terça-feira, 22 de julho de 2008

PRISIONEIROS- Resistência e libertação





A RESISTÊNCIA E A LIBERTAÇÃO DOS PRISIONEIROS
















Na foto acima, constata-se que a maioria dos caixões está envolta com a bandeira palestina. Essa é a primeira mensagem, que a resistência à ocupação sionista, comandada no Líbano pelo Hezbollah, apresenta: a preocupação com a libertação dos mártires e prisioneiros é um assunto que diz respeito a todos e qualquer movimento/partido, independente da nacionalidade, credo dos prisioneiros ou restos mortais dos mártires e independente da ideologia dos partidos e organizações de resistência.

Num desses caixões está o corpo da mártir Dalal El Moghrabi. Dalal é palestina e símbolo histórico da resistência. Aí está a segunda mensagem que o Hezbollah apresenta: a resistência palestina de Dalal é anterior a criação/ fundação do Hezbollah, portanto a história é respeitada, a memória valorizada, o patrimônio é comum a todos que pertencem às fileiras da resistência.

Sobre esse ponto de respeitar as organizações e militantes mais antigos, no Brasil algumas pessoas e organizações árabes, costumam ignorar a história e acreditam que tudo começou a partir de suas organizações. Isso é triste e desastroso e demonstra que muito ainda têm que aprender com as lições da recente história.

A terceira mensagem contida no episódio da libertação dos prisioneiros é que Israel não massacrou o Líbano em 2006 por causa dos dois soldados capturados pelo Hezzbollah antes do inicio da guerra de 2006: eles valem tanto assim que não poderia ter efetuado uma negociação antes de massacrar o Líbano e evitar as 1220 mortes libanesas e seus dois próprios soldados? Portanto fica evidente que o objetivo de Israel não era resgatar os soldados capturados, mas impor uma derrota estratégica à resistência libanesa. A troca dos prisioneiros, da maneira como ocorreu, põe um fim à dúvida que alguns desavisados bem mal informados ainda tinham de quem venceu a guerra de 2006.

A quarta mensagem é que a libertação de Gilad Shalit , mantido prisioneiro pela resistência palestina, terá um custo muito alto para Israel. Dois nomes , entre os mais de 11000 prisioneiros palestinos, devem ter destaque na lista, são dois líderes: Marwan Barghouthi do Fatah e Ahmad Saadat da Frente Popular. Além é claro das mulheres, menores de idade e centenas de outros prisioneiros pertencentes às demais organizações da resistência palestina.

Essas quatro mensagens me chamaram a atenção. Existem outras mensagens a tirar do episódio que poderão ser observadas nas matérias abaixo.

Emir Mourad

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Em dia de festa, libaneses se unem e cantam vitória


Folha de São Paulo- 17/07/08




TARIQ SALEH
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE BEIRUTE

Os cinco libaneses indultados por Israel dentro do acordo com o Hizbollah foram recebidos como heróis ontem no Líbano por uma multidão de centenas de milhares de pessoas que lotou as ruas de Dahiyeh, subúrbio xiita de Beirute, para ouvir o líder da milícia xiita celebrar o que vê como vitória.

Em discurso televisionado após breve aparição ao vivo para apresentar os indultados, Hassan Nasrallah prometeu aos libaneses uma nova era contra Israel: "Esta negociação com o inimigo mostrou que foi uma grande vitória libanesa e palestina, um objetivo atingido por toda a resistência. A era de derrotas terminou, estamos agora numa era de conquistas".

Em seu discurso, Nasrallah criticou os demais países árabes por nada fazerem para libertar milhares de militantes palestinos que continuam em prisões israelenses. "A resistência libanesa provou que é a legítima representante da identidade de toda a região e a da luta do povo árabe por sua liberdade", declarou ele.Antes da celebração, os ex-prisioneiros libaneses Samir Kuntar, Khader Zaidan, Maher Kourani, Mohammed Surour e Hussein Suleiman chegaram em um helicóptero das tropas de paz da ONU para uma cerimônia oficial no aeroporto.

Em outro sinal de que o episódio extrapolou as linhas sectárias e partidárias no país, um porta-voz da Presidência -ocupada pelo recém eleito Michel Suleiman, cristão- definiu o dia como uma "data nacional", celebrada com feriado.


Suleiman, o premiê Fuad Siniora e o presidente do Parlamento, Nabih Berri, os receberam em um tapete vermelho. "A resistência conseguiu uma importante vitória contra o inimigo, trazendo de volta cinco cidadãos libaneses e mostrando ao mundo que a soberania libanesa sempre prevalecerá", declarou o presidente.

A troca de prisioneiros foi vista por analistas como uma ampla vitória política do Hizbollah, que consolidou sua supremacia no Líbano, com forte presença e poder de veto no governo, e também angariando a simpatia de árabes na região.

Para Amal Saad-Ghorayeb, do Centro Carnegie para o Oriente Médio, o governo libanês terá uma difícil tarefa de pôr em sua agenda a questão do arsenal do grupo xiita. "O Hizbollah mandou uma mensagem ao mundo de que Israel conhece apenas a linguagem da força militar. Com os seus objetivos alcançados, os políticos que queriam o desarmamento do grupo ficam enfraquecidos."

Já de acordo com o diretor do departamento de Ciência Política da Universidade Americana de Beirute, Hilal Khashan, o Hizbollah também impôs uma derrota moral para a política dos EUA para a região. "Temos um cenário em que os americanos e seus aliados árabes [como Egito e Arábia Saudita] estão desmoralizados. Prisioneiros árabes foram libertados por um grupo guerrilheiro, coisa que nenhum governo árabe obteve com negociações", disse.

"O Hizbollah pode ainda impor novas derrotas morais para o governo israelense, provocando um conflito como o de 2006. A tensão ainda é grande."

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Troca de prisioneiros é "falha estratégica" de Israel, diz analista

http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u422670.shtml

16/07/2008

FERNANDO SERPONE da Folha Online

A troca de prisioneiros com o grupo radical xiita Hizbollah, baseado no Líbano, realizada nesta quarta-feira, representa uma "grande falha estratégica" do governo de Israel", na opinião de Ely Karmon, pesquisador sênior do Instituto para Contra-Terrorismo de Israel.

"Deveria haver uma estratégia clara do governo sobre qual é o preço para libertar soldados, e claramente, para conseguir corpos em troca da libertação de terroristas responsáveis pelo assassinato de dezenas de pessoas", disse Karmon, PhD em Ciências Políticas pela Universidade de Haifa, em entrevista por telefone à Folha Online nesta terça-feira.

Para o especialista, como não há uma "estratégia clara" por parte do governo, o acordo irá tornar ainda mais difícil a libertação do soldado israelense Gilad Shalit, seqüestrado em 2006 pela organização radical palestina Hamas, que controla a faixa de Gaza. "O Hamas será ainda mais duro para negociar, mesmo que eles já estejam duros no preço que pedem: dezenas de terroristas que mataram centenas de israelenses, autores dos piores ataques da Segunda Intifada, pessoas que mataram 20 ou 30 pessoas em um ataque", diz Karmon.

Segundo Karmon, o acordo -- que ocorre após Israel realizar uma guerra, em 2006, para tentar libertar, sem êxito, os soldados, e que resultou na morte de 134 israelenses, entre civis e militares-- também fortaleceria o Hizbollah, tanto no Líbano quanto entre os palestinos, já que um famoso prisioneiro libanês e vários palestinos serão libertados. Além disso, ele critica o fato de o acordo ser fechado antes que se soubesse se os dois militares estavam vivos ou mortos.

Autor de "Coalitions of Terrorist Organizations: 1968-1990" ("Coalizões de Organizações Terroristas: 1968-1990"), Karmon vê ainda como um "erro" Israel ter tomado apenas quatro membros do Hizbollah como prisioneiros durante a guerra. "No passado, Israel fez milhares de prisioneiros na Síria, Egito e Jordânia. O Exército de Israel não se esforçou em conseguir prisioneiros, em ter moedas de barganha para negociar com o Hizbollah", diz.

O acordo --aprovado pelo gabinete de Israel por 22 votos a favor e apenas três contra-- resultou na entrega dos restos mortais dos reservistas Ehud Goldwasser e Eldad Regev em troca da libertação de quatro integrantes do Hizbollah e do terrorista Samir Kuntar.

Israel também devolverá ao Líbano os restos mortais de 190 integrantes do Hizbollah e de outros libaneses que morreram em diversas circunstâncias enquanto cruzavam a fronteira. O governo israelense entregará ainda à Autoridade Nacional Palestina (ANP) os corpos de membros de diversas organizações palestinas mortos nas últimas décadas.

O pacto foi mediado por negociadores apontados pela ONU e envolve ainda o envio de um relatório sobre um militar israelense desaparecido no Líbano em 1986, em troca de um relatório sobre diplomatas iranianos que também desapareceram durante a guerra civil libanesa.

Leia a seguir a íntegra da entrevista:


Folha Online - É a primeira vez que Israel troca prisioneiros por corpos?

Ely Karmon - Não. Na última [troca] feita pelo (ex-premiê israelense) Ariel Sharon, havia um prisioneiro, acusado de ter promovido a sua própria prisão e três corpos de soldados mortos pelo Hizbollah. Na ocasião, o preço que Israel pagou foi muito alto. Além de dois importantes membros de organizações xiitas, outros prisioneiros palestinos também foram libertados. Mas o problema com a troca atual é que ela ocorre após uma guerra que Israel fez a fim de libertar os dois soldados. E, nessa guerra, Israel teve 134 mortos, entre civis e militares. E, no final, paga um preço --que talvez não seja tão alto em uma troca, tento quatro ou cinco terroristas libertados-- mas nos âmbitos simbólico, psicológico e político, é um grande prêmio para [o líder do Hizbollah, Hassan] Nasrallah após a guerra, na qual Israel não conseguiu libertar os prisioneiros. E, pela forma que a negociação foi conduzida, não se sabia até o último momento se os soldados estavam vivos ou mortos, o que eu vejo como um grande erro do governo de Israel e da equipe negociadora.

Nações Unidas (Ban ki-Moon). Mas está claro que o Hizbollah levará o crédito por isso, aumentando a influência da milícia libanesa entre os palestinos. E também complica a libertação dos soldados de Israel nas mãos do Hamas. Por isso, vejo essa troca como uma grande falha estratégica do governo israelense. O Hizbollah irá aparecer como o "libertador" do povo palestino e libanês. Samir Kuntar, que será libertado, não é um membro do Hizbollah, era um terrorista de organizações palestinas. E ele é druso, o que terá influência na comunidade drusa no Líbano, que é dividida entre simpatizantes e opositores do Hizbollah.

Folha Online - Então essa troca não irá ajudar a libertar Shalit?

Karmon - Provavelmente irá aumentar o valor [da troca]. O Hamas será ainda mais duro para negociar, embora eles já estejam sendo duros no preço que pedem: dezenas de terroristas que mataram centenas de israelenses, autores dos piores ataques da Segunda Intifada, pessoas que mataram 20, 30 pessoas com um ataque. Agora, o Hamas tem o exemplo fornecido pelo Hizbollah a seguir. Em entrevistas à imprensa, os membros do Hamas se mostram felizes com o que houve, porque dá mais espaço para demandas a Israel.

Folha Online - Por que Israel decidiu aprovar o acordo?

Karmon - Na troca realizada por Sharon há alguns anos, a maior parte da opinião pública era contra. Mas ele a fez, apesar da pressão. Hoje, a imprensa israelense é muito favorável a essa troca, assim como parte da população e os militares. Esse é um processo que começou com o primeiro seqüestro de soldados, após Israel se retirar do Líbano, em maio de 2000. Houve uma falta de reação do governo de Israel (ao seqüestro), em outubro de 2000. Então, houve a troca feita por Sharon, e os fracos resultados da Guerra do Líbano, em 2006. Há ainda o fato de que quase não fizemos prisioneiros oficiais --Israel praticamente fez quatro guerrilheiros prisioneiros. No passado, Israel fez milhares de prisioneiros na Síria, Egito e Jordânia. Agora temos quatro. O Exército de Israel não se esforçou em conseguir prisioneiros, em ter moedas de barganha, para negociar com o Hizbollah.

Folha Online - O sr. crê que essa negociação possa mudar as relações entre Israel e o Líbano?

Karmon - Não. O premiê [Fuad] Siniora já declarou que essa é uma grande vitória para o Hizbollah e o Líbano. E o novo presidente do Líbano, general (Michael) Suleiman, conhecido general cristão pró-Síria, em uma conferência há dois dias, indicou que irá demandar as Fazendas de Shaba de volta. A região é um pequeno território que era ocupado pela Síria, e eles dizem agora que é território libanês. O Hizbollah ocasionalmente ataca Israel por causa desse território. Agora, o novo presidente indicou que, se Israel não devolver esse território, eles irão liberá-lo pela força. Esse é o resultado da fraqueza de Israel nas negociações com o Hizbollah.

Folha Online - O sr. crê que essa troca possa fortalecer o premiê israelense e seu governo?


Karmon - Não. Em termos políticos, eles mostraram sua fraqueza. Talvez, em outras condições, ele poderia usar isso para se beneficiar, mas hoje ele não está em posição para ganhar pontos sobre isso, principalmente, porque os soldados devem estar mortos. Ao ver os corpos chegando amanhã (quarta-feira) à nossa fronteira, acho que as pessoas irão entender que foi um preço alto. Eu entendo as famílias e pais daqueles que foram mortos, que tem o interesse em ver suas crianças de volta pra casa, mesmo que estejam mortos. Para enterrá-los em cerimônia com toda família e amigos. Mas há um grau de interesse estratégico no plano político, mesmo entre os militares. Os militares dizem "devemos trazer de volta, a qualquer preço, um soldado, pois ele é enviado para lutar e tem o direito de ser trazido de volta pelo Estado. O problema é que as decisões --iniciadas há muito tempo-- sobre como se comportar "vis-a-vis" com o Hizbollah, como se comportar com o Líbano, têm sido errôneas. Essa é a situação atual, que irá piorar a situação em um futuro próximo.

A troca atual irá diminuir nosso poder de barganha com o Hamas e outros grupos. Se houver novos seqüestros de soldados, como poderemos dizer aos soldados. "Não podemos liberá-los porque decidimos parar com essa seqüência de acontecimentos?" Isso já devia ter sido pensado há anos atrás, e deveria haver uma estratégia clara do governo sobre qual é o preço para libertar soldados, e claramente, para conseguir corpos em troca da libertação de terroristas responsáveis pelo assassinato de dezenas de pessoas.

Folha Online - Segundo a religião judaica você deve ter o corpo para provar a morte?

Karmon - Não é para provar, você pode provar mesmo se você sabe que há um corpo na mão dos inimigos. Há um aspecto religioso que diz que temos de fazer tudo o que podemos para libertar prisioneiros. Mas, novamente, você deve pensar nas conseqüências, e na influência que isso tem nas famílias dos que morreram com o terrorismo. Há várias famílias que foram vítimas de terrorismo nesse país, não apenas as que foram seqüestradas pelo Hizbollah ou pelo Hamas, mas aqueles que tiveram civis e militares mortos nessa guerra.

Há pessoas, inclusive no alto escalão do governo, que aceitam esse preço. Mas, eu acho que, nesse caso, as considerações políticas foram mais altas que o interesse estratégico do país a longo prazo.

Folha Online - Cria-se um precedente perigoso...

Karmon - O precedente irá continuar. Após um acordo negativo, iremos a outro.


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Militares de Israel protestam pela libertação de soldado capturado

http://www1.folha.uol.com.br/folha/bbc/ult272u425109.shtml

22/07/2008

GUILA FLINTda BBC Brasil, em Tel Aviv

A pressão em Israel pela libertação do soldado israelense Gilad Shalit, capturado por militantes palestinos da Faixa de Gaza há dois anos, cresceu depois que o governo de Israel concluiu a troca de prisioneiros com o Hizbollah, na semana passada.

Nesta terça-feira, dezenas de colegas de Shalit --soldados que começaram a servir o Exército junto com ele-- fizeram uma passeata em Tel Aviv para pressionar o governo a "cumprir sua obrigação moral de trazer Gilad de volta para casa".

Os soldados, que no mesmo dia terminaram o serviço militar, marcharam em direção ao Ministério da Defesa.

Eles disseram que o governo tem a "obrigação moral" de fazer todos os esforços para trazer Shalit de volta para casa, pois é responsável por sua situação.

Um soldado, Yuri Tcherniakov, disse ao canal público da TV israelense que o grupo pretende "agir de todas as formas possíveis para elevar a consciência do público em relação a questão de Gilad e pressionar o governo a libertá-lo".

Comício

Os militares também participaram de um comício na Praça Rabin, em Tel Aviv, em que pediram que o governo pague o preço necessário para libertar Gilad Shalit.

"Em vez de ir à praia ou comprar imediatamente uma passagem e viajar para o exterior, como a maioria dos soldados recém-liberados do Exército fazem, os colegas de Gilad estão aqui nos apoiando e lhes agradeço do fundo do meu coração", disse Noam Shalit, pai de Gilad, em um discurso no evento.

A familia de Shalit e seus colegas iniciaram uma campanha pública para exercer pressão sobre o governo.

A prima de Shalit, Yfat Shalit, disse à rádio pública de Israel que "todos sabem que o preço pela libertação de Gilad será alto e doloroso".

"Sabemos que o preço será doloroso, mas quem pensa que Gilad será libertado sem que Israel pague um preço alto, se engana. Não haverá outro jeito, o governo terá que pagar o preço", disse.

Sigilo

O ministro da Defesa, Ehud Barak, exigiu que seja mantido sigilo acerca da situação das negociações pela libertação do soldado.

De acordo com a imprensa local, o Hamas exige a libertação de centenas de prisioneiros palestinos em troca do soldado, inclusive do líder do Fatah, Marwan Barguti, acusado de assassinato de israelenses e condenado à prisão perpétua.

O Hamas também exige a libertação de todas as mulheres e de todos os menores de idade palestinos detidos nas prisões israelenses.

O governo de Israel mantém a posição de "não libertar prisioneiros com as mãos manchadas de sangue".

Porém, de acordo com pesquisas de opinião, houve um aumento do apoio da opinião pública à libertação de prisioneiros palestinos que estiveram envolvidos na morte de israelenses em troca do soldado.

Segundo uma pesquisa divulgada por um dos maiores sites de noticias do país, o Ynet, 70% dos israelenses concordam com a libertação de prisioneiros "com as mãos manchadas de sangue de israelenses", para soltar Gilad.

O soldado foi capturado em um posto de fronteira de Kerem Shalom (sul de Israel), perto da Faixa de Gaza, em 25 de junho de 2006.

Um comentário:

  1. Liberdade para todos os prisioneiros. Parabéns pela matéria!

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