba, Qibya, y Budrus) será pronto rodeada por muros y caminos de seguridad. Esto implica que 20000 palestinos que viven en esas 5 villas serán otra vez encerrados como un enclave en el territorio Palestino ocupado.

Palestinos, continúan con la esperanza de que una negociación pueda llevar a la solución que aspiran, pero al mismo tiempo están perdiendo la fe de que la paz pueda resolver el conflicto. Palestinos deben creer que un proceso político y legal puede proteger sus derechos y resolver el conflicto. La opinión consultiva podría ayudar con esta función.

Como mínimo, la comunidad internacional no debe validar los designios expansionistas de Israel, ya sea de forma explicita o implícita el reconocimiento del muro como una frontera de Israel o asistiendo el reasentamiento de colonos en otras partes del territorio Palestino ocupado..

Este documento analiza las consecuencias del Muro y los Asentamientos Israelíes a cuatro años de dictada la opinión consultiva de la Corte Internacional de Justicia.

A. Aun con los imprecisos clamores Israelíes de que el la ruta del Muro, solo toma entre un 7% y un 8% de la franja de Gaza, el muro y la planeada expansión de los asentamientos (colonias) tomará un 45.5 de la ocupada Ribera Occidental bajo control israelí.

La revisada ruta del muro por si sola anexa un 9-0% de la Ribera Occidental

Esta cifra incluye el valle de Latrun y Jerusalen Este, los que juntos constituyen un 20% de la Ribera Occidental

Esta cifra también incluye los dedos de Ariel y Kedumin, lo que junto constituye un 2.2% de la Ribera Occidental.

Asentamientos al este del muro, anexan de facto un 8% adicional de la Ribera Occidental

La mayoría de estos asentamientos tienen sus propias barreras o muros y controlan largas áreas de Tierra Palestina a través de la Ribera Occidental

o La anexión de facto de Israel del Valle del Jordan cuentan con un 28.5% adicional de la Ribera Occidental.

Asentamientos israelíes controlan casi todo el Valle del Jordan, restringiendo el uso y desarrollo de la tierra Palestina.

Israel reclama de que el Muro es un asunto de seguridad, pero revisando la ruta, la que abraca 701 Km., aun es más de dos veces el largo del borde del año 1967, lo que hace más difícil y caro patrullarlo. Hasta ahora, de los 701 kilómetros, 420 Km. (60%) están completos mientras que 52 kilómetros siguen bajo construcción.

o La revisada ruta del Muro, efectivamente incorpora más de 370,000 pobladores ilegales o cerca de un 87% de la población de colonos Israelí.

§ El muro facilita la expansión de la mayoría de los bloques de asentamientos, todos ellos considerados ilegales por la Corte Internacional de Justicia el 9 de Julio del 2004.[i]



B. Los Porcentajes no representan: Lo que importa es el valor y la ubicación de la tierra


o El este de Jerusalén, solo representa un 1.3 % de la Ribera Occidental, pero representa la capital política, económica, cultural y religiosa del territorio Palestino ocupado.

o El muro y asentamientos separan a los palestinos de su derecho al agua.

§ Los “dedos” de Ariel y Kedumin, que juntos se encuentran 22 Km. dentro del norte de la Ribera Occidental, representan un 2.2 % de la ocupada Ribera Occidental, pero impide el acceso Palestino a algunas de los mas valorados recursos de agua en la Ribera Occidental.

Al incorporar un gran porcentaje de las zonas productivas de agua, el Muro de Israel y los asentamientos impiden un futuro justo y equitativo en la ubicación de las fuentes de agua de la Ribera Occidental, como re requiere en el derecho internacional.[ii]

La ruta del Muro efectivamente separa a Jerusalen Oriental del resto de la Ribera Occidental.

o El Muro en Jerusalen de facto anexa 228.2 km2 o el 3.9% de la ocupada Ribera Occidental. El Muro separará o aislará a más de 230,000 palestinos de Jerusalén del resto de la Ribera Occidental y separará aún más a más de 2 millones de palestinos que viven en el lado oriental del Muro de Jerusalén Este.

o El Muro anexará de facto a Israel tres grandes bloques de asentamientos (colonias) que rodean la Jerusalén Oriental metropolitana -Givon, Adumim, y Etzion— tierra crítica para el crecimiento de la población palestina y su desarrollo económico.

o El Muro en sí facilita el proyecto de asentamientos israelíes en la Jerusalén Oriental ocupada, incluyendo el Camino Anillo Jerusalén (y otra infraestructura de asentamiento) que rodeará la Jerusalén Oriental ocupada, ahorcando aún más la Ciudad ocupada.

o El Muro facilita la expansión del bloque de asentamiento Adumim, el que incluye Ma’ale Adumim, Almon, Kefar Adumim, Mizpe Yeriho, Alon y Qedar, así como también Mishor Adumim, un asentamiento industrial. El mayor asentamiento (colonia) en este bloque, Ma’ale Adumim, controla un área de 63 km2 a ser incorporada al lado occidental del Muro. El área municipal total de Ma’ale Adumim es 15 veces mayor que su área construida actual.

§ El bloque Adumim queda aproximadamente 14 km al este de la frontera pre-ocupación de 1967, y alberga a más de 30.000 colonos. Para reforzar aún más la contigüidad entre el bloque Adumim y Jerusalen Occidental, Israel está implementando el Plan E-1. El Plan es para que un nuevo asentamiento israelí sea construido en 12,442 dunums de tierras palestinas de El-Eizariya, Az-Zaim, At-Tor e Issawiya. El Plan ahora está programado para tener 3.500 viviendas (aproximadamente 14.500 colonos), la construcción de las cuales ya ha comenzado en Nof Adumim. Sin embargo, la mayoría de la tierra será usada para desarrollar infraestructura israelí, incluyendo una zona industrial, diez hoteles e instalaciones de entretenimiento.

§ El Plan E-1 y el bloque Adumim aseguran el control israelí sobre los cruces clave de todos los caminos que conectan el norte y el sur de la Ribera Occidental y divide efectivamente a la Ribera Occidental. Más aún, el Plan E-1 evitará el desarrollo palestino en una de las áreas palestinas con el mayor potencial económico: Una vez que el Plan sea una realidad, las áreas palestinas de Jerusalén estarán separadas una de otra y el alto potencial de desarrollo del área se perderá, amenazando así la viabilidad del Estado Palestino y su capital.

o Como resultado de la fragmentación de las comunidades Palestinas Cristianas y Musulmanas de Jerusalén Oriental y las áreas vecinas, Jerusalén corre el inminente riesgo de perder su carácter histórico de albergar vivaces comunidades de Cristianos, Judíos y Musulmanes.

o La ruta del Muro y los asentamientos (colonias) del área de Jerusalén además separará a Jerusalén Oriental de las comunidades vecinas de Belén y Ramallah. Históricamente, estas comunidades han sido social, cultural y económicamente interdependientes. En conjunto, estas comunidades por sí responden por el 35 por ciento de la economía del territorio Palestino ocupado, incluyendo la Franja de Gaza.

o Belén quedará completamente separada de Jerusalén, mientras que los asentamientos que la rodean del bloque Etzion se expandirán más hacia tierra palestina. Incluso después de la conferencia de Annapolis, y contrario a las obligaciones de la Hoja de Ruta de Israel, Israel ha aprobado la expansión de los asentamientos de Har Homa, Betar Illit, Gilo, Givat HaMatos y Har Gilo en cientos de licitaciones por viviendas.

§ La villa de Walaja, al oeste de Belén, estará casi enteramente rodeada por el Muro con sólo un “cruce” conectándola a Belén.

§ Jaba, que previametne estaba ubicada en el lado “oriental” del Muro ahora será agregada al conjunto de villas palestinas rodeadas por los asentamientos Etzion que han de ser incorporados al lado “occidental” del Muro. Jaba estará encerrada entre el Muro y un camino de by-pass del asentamiento y, como las otras villas de este conjunto, quedará desprovista del libre acceso a Belén.

§ Los rodeantes asentamientos Etzion controlarán un área de 70.1 km2 – segunda sólo en tamaño al bloque de asentamiento (colonia) Ariel, que se extiende 22 km hacia la Ribera Occidental norte. Estos asentamientos permanentemente restringirán el desarrollo de Belén mientras que fragmentarán las comunidades agrícolas en las cuales Belén y Jerusalén basan sus alimentos e ingresos. Los asentamientos Etzion evitan el libre movimietno de personas y bienes entre las villas y las ciudades de Belén y Jerusalén, mientras que usurpan áreas cultivadas, evitando el acceso a campos, contaminando fuentes de agua y eliminando cualquier prospecto de desarrollo. Como ésta es el área más productiva de la región de Belén, el Muro y el bloque Etzion permanentemente inhibirán las economías de Belén y de Jerusalén Oriental.



C. Aproximadamente el 80% del Muro se ubica en territorio Palestino ocupado:


§ El 9 de julio del 2004, la Corte Internacional de Justicia inequívocamente reafirmó que todas las porciones del Muro de Israel construidas sobre territorio ocupado, incluyendo Jerusalén Oriental, así como también todos los asentamientos de Israel, son ilegales.[iii]

o Aproximadamente 260.000 Palestinos de la Ribera Occidental que viven en las Municipalidades de Jerusalén, Jenín, Qalqilya, y Belén, quedarán atrapados entre el Muro y la frontera pre-ocupación de 1967. Esto corresponde al 10,6% del total de la población palestina en la Ribera Occidental ocupada.

o Las villas del área de Belén Wadi Fukin, Nahhalin, Battir, Khirbet Zakariya, Husan y Jaba—hogar de aproximadamente 19.000 palestinos— quedarán atrapadas entre la frontera de 1967 y el Muro. Más aún, con la excepción de Jaba, todas estas comunidades estarán rodeadas entre dos Muros. Esto facilita la expansión de los asentamientos Etzion (colonias) mientras crea fuertes incentivos para que los aldeanos palestinos abandonen sus hogares y algunas de las más valiosas tierras de la Ribera Occidental para ganarse la vida en los centros urbanos palestinos vecinos.

o La ruta del Muro mantiene intacto el régimen de “zonas cerradas”, portones, y permisos.

§ Por orden militar israelí, sólo “israelíes” –incluyendo cualquiera capaz de inmigrar a Israel bajo la Ley del Retorno israelí –puede ingresar, vivir o trabajar en aquellas áreas entre el Muro y la frontera pre-ocupación de 1967, también conocida como “zonas cerradas”[iv] sin permisos.

§ Esto significa que miles de palestinos atrapados entre el Muro e Israel todavía necesitarán obtener y renovar permisos para permanecer en sus hogares. Más aún, los palestinos que vivan al “este” del Muro que tengan propiedad o trabajos en el lado “oeste” del Muro, aún necesitarán obtener y renovar permisos del ejército israelí para tener acceso a sus campos o lugares de empleo.

§ En tanto, según los términos de la orden militar, cualquier persona de religión judía en el mundo podrá inmigrar a asentamientos israelíes ilegales en las zonas cerradas, sin permisos.[v]

Mayor Información, favor contactar:

Xavier Abu Eid

Communications Advisor

Palestine Liberation Organization

Negotiations Support Unit

Ramallah - Occupied Palestinian Territories

Phone No: +972 2 296 3741

Fax No: +972 2 296 3740

Mobile No: +972 546 971 709

Mobile No 2: +970 598 950 300

Email: xabueid@nsu-pal.org

Website: http://www.nad-plo.org/



--------------------------------------------------------------------------------

[i] Catorce o quince tribunales reconocieron la ilegalidad de los asentamientos de Israel en la opinión mayoritaria. Ver generalmente, Advisory Opinion, 2004, supra en nota 2. Adicionalmente, el tribunal divergente reconoció la ilegalidad de los asentamientos en su declaración separada..Ver Judge Buergenthal’s declaration, ¶ 9, disponible en

, última revisión Mayo 22, 2005.

[ii] Para antecedentes sobre el problema del agua en el conflicto Palestino-Israelí, así como también un análisis básico de derechos de agua palestinos bajo legislación internacional, por favor refiérase a Negotiations Support Unit, The Palestinian Position on Water, disponible en < view="nego_permanent_water_hwaterp&title=">, última revisión Mayo 22, 2006.

[iii] Ver Advisory Opinion, ¶ 78, 2004, supra en nota 2.

[iv] Ver B’Tselem, Not All it Seems: Preventing Palestinians [sic] Access to their Lands West of the Separation Barrier in the Tulkarm-Qalqilya Area, p.7 (2004), disponible en , última revisión Mayo 22, 2006. Para una traducción al inglés de la orden de zona cerrada relativa al Muro, ver

, última revisión Mayo 22, 2006. Órdenes similares tratan áreas que caen bajo control jurisdiccional de asentamientos (colonias) israelíes. Ver B’Tselem, Land Grab: Israel’s Settlement Policy in the West Bank, (May 2002), disponible en

, última revisión Mayo 22, 2006.

terça-feira, 29 de julho de 2008

ANP- Israel não quer a paz





29 DE JULHO DE 2008 - 14h14


Palestinos repudiam declaração de premiê israelense


Saeb Erekat, palestino encarregado de negociar com os israelenses, afirmou nesta terça-feira que a Autoridade Nacional Palestina se posiciona contrária às declarações do primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, que afirmou publicamente duvidar que se alcance a paz com os palestinos ainda este ano.


Erekat fez referência à presença de Olmert diante da comissão de Relações Exteriores e de Defesa do Knesset (parlamento), no dia de ontem, na qual manifestou incertidão a respeito de chegar a um acordo de distensão por diferenças nos temais vitais, o destino de jerusalém e o tema dos refugiados palestinos.


Para a ANP, as opiniões do primeiro ministro refletiram as intenções de Israel de fugir a seus compromissos assumidos na chamada Rota do Caminho, e seu desejo de converter 2008 em um ano de "assentamentos" em vez de um período de soluções.


A conferência de paz celebrada na cidade americana de Annapolis, em novembro de 2007, tentou abordar temas cruciais entre israelenses e palestinos para se chegar a um acordo até o fim deste ano.


Erekat também negou informações de que o presidente Mahmud Abbas aceitou o princípio de troca de territórios na Cisjordânia, que favorece os colonos ilegais israelenses, "o que", disse Erekat, "se projeta como uma tática para confundir os palestinos".


Os palestinos manifestaram que a construção de assentamentos israelenses ao longo da Margem Ocidental do Jordão poderia colocar por terra todo o processo de negociações bilaterais.


Agência Prensa Latina

Seguidores: